domingo, 6 de novembro de 2011
Transgêneros em um cinema mais perto de você
Ao longo das décadas, o cinema seguiu investigando essa questão; a princípio, ou de forma tímida ou escrachada – com uma inclinaçãozinha para o humor sarcástico (caso de ‘Glen ou Glenda’ do nosso amigo Ed Wood). Perto dos anos 2000, a coisa começou a ficar séria. Quem, na década de 50 (finalzinho da Era de Ouro de Hollywood), imaginaria que uma atriz levaria o Oscar por sua atuação como uma trans nas telonas? Pois bem, isso aconteceu em 1999 quando Hilary Swank levou a estatueta dourada por ‘Meninos Não Choram’.
Um tempo depois, em 2005, ‘Transamérica’ também colocou sua protagonista, Felicity Huffman, como uma das favoritas do ano de 2006 na competição mais prestigiada do cinema. Quanto avanço, não?
Sejamos francos, já era tarde. Porém, mais tarde ainda é essa questão chegar somente agora, no ano de 2011, causando muito rebuliço em uma sociedade ainda opressora e que transborda de pré-conceitos, como o Irã. A reação não poderia ter sido outra com o lançamento de ‘Olhando Espelhos’, filme iraniano sobre uma jovem transgênera que bate de frente com a família e os falsos puritanos de seu país. Viajar para o exterior, na esperança de conseguir uma operação para mudar de sexo, é sua única solução – e o longa acompanha essa trajetória, sem fazer qualquer tipo de julgamento; apenas conta a história.
‘Olhando Espelhos’, que esteve na programação da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo deste ano, levantou uma questão interessante. A partir da revolução islâmica de 1979, a justiça iraniana classificou os transgêneros, transexuais e travestis no mesmo grupo dos gays e lésbicas; com isso, as leis que imperam dentro desse grupo passam a valer, também, para os novos integrantes. Entre as sentenças, estão sessões de torturas e penas de morte. As opções restantes são: manter segredo sobre sua sexualidade, fugir do país ou então enfrentar o veredicto.
Vemos que esse quadro vem mudando, mas, aos passos de formiga. Prova disso está na luta de Maryam Khatoon Molkara, primeira transexual assumida no Irã, que levantou uma campanha em prol do reconhecimento de quem sofre com a questão da sexualidade. Existe até mesmo um grupo filantrópico por ela criado, batizado de Fundação de Caridade Imã Khomeini, que faz empréstimos em até US$ 1.200,00 para ajudar no pagamento de operações de troca de sexo.
É uma batalha louvável em tempos em que Mahmoud Ahmadinejad, atual presidente do Irã, declarou que não existem homossexuais em seu país. Até porque, se existirem, o governo trata de interná-los até que possam encontrar a ‘cura para o problema’. Se não funcionar, 100 chibatadas podem resolver. Ainda não? Então, é caso perdido mesmo. O destino é a forca! Sim, infelizmente vemos homossexuais sendo assassinados pelas leis da justiça em pleno século XXI.
Entretanto, é interessante analisar o contraponto levantado por Maryam e seu embate que agora ganha reforço com o lançamento de ‘Olhando Espelhos’ em seu país. Através do cinema, a questão está sendo exposta, vista e poderá ser, de alguma forma, discutida.
É um grande passo, os tempos mudaram. Mas, deixando a hipocrisia de lado, ainda não é o suficiente para que filmes como ‘Olhando Espelhos’ não sejam encarados como filmes que falam sobre dramas e problemas de um transexual, e sim sobre a história de um ser humano que tenta se encontrar. Bom, mas esse conceito não existe lá, no Irã, nem aqui, no Brasil, e nem em nenhum outro lugar do mundo. E isso, sim, já é tarde.
(Karen Lemos - colaboração para 'Bota Dentro')
Em nova fase musical, Paula Lima faz planos para ter seu primeiro filho
Paula Lima, que está lançando seu novo trabalho, ‘Outro Esquema’, se apresentou na noite de sábado, 5, em São Paulo. Em entrevista à CARAS Online, a cantora revelou seu lado família e adiantou: “quero ter um filho em 2012. A vida sem filhos é chata”
No camarim, minutos antes de subir no palco do SESC Pinheiros para apresentar seu novo trabalho, Paula Lima (41) demonstrava calma. De fato, a cantora está mais tranquila este ano; 2010 foi um ano cheio: ela protagonizou o musical Cats, julgou novos rostos da música brasileira na bancada do Ídolos e continuou fazendo shows. Em 2011, ela quis diminuir o ritmo para atender um lado seu que estava meio de escanteio – a família.
“Eu sou uma pessoa completamente caseira. Sou apaixonada por primas, pais, irmãos e pelo marido, meu querido, parceiro e cúmplice. Sempre que eu posso, estou com essas pessoas porque, sem a estrutura familiar, sem esse amor dessas pessoas que te colocam no chão, que te dão luz e sabedoria, nada na minha vida estaria acontecendo”, declarou em entrevista à CARAS Online.
Ao lado de Ronaldo Bonfim, marido e companheiro de todas as horas, Paula pretende deixar a música um pouco de lado para se dedicar a um sonho: a maternidade. “No final de 2012 pretendo ter um filho. Quero ser uma velhinha que, aos domingos, tenha um monte de criança correndo na minha casa. A vida sem filhos é chata”, confessou.
Até lá, a artista vai entrar em um ritmo intenso de trabalho. Divulgando seu novo álbum, intitulado Outro Esquema, cujo lançamento ocorreu no show no Sesc Pinheiros, em São Paulo, na noite deste sábado, 5, Paula vai mergulhar em uma turnê Brasil à fora. “Estou em um momento ‘workaholic’ positivo. Quando comecei a cantar, eu sonhava com a música, depois, pude sobreviver da música, hoje eu posso viver de música. Estou feliz demais em poder trabalhar assim”.
Mal o novo álbum chegou às lojas, a morena já está pensando em outros projetos, como gravar um DVD deste novo trabalho, se apresentar no Rock in Rio Lisboa em 2012 e até mesmo fechar o repertório musical para outro novo disco. “Estou escolhendo as músicas já. Será um repertório apaixonante, eletrizante”, definiu.
Algumas canções, entre elas a inédita Primeiro Samba (“Eu cantei essa música em um show e comecei a chorar; ela é muito verdadeira, fala da garra e da luta do brasileiro”, adiantou Paula) já estão pintando no set-list de seus shows que tem como base as faixas de Outro Esquema. “Acho que esse novo álbum mostra uma outro postura minha como artista, como cantora. Quis mostrar mais da minha interpretação, me aprofundar em determinados temas. Estou me colocando mais à serviço da música”, contou.
Outro Esquema também é rico em parcerias, como Toni Garrido, 44 (na faixa Negras Perucas), Max de Castro, 38 (na canção O Nego do Cabelo Bom) e Seu Jorge, 41 (em Balada Brazilian Soul) não poderia ter ficado de fora desse projeto porque, além de parceiros, o trio nutre uma amizade de longa data com Paula. “Todos eles fazem parte da minha vida musical e pessoal. Posso sair com eles, depois de um dia de gravação no estúdio, e tomar um café, dar risada, conversar sobre a vida. Essa relação que tenho resulta bacana, porque é uma relação verdadeira, natural”, concluiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
No camarim, minutos antes de subir no palco do SESC Pinheiros para apresentar seu novo trabalho, Paula Lima (41) demonstrava calma. De fato, a cantora está mais tranquila este ano; 2010 foi um ano cheio: ela protagonizou o musical Cats, julgou novos rostos da música brasileira na bancada do Ídolos e continuou fazendo shows. Em 2011, ela quis diminuir o ritmo para atender um lado seu que estava meio de escanteio – a família.
“Eu sou uma pessoa completamente caseira. Sou apaixonada por primas, pais, irmãos e pelo marido, meu querido, parceiro e cúmplice. Sempre que eu posso, estou com essas pessoas porque, sem a estrutura familiar, sem esse amor dessas pessoas que te colocam no chão, que te dão luz e sabedoria, nada na minha vida estaria acontecendo”, declarou em entrevista à CARAS Online.
Ao lado de Ronaldo Bonfim, marido e companheiro de todas as horas, Paula pretende deixar a música um pouco de lado para se dedicar a um sonho: a maternidade. “No final de 2012 pretendo ter um filho. Quero ser uma velhinha que, aos domingos, tenha um monte de criança correndo na minha casa. A vida sem filhos é chata”, confessou.
Até lá, a artista vai entrar em um ritmo intenso de trabalho. Divulgando seu novo álbum, intitulado Outro Esquema, cujo lançamento ocorreu no show no Sesc Pinheiros, em São Paulo, na noite deste sábado, 5, Paula vai mergulhar em uma turnê Brasil à fora. “Estou em um momento ‘workaholic’ positivo. Quando comecei a cantar, eu sonhava com a música, depois, pude sobreviver da música, hoje eu posso viver de música. Estou feliz demais em poder trabalhar assim”.
Mal o novo álbum chegou às lojas, a morena já está pensando em outros projetos, como gravar um DVD deste novo trabalho, se apresentar no Rock in Rio Lisboa em 2012 e até mesmo fechar o repertório musical para outro novo disco. “Estou escolhendo as músicas já. Será um repertório apaixonante, eletrizante”, definiu.
Algumas canções, entre elas a inédita Primeiro Samba (“Eu cantei essa música em um show e comecei a chorar; ela é muito verdadeira, fala da garra e da luta do brasileiro”, adiantou Paula) já estão pintando no set-list de seus shows que tem como base as faixas de Outro Esquema. “Acho que esse novo álbum mostra uma outro postura minha como artista, como cantora. Quis mostrar mais da minha interpretação, me aprofundar em determinados temas. Estou me colocando mais à serviço da música”, contou.
Outro Esquema também é rico em parcerias, como Toni Garrido, 44 (na faixa Negras Perucas), Max de Castro, 38 (na canção O Nego do Cabelo Bom) e Seu Jorge, 41 (em Balada Brazilian Soul) não poderia ter ficado de fora desse projeto porque, além de parceiros, o trio nutre uma amizade de longa data com Paula. “Todos eles fazem parte da minha vida musical e pessoal. Posso sair com eles, depois de um dia de gravação no estúdio, e tomar um café, dar risada, conversar sobre a vida. Essa relação que tenho resulta bacana, porque é uma relação verdadeira, natural”, concluiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Lázaro Ramos e grande elenco estreiam ‘Amanhã Nunca Mais’, comédia sobre a rotina na cidade grande
Protagonizado por Lázaro Ramos, ‘Amanhã Nunca Mais’, tira sarro dos perrengues de quem vive em uma grande cidade como São Paulo. O ator aparece, em sua melhor forma, como um anestesista que não sabe dizer não. “Precisei assistir a dez cirurgias para o papel; algo que não pretendo fazer nunca mais na vida”, contou
Veterano das telas do cinema e da televisão, Lázaro Ramos (33) foi surpreendido com o laboratório que precisou passar para viver o personagem Walter no filme Amanhã Nunca Mais, primeiro longa-metragem de Tadeu Jungle, cuja pré-estreia aconteceu nesta segunda-feira, 31, em um cinema de São Paulo.
“Precisei assistir a dez cirurgias, algo que não pretendo fazer nunca mais na vida, mas que foi útil; precisava conhecer todo esse universo para contá-lo no filme com credibilidade”, disse o ator em conversa com a CARAS Online. Na obra, ele dá vida uma anestesista com uma rotina, aparentemente, comum. “A diferença é que ele não sabe dizer ‘não’ para nada”, explicou. “Um certo dia, ele precisa levar o bolo de aniversário para a festinha da filha dele e muita coisa acontece”, adiantou Lázaro, que categorizou o filme como ‘uma comédia que precisa ser assistida’.
Seu parceiro de plantões, o anestesista Geraldo é um dos responsáveis pelo tom cômico do longa. “Geraldo é o cara mais desorganizado e mais louco do hospital”, definiu seu intérprete, o ator Milhem Cortaz (38). “Mas, tem algo bem legal no roteiro, que é humano, e que me deu a liberdade de ir para o humor. Toda vez que o hospital sai fora do controle, a pessoa chamada para organizar tudo é o próprio Geraldo. Ele é louco, mas não é inconsequente”.
Ainda no grande elenco, a bela Fernanda Machado (31) vive uma dona de casa que abdica de seus sonhos para se dedicar totalmente ao lar. “Essas mulheres [donas de casa], ao meu ver, são verdadeira heroínas. Acho isso genial, sou uma admiradora de mulheres assim”, contou a atriz à reportagem. “Ela é uma pessoa comum, bem possível e bem real; o tipo de gente que você encontra toda hora em qualquer lugar. Para mim, é um prazer poder fazer um trabalho em que as pessoas irão se identificar”, exaltou.
Passado na cidade de São Paulo, Amanhã Nunca Mais conta ainda com muitos rostos conhecidos das grandes cidades, caso dos motoboys, que arriscam a vida diariamente cortando o trânsito nas abarrotadas vias da metrópole. Luis Miranda (41), prestigiado humorista, deu vida a um deles. “Quem mora em uma cidade como são Paulo, com certeza já viveu uma dia de cão na cidade”, afirmou. O intérprete, contudo, vê um ponto positivo em sua atuação. “Acho que o filme ensina a ter bom humor no trânsito, a compreender como funciona essa máquina da modernidade”.
Paula Braun (32), atriz e esposa do galã Mateus Solano (30), teve o desafio de viver dois papéis: uma enfermeira, que trabalha no hospital com o personagem de Lázaro Ramos, e uma prostituta – outra figura conhecida das grandes cidades. “Faço uma mulher da vida que é encontrada na rua pelo Walter e acaba sendo um dos entraves para ele conseguir chegar no objetivo final dele”, explicou.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Veterano das telas do cinema e da televisão, Lázaro Ramos (33) foi surpreendido com o laboratório que precisou passar para viver o personagem Walter no filme Amanhã Nunca Mais, primeiro longa-metragem de Tadeu Jungle, cuja pré-estreia aconteceu nesta segunda-feira, 31, em um cinema de São Paulo.
“Precisei assistir a dez cirurgias, algo que não pretendo fazer nunca mais na vida, mas que foi útil; precisava conhecer todo esse universo para contá-lo no filme com credibilidade”, disse o ator em conversa com a CARAS Online. Na obra, ele dá vida uma anestesista com uma rotina, aparentemente, comum. “A diferença é que ele não sabe dizer ‘não’ para nada”, explicou. “Um certo dia, ele precisa levar o bolo de aniversário para a festinha da filha dele e muita coisa acontece”, adiantou Lázaro, que categorizou o filme como ‘uma comédia que precisa ser assistida’.
Seu parceiro de plantões, o anestesista Geraldo é um dos responsáveis pelo tom cômico do longa. “Geraldo é o cara mais desorganizado e mais louco do hospital”, definiu seu intérprete, o ator Milhem Cortaz (38). “Mas, tem algo bem legal no roteiro, que é humano, e que me deu a liberdade de ir para o humor. Toda vez que o hospital sai fora do controle, a pessoa chamada para organizar tudo é o próprio Geraldo. Ele é louco, mas não é inconsequente”.
Ainda no grande elenco, a bela Fernanda Machado (31) vive uma dona de casa que abdica de seus sonhos para se dedicar totalmente ao lar. “Essas mulheres [donas de casa], ao meu ver, são verdadeira heroínas. Acho isso genial, sou uma admiradora de mulheres assim”, contou a atriz à reportagem. “Ela é uma pessoa comum, bem possível e bem real; o tipo de gente que você encontra toda hora em qualquer lugar. Para mim, é um prazer poder fazer um trabalho em que as pessoas irão se identificar”, exaltou.
Passado na cidade de São Paulo, Amanhã Nunca Mais conta ainda com muitos rostos conhecidos das grandes cidades, caso dos motoboys, que arriscam a vida diariamente cortando o trânsito nas abarrotadas vias da metrópole. Luis Miranda (41), prestigiado humorista, deu vida a um deles. “Quem mora em uma cidade como são Paulo, com certeza já viveu uma dia de cão na cidade”, afirmou. O intérprete, contudo, vê um ponto positivo em sua atuação. “Acho que o filme ensina a ter bom humor no trânsito, a compreender como funciona essa máquina da modernidade”.
Paula Braun (32), atriz e esposa do galã Mateus Solano (30), teve o desafio de viver dois papéis: uma enfermeira, que trabalha no hospital com o personagem de Lázaro Ramos, e uma prostituta – outra figura conhecida das grandes cidades. “Faço uma mulher da vida que é encontrada na rua pelo Walter e acaba sendo um dos entraves para ele conseguir chegar no objetivo final dele”, explicou.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Grande elenco, encabeçado por Fabio Assunção, estreia longa-metragem polêmico na Mostra de São Paulo
Com grande elenco, formado por Fabio Assunção, Gabriel Braga Nunes e Maria Padilha, ‘O País do Desejo’, que estreou em São Paulo durante a Mostra de Cinema, toca em temas delicados sobre os dogmas da Igreja
Um padre contra os dogmas e o celibato da igreja. Assim está Fabio Assunção (40) em O País do Desejo, filme de Paulo Caldas que teve estreia na noite desta sexta-feira, 28, durante a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Em entrevista à CARAS Online, o ator partiu para defesa de seu personagem. “Meu personagem diz, em uma de suas falas no filme, que ele não lida com os livros, mas com as pessoas”, explicou. Na trama, o padre de Fabio vai contra os conceitos da Igreja Católica ao defender, por exemplo, o aborto – no caso de uma menina de apenas nove anos, violentada e engravidada pelo pai, que corre o risco de morrer caso dê à luz. “Ele não está preocupado com os dogmas da igreja e sim com o fato das pessoas poderem viver bem; e eu acho que é bem essa a função de um padre”, voltou a esclarecer.
Além dessa polêmica, O País do Desejo também trata de um romance proibido entre o personagem de Assunção e uma musicista vivida pela atriz Maria Padilha (52) – uma pianista com uma doença terminal. “Resumindo o filme, é uma grande história de amor, ainda que muito imprevista e complicada”, sintetiza Fabio.
A princípio, Maria Padilha tocaria violoncelo. A atriz já estava treinando há um mês quando, a pedido do cineasta, teve que mudar tudo de última hora. “Dois meses antes de filmar, o Paulo [Caldas] decidiu que eu tocaria piano no filme porque eu já havia estudado o instrumento na adolescência. Bom, é como fazer ginástica olímpica na adolescência e, agora, pedirem para você dar três mortais, né (risos). Mas, deu certo, tive um preparador ótimo”, contou ela à reportagem. “Toquei somente três músicas no filme. Tinham sugerido que eu dublasse as canções, mas achei mais difícil, preferi tocar do jeito que eu sei”. E o trabalho acabou despertando uma paixão antiga em Maria. “Voltei a me apaixonar pelo piano; faço aulas até hoje”.
Completando o elenco, Gabriel Braga Nunes (39), cuja última aparição nas telinhas da TV foi na novela Insensato Coração na pele do vilão Léo, dá vida ao médico da personagem de Padilha. O ator mostrou estar bem orgulhoso com o resultado do longa-metragem. “É um filme excelente, que tem uma assinatura, um diferencial”, resumiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Um padre contra os dogmas e o celibato da igreja. Assim está Fabio Assunção (40) em O País do Desejo, filme de Paulo Caldas que teve estreia na noite desta sexta-feira, 28, durante a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Em entrevista à CARAS Online, o ator partiu para defesa de seu personagem. “Meu personagem diz, em uma de suas falas no filme, que ele não lida com os livros, mas com as pessoas”, explicou. Na trama, o padre de Fabio vai contra os conceitos da Igreja Católica ao defender, por exemplo, o aborto – no caso de uma menina de apenas nove anos, violentada e engravidada pelo pai, que corre o risco de morrer caso dê à luz. “Ele não está preocupado com os dogmas da igreja e sim com o fato das pessoas poderem viver bem; e eu acho que é bem essa a função de um padre”, voltou a esclarecer.
Além dessa polêmica, O País do Desejo também trata de um romance proibido entre o personagem de Assunção e uma musicista vivida pela atriz Maria Padilha (52) – uma pianista com uma doença terminal. “Resumindo o filme, é uma grande história de amor, ainda que muito imprevista e complicada”, sintetiza Fabio.
A princípio, Maria Padilha tocaria violoncelo. A atriz já estava treinando há um mês quando, a pedido do cineasta, teve que mudar tudo de última hora. “Dois meses antes de filmar, o Paulo [Caldas] decidiu que eu tocaria piano no filme porque eu já havia estudado o instrumento na adolescência. Bom, é como fazer ginástica olímpica na adolescência e, agora, pedirem para você dar três mortais, né (risos). Mas, deu certo, tive um preparador ótimo”, contou ela à reportagem. “Toquei somente três músicas no filme. Tinham sugerido que eu dublasse as canções, mas achei mais difícil, preferi tocar do jeito que eu sei”. E o trabalho acabou despertando uma paixão antiga em Maria. “Voltei a me apaixonar pelo piano; faço aulas até hoje”.
Completando o elenco, Gabriel Braga Nunes (39), cuja última aparição nas telinhas da TV foi na novela Insensato Coração na pele do vilão Léo, dá vida ao médico da personagem de Padilha. O ator mostrou estar bem orgulhoso com o resultado do longa-metragem. “É um filme excelente, que tem uma assinatura, um diferencial”, resumiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Atores e cineastas celebram obra de Leon Cakoff na abertura da Mostra
Renata de Almeida, Serginho Groisman, Jeferson De, Gero Camilo, Giselle Itié, Daniela Thomas, Toni Venturi, Débora Duboc e Laís Bodanzky compareceram na abertura da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e celebraram a obra de seu organizador, Leon Cakoff
A abertura da 35ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que aconteceu na noite desta quinta-feira, 20, no Auditório do Ibirapuera, foi marcada pelo luto por Leon Cakoff, crítico de cinema nacional que idealizou e criou um dos eventos mais importantes do cinema mundial.
Cakoff, que faleceu no dia 14 deste mês, por conta de um câncer no tecido epitelial, recebeu homenagens e teve sua contribuição cultural enaltecida por atores, cineastas e nomes da sétima arte. Organizadora da Mostra de SP ao lado de Leon, Renata de Almeida teve pouco tempo, mas conseguiu fazer uma singela e justa homenagem ao seu parceiro de longa data. “Hoje seria a missa de sétimo dia, mas acredito que é esse tipo de missa que o Leon gostaria de ter”, comentou. “Ele enfrentou censura e dificuldades financeiras para manter a Mostra, sempre procurando o inusitado e o diferente. O cinema era seu vício. Mesmo doente, ele não quis se ausentar. Ele deixa saudades, mas deixa também sua marca”.
Antes da exibição do filme de abertura, O Garoto da Bicicleta, um vídeo com entrevistas, fotos, lembranças de Leon, permeado com depoimentos de amigos e colegas de trabalho, foi transmitido emocionando uma plateia que aplaudia de pé. Serginho Groisman, orador da abertura (juntamente com Rubens Ewald Filho e Marina Person), recordou de seus momentos ao lado do crítico. “Minha primeira entrevista foi com o Leon; ali começamos uma amizade duradoura. É uma honra ter conhecido esse homem que praticamente dedicou metade da vida dele a um evento para uma cidade que ele adotou como sua”, discursou.
O prefeito Gilberto Kassab fechou a noite com seu pronunciamento: "Venho representando a cidade de São Paulo, que agradece o trabalho de Leon, sempre envolvido com a arte; trago uma mensagem de fé e um abraço carinhoso para ele. E que seu legado continue por muitas edições da Mostra".
Outros nomes do cinema nacional também deixaram seu tributo:
Jeferson De, cineasta: “Participei da Mostra do ano passado com 'Bróder' e fui muito bem recebido pelo Leon. Ele me disse ‘Bem-vindo ao mundo do cinema’. Ele foi meu tutor, meu professor”.
Gero Camilo, ator; está com o filme Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios - com Camila Pitanga no elenco - na programação do evento: “Cakoff nos ofereceu cultura, uma verdadeira revolução cinematográfica com a Mostra".
Giselle Itê, atriz: “Esse é o momento em que o cinema brasileiro e mundial se despede de seu criador. Tomara que o cinema continue a vibrar do jeito que ele esperava”.
Daniela Thomas, cineasta: “Estou nervosa; essa é a primeira Mostra sem Leon Cakoff. Espero que a cidade mantenha esse evento, mesmo com a falta de seu criador”.
Laís Bodanzky, cineasta, atualmente dirige um episódio do longa-metragem Mundo Invisível, com coordenação de Leon e Renata de Almeida: “Ele está aqui hoje, porque os filmes dele estão aqui. Hoje não é só uma abertura da Mostra, é uma celebração de um trabalho de anos de empenho”.
Marina Person, apresentadora e cineasta: “Sempre que eu entrevistava Leon Cakoff, pedindo dicas de filmes da Mostra, ele me respondia ‘não tenho, você terá que assistir a todos os filmes’. Ele tratava os filmes da programação como se fossem seus filhos”.
Toni Venturi, cineasta: “Sempre vou me lembrar de uma viagem que fiz com o Kakoff para Cuba. Acompanhamos o festival de cinema de lá e, nessa trajetória, pude conhecê-lo melhor; descobri um homem muito bem humorado”.
Débora Duboc, atriz, casada com o cineasta Toni Venturi: “O Cakoff fez parte da minha formação artística, me inspirei em muitas obras que assisti aqui na Mostra”.
(Karen Lemos - CARAS Online)
A abertura da 35ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que aconteceu na noite desta quinta-feira, 20, no Auditório do Ibirapuera, foi marcada pelo luto por Leon Cakoff, crítico de cinema nacional que idealizou e criou um dos eventos mais importantes do cinema mundial.
Cakoff, que faleceu no dia 14 deste mês, por conta de um câncer no tecido epitelial, recebeu homenagens e teve sua contribuição cultural enaltecida por atores, cineastas e nomes da sétima arte. Organizadora da Mostra de SP ao lado de Leon, Renata de Almeida teve pouco tempo, mas conseguiu fazer uma singela e justa homenagem ao seu parceiro de longa data. “Hoje seria a missa de sétimo dia, mas acredito que é esse tipo de missa que o Leon gostaria de ter”, comentou. “Ele enfrentou censura e dificuldades financeiras para manter a Mostra, sempre procurando o inusitado e o diferente. O cinema era seu vício. Mesmo doente, ele não quis se ausentar. Ele deixa saudades, mas deixa também sua marca”.
Antes da exibição do filme de abertura, O Garoto da Bicicleta, um vídeo com entrevistas, fotos, lembranças de Leon, permeado com depoimentos de amigos e colegas de trabalho, foi transmitido emocionando uma plateia que aplaudia de pé. Serginho Groisman, orador da abertura (juntamente com Rubens Ewald Filho e Marina Person), recordou de seus momentos ao lado do crítico. “Minha primeira entrevista foi com o Leon; ali começamos uma amizade duradoura. É uma honra ter conhecido esse homem que praticamente dedicou metade da vida dele a um evento para uma cidade que ele adotou como sua”, discursou.
O prefeito Gilberto Kassab fechou a noite com seu pronunciamento: "Venho representando a cidade de São Paulo, que agradece o trabalho de Leon, sempre envolvido com a arte; trago uma mensagem de fé e um abraço carinhoso para ele. E que seu legado continue por muitas edições da Mostra".
Outros nomes do cinema nacional também deixaram seu tributo:
Jeferson De, cineasta: “Participei da Mostra do ano passado com 'Bróder' e fui muito bem recebido pelo Leon. Ele me disse ‘Bem-vindo ao mundo do cinema’. Ele foi meu tutor, meu professor”.
Gero Camilo, ator; está com o filme Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios - com Camila Pitanga no elenco - na programação do evento: “Cakoff nos ofereceu cultura, uma verdadeira revolução cinematográfica com a Mostra".
Giselle Itê, atriz: “Esse é o momento em que o cinema brasileiro e mundial se despede de seu criador. Tomara que o cinema continue a vibrar do jeito que ele esperava”.
Daniela Thomas, cineasta: “Estou nervosa; essa é a primeira Mostra sem Leon Cakoff. Espero que a cidade mantenha esse evento, mesmo com a falta de seu criador”.
Laís Bodanzky, cineasta, atualmente dirige um episódio do longa-metragem Mundo Invisível, com coordenação de Leon e Renata de Almeida: “Ele está aqui hoje, porque os filmes dele estão aqui. Hoje não é só uma abertura da Mostra, é uma celebração de um trabalho de anos de empenho”.
Marina Person, apresentadora e cineasta: “Sempre que eu entrevistava Leon Cakoff, pedindo dicas de filmes da Mostra, ele me respondia ‘não tenho, você terá que assistir a todos os filmes’. Ele tratava os filmes da programação como se fossem seus filhos”.
Toni Venturi, cineasta: “Sempre vou me lembrar de uma viagem que fiz com o Kakoff para Cuba. Acompanhamos o festival de cinema de lá e, nessa trajetória, pude conhecê-lo melhor; descobri um homem muito bem humorado”.
Débora Duboc, atriz, casada com o cineasta Toni Venturi: “O Cakoff fez parte da minha formação artística, me inspirei em muitas obras que assisti aqui na Mostra”.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Já me sinto uma mulher’, diz Mallu Magalhães lançando novo álbum
Com produção e ‘palpitecos sinceros’ do marido Marcelo Camelo, Pitanga – terceiro trabalho de Mallu Magalhães – mostra lado sensível, louco e ‘velho’ da cantora de apenas 19 anos
Mallu Magalhães (19) chegou apressada, pedindo desculpas por seu atraso para a entrevista com a equipe de CARAS Online. “Perdi a hora! Estava em casa lavando a louça e esqueci do horário. Quando o Marcelo [Camelo, músico com quem se relaciona há quatro anos e já se considera casada] acordar vai ver tudo bagunçado”, relatou, entre risos, com ar de preocupada. É fato que Mallu cresceu. Quando começou na música, aos 15 anos de idade – alavancada pela internet – muitos torceram o nariz, mas a cantora nem deu bola e seguiu seu caminho até chegar em Pitanga, seu terceiro álbum da carreira, já disponível nas lojas de discos.
Sabendo que muita coisa mudou de 2008 (quando o primeiro álbum saiu) até agora, Mallu confere a Pitanga um retrato desse crescimento. “É o retrato de uma nova fase, de um novo passo. Consegui reparar, dentro de mim, um amadurecimento pessoal, emocional e existencial. É como se eu tivesse descoberto uma parte nova de mim e, consequentemente, a minha própria musicalidade”, contou Mallu que estava vestida com galochas coloridas, saia rendada e uma jaqueta colorida – roupa escolhida às pressas ao se lembrar do horário da entrevista.
“Resolvi procurar uma estética minha para este novo trabalho. Além do amadurecimento da voz, cresci na personalidade e até no corpo. Eu era uma menina quando comecei; hoje já me sinto uma mulher”, acrescentou.
Esse despertar da maturidade deixou Mallu Magalhães, até mesmo, velha. Na faixa que abre o disco (Velha e Louca) a cantora canta seu estado de espírito atual. “Minhas letras traduzem como eu me sinto. Eu não quis dizer velha na questão de idade, mas nessa sensação de amadurecer”, explicou. “E louca eu sempre fui! Agora que eu resolvi assumir ficou tudo mais fácil [risos]. Sou louca mesmo. Todo mundo é!”.
Outra faixa do álbum, Highly Sensitive, também diz muito sobre sua autora. “Altamente sensível. Eu sou assim; sensível, intensa. O tempo todo estou lidando com meus sentimentos”, revelou. “Mas eu gosto disso. Gosto de sentir, identificar, potencializar, desenvolver e traduzir em arte algo que existe dentro de mim”.
Assim como indica Highly Sensitive, mais do que nunca, o novo disco terá algumas canções em inglês e – pela primeira vez – se encontrará com composições em português. “As pessoas não tem limitações na música. Elas ouvem música pela sonoridade, não pela língua. Além disso, o brasileiro, porque mais que ele não entenda, ele escuta muitas canções em inglês”, exemplificou a moça, que diz não se preocupar com uma carreira internacional (“isso vem com o esforço do nosso trabalho e também com uma certa torcida”, riu) e que já surpreendeu muito gringo em shows fora do Brasil. “Já fiz show em Portugal, Espanha e Canadá; o público se interessou mais pelo meu lado bossa nova, Samba – justamente as músicas cantadas em português”.
Todo o processo para o nascimento de Pitanga, no entanto, não foi um trabalho solo. Mallu contou com o auxílio e contribuição de Marcelo Camelo. “Ele se mostrou um produtor muito bom, não esperava que ele fosse tão bom assim. Marcelo sempre tinha uma resposta para meus questionamentos e dúvida com relação ao álbum. E respeitou e incentivou minhas opiniões”, disse. “Além disso, ele é um músico excelente, mas sou coruja para falar, né?”, brincou ainda.
A turnê que Mallu está preparando a partir do novo trabalho também terá dedo do ‘maridão’. Camelo será o diretor da série de shows que terão início no dia 18 de novembro no Studio RJ, no Rio de Janeiro. Para otimizar as apresentações, Mallu terá apenas três músicos acompanhando ela na estrada. “Cada um tocará um instrumento diferente em cada música. Super rico”, prometeu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Mallu Magalhães (19) chegou apressada, pedindo desculpas por seu atraso para a entrevista com a equipe de CARAS Online. “Perdi a hora! Estava em casa lavando a louça e esqueci do horário. Quando o Marcelo [Camelo, músico com quem se relaciona há quatro anos e já se considera casada] acordar vai ver tudo bagunçado”, relatou, entre risos, com ar de preocupada. É fato que Mallu cresceu. Quando começou na música, aos 15 anos de idade – alavancada pela internet – muitos torceram o nariz, mas a cantora nem deu bola e seguiu seu caminho até chegar em Pitanga, seu terceiro álbum da carreira, já disponível nas lojas de discos.
Sabendo que muita coisa mudou de 2008 (quando o primeiro álbum saiu) até agora, Mallu confere a Pitanga um retrato desse crescimento. “É o retrato de uma nova fase, de um novo passo. Consegui reparar, dentro de mim, um amadurecimento pessoal, emocional e existencial. É como se eu tivesse descoberto uma parte nova de mim e, consequentemente, a minha própria musicalidade”, contou Mallu que estava vestida com galochas coloridas, saia rendada e uma jaqueta colorida – roupa escolhida às pressas ao se lembrar do horário da entrevista.
“Resolvi procurar uma estética minha para este novo trabalho. Além do amadurecimento da voz, cresci na personalidade e até no corpo. Eu era uma menina quando comecei; hoje já me sinto uma mulher”, acrescentou.
Esse despertar da maturidade deixou Mallu Magalhães, até mesmo, velha. Na faixa que abre o disco (Velha e Louca) a cantora canta seu estado de espírito atual. “Minhas letras traduzem como eu me sinto. Eu não quis dizer velha na questão de idade, mas nessa sensação de amadurecer”, explicou. “E louca eu sempre fui! Agora que eu resolvi assumir ficou tudo mais fácil [risos]. Sou louca mesmo. Todo mundo é!”.
Outra faixa do álbum, Highly Sensitive, também diz muito sobre sua autora. “Altamente sensível. Eu sou assim; sensível, intensa. O tempo todo estou lidando com meus sentimentos”, revelou. “Mas eu gosto disso. Gosto de sentir, identificar, potencializar, desenvolver e traduzir em arte algo que existe dentro de mim”.
Assim como indica Highly Sensitive, mais do que nunca, o novo disco terá algumas canções em inglês e – pela primeira vez – se encontrará com composições em português. “As pessoas não tem limitações na música. Elas ouvem música pela sonoridade, não pela língua. Além disso, o brasileiro, porque mais que ele não entenda, ele escuta muitas canções em inglês”, exemplificou a moça, que diz não se preocupar com uma carreira internacional (“isso vem com o esforço do nosso trabalho e também com uma certa torcida”, riu) e que já surpreendeu muito gringo em shows fora do Brasil. “Já fiz show em Portugal, Espanha e Canadá; o público se interessou mais pelo meu lado bossa nova, Samba – justamente as músicas cantadas em português”.
Todo o processo para o nascimento de Pitanga, no entanto, não foi um trabalho solo. Mallu contou com o auxílio e contribuição de Marcelo Camelo. “Ele se mostrou um produtor muito bom, não esperava que ele fosse tão bom assim. Marcelo sempre tinha uma resposta para meus questionamentos e dúvida com relação ao álbum. E respeitou e incentivou minhas opiniões”, disse. “Além disso, ele é um músico excelente, mas sou coruja para falar, né?”, brincou ainda.
A turnê que Mallu está preparando a partir do novo trabalho também terá dedo do ‘maridão’. Camelo será o diretor da série de shows que terão início no dia 18 de novembro no Studio RJ, no Rio de Janeiro. Para otimizar as apresentações, Mallu terá apenas três músicos acompanhando ela na estrada. “Cada um tocará um instrumento diferente em cada música. Super rico”, prometeu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Fernanda Montenegro: ‘Acho que melhorei’
Aos 81 anos de idade, Fernanda Montenegro vive Simone de Beauvoir em ‘Viver Sem Tempos Mortos’, peça que reestreia em São Paulo. “É mais do que passear pela obra de Simone; fiz uma revisão da minha própria vida que tive a coragem e o privilégio de levar ao palco”, contou à CARAS Online
Apenas uma cadeira, uma luz central e uma Fernanda Montenegro (81) de calças escuras e blusa social branca convocando memórias, vivências e atirando pensamentos ora reflexivos, ora contestadores, para a plateia compõe Viver Sem Tempos Mortos (termo usado durante protestos das revoluções da contracultura no Brasil no final da década de 1960). A peça, que reestreia no Teatro Raul Cortez, São Paulo, no próximo dia 8 de outubro consegue, ainda, se sustentar durante uma hora por conta da obra forte de Simone de Beauvoir (1908 - 1986), escritora, filósofa e feminista francesa, e da incontestável presença de palco da veterana que, ao desembarcar em seu universo, acabou encontrando com ela mesma no meio do caminho.
“Foi mais do que passear pela obra de Simone, eu fiz uma revisão da minha própria vida que tive a coragem e o privilégio de levar ao palco”, afirmou Fernanda em entrevista à CARAS Online.
“Tenho 81 anos, sendo que passei 65 anos vivendo publicamente, trabalhando no teatro, televisão e cinema. Passei por muitos textos, muitas mudanças; tive filhos, netos, perdi mãe, pai, irmão, marido; experiências boas e duras. E sempre encontro no texto de Simone algo que me faça refletir sobre a própria vida. No geral, nós duas vivemos de formas parecidas. Acho que se eu pudesse sentar com ela, hoje, teríamos muitas memórias em comum”.
Com direção de Felipe Hirsch e cenário de Daniela Thomas, Viver Sem Tempos Mortos teve sua temporada suspensa em 2010 para que a atriz pudesse trabalhar na novela Passione (na qual deu vida a personagem Bete), de Silvio de Abreu (68). O processo, contudo, tinha sido tão intenso para Fernanda que valia a pena retornar ao palco e voltar a viver Beauvoir.
“E agora tem algo mais arquitetado também, algo se fortaleceu nesse caminho. Acho que melhorei”, disse, entre risos, expressando seu típico bom humor. Existe, além disso, um esgotamento físico de Fernanda durante o espetáculo (“Eu termino a peça suando. Eu não ando pelo palco, mas tenho que ter uma concentração enorme”) não somente pelo pensamento denso de sua personagem, mas também porque a atração toda é apresentada em forma de um monólogo - um desafio para qualquer ator, mas que enriquece sua experiência. “Todo ator tem que monologar diante da plateia em algum momento da carreira. É como viver ou morrer, uma experiência importante que precisa acontecer”, definiu.
Simone e Sartre
O livro Tête-à-Tête, de Hazel Rowley, obra que reúne correspondências em cartas de Simone de Beauvoir com Jean-Paul Sartre (1905 - 1980), filósofo, escritor e crítico francês, foi essencial para o nascimento de Vivendo em Tempos Mortos. A partir disso, Fernanda fez suas pesquisas e um aprofundado laboratório para dar veracidade à sua Simone no tablado. “Foi um trabalho de dois anos em cima da obra da Simone e do Sartre”, recordou. “Fiz um resumo de 200 páginas do que li; o que não é nada, é só um cheiro de uma vida que foi contada em cerca de seis volumes de biografias”.
Houve até mesmo um árduo trabalho para sintetizar os pensamentos prolixos, nada fáceis, vindas de uma mulher extremamente verborrágica, que com suas ideias mudou o mundo a partir da metade do século passado. “Como uma boa francesa, Simone pensava bem e falava claramente seu pensamento; um pensamento que contribuiu para que a humanidade fosse menos dividida. No seu tempo, o homem era absoluto e a mulher era o ‘outro’”, disse.
Para atriz, sem Simone e sem Sartre, não haveria a contracultura; não haveria as revoluções de 1968, não teriam possibilidades as grandes mudanças, que podemos vivenciar hoje. “Os dois contribuíram para uma mudança a partir de dois princípios: a liberdade e a verdade”, concluiu, fazendo uma breve análise do novo século. “Hoje, a coisa feminista ficou meio desagradada. Prefiro falar mais do feminino que, para mim, é a grande presença atualmente. O Brasil é um país matriarcal. Na vida contemporânea, a mulher tem tomado o espaço e assustado os homens”.
Plateia farta
Para quem já apresentou textos do dramaturgo irlandês [Samuel] Beckett (1906 - 1989) para uma plateia lotada na periferia do Rio de Janeiro, ter ou não ter um teatro cheio não é mais uma preocupação. “Quando fiz Beckett na periferia, a preço popular, vi a plateia vindo de ônibus, assistindo compenetrada, aplaudindo de pé e indo embora feliz para sua casa”, recordou.
Algo bem parecido aconteceu na primeira temporada de Viver Sem Tempos Mortos. “Fiquei surpresa ao ver uma plateia farta, interessada e integrada em tudo que estava acontecendo no palco”.
“Não podemos ‘preconceituar’ a capacidade de envolvimento de uma plateia dita inculta, periférica. Esse espetáculo me confirma que, todo trabalho que tenha clareza, é para todo tipo de público. Não se pode dirigir o que o povo tem que ver”, reclamou.
E quem quiser conferir a peça apenas para assistir à veterana Fernanda Montenegro no palco pode se surpreender com um espetáculo rico. Afinal, para a atriz, um grande nome em cima do palco não diz nada. “O público pode até ir ao teatro, mas se for para assistir uma porcaria de peça, ele levanta da cadeira e vai embora”, ressaltou.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Apenas uma cadeira, uma luz central e uma Fernanda Montenegro (81) de calças escuras e blusa social branca convocando memórias, vivências e atirando pensamentos ora reflexivos, ora contestadores, para a plateia compõe Viver Sem Tempos Mortos (termo usado durante protestos das revoluções da contracultura no Brasil no final da década de 1960). A peça, que reestreia no Teatro Raul Cortez, São Paulo, no próximo dia 8 de outubro consegue, ainda, se sustentar durante uma hora por conta da obra forte de Simone de Beauvoir (1908 - 1986), escritora, filósofa e feminista francesa, e da incontestável presença de palco da veterana que, ao desembarcar em seu universo, acabou encontrando com ela mesma no meio do caminho.
“Foi mais do que passear pela obra de Simone, eu fiz uma revisão da minha própria vida que tive a coragem e o privilégio de levar ao palco”, afirmou Fernanda em entrevista à CARAS Online.
“Tenho 81 anos, sendo que passei 65 anos vivendo publicamente, trabalhando no teatro, televisão e cinema. Passei por muitos textos, muitas mudanças; tive filhos, netos, perdi mãe, pai, irmão, marido; experiências boas e duras. E sempre encontro no texto de Simone algo que me faça refletir sobre a própria vida. No geral, nós duas vivemos de formas parecidas. Acho que se eu pudesse sentar com ela, hoje, teríamos muitas memórias em comum”.
Com direção de Felipe Hirsch e cenário de Daniela Thomas, Viver Sem Tempos Mortos teve sua temporada suspensa em 2010 para que a atriz pudesse trabalhar na novela Passione (na qual deu vida a personagem Bete), de Silvio de Abreu (68). O processo, contudo, tinha sido tão intenso para Fernanda que valia a pena retornar ao palco e voltar a viver Beauvoir.
“E agora tem algo mais arquitetado também, algo se fortaleceu nesse caminho. Acho que melhorei”, disse, entre risos, expressando seu típico bom humor. Existe, além disso, um esgotamento físico de Fernanda durante o espetáculo (“Eu termino a peça suando. Eu não ando pelo palco, mas tenho que ter uma concentração enorme”) não somente pelo pensamento denso de sua personagem, mas também porque a atração toda é apresentada em forma de um monólogo - um desafio para qualquer ator, mas que enriquece sua experiência. “Todo ator tem que monologar diante da plateia em algum momento da carreira. É como viver ou morrer, uma experiência importante que precisa acontecer”, definiu.
Simone e Sartre
O livro Tête-à-Tête, de Hazel Rowley, obra que reúne correspondências em cartas de Simone de Beauvoir com Jean-Paul Sartre (1905 - 1980), filósofo, escritor e crítico francês, foi essencial para o nascimento de Vivendo em Tempos Mortos. A partir disso, Fernanda fez suas pesquisas e um aprofundado laboratório para dar veracidade à sua Simone no tablado. “Foi um trabalho de dois anos em cima da obra da Simone e do Sartre”, recordou. “Fiz um resumo de 200 páginas do que li; o que não é nada, é só um cheiro de uma vida que foi contada em cerca de seis volumes de biografias”.
Houve até mesmo um árduo trabalho para sintetizar os pensamentos prolixos, nada fáceis, vindas de uma mulher extremamente verborrágica, que com suas ideias mudou o mundo a partir da metade do século passado. “Como uma boa francesa, Simone pensava bem e falava claramente seu pensamento; um pensamento que contribuiu para que a humanidade fosse menos dividida. No seu tempo, o homem era absoluto e a mulher era o ‘outro’”, disse.
Para atriz, sem Simone e sem Sartre, não haveria a contracultura; não haveria as revoluções de 1968, não teriam possibilidades as grandes mudanças, que podemos vivenciar hoje. “Os dois contribuíram para uma mudança a partir de dois princípios: a liberdade e a verdade”, concluiu, fazendo uma breve análise do novo século. “Hoje, a coisa feminista ficou meio desagradada. Prefiro falar mais do feminino que, para mim, é a grande presença atualmente. O Brasil é um país matriarcal. Na vida contemporânea, a mulher tem tomado o espaço e assustado os homens”.
Plateia farta
Para quem já apresentou textos do dramaturgo irlandês [Samuel] Beckett (1906 - 1989) para uma plateia lotada na periferia do Rio de Janeiro, ter ou não ter um teatro cheio não é mais uma preocupação. “Quando fiz Beckett na periferia, a preço popular, vi a plateia vindo de ônibus, assistindo compenetrada, aplaudindo de pé e indo embora feliz para sua casa”, recordou.
Algo bem parecido aconteceu na primeira temporada de Viver Sem Tempos Mortos. “Fiquei surpresa ao ver uma plateia farta, interessada e integrada em tudo que estava acontecendo no palco”.
“Não podemos ‘preconceituar’ a capacidade de envolvimento de uma plateia dita inculta, periférica. Esse espetáculo me confirma que, todo trabalho que tenha clareza, é para todo tipo de público. Não se pode dirigir o que o povo tem que ver”, reclamou.
E quem quiser conferir a peça apenas para assistir à veterana Fernanda Montenegro no palco pode se surpreender com um espetáculo rico. Afinal, para a atriz, um grande nome em cima do palco não diz nada. “O público pode até ir ao teatro, mas se for para assistir uma porcaria de peça, ele levanta da cadeira e vai embora”, ressaltou.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Moscovis mergulha no universo infantil
Eduardo Moscovis estreia peça infantil em São Paulo e fala da importância da paternidade na construção de seu personagem no espetáculo em entrevista à CARAS Online
Após temporada (bem sucedida) no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, Eduardo Moscovis (43) traz a São Paulo a peça O Menino que Vendia Palavras, cuja estreia aconteceu na tarde deste sábado, 24, no Teatro Frei Caneca, na capital paulista. O espetáculo, que permanece em cartaz até 20 de novembro, é baseado em livro homônimo de Ignácio de Loyola Brandão (75) e conta a história de um garoto (vivido pelo ator Pablo Sanábio) e seu encantamento pelo mundo do significado das palavras.
Pai de Sofia (10), Gabriela (12) (frutos de seu relacionamento com a produtora Roberta Richards) e Manoela (4), sua filha com Cynthia Howlett (34), que está grávida de três meses do terceiro filho do ator, Moscovis contou em entrevista à CARAS Online que seu lado paterno o ajudou muito na construção do personagem – um zeloso pai, muito culto e inteligente, que incentiva o filho a se familiarizar mais com as palavras. “Ele é um pai muito próximo, daqueles que estimulam a curiosidade do filho. Ao mesmo tempo, é um cara bem verdadeiro. O filho pensa que ele sabe de tudo e quando ele diz não conhecer o significado de uma palavra, mostra o quanto verdadeiro ele é”, definiu, enumerando as qualidades que tenta demonstrar em sua casa e na convivência com os filhos.
“Meu envolvimento com esse universo infantil já existe há algum tempo. Eu tenho filhos, já habito esse mundo e também assisti a muitas peças infantis. Ter filhos foi um ponto de partida, meio caminho andado. Uma determinante para que o espetáculo tivesse um leque de interesses bem aberto”, contou.
Moscovis ainda dá vida a um segundo personagem, João Perneta, que faz parte a turma de amiguinhos do garoto-protagonista da peça. “O João funciona quase como um antagonista. Ele está sempre colocando o personagem principal contra a parede ou tentando desmascarar o pai do menino”.
O Menino que Vendia Palavras traz ainda em seu elenco Letícia Colin, Renato Linhares, Luciana Froés e Raquel Rocha.
Para todas as idades
Durante os ensaios do espetáculo, Eduardo Moscovis, juntamente com o elenco, chegou a conclusão de que a peça não teria uma definição que pudesse ser encaixada em uma faixa etária específica.
“É um espetáculo que consegue se comunicar com crianças menores, de 3 a 4 anos, e também com um público de 6 a 7 anos que está se alfabetizando e já entende um pouco de nossas brincadeiras”, explicou. “Os próprios pais também se divertem”.
A peça conta com recursos que enriquecem ainda mais o universo lúdico apresentado no palco. O Menino que Vendia Palavras é feito com muitas cores, pinturas, retro projeções e até mesmo teatro de sombra. A interatividade entre atores e plateia também garante o divertimento. “A história é contada através de muitas brincadeiras e jogos com o público. No início, era para ser algo só entre a gente [elenco] mas, fomos percebendo que a plateia sempre se manifestava, e não precisamos fazer nenhuma força para ter essa participação, simplesmente o público se sente estimulado. É ótimo, uma delícia”, concluiu.
“Me dedico ao máximo”
Moscovis aguarda com muita ansiedade a chegada do quarto filho. “É muita expectativa; expectativa boa, lógico”, comentou. Grávida de três meses, Cynthia Howlett ainda não sabe o sexo do bebê e, por isso, o casal ainda não conversou sobre possíveis nomes para a criança.
Em casa com a pequena Manoela, primeira filha de seu atual casamento, o ator se definiu como um paizão daqueles, que faz questão de auxiliar na criação dos herdeiros ao lado da mãe. “Eu participo sempre que posso e me dedico ao máximo”, acrescentou.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Após temporada (bem sucedida) no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, Eduardo Moscovis (43) traz a São Paulo a peça O Menino que Vendia Palavras, cuja estreia aconteceu na tarde deste sábado, 24, no Teatro Frei Caneca, na capital paulista. O espetáculo, que permanece em cartaz até 20 de novembro, é baseado em livro homônimo de Ignácio de Loyola Brandão (75) e conta a história de um garoto (vivido pelo ator Pablo Sanábio) e seu encantamento pelo mundo do significado das palavras.
Pai de Sofia (10), Gabriela (12) (frutos de seu relacionamento com a produtora Roberta Richards) e Manoela (4), sua filha com Cynthia Howlett (34), que está grávida de três meses do terceiro filho do ator, Moscovis contou em entrevista à CARAS Online que seu lado paterno o ajudou muito na construção do personagem – um zeloso pai, muito culto e inteligente, que incentiva o filho a se familiarizar mais com as palavras. “Ele é um pai muito próximo, daqueles que estimulam a curiosidade do filho. Ao mesmo tempo, é um cara bem verdadeiro. O filho pensa que ele sabe de tudo e quando ele diz não conhecer o significado de uma palavra, mostra o quanto verdadeiro ele é”, definiu, enumerando as qualidades que tenta demonstrar em sua casa e na convivência com os filhos.
“Meu envolvimento com esse universo infantil já existe há algum tempo. Eu tenho filhos, já habito esse mundo e também assisti a muitas peças infantis. Ter filhos foi um ponto de partida, meio caminho andado. Uma determinante para que o espetáculo tivesse um leque de interesses bem aberto”, contou.
Moscovis ainda dá vida a um segundo personagem, João Perneta, que faz parte a turma de amiguinhos do garoto-protagonista da peça. “O João funciona quase como um antagonista. Ele está sempre colocando o personagem principal contra a parede ou tentando desmascarar o pai do menino”.
O Menino que Vendia Palavras traz ainda em seu elenco Letícia Colin, Renato Linhares, Luciana Froés e Raquel Rocha.
Para todas as idades
Durante os ensaios do espetáculo, Eduardo Moscovis, juntamente com o elenco, chegou a conclusão de que a peça não teria uma definição que pudesse ser encaixada em uma faixa etária específica.
“É um espetáculo que consegue se comunicar com crianças menores, de 3 a 4 anos, e também com um público de 6 a 7 anos que está se alfabetizando e já entende um pouco de nossas brincadeiras”, explicou. “Os próprios pais também se divertem”.
A peça conta com recursos que enriquecem ainda mais o universo lúdico apresentado no palco. O Menino que Vendia Palavras é feito com muitas cores, pinturas, retro projeções e até mesmo teatro de sombra. A interatividade entre atores e plateia também garante o divertimento. “A história é contada através de muitas brincadeiras e jogos com o público. No início, era para ser algo só entre a gente [elenco] mas, fomos percebendo que a plateia sempre se manifestava, e não precisamos fazer nenhuma força para ter essa participação, simplesmente o público se sente estimulado. É ótimo, uma delícia”, concluiu.
“Me dedico ao máximo”
Moscovis aguarda com muita ansiedade a chegada do quarto filho. “É muita expectativa; expectativa boa, lógico”, comentou. Grávida de três meses, Cynthia Howlett ainda não sabe o sexo do bebê e, por isso, o casal ainda não conversou sobre possíveis nomes para a criança.
Em casa com a pequena Manoela, primeira filha de seu atual casamento, o ator se definiu como um paizão daqueles, que faz questão de auxiliar na criação dos herdeiros ao lado da mãe. “Eu participo sempre que posso e me dedico ao máximo”, acrescentou.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Música de Luciana Mello amadurece
Em novo álbum, Luciana Mello mergulha em referências que vão desde Gonzaguinha a Serge Gainsbourg e aponta a maternidade como causa de seu amadurecimento musical. ‘A música é a harmonia e a família a melodia: uma não vive sem a outra’, contou em entrevista à CARAS Online
Lançando 6º Solo, sexto disco de uma carreira musical já consolidada, Luciana Mello (32) mergulha mais fundo em suas raízes e referências de cantora apaixonada pelo que faz. Gravado durante os seis dias do feriado de carnaval (“Passei o carnaval fazendo o que eu mais gosto de fazer”, brincou), o trabalho é uma mistura de ritmos e gostos pessoais de Luciana.
“Sempre mostrei minhas influências, mas, neste disco, quis tornar mais visível as referências brasileiras. Tem samba de roda, música afro, tem de tudo, porque existem muitos ritmos dentro da música. Claro que na hora a gente segue uma linha; será um disco bem brasileiro, com veia africana e muita percussão”, definiu durante conversa com a CARAS Online.
Justamente por se tratar de um assunto tão amplo, a escolha das canções que entrariam no álbum tornou-se o maior desafio do projeto. “Foi muito difícil escolher o repertório. Eu recebi umas 150 músicas e somente 12 poderiam entrar”, explicou. “Tentei escolher as que tinham ficado com um arranjo mais legal e fui filtrando”, contou ela, que teve ajuda do irmão Jair Oliveira (36) nesse processo de seleção.
Algumas curiosidades acabaram entrando no disco, caso da regravação de Couleur Café, do cantor e compositor francês Serge Gainsbourg (1928 - 1991). “Eu amei a ideia de regravar essa música. Eu falo francês, porque não cantar em francês?”, questionou. Para completar, Luciana convidou o cantor ‘alemão-afro-canadense’ Corneille (34) para um dueto especial nesta faixa. “Eu vi o Corneille cantando uma vez na televisão e não sabia quem ele era. Certa vez, me apresentei na França e descobri quem era o dono daquela voz que eu tinha amado. Entrei em contato, mostrei o arranjo que criamos para a ‘Couleur Café’ e ele aceitou gravar”, disse Luciana, que ainda não teve a oportunidade de conhecer o parceiro musical pessoalmente. “Nós gravamos tudo via Skype (risos)”.
Versões de Gonzaguinha (1945 - 1991) (Recado), Arnaldo Antunes (51) (Se For Pra Mentir), Djavan (62) (Deixa o Sol Sair), Chico César (47) (Descolada) e até mesmo do pai Jair Rodrigues (72) (Tchau e Mentira) também fazem parte da mistura. “Minhas referências são amplas. Ouço Michael Jackson (1958 - 2009) com Dolores Duran (1930 - 1959), Ed Motta (40) com Clara Nunes (1942 - 1983), enfim, pessoas que gosto e sempre gostei de escutar”, completou. Vale destacar ainda as parcerias de 6º Solo. O irmão Jair, sempre presente, ajudou nos arranjos. O pai, que além de assinar a canção Tchau e Mentira também divide os microfones com a filha. “Eu imaginei um sambão para essa música e resolvi chamar a pessoa que me apresentou o samba na vida para cantar comigo”, disse.
Música e família
Satisfeita musicalmente, Luciana Mello também aplica a mesma felicidade à vida pessoal. Isso porque desde a chegada de sua primogênita, Nina (2) – fruto de seu relacionamento com Ike Levy (35) – seu mundo está mais completo do que nunca. “Não é à toa que dediquei esse novo álbum a ela. O nascimento da Nina foi a maior alegria da minha vida; uma felicidade que se transformou em música e está presente no disco – espero que as pessoas sintam isso”.
Além de contentamento, Nina também trouxe uma maturidade não só musical para a vida da cantora. “É uma fase nova, de amadurecimento mesmo. Para não dizer que a gente vai ficando velho, a gente diz que amadurece”, disse em tom risonho. “Minhas prioridades mudaram também. O que eu achava importante antes, já não é mais. Estou filtrando as coisas, estou mais tranquila”, resumiu. Em homenagem à pequena, Nina está presente no encarte de 6º Solo, em fotos na qual a pequena aparece agarrada à mãe em um cenário praiano. As imagens, conclui Luciana, define bem os valores de sua vida. “A música é o ar que eu respiro, já a família é o sangue que corre em minhas veias. São coisas que não consigo viver sem. Assim como a música é a harmonia e a família a melodia: uma não vive sem a outra”.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Lançando 6º Solo, sexto disco de uma carreira musical já consolidada, Luciana Mello (32) mergulha mais fundo em suas raízes e referências de cantora apaixonada pelo que faz. Gravado durante os seis dias do feriado de carnaval (“Passei o carnaval fazendo o que eu mais gosto de fazer”, brincou), o trabalho é uma mistura de ritmos e gostos pessoais de Luciana.
“Sempre mostrei minhas influências, mas, neste disco, quis tornar mais visível as referências brasileiras. Tem samba de roda, música afro, tem de tudo, porque existem muitos ritmos dentro da música. Claro que na hora a gente segue uma linha; será um disco bem brasileiro, com veia africana e muita percussão”, definiu durante conversa com a CARAS Online.
Justamente por se tratar de um assunto tão amplo, a escolha das canções que entrariam no álbum tornou-se o maior desafio do projeto. “Foi muito difícil escolher o repertório. Eu recebi umas 150 músicas e somente 12 poderiam entrar”, explicou. “Tentei escolher as que tinham ficado com um arranjo mais legal e fui filtrando”, contou ela, que teve ajuda do irmão Jair Oliveira (36) nesse processo de seleção.
Algumas curiosidades acabaram entrando no disco, caso da regravação de Couleur Café, do cantor e compositor francês Serge Gainsbourg (1928 - 1991). “Eu amei a ideia de regravar essa música. Eu falo francês, porque não cantar em francês?”, questionou. Para completar, Luciana convidou o cantor ‘alemão-afro-canadense’ Corneille (34) para um dueto especial nesta faixa. “Eu vi o Corneille cantando uma vez na televisão e não sabia quem ele era. Certa vez, me apresentei na França e descobri quem era o dono daquela voz que eu tinha amado. Entrei em contato, mostrei o arranjo que criamos para a ‘Couleur Café’ e ele aceitou gravar”, disse Luciana, que ainda não teve a oportunidade de conhecer o parceiro musical pessoalmente. “Nós gravamos tudo via Skype (risos)”.
Versões de Gonzaguinha (1945 - 1991) (Recado), Arnaldo Antunes (51) (Se For Pra Mentir), Djavan (62) (Deixa o Sol Sair), Chico César (47) (Descolada) e até mesmo do pai Jair Rodrigues (72) (Tchau e Mentira) também fazem parte da mistura. “Minhas referências são amplas. Ouço Michael Jackson (1958 - 2009) com Dolores Duran (1930 - 1959), Ed Motta (40) com Clara Nunes (1942 - 1983), enfim, pessoas que gosto e sempre gostei de escutar”, completou. Vale destacar ainda as parcerias de 6º Solo. O irmão Jair, sempre presente, ajudou nos arranjos. O pai, que além de assinar a canção Tchau e Mentira também divide os microfones com a filha. “Eu imaginei um sambão para essa música e resolvi chamar a pessoa que me apresentou o samba na vida para cantar comigo”, disse.
Música e família
Satisfeita musicalmente, Luciana Mello também aplica a mesma felicidade à vida pessoal. Isso porque desde a chegada de sua primogênita, Nina (2) – fruto de seu relacionamento com Ike Levy (35) – seu mundo está mais completo do que nunca. “Não é à toa que dediquei esse novo álbum a ela. O nascimento da Nina foi a maior alegria da minha vida; uma felicidade que se transformou em música e está presente no disco – espero que as pessoas sintam isso”.
Além de contentamento, Nina também trouxe uma maturidade não só musical para a vida da cantora. “É uma fase nova, de amadurecimento mesmo. Para não dizer que a gente vai ficando velho, a gente diz que amadurece”, disse em tom risonho. “Minhas prioridades mudaram também. O que eu achava importante antes, já não é mais. Estou filtrando as coisas, estou mais tranquila”, resumiu. Em homenagem à pequena, Nina está presente no encarte de 6º Solo, em fotos na qual a pequena aparece agarrada à mãe em um cenário praiano. As imagens, conclui Luciana, define bem os valores de sua vida. “A música é o ar que eu respiro, já a família é o sangue que corre em minhas veias. São coisas que não consigo viver sem. Assim como a música é a harmonia e a família a melodia: uma não vive sem a outra”.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Mariana Ximenes encara anoréxica no palco
Em seu retorno aos palcos do teatro, após nove anos de hiato, Mariana Ximenes dá vida a uma personagem de complexidade ímpar: Sidney, uma atriz neurótica, histérica, que sofre de anorexia. “Falei com uma psicanalista para entender mais sobre a doença”, contou em entrevista a CARAS Online
Nove anos se passaram desde que Mariana Ximenes (30) pisou pela última vez no tablado, isso em 2000, quando atuou em A Rosa Tatuada. Na próxima sexta-feira, 16, no Teatro Augusta, em São Paulo, a atriz retorna aos palcos em um papel provocador – motivo que fez Mariana, que continuou frequentando o teatro, mas como expectadora – pular da plateia para a cena.
“Eu venho do teatro, foi onde comecei, e sempre fui apaixonada por ele. No caminho, surgiram bons projetos para a televisão e para o cinema, e acabei me afastando do teatro como atriz, mas nunca como expectadora”, complementa Mariana em entrevista à CARAS Online. Prova da fidelidade da atriz com o universo cênico foi a viagem que fez até Canudos, no interior da Bahia, para conferir a adaptação de Os Sertões pelo Teatro Oficina de José Celso Martinez Corrêa (74).
Agora, em 2011, ela estrela Os Altruístas, peça baseada em texto do dramaturgo Nicky Silver e com direção de Guilherme Weber (36), que também é ator. Foi justamente o trabalho de Weber no teatro que despertou a vontade em Ximenes em retomar a carreira no tablado. “Senti uma vontade de trabalhar com as diferentes linguagens abordadas pela companhia de teatro fundada por Weber [a Sutil Companhia de Teatro, criada em 1993 em parceria com Felipe Hirsch]. Ele trabalha com um repertório que eu nunca consegui acessar como atriz. Além disso, o texto é provocativo e tem um jogo cênico interessante que pede que os atores estejam sintonizados a todo o momento”, afirmou com exatidão.
No palco, ela é Sidney, uma atriz de novela neurótica, histérica, anoréxica, carente e que tem uma relação doentia com a vida. Resumindo, Ximenes dá vida a uma personagem de densidade ímpar. “E que traduz muito bem as personagens escritas por Nicky Silver. Ela é super verborrágica e tem um ritmo de humor ácido e muito feroz”, acrescentou.
Para dar veracidade a essa mulher intensa, a atriz mergulhou em um processo de descoberta e referências. “Eu falei com uma psicanalista para entender mais sobre a bulimia e anorexia, precisava entender o problema”, disse. Orientada por Weber, Ximenes ainda coletou inspirações diversas para o papel que permearam desde o teatro expressionista alemão, passando pelas mulheres de Alfred Hitchcock (1899 - 1980), e chegando até as estrelas-travestis de Andy Warhol (1928 - 1987). “O Guilherme quis exercitar uma linguagem teatro diferente comigo e pediu que eu pensasse que era um homem interpretando essa mulher no palco”, explicou.
Para Weber, essa mistura é o que garante a originalidade de seu trabalho. “Hoje em dia é difícil esse processo de criação; temos muitas referências e não dá para trabalhar sem elas. Mas acho que, ao colocar em conflito essas inspirações, conseguimos alcançar um ineditismo”, explicou o diretor.
Semelhanças?
Ximenes quis deixar bem claro que a única semelhança que encontrou com Sidney foi o fato de as duas serem atrizes de novela. Esse detalhe garantiu, ainda mais, a atração de Mariana por esse projeto e, para Guilherme, a certeza de que escalá-la para a peça daria um resultado interessante.
“Achei interessante trabalhar esse lado metalinguístico ao viver atriz de novela no teatro”, contou Ximenes, sendo complementada por seu diretor. “É quase um fetiche ter uma atriz vivendo uma atriz em sua peça”, riu.
“No geral, fico feliz de ter reunido um elenco tão brilhante. Acho que o trabalho de um diretor começa com a escalação do elenco e poder contar com esses atores foi uma chama atrativa. Eu sabia que essas vozes diferentes em um lugar comum resultariam em um embate interessante”, resumiu.
Os Altruístas traz ainda em seu elenco Kiko Mascarenhas, Miguel Thiré, Jonathan Haagensen e Stella Rabello.
Politicamente incorreto
Para o diretor Guilherme Weber, o texto de Nicky Silver ‘desperta o que temos de pior’. “É uma peça politicamente incorreta”, definiu.
O universo do dramaturgo norte-americano, acrescenta ainda Weber, transita em um tipo de humor bastante atraente para um artista. “É um humor demolidor, satírico, quase difícil de expressar”, sintetizou. “Mas, acho que é esse humor que faz uma sociedade mais atenta. Hoje, estamos vendo uma abertura maior no Brasil a esse tipo de comédia, vide o stand up comedy e humoristas como Danilo Gentili (31) e Rafinha Bastos (34) na televisão. É bom poder abrir esse espaço para discussões como as que são abordadas na peça”, concluiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Nove anos se passaram desde que Mariana Ximenes (30) pisou pela última vez no tablado, isso em 2000, quando atuou em A Rosa Tatuada. Na próxima sexta-feira, 16, no Teatro Augusta, em São Paulo, a atriz retorna aos palcos em um papel provocador – motivo que fez Mariana, que continuou frequentando o teatro, mas como expectadora – pular da plateia para a cena.
“Eu venho do teatro, foi onde comecei, e sempre fui apaixonada por ele. No caminho, surgiram bons projetos para a televisão e para o cinema, e acabei me afastando do teatro como atriz, mas nunca como expectadora”, complementa Mariana em entrevista à CARAS Online. Prova da fidelidade da atriz com o universo cênico foi a viagem que fez até Canudos, no interior da Bahia, para conferir a adaptação de Os Sertões pelo Teatro Oficina de José Celso Martinez Corrêa (74).
Agora, em 2011, ela estrela Os Altruístas, peça baseada em texto do dramaturgo Nicky Silver e com direção de Guilherme Weber (36), que também é ator. Foi justamente o trabalho de Weber no teatro que despertou a vontade em Ximenes em retomar a carreira no tablado. “Senti uma vontade de trabalhar com as diferentes linguagens abordadas pela companhia de teatro fundada por Weber [a Sutil Companhia de Teatro, criada em 1993 em parceria com Felipe Hirsch]. Ele trabalha com um repertório que eu nunca consegui acessar como atriz. Além disso, o texto é provocativo e tem um jogo cênico interessante que pede que os atores estejam sintonizados a todo o momento”, afirmou com exatidão.
No palco, ela é Sidney, uma atriz de novela neurótica, histérica, anoréxica, carente e que tem uma relação doentia com a vida. Resumindo, Ximenes dá vida a uma personagem de densidade ímpar. “E que traduz muito bem as personagens escritas por Nicky Silver. Ela é super verborrágica e tem um ritmo de humor ácido e muito feroz”, acrescentou.
Para dar veracidade a essa mulher intensa, a atriz mergulhou em um processo de descoberta e referências. “Eu falei com uma psicanalista para entender mais sobre a bulimia e anorexia, precisava entender o problema”, disse. Orientada por Weber, Ximenes ainda coletou inspirações diversas para o papel que permearam desde o teatro expressionista alemão, passando pelas mulheres de Alfred Hitchcock (1899 - 1980), e chegando até as estrelas-travestis de Andy Warhol (1928 - 1987). “O Guilherme quis exercitar uma linguagem teatro diferente comigo e pediu que eu pensasse que era um homem interpretando essa mulher no palco”, explicou.
Para Weber, essa mistura é o que garante a originalidade de seu trabalho. “Hoje em dia é difícil esse processo de criação; temos muitas referências e não dá para trabalhar sem elas. Mas acho que, ao colocar em conflito essas inspirações, conseguimos alcançar um ineditismo”, explicou o diretor.
Semelhanças?
Ximenes quis deixar bem claro que a única semelhança que encontrou com Sidney foi o fato de as duas serem atrizes de novela. Esse detalhe garantiu, ainda mais, a atração de Mariana por esse projeto e, para Guilherme, a certeza de que escalá-la para a peça daria um resultado interessante.
“Achei interessante trabalhar esse lado metalinguístico ao viver atriz de novela no teatro”, contou Ximenes, sendo complementada por seu diretor. “É quase um fetiche ter uma atriz vivendo uma atriz em sua peça”, riu.
“No geral, fico feliz de ter reunido um elenco tão brilhante. Acho que o trabalho de um diretor começa com a escalação do elenco e poder contar com esses atores foi uma chama atrativa. Eu sabia que essas vozes diferentes em um lugar comum resultariam em um embate interessante”, resumiu.
Os Altruístas traz ainda em seu elenco Kiko Mascarenhas, Miguel Thiré, Jonathan Haagensen e Stella Rabello.
Politicamente incorreto
Para o diretor Guilherme Weber, o texto de Nicky Silver ‘desperta o que temos de pior’. “É uma peça politicamente incorreta”, definiu.
O universo do dramaturgo norte-americano, acrescenta ainda Weber, transita em um tipo de humor bastante atraente para um artista. “É um humor demolidor, satírico, quase difícil de expressar”, sintetizou. “Mas, acho que é esse humor que faz uma sociedade mais atenta. Hoje, estamos vendo uma abertura maior no Brasil a esse tipo de comédia, vide o stand up comedy e humoristas como Danilo Gentili (31) e Rafinha Bastos (34) na televisão. É bom poder abrir esse espaço para discussões como as que são abordadas na peça”, concluiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Cinema: Gabriel Braga Nunes repete mau-caratismo
Gabriel Braga Nunes, o Léo de Insensato Coração, repete sua pose de vilão em ‘O Homem do Futuro’, novidade do cinema nacional que entra em cartaz na próxima sexta-feira, 2
Gabriel Braga Nunes (39) mal deixou a pele de Léo, vilão de Insensato Coração, da Rede Globo, e já embarcou em um novo personagem que mantém a falta de caráter do personagem brilhantemente criado por Gilberto Braga (64) e Ricardo Linhares (49), e que marcou a carreira do astro.
Em O Homem do Futuro, de Cláudio Torres, Braga Nunes divide a cena com Wagner Moura (35) e Alinne Moraes (28). Na pele do cientista Zero, Wagner interpreta um personagem que acaba construindo uma máquina do tempo. Tendo a oportunidade em mãos, decide retornar a seu passado e tentar acertar seu relacionamento com uma antiga namorada, vivida por Alinne Moraes. Cheio de tramóias, assim como Léo do folhetim, o personagem de Gabriel fará de tudo para derrubar os planos de Zero.
“Meu personagem é o antagonista da trama; ele é meio coringa, sempre aparece de maneiras diferentes através os tempos, tentando afastar o casal central”, definiu Braga Nunes em entrevista a CARAS Online na pré estreia do longa em São Paulo na noite desta terça-feira, 30.
O ator ainda celebrou sua boa fase profissional, exaltada após Insensato Coração. “O Léo foi uma grande alegria, fiquei muito contente de ter vivido esse personagem. Foi um experiência ótima, deliciosa; fora que trabalhei com grandes atores nessa trama”, completou.
Com o final de Insensato Coração e o lançamento de O Homem do Futuro, o galã agora pretende tirar suas merecidas férias. “Vou ficar tranquilo; quero descansar bastante”, contou o ator, que em breve desembarca em Nova York para curtir a folga.
Na volta, Gabriel tem ainda mais filmes para divulgar em circuito nacional. País do Desejo, longa de Paulo Caldas (47), no qual atuará ao lado de Fábio Assunção (40). Na trama, Fábio dá vida a um padre que causa desconforto em meio a seus superiores por apoiar uma adolescente que pretende abortar e por se apaixonar por uma jovem pianista que sofre de grave doença. Outra produção do astro para as telonas do cinema é Garibaldi na América, em que Gabriel interpreta o personagem histórico Giuseppe Garibaldi dividindo cena com a bela Ana Paula Arósio (36 - Anita Garibaldi). No cinema, os dois revivem a história de amor do casal e a atuação deles na Revolução Farroupilha, no sul do país.
Viagem ao Tempo
Com temática cientifica, cheia de efeitos especiais e reflexões sobre o rumo que damos a nossa trajetória, O Homem do Futuro discute uma questão que, ao mesmo tempo em que aflige, também conquista nossa curiosidade. Afinal, o que faríamos se pudéssemos voltar no tempo?
“O filme meio que nos prepara para esse exercício. Fala sobre as escolhas que fazemos na vida, chegando à conclusão interessante de que não é tão simples assim mexer em nosso destino”, explica Gabriel.
Fã de filmes de ficção cientifica e histórias em quadrinho, Claudio Torres aproveitou essa grande dúvida da humanidade para melhor explorá-la em seu novo trabalho. “Quem nunca quis voltar no tempo e mudar algumas coisas do passado? Isso é uma grande premissa e o cinema pode muito bem brincar com isso”, completou. “Além disso, o filme tem muito rock and roll, romance, diversão e um grande elenco, que tive muita sorte de reunir”, concluiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Gabriel Braga Nunes (39) mal deixou a pele de Léo, vilão de Insensato Coração, da Rede Globo, e já embarcou em um novo personagem que mantém a falta de caráter do personagem brilhantemente criado por Gilberto Braga (64) e Ricardo Linhares (49), e que marcou a carreira do astro.
Em O Homem do Futuro, de Cláudio Torres, Braga Nunes divide a cena com Wagner Moura (35) e Alinne Moraes (28). Na pele do cientista Zero, Wagner interpreta um personagem que acaba construindo uma máquina do tempo. Tendo a oportunidade em mãos, decide retornar a seu passado e tentar acertar seu relacionamento com uma antiga namorada, vivida por Alinne Moraes. Cheio de tramóias, assim como Léo do folhetim, o personagem de Gabriel fará de tudo para derrubar os planos de Zero.
“Meu personagem é o antagonista da trama; ele é meio coringa, sempre aparece de maneiras diferentes através os tempos, tentando afastar o casal central”, definiu Braga Nunes em entrevista a CARAS Online na pré estreia do longa em São Paulo na noite desta terça-feira, 30.
O ator ainda celebrou sua boa fase profissional, exaltada após Insensato Coração. “O Léo foi uma grande alegria, fiquei muito contente de ter vivido esse personagem. Foi um experiência ótima, deliciosa; fora que trabalhei com grandes atores nessa trama”, completou.
Com o final de Insensato Coração e o lançamento de O Homem do Futuro, o galã agora pretende tirar suas merecidas férias. “Vou ficar tranquilo; quero descansar bastante”, contou o ator, que em breve desembarca em Nova York para curtir a folga.
Na volta, Gabriel tem ainda mais filmes para divulgar em circuito nacional. País do Desejo, longa de Paulo Caldas (47), no qual atuará ao lado de Fábio Assunção (40). Na trama, Fábio dá vida a um padre que causa desconforto em meio a seus superiores por apoiar uma adolescente que pretende abortar e por se apaixonar por uma jovem pianista que sofre de grave doença. Outra produção do astro para as telonas do cinema é Garibaldi na América, em que Gabriel interpreta o personagem histórico Giuseppe Garibaldi dividindo cena com a bela Ana Paula Arósio (36 - Anita Garibaldi). No cinema, os dois revivem a história de amor do casal e a atuação deles na Revolução Farroupilha, no sul do país.
Viagem ao Tempo
Com temática cientifica, cheia de efeitos especiais e reflexões sobre o rumo que damos a nossa trajetória, O Homem do Futuro discute uma questão que, ao mesmo tempo em que aflige, também conquista nossa curiosidade. Afinal, o que faríamos se pudéssemos voltar no tempo?
“O filme meio que nos prepara para esse exercício. Fala sobre as escolhas que fazemos na vida, chegando à conclusão interessante de que não é tão simples assim mexer em nosso destino”, explica Gabriel.
Fã de filmes de ficção cientifica e histórias em quadrinho, Claudio Torres aproveitou essa grande dúvida da humanidade para melhor explorá-la em seu novo trabalho. “Quem nunca quis voltar no tempo e mudar algumas coisas do passado? Isso é uma grande premissa e o cinema pode muito bem brincar com isso”, completou. “Além disso, o filme tem muito rock and roll, romance, diversão e um grande elenco, que tive muita sorte de reunir”, concluiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Vilões na TV provocam risos no teatro
Beatriz Segall e Herson Capri, intérpretes de grandes vilões na TV brasileira, encenam ‘Conversando com Mamãe’, peça em que os atores vivem mãe e filho e divertem a plateia com situações comuns às relações familiares
Dois intérpretes de grandes vilões da teledramaturgia, Herson Capri (58), o Cortez de Insensato Coração, e Beatriz Segall (85), a Odete Roitman de Vale Tudo - por muitos considerada a maior vilã que já apareceu em um folhetim brasileiro - se reúnem no palco do teatro para surpreender o público que, ao invés de ver as vilanias de seus personagens memoráveis, dará risada das situações inusitadas propostas em Conversando com Mamãe, obra de Santiago Oves adaptada para o tablado por Susana Garcia e que estreia no Teatro Folha, em São Paulo, na sexta-feira, 2.
“Os personagens que interpretamos são completamente diferentes do Cortez e da Odete Roitman. Estamos uns doces nessa peça (risos). Muito carismáticos e falando sobre relações familiares; tipo de assunto que o público poderá se identificar”, adiantou Herson, radiante por dividir o palco com a veterana. “Quando fazemos um personagem tão marcante, como fiz com a Odete, ficamos enraizados. E o público acaba esperando ver isso sempre. Será uma grande surpresa porque eu e o Herson vamos mostrar outra coisa nessa peça”, complementou Beatriz. Embora ambos atores tenham adorado dar vida à vilões em diferentes fases da carreira (“sem um bom vilão, a trama não anda”, justificou Herson), a veterana garante que a simpatia do grande público depende de um bom personagem, independente de seu caráter. “Só recebi elogios com a Odete Roitman, o público adorava aquela personagem porque ela sempre dizia as verdades sobre esse Brasil. Tem gente que até hoje sabe as falas dela de cor”.
Além de doces, Herson e Beatriz estão extremamente hilários em Conversando com Mamãe. Situações inusitadas entre mãe e filho, que permeiam o texto, vão garantir risadas e emocionar a plateia. A reação do público, já sentida pelo elenco durante a temporada de nove meses da obra no Rio de Janeiro, no entanto não era esperada pelos atores. “Fiquei muito surpresa com as risadas vindas dos expectadores, porque a peça foi pensada de forma séria; não achamos que seria para rir e nem tentamos imprimir esse ar de comicidade”, contou. “Dez dias antes da estreia no Rio, fizemos uma sessão só para os técnicos da peça. E eles riram. Pensei comigo: ‘Estão rindo do quê? Será que querem nos incentivar?”, disse ainda, com muito bom humor. “Não nos demos conta de que isso poderia acontecer”.
Na história, Herson vive Jaime, um cinquentão bem-sucedido, casado, com dois filhos. Por conta de uma crise econômica, ele perde o emprego e seu mundo desaba. Tendo ao seu lado somente a mãe, uma senhora inteligente, divertida e muito moderna, Jaime decide vender a casa em que vive com a matriarca – escolha que irá desencadear várias discussões, reflexões e ressaltará a importância das questões familiares na vida do ser humano.
“É uma história de mãe e filhos que se gostam muito, mas se desentendem, brigam, para poder se entenderem de novo”, explica Beatriz. “A mãe que eu faço é uma mulher muito simples e que, ao passar por grandes mudanças em sua vida, acabou ficando mais forte e menos medrosa que o filho”. Essa força de mulher, recorda Capri, foi mentalizada logo que o ator pensou em Segall como protagonista da obra. “O meu personagem perde tudo e se vê a beira do desespero, encontrando apoio em sua mãe; logo pensei na Beatriz para interpretá-la. Beatriz dispensa apresentações; ela é uma grande fatia do nosso teatro brasileiro e estar trabalhando com ela é um gosto. Nós estamos a favor dessa peça, desse texto, dessa história. Não existe nenhum ego nosso à frente disso e, nesse ponto, nós dois combinamos; dentro e fora de cena também”, completou.
Essa admiração, acrescenta Segall, é mútua. “No final de toda apresentação, eu e o Herson nos unimos e agradecemos os espectadores. Depois, ele se afasta e deixa que o público me aplauda sozinha. Nunca vi isso acontecer no teatro. Está sendo muito prazeroso esse período de trabalho”, concluiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Dois intérpretes de grandes vilões da teledramaturgia, Herson Capri (58), o Cortez de Insensato Coração, e Beatriz Segall (85), a Odete Roitman de Vale Tudo - por muitos considerada a maior vilã que já apareceu em um folhetim brasileiro - se reúnem no palco do teatro para surpreender o público que, ao invés de ver as vilanias de seus personagens memoráveis, dará risada das situações inusitadas propostas em Conversando com Mamãe, obra de Santiago Oves adaptada para o tablado por Susana Garcia e que estreia no Teatro Folha, em São Paulo, na sexta-feira, 2.
“Os personagens que interpretamos são completamente diferentes do Cortez e da Odete Roitman. Estamos uns doces nessa peça (risos). Muito carismáticos e falando sobre relações familiares; tipo de assunto que o público poderá se identificar”, adiantou Herson, radiante por dividir o palco com a veterana. “Quando fazemos um personagem tão marcante, como fiz com a Odete, ficamos enraizados. E o público acaba esperando ver isso sempre. Será uma grande surpresa porque eu e o Herson vamos mostrar outra coisa nessa peça”, complementou Beatriz. Embora ambos atores tenham adorado dar vida à vilões em diferentes fases da carreira (“sem um bom vilão, a trama não anda”, justificou Herson), a veterana garante que a simpatia do grande público depende de um bom personagem, independente de seu caráter. “Só recebi elogios com a Odete Roitman, o público adorava aquela personagem porque ela sempre dizia as verdades sobre esse Brasil. Tem gente que até hoje sabe as falas dela de cor”.
Além de doces, Herson e Beatriz estão extremamente hilários em Conversando com Mamãe. Situações inusitadas entre mãe e filho, que permeiam o texto, vão garantir risadas e emocionar a plateia. A reação do público, já sentida pelo elenco durante a temporada de nove meses da obra no Rio de Janeiro, no entanto não era esperada pelos atores. “Fiquei muito surpresa com as risadas vindas dos expectadores, porque a peça foi pensada de forma séria; não achamos que seria para rir e nem tentamos imprimir esse ar de comicidade”, contou. “Dez dias antes da estreia no Rio, fizemos uma sessão só para os técnicos da peça. E eles riram. Pensei comigo: ‘Estão rindo do quê? Será que querem nos incentivar?”, disse ainda, com muito bom humor. “Não nos demos conta de que isso poderia acontecer”.
Na história, Herson vive Jaime, um cinquentão bem-sucedido, casado, com dois filhos. Por conta de uma crise econômica, ele perde o emprego e seu mundo desaba. Tendo ao seu lado somente a mãe, uma senhora inteligente, divertida e muito moderna, Jaime decide vender a casa em que vive com a matriarca – escolha que irá desencadear várias discussões, reflexões e ressaltará a importância das questões familiares na vida do ser humano.
“É uma história de mãe e filhos que se gostam muito, mas se desentendem, brigam, para poder se entenderem de novo”, explica Beatriz. “A mãe que eu faço é uma mulher muito simples e que, ao passar por grandes mudanças em sua vida, acabou ficando mais forte e menos medrosa que o filho”. Essa força de mulher, recorda Capri, foi mentalizada logo que o ator pensou em Segall como protagonista da obra. “O meu personagem perde tudo e se vê a beira do desespero, encontrando apoio em sua mãe; logo pensei na Beatriz para interpretá-la. Beatriz dispensa apresentações; ela é uma grande fatia do nosso teatro brasileiro e estar trabalhando com ela é um gosto. Nós estamos a favor dessa peça, desse texto, dessa história. Não existe nenhum ego nosso à frente disso e, nesse ponto, nós dois combinamos; dentro e fora de cena também”, completou.
Essa admiração, acrescenta Segall, é mútua. “No final de toda apresentação, eu e o Herson nos unimos e agradecemos os espectadores. Depois, ele se afasta e deixa que o público me aplauda sozinha. Nunca vi isso acontecer no teatro. Está sendo muito prazeroso esse período de trabalho”, concluiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Maria Flor: receio de atuar com Hopkins
De volta ao Brasil após apresentar '360' no Festival de Toronto, Canadá, Maria Flor falou à CARAS Online sobre o projeto, sua parceria nas telonas com Anthony Hopkins e elogiou atores conterrâneos. “Temos que lembrar que no Brasil temos atores ótimos também”
Maria Flor (28) mal voltou de viagem e já está com as malas prontas novamente. A atriz está a mil por hora desde que embarcou para Toronto, no Canadá, para apresentar seu novo filme, 360, com direção de Fernando Meirelles (55) e com Anthony Hopkins (73), Jude Law (38) e Rachel Weisz (41) no elenco principal.
“Foi uma experiência ótima; o público adorou, riu, se emocionou. O teatro todo, onde cabiam cerca de mil pessoas e estava lotado, aplaudiu”, relatou Maria em entrevista exclusiva à CARAS Online. “Recebemos críticas ótimas também”, acrescentou a atriz, que assistiu ao longa pela primeira vez no teatro do festival.
360 segue agora para Londres, onde abrirá o BFI London Film Festival em 12 de outubro.
Antes disso, Maria embarcará para Manaus, no Amazonas, para filmar as sequências de sua participação no seriado As Brasileiras, de Daniel Filho. “Vou atuar no episódio A Farsante do Amazonas. Faço uma menina que é vendedora em Manaus e foge do chefe quando ele passa a assediá-la. Envolvida em uma história de roubo dentro da loja que trabalhava, ela vai se disfarçar de criança e ingressar em uma excursão pelo Rio Negro para passar desapercebida pela polícia”, adiantou a atriz; ela dividirá a cena com Marcos Palmeira e Otávio Augusto nesse capítulo.
360
Vários fatores atraíram Maria Flor para 360. Primeiro de tudo, um e-mail de Fernando Meirelles com um convite. A jovem já havia trabalhado com o experiente cineasta na série Som & Fúria, da Rede Globo. “Nos conhecemos ali. O Fernando é um diretor maravilhoso, uma pessoa generosa, que tem muita calma, o que deixa o set de filmagens prazeroso. Fiquei muito à vontade trabalhando nesse filme”, disse.
O segundo fator, foi a história. Com roteiro de Peter Morgan (48) (de A Rainha e Frost/Nixon), Maria Flor ficou encantada com o andamento do filme – que não é nada fácil – e com a conexão que sentiu com sua personagem. “Acho um filme muito bem construído, contemporâneo; ele é um pouco difícil porque é um quebra cabeça de histórias, de personagens que se encontram”, definiu. “Como uma pessoa na Eslováquia pode interferir na vida de uma brasileira que vive em Londres? Essa é a minha personagem”, contou.
Aos 14 anos, aspirante a atriz, Flor se apaixonou por Londres. “Fui celebrar meu aniversário na época e acabei gostando daquela liberdade que senti estando em uma cidade cosmopolita onde tem gente de todos os lugares e você pode ser e fazer o que quiser”, completou. Desde então, Maria mantém uma relação muito próxima com a cidade onde 360 foi rodado. “Voltei para Londres muitas outras vezes na minha vida. Quando eu estava filmando com Meirelles, inclusive, acabei ficando mais um tempo por lá e fiz um programa para o Multishow com relatos de estudantes brasileiros na Inglaterra”, disse a atriz, que usou a experiência da atração televisa na composição de seu personagem no filme.
Parcerias
Os outros atrativos apareceram por representarem desafios à carreira da atriz. Além de trabalhar com um elenco de peso, Maria ainda teria que filmar em inglês – algo que, de início, se apresentou como uma barreira. “As palavras tem um poder e, para atuar em outra língua, eu precisava transformar aquele texto com propriedade, o que era muito difícil. O improviso nesse caso, por exemplo, não vem naturalmente. Tive que estudar muito para estar segura e não desequilibrar na hora, porque eu sabia que estaria rodeada de grandes atores, bem experiência; eu precisava enfrentá-los (risos)”.
Em suas cenas, a brasileira teve a imensurável honra de atuar ao lado de Ben Foster e do veterano Anthony Hopkins. À reportagem, ela confessou que se sentiu insegura quando encontrou Hopkins nos estúdios pela primeira vez. “Como não ter receio? Fiquei com receio o tempo todo trabalhando com ele! Mas, a partir do momento que fui o conhecendo melhor, as coisas ficaram mais calmas para mim”, disse, acrescentando elogios ao ator. “Ele tem uma energia muito forte, especial e marcante. Ele é uma pessoa disponível para todos no set, com os atores, diretores, fotógrafos, enfim, não tivemos problemas; ele foi generoso o tempo todo e deixou todo mundo bem à vontade”, recordou a atriz que, concluindo a entrevista, apontou outros atores com quem adoraria firmar parcerias. “Gostaria muito de trabalhar com o Sean Penn mas, facilitando as coisas, atuar com Wagner Moura já seria ótimo. Nunca trabalhei com ele e ele está aqui, No Brasil, bem perto. Temos que lembrar que temos atores muito bons em nosso país também”.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Maria Flor (28) mal voltou de viagem e já está com as malas prontas novamente. A atriz está a mil por hora desde que embarcou para Toronto, no Canadá, para apresentar seu novo filme, 360, com direção de Fernando Meirelles (55) e com Anthony Hopkins (73), Jude Law (38) e Rachel Weisz (41) no elenco principal.
“Foi uma experiência ótima; o público adorou, riu, se emocionou. O teatro todo, onde cabiam cerca de mil pessoas e estava lotado, aplaudiu”, relatou Maria em entrevista exclusiva à CARAS Online. “Recebemos críticas ótimas também”, acrescentou a atriz, que assistiu ao longa pela primeira vez no teatro do festival.
360 segue agora para Londres, onde abrirá o BFI London Film Festival em 12 de outubro.
Antes disso, Maria embarcará para Manaus, no Amazonas, para filmar as sequências de sua participação no seriado As Brasileiras, de Daniel Filho. “Vou atuar no episódio A Farsante do Amazonas. Faço uma menina que é vendedora em Manaus e foge do chefe quando ele passa a assediá-la. Envolvida em uma história de roubo dentro da loja que trabalhava, ela vai se disfarçar de criança e ingressar em uma excursão pelo Rio Negro para passar desapercebida pela polícia”, adiantou a atriz; ela dividirá a cena com Marcos Palmeira e Otávio Augusto nesse capítulo.
360
Vários fatores atraíram Maria Flor para 360. Primeiro de tudo, um e-mail de Fernando Meirelles com um convite. A jovem já havia trabalhado com o experiente cineasta na série Som & Fúria, da Rede Globo. “Nos conhecemos ali. O Fernando é um diretor maravilhoso, uma pessoa generosa, que tem muita calma, o que deixa o set de filmagens prazeroso. Fiquei muito à vontade trabalhando nesse filme”, disse.
O segundo fator, foi a história. Com roteiro de Peter Morgan (48) (de A Rainha e Frost/Nixon), Maria Flor ficou encantada com o andamento do filme – que não é nada fácil – e com a conexão que sentiu com sua personagem. “Acho um filme muito bem construído, contemporâneo; ele é um pouco difícil porque é um quebra cabeça de histórias, de personagens que se encontram”, definiu. “Como uma pessoa na Eslováquia pode interferir na vida de uma brasileira que vive em Londres? Essa é a minha personagem”, contou.
Aos 14 anos, aspirante a atriz, Flor se apaixonou por Londres. “Fui celebrar meu aniversário na época e acabei gostando daquela liberdade que senti estando em uma cidade cosmopolita onde tem gente de todos os lugares e você pode ser e fazer o que quiser”, completou. Desde então, Maria mantém uma relação muito próxima com a cidade onde 360 foi rodado. “Voltei para Londres muitas outras vezes na minha vida. Quando eu estava filmando com Meirelles, inclusive, acabei ficando mais um tempo por lá e fiz um programa para o Multishow com relatos de estudantes brasileiros na Inglaterra”, disse a atriz, que usou a experiência da atração televisa na composição de seu personagem no filme.
Parcerias
Os outros atrativos apareceram por representarem desafios à carreira da atriz. Além de trabalhar com um elenco de peso, Maria ainda teria que filmar em inglês – algo que, de início, se apresentou como uma barreira. “As palavras tem um poder e, para atuar em outra língua, eu precisava transformar aquele texto com propriedade, o que era muito difícil. O improviso nesse caso, por exemplo, não vem naturalmente. Tive que estudar muito para estar segura e não desequilibrar na hora, porque eu sabia que estaria rodeada de grandes atores, bem experiência; eu precisava enfrentá-los (risos)”.
Em suas cenas, a brasileira teve a imensurável honra de atuar ao lado de Ben Foster e do veterano Anthony Hopkins. À reportagem, ela confessou que se sentiu insegura quando encontrou Hopkins nos estúdios pela primeira vez. “Como não ter receio? Fiquei com receio o tempo todo trabalhando com ele! Mas, a partir do momento que fui o conhecendo melhor, as coisas ficaram mais calmas para mim”, disse, acrescentando elogios ao ator. “Ele tem uma energia muito forte, especial e marcante. Ele é uma pessoa disponível para todos no set, com os atores, diretores, fotógrafos, enfim, não tivemos problemas; ele foi generoso o tempo todo e deixou todo mundo bem à vontade”, recordou a atriz que, concluindo a entrevista, apontou outros atores com quem adoraria firmar parcerias. “Gostaria muito de trabalhar com o Sean Penn mas, facilitando as coisas, atuar com Wagner Moura já seria ótimo. Nunca trabalhei com ele e ele está aqui, No Brasil, bem perto. Temos que lembrar que temos atores muito bons em nosso país também”.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Tiago Abravanel: “Não quero perder a essência”
Na pele Tim Maia nos palcos do teatro, Tiago Abravanel, neto de Silvio Santos, vive a loucura da fama repentina. Ator conta que aprendeu a se defender com o ícone da música. “Tim conquistou tanta coisa, que acabou se perdendo”, afirmou
Desde a infância humilde, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, passando pelos momentos de glória ao eternizar seu nome na história da música brasileira, até a trágica e inesperada morte em 1998, a vida de Tim Maia (1942 – 1998) tem várias fases. Muitos atores poderiam interpretar cada etapa desse cantor ícone, que explorou todos os limites em sua passagem brilhante, marcante, porém, cheias de consequências.
No palco do Teatro Municipal Carlos Gomes, no Rio, somente um intérprete assume sua forma por completo na peça Tim Maia – Vale Tudo, o Musical. Tiago Abravanel (23), neto do empresário e rei da televisão Silvio Santos (80), enfrentou os riscos e tomou para si a responsabilidade de dar vida a um medalhão da MPB. Sozinho. “Essa foi a maior dificuldade. Em um período de três horas, eu faço todas as fases dele, dos 12 aos 55 anos, sem nenhum artifício, maquiagem, enchimento nem nada. Me atentei a isso. Tem momentos em que eu preciso engrossar a voz, porque ele está mais velho, ou então tomar outra postura, porque ele está mais gordo. O público sempre acha que existem truques aí, fico feliz ao ouvir isso, indica que consegui cumprir essa missão”, revelou o ator em entrevista exclusiva a CARAS Online.
Tiago estava gravando a novela Amor e Revolução, em São Paulo, quando soube das audições de elenco para o musical. Interessado, ele enviou um material para os produtores como quem não quer nada, já que tinha informações de que o casting estava completo. Dias depois, um dos produtores ligou para o jovem, dizendo que já tinha até pensando nele para o papel e perguntando se ele não gostaria de ir até o Rio de Janeiro fazer um teste. Tiago foi aceito e, antes de deixar a capital paulista, ligou para Tiago Santiago (48), autor de Amor e Revolução. “Tiago ficou triste e feliz ao mesmo tempo; feliz por eu ter conseguido esse trabalho, e triste porque eu teria que deixar a novela”. Já no Rio, o ator mergulhou de cabeça nos ensaios logo que chegou.
“Foi uma loucura! Montamos o espetáculo inteiro em um mês e meio, apesar de pouco tempo, o processo foi muito intenso”, recordou. O timbre de voz e aparência física, claro, ajudaram Tiago a conquistar um papel que muitos atores fariam de tudo para conseguir. No entanto, a sensibilidade de perceber um Tim Maia além de sua música e polêmicas foi decisivo para que o intérprete subisse ao palco com autonomia. “No primeiro dia de ensaio, o diretor [João Fonseca] falou que não queria nenhuma cópia do Tim Maia. E a minha preocupação era justamente não me tornar um cover dele no palco. Eu criei o meu Tim. Um pouco mais sensível, desprendido e que amava fazer tudo o que ele fazia”, contou Tiago.
No processo de preparação, Abravanel bebeu na fonte vasta de material do ícone, como entrevistas, shows e depoimentos de artistas e familiares, tendo como referência maior a biografia de Tim Maia escrita pelo jornalista Nelson Motta. Além de grandes sucessos de sua carreira, como Vale Tudo, Não Quero Dinheiro, Do Leme ao Pontal, o público também vai conhecer mais da história pessoal de Tim e aprender com as cabeçadas que o cantor deu na vida. Lições que Tiago toma para si toda vez que entra com as roupas brilhantes e o cabelo desarrumado como do artista.
“Em um paralelo muito menor, estou vivendo uma fase de loucura, de muita visibilidade e não sei se vale a pena ganhar o mundo e acabar perdendo a si mesmo. O Tim conquistou tanta coisa, que acabou se perdendo. Eu não quero perder a essência do Tiago, que é um cara divertido, que gosta de estar com todo mundo, que não tem papás na língua. Quero poder viver essa vida independente do sucesso. As relações humanas são mais importantes do que os flashes”, complementou o ator.
Vale lembrar, desde cedo Tiago viveu sob os holofotes. “Por ter o sobrenome que tenho, desde pequeno tive que lidar com essa questão. O que estava acontecendo comigo? Com o mundo ao meu redor? Quem eram as pessoas próximas a mim? Acho que fiquei carimbado por conta disso”, explicou Tiago que, finalizando, deixa uma definição para seu ídolo: “Um artista, mas acima de tudo, um ser humano sem limites”.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Desde a infância humilde, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, passando pelos momentos de glória ao eternizar seu nome na história da música brasileira, até a trágica e inesperada morte em 1998, a vida de Tim Maia (1942 – 1998) tem várias fases. Muitos atores poderiam interpretar cada etapa desse cantor ícone, que explorou todos os limites em sua passagem brilhante, marcante, porém, cheias de consequências.
No palco do Teatro Municipal Carlos Gomes, no Rio, somente um intérprete assume sua forma por completo na peça Tim Maia – Vale Tudo, o Musical. Tiago Abravanel (23), neto do empresário e rei da televisão Silvio Santos (80), enfrentou os riscos e tomou para si a responsabilidade de dar vida a um medalhão da MPB. Sozinho. “Essa foi a maior dificuldade. Em um período de três horas, eu faço todas as fases dele, dos 12 aos 55 anos, sem nenhum artifício, maquiagem, enchimento nem nada. Me atentei a isso. Tem momentos em que eu preciso engrossar a voz, porque ele está mais velho, ou então tomar outra postura, porque ele está mais gordo. O público sempre acha que existem truques aí, fico feliz ao ouvir isso, indica que consegui cumprir essa missão”, revelou o ator em entrevista exclusiva a CARAS Online.
Tiago estava gravando a novela Amor e Revolução, em São Paulo, quando soube das audições de elenco para o musical. Interessado, ele enviou um material para os produtores como quem não quer nada, já que tinha informações de que o casting estava completo. Dias depois, um dos produtores ligou para o jovem, dizendo que já tinha até pensando nele para o papel e perguntando se ele não gostaria de ir até o Rio de Janeiro fazer um teste. Tiago foi aceito e, antes de deixar a capital paulista, ligou para Tiago Santiago (48), autor de Amor e Revolução. “Tiago ficou triste e feliz ao mesmo tempo; feliz por eu ter conseguido esse trabalho, e triste porque eu teria que deixar a novela”. Já no Rio, o ator mergulhou de cabeça nos ensaios logo que chegou.
“Foi uma loucura! Montamos o espetáculo inteiro em um mês e meio, apesar de pouco tempo, o processo foi muito intenso”, recordou. O timbre de voz e aparência física, claro, ajudaram Tiago a conquistar um papel que muitos atores fariam de tudo para conseguir. No entanto, a sensibilidade de perceber um Tim Maia além de sua música e polêmicas foi decisivo para que o intérprete subisse ao palco com autonomia. “No primeiro dia de ensaio, o diretor [João Fonseca] falou que não queria nenhuma cópia do Tim Maia. E a minha preocupação era justamente não me tornar um cover dele no palco. Eu criei o meu Tim. Um pouco mais sensível, desprendido e que amava fazer tudo o que ele fazia”, contou Tiago.
No processo de preparação, Abravanel bebeu na fonte vasta de material do ícone, como entrevistas, shows e depoimentos de artistas e familiares, tendo como referência maior a biografia de Tim Maia escrita pelo jornalista Nelson Motta. Além de grandes sucessos de sua carreira, como Vale Tudo, Não Quero Dinheiro, Do Leme ao Pontal, o público também vai conhecer mais da história pessoal de Tim e aprender com as cabeçadas que o cantor deu na vida. Lições que Tiago toma para si toda vez que entra com as roupas brilhantes e o cabelo desarrumado como do artista.
“Em um paralelo muito menor, estou vivendo uma fase de loucura, de muita visibilidade e não sei se vale a pena ganhar o mundo e acabar perdendo a si mesmo. O Tim conquistou tanta coisa, que acabou se perdendo. Eu não quero perder a essência do Tiago, que é um cara divertido, que gosta de estar com todo mundo, que não tem papás na língua. Quero poder viver essa vida independente do sucesso. As relações humanas são mais importantes do que os flashes”, complementou o ator.
Vale lembrar, desde cedo Tiago viveu sob os holofotes. “Por ter o sobrenome que tenho, desde pequeno tive que lidar com essa questão. O que estava acontecendo comigo? Com o mundo ao meu redor? Quem eram as pessoas próximas a mim? Acho que fiquei carimbado por conta disso”, explicou Tiago que, finalizando, deixa uma definição para seu ídolo: “Um artista, mas acima de tudo, um ser humano sem limites”.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Caio Blat atinge equilíbrio na carreira
Vencedor, em dois anos consecutivos, do kikito de melhor ator no Festival de Cinema de Gramado, Caio Blat enaltece fase atual. “Só agora obtive maior reconhecimento no Brasil; antes havia vencido só prêmios internacionais”
Poucos atores podem se vangloriar de possuir o prestígio do grande público e, ao mesmo tempo, estar realizando trabalhos mais aprofundados, complexos e inteligentes. É, claramente, o caso de Caio Blat (31). Ícone de bons atores de sua geração, ao lado de Selton Mello (38) ,Wagner Moura (35) e Caco Ciocler (39), o artista mescla atuações populares em novelas, como seu personagem Leandro em Morde & Assopra – atualmente no ar pela Rede Globo – com trabalhos para o teatro e para o cinema.
Prova disso é sua interpretação densa no longa-metragem Uma Longa Viagem de Lúcia Murat. O filme, que é uma mistura de ficção e documentário, não traz Caio como um jardineiro apaixonado como no folhetim de Walcyr Carrasco. Em contramão, mostra um ator entregue a uma história de experiências com drogas, viagens e loucuras da mente. O resultado do empenho veio prontamente.
Em Paulínia, Caio recebeu o prêmio de melhor ator, êxito que se repetiu no último domingo, 7, quando subiu ao palco para receber o kikito do Festival de Cinema de Gramado na mesma categoria.
“Não esperava esse prêmio. Eu apareço no filme interpretando dentro de um documentário, é um formato muito diferente e, como havia vários atores indicados com filmes de ficção, pensei que algum deles iria se destacar. Não foi o que aconteceu e isso foi bem inesperado”, afirmou Caio em entrevista exclusiva a CARAS Online.
Mais inesperado ainda foi o ator ter vencido a categoria melhor ator dois anos consecutivos. Em 2010, ele foi premiado por sua atuação no filme Bróder, de Jeferson De. “Sem dúvida alguma, esse foi o protagonista mais intenso e forte que já fiz. Ninguém me reconhece quando assiste o filme, foi muito importante para minha carreira”. O kikito que recebeu por Bróder ainda rendeu um marco na carreira de Caio. “Esse foi o primeiro prêmio de projeção nacional em minha carreira. É engraçado isso, mas antes eu só havia recebido prêmios internacionais; na França, em Portugal, em Miami, em Nova York, mas nunca no Brasil”, desabafou.
Além do troféu entregue a Caio, Uma Longa Viagem ainda venceu como longa-metragem. O ator atribui a ousadia da cineasta Lúcia Murat tanto prestígio no festival. “Ela chamou atenção porque fez algo diferente, apresentou um novo conceito. O filme é uma metade ficção e documentário que mostra a história dela; foi de muita coragem. Meu personagem, o Heitor, é uma figura irresistível, sensacional e brilhante. E o que eu fiz foi reconstituir toda a viagem que ele fez ao longo do mundo do meu jeito, como ator. Eu até apareço todo caracterizado; não sou um mero narrador da história”, explicou.
A vitória dupla que Caio Blat celebra, em sua opinião, só prova que ele conseguiu atingir um ponto de sua carreira que há tempos já era muito desejado. “Consegui atingir um equilíbrio entre trabalhos autorais e trabalhos populares. Quando um diretor de um filme de arte quer chamar atenção para seu filme, ele me chama (risos). Porque eu tenho essa vitrine de um ator de novela, mas deixo bem claro que gosto de um trabalho de pesquisa, de composição”, finalizou.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Poucos atores podem se vangloriar de possuir o prestígio do grande público e, ao mesmo tempo, estar realizando trabalhos mais aprofundados, complexos e inteligentes. É, claramente, o caso de Caio Blat (31). Ícone de bons atores de sua geração, ao lado de Selton Mello (38) ,Wagner Moura (35) e Caco Ciocler (39), o artista mescla atuações populares em novelas, como seu personagem Leandro em Morde & Assopra – atualmente no ar pela Rede Globo – com trabalhos para o teatro e para o cinema.
Prova disso é sua interpretação densa no longa-metragem Uma Longa Viagem de Lúcia Murat. O filme, que é uma mistura de ficção e documentário, não traz Caio como um jardineiro apaixonado como no folhetim de Walcyr Carrasco. Em contramão, mostra um ator entregue a uma história de experiências com drogas, viagens e loucuras da mente. O resultado do empenho veio prontamente.
Em Paulínia, Caio recebeu o prêmio de melhor ator, êxito que se repetiu no último domingo, 7, quando subiu ao palco para receber o kikito do Festival de Cinema de Gramado na mesma categoria.
“Não esperava esse prêmio. Eu apareço no filme interpretando dentro de um documentário, é um formato muito diferente e, como havia vários atores indicados com filmes de ficção, pensei que algum deles iria se destacar. Não foi o que aconteceu e isso foi bem inesperado”, afirmou Caio em entrevista exclusiva a CARAS Online.
Mais inesperado ainda foi o ator ter vencido a categoria melhor ator dois anos consecutivos. Em 2010, ele foi premiado por sua atuação no filme Bróder, de Jeferson De. “Sem dúvida alguma, esse foi o protagonista mais intenso e forte que já fiz. Ninguém me reconhece quando assiste o filme, foi muito importante para minha carreira”. O kikito que recebeu por Bróder ainda rendeu um marco na carreira de Caio. “Esse foi o primeiro prêmio de projeção nacional em minha carreira. É engraçado isso, mas antes eu só havia recebido prêmios internacionais; na França, em Portugal, em Miami, em Nova York, mas nunca no Brasil”, desabafou.
Além do troféu entregue a Caio, Uma Longa Viagem ainda venceu como longa-metragem. O ator atribui a ousadia da cineasta Lúcia Murat tanto prestígio no festival. “Ela chamou atenção porque fez algo diferente, apresentou um novo conceito. O filme é uma metade ficção e documentário que mostra a história dela; foi de muita coragem. Meu personagem, o Heitor, é uma figura irresistível, sensacional e brilhante. E o que eu fiz foi reconstituir toda a viagem que ele fez ao longo do mundo do meu jeito, como ator. Eu até apareço todo caracterizado; não sou um mero narrador da história”, explicou.
A vitória dupla que Caio Blat celebra, em sua opinião, só prova que ele conseguiu atingir um ponto de sua carreira que há tempos já era muito desejado. “Consegui atingir um equilíbrio entre trabalhos autorais e trabalhos populares. Quando um diretor de um filme de arte quer chamar atenção para seu filme, ele me chama (risos). Porque eu tenho essa vitrine de um ator de novela, mas deixo bem claro que gosto de um trabalho de pesquisa, de composição”, finalizou.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Fafy Siqueira e os grilos para viver Dercy
Escalada para viver Dercy Gonçalves na minissérie que contará a vida da humorista, Fafy Siqueira fala da dificuldade deste novo trabalho e desabafa sobre uma peça de teatro, em homenagem a amiga, que nunca saiu do papel. “Sempre levo porta na cara, ouvindo: ‘Ah, mas a Dercy falava muito palavrão’”
Se tem alguém com mais preparo e talento para viver Dercy Gonçalves (1907 - 2008) na televisão brasileira esse alguém é Fafy Siqueira (56). Não a toa a atriz foi chamada para dar vida a humorista em 2009, quando estrelou o seriado Dalva e Herivelto.
Na mesma linha de dramaturgia, a Rede Globo pretende estreiar, ainda neste ano, uma minissérie cujo foco é a atriz e cantora, original do teatro de revista no teatro brasileiro, que não tinha papas na língua e divertia o público com seus comentários por ora hilários e por ora muito contundentes.
Fafy, que começa a gravar a atração a partir do mês que vem, volta a pisar em território já bem conhecido. “Não preciso de mais nada para viver a Dercy. Faço isso há quatro anos, desde que fui convidada pessoalmente por ela para viver sua história no teatro”, contou a intérprete em entrevista exclusiva a CARAS Online. Em 2007, a prestigiada escritora Maria Adelaide Amaral (que assina o roteiro para o seriado), escreveu Dercy por Fafy, peça estrelada pela artista em homenagem a esse grande nome do humor brasileiro.
Apesar do esforço e da boa vontade de Maria e Fafy em colocar no tablado a história de Dercy Gonçalves, o projeto acabou ficando engavetado. “Desde 2007 venho tentando um patrocínio para fazer essa peça. Sempre levo porta na cara, ouvindo: ‘Ah, mas a Dercy falava muito palavrão’. E eu repetia o que ela sempre dizia: ‘Palavrão é o Senado roubando o povo!’”. Embora não tenha conseguido tirar a peça do papel, o fato de uma minissérie estar sendo produzido já é uma vitória. “O que me atraiu no projeto foi essa coragem da TV Globo e o talento da maior escritora do Brasil, Maria Adelaide, em mostrar a vida da artista mais popular da história deste país”, completou.
Amiga próxima de Dercy (“eu vivia na casa dela”, contou), Siqueira já tem parte do processo, para encanar a humorista, encaminhado – em um laboratório que teve início em 2009, por conta da minissérie. “Ali sim eu estudei muito. Passei por todos os grilos que uma atriz passa ao viver um personagem tão forte. Me tranquei por três dias em um hotel e até cheguei a discutir com a Dercy”. O esforço, sobretudo, foi válido. “No primeiro dia de gravação, fui me arrumar e quando o Dennis Carvalho gritou ‘gravando’, eu fiquei igualzinha a ela”, recordou.
Fafy vai dividir as telas com outro grande talento da comédia, Heloísa Perissé (45) que já falou sobre a série para a CARAS Online. Questionada sobre a colega de cena, Fafy é só elogios. “A ‘Lolô’ é uma intuição de que fará bem, pois o humor da Heloisa é do mesmo tom que o meu. Temos a mesma energia e os mesmos cacoetes de Dercy . Ela fará uma Dercy jovem maravilhosa”, disse.
Antes de entrar em estúdio para realizar parte do projeto que tanto sonhou em tirar do papel, em tributo a uma amiga de anos, Fafy mantém a tranquilidade de que uma história como a que está prestes a contar, não tem como dar errado. Afinal, apesar da língua solta, Dercy é um ícone da cultura brasileira e merece todos as homenagens. “Antes da Dercy a mulher só servia para preparar a piada para o homem fazer. Ela era a única protagonista mulher”, concluiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Se tem alguém com mais preparo e talento para viver Dercy Gonçalves (1907 - 2008) na televisão brasileira esse alguém é Fafy Siqueira (56). Não a toa a atriz foi chamada para dar vida a humorista em 2009, quando estrelou o seriado Dalva e Herivelto.
Na mesma linha de dramaturgia, a Rede Globo pretende estreiar, ainda neste ano, uma minissérie cujo foco é a atriz e cantora, original do teatro de revista no teatro brasileiro, que não tinha papas na língua e divertia o público com seus comentários por ora hilários e por ora muito contundentes.
Fafy, que começa a gravar a atração a partir do mês que vem, volta a pisar em território já bem conhecido. “Não preciso de mais nada para viver a Dercy. Faço isso há quatro anos, desde que fui convidada pessoalmente por ela para viver sua história no teatro”, contou a intérprete em entrevista exclusiva a CARAS Online. Em 2007, a prestigiada escritora Maria Adelaide Amaral (que assina o roteiro para o seriado), escreveu Dercy por Fafy, peça estrelada pela artista em homenagem a esse grande nome do humor brasileiro.
Apesar do esforço e da boa vontade de Maria e Fafy em colocar no tablado a história de Dercy Gonçalves, o projeto acabou ficando engavetado. “Desde 2007 venho tentando um patrocínio para fazer essa peça. Sempre levo porta na cara, ouvindo: ‘Ah, mas a Dercy falava muito palavrão’. E eu repetia o que ela sempre dizia: ‘Palavrão é o Senado roubando o povo!’”. Embora não tenha conseguido tirar a peça do papel, o fato de uma minissérie estar sendo produzido já é uma vitória. “O que me atraiu no projeto foi essa coragem da TV Globo e o talento da maior escritora do Brasil, Maria Adelaide, em mostrar a vida da artista mais popular da história deste país”, completou.
Amiga próxima de Dercy (“eu vivia na casa dela”, contou), Siqueira já tem parte do processo, para encanar a humorista, encaminhado – em um laboratório que teve início em 2009, por conta da minissérie. “Ali sim eu estudei muito. Passei por todos os grilos que uma atriz passa ao viver um personagem tão forte. Me tranquei por três dias em um hotel e até cheguei a discutir com a Dercy”. O esforço, sobretudo, foi válido. “No primeiro dia de gravação, fui me arrumar e quando o Dennis Carvalho gritou ‘gravando’, eu fiquei igualzinha a ela”, recordou.
Fafy vai dividir as telas com outro grande talento da comédia, Heloísa Perissé (45) que já falou sobre a série para a CARAS Online. Questionada sobre a colega de cena, Fafy é só elogios. “A ‘Lolô’ é uma intuição de que fará bem, pois o humor da Heloisa é do mesmo tom que o meu. Temos a mesma energia e os mesmos cacoetes de Dercy . Ela fará uma Dercy jovem maravilhosa”, disse.
Antes de entrar em estúdio para realizar parte do projeto que tanto sonhou em tirar do papel, em tributo a uma amiga de anos, Fafy mantém a tranquilidade de que uma história como a que está prestes a contar, não tem como dar errado. Afinal, apesar da língua solta, Dercy é um ícone da cultura brasileira e merece todos as homenagens. “Antes da Dercy a mulher só servia para preparar a piada para o homem fazer. Ela era a única protagonista mulher”, concluiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Andy García grava Jô em 1ª vez no Brasil
Astro do cinema, Andy García está no país para as filmagens de 'Open Road', de Márcio Garcia, e conversa com Jô Soares
O ator Andy García (55) esteve no estúdio do programa do apresentador Jô Soares (73) na Globo para gravar uma entrevista para a atração da noite desta segunda-feira, 8. Pela primeira vez no Brasil, o artista está por aqui a trabalho. Ele veio ao país para rodar algumas cenas do filme Open Road, novo longa de Márcio Garcia (41), que ainda conta com Camilla Belle (24), Christiane Torloni (54) e Carol Castro (27) no elenco.
Durante a conversa, Andy falou de seu novo personagem. “Terminamos de filmar ontem com o Márcio Garcia em Vitória. Eu e [o personagem da] Camilla moramos à margem da sociedade no campo, em Los Angeles e Vitória, e vamos desenvolver um relacionamento”, contou ele, que no filme, aparecerá com uma aparência de ter mais idade.
O artista ainda falou sobre o começo de sua carreira de ator, que teve início nos palcos de teatros, onde se interessou pela telona. “O meu fascínio pelo cinema começou desde muito novo. E esse amor foi crescendo cada vez mais”, afirmou ele, que nasceu em Cuba, mas se mudou para Miami com apenas 5 anos de idade, morando atualmente em Los Angeles. “O meu primeiro filme que teve impacto foi '8 Million Ways to Die'. Esse filme me revelou para o mundo cinematográfico”, comentou Andy, que também estrelou O Poderoso Chefão 3 e Os Intocáveis.
(Karen Lemos - CARAS Online)
O ator Andy García (55) esteve no estúdio do programa do apresentador Jô Soares (73) na Globo para gravar uma entrevista para a atração da noite desta segunda-feira, 8. Pela primeira vez no Brasil, o artista está por aqui a trabalho. Ele veio ao país para rodar algumas cenas do filme Open Road, novo longa de Márcio Garcia (41), que ainda conta com Camilla Belle (24), Christiane Torloni (54) e Carol Castro (27) no elenco.
Durante a conversa, Andy falou de seu novo personagem. “Terminamos de filmar ontem com o Márcio Garcia em Vitória. Eu e [o personagem da] Camilla moramos à margem da sociedade no campo, em Los Angeles e Vitória, e vamos desenvolver um relacionamento”, contou ele, que no filme, aparecerá com uma aparência de ter mais idade.
O artista ainda falou sobre o começo de sua carreira de ator, que teve início nos palcos de teatros, onde se interessou pela telona. “O meu fascínio pelo cinema começou desde muito novo. E esse amor foi crescendo cada vez mais”, afirmou ele, que nasceu em Cuba, mas se mudou para Miami com apenas 5 anos de idade, morando atualmente em Los Angeles. “O meu primeiro filme que teve impacto foi '8 Million Ways to Die'. Esse filme me revelou para o mundo cinematográfico”, comentou Andy, que também estrelou O Poderoso Chefão 3 e Os Intocáveis.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Peça de Ítalo Rossi virará tributo
'C'est la vie', peça com texto de Marcelo Rubens Paiva que teria direção de Ítalo Rossi, será retomada em formato de tributo ao ator. A jornalista Ester Jablonski, autora da biografia de Ítalo, está cuidando do projeto. 'Ítalo só existia em cima do palco'
Bom observador que era, Ítalo Rossi (1931 - 2011) visualizou um projeto de peça teatral pronto logo que ouviu falar das histórias recebidas, diariamente e aos montes, pelo Disque Denúncia – um serviço de utilidade pública que mantém o anonimato dos denunciantes.
Aos poucos, o projeto foi saindo do papel. Depois de muitas pesquisas, entrevistas e materiais colhidos, Marcelo Rubens Paiva (52) assinou o texto, Bráulio Mantovani (48) escreveu o prólogo e a jornalista Ester Jablonski foi fechando o elenco e dando forma a peça, batizada de C'est la vie, que o próprio Ítalo iria dirigir.
“É um espetáculo baseado em histórias humanas, histórias incríveis”, definiu Ester, ainda abalada com a morte do colega de anos. Por conta de sua relação com o veterano, a jornalista engatou um projeto para homenagear a vida e obra de Ítalo, escrevendo a biografia Ítalo Rossi – Isso É Tudo, em parceria com o diretor Antonio Gilberto.
“Não existia nenhuma publicação sobre o Ítalo publicada ainda. Queria fechar uma obra que contasse a história dele, com fotos inéditas, material garimpado de centros culturais e coisas que ninguém tinha. Por conta da minha parceria de 20 anos com o Ítalo e ajuda de amigos como Sérgio Britto e Ali Kamel o projeto tornou-se possível. Fico feliz por ter conseguido concluir isso com o Ítalo ainda em vida”, disse em entrevista exclusiva a CARAS Online.
Nada mais adequado do que Jablonski, então, assumir as rédeas do projeto inacabado deixado por Ítalo. “É a transmissão do trabalho dele. No dia do velório do Ítalo, nos reunimos com os atores, com a produção e com o Marcelo [Rubens Paiva] e fizemos uma verdadeira liturgia. Tomamos vinho e fizemos a leitura do texto. Foi emocionante! Marcamos o marco zero do trabalho ali, celebrando a morte e a vida de uma nova fase”, recordou.
A retomada da peça servirá não somente para dar continuidade a um projeto antigo do veterano, mas também para homenageá-lo da forma como merecia ser lembrado. “Será um espetáculo tributo. Vamos colocar fotos e montar uma ambientação toda especial”, adiantou Ester, que também está no corpo de elenco da obra, juntamente com Adriano Garib e Clement Viscaíno.
Feito os devidos ajustes, o desafio de Ester agora é eleger um diretor – à altura de Ítalo – para substituir o colega nessa missão. E não será fácil. “Ele era um diretor que conseguia visualizar um espetáculo inteiro. Ele não fazia pesquisas, porque já imaginava tudo, desde o figurino, até desenhos de luz e temperaturas. Nosso trabalho era somente decupar o que já estava na mente dele”, completou.
Embora ainda sem um diretor definido, C'est la vie já tem data agendada para chegar aos palcos cariocas. No dia 8 e 9 de setembro, a peça passará por uma curta temporada popular no teatro Teatro Arthur Azevedo, em Campo Grande – Rio de Janeiro, e depois faz uma apresentação no dia 15 do mesmo mês no Festival Internacional de Angra. Logo após, pega uma temporada até o dia 18 de dezembro no teatro da Casa da Gávea.
Ansiosa com o projeto, Ester espera agradar o grande Ítalo, que observa o empenho de seus amigos lá de cima. “Esperamos não envergonhá-lo (risos). Ítalo, para mim, só existia em cima do palco. O teatro era sua vida, não tem melhor maneira de homenageá-lo”, disse. “Sempre lembrarei dele sentado no sofá de casa, de shorts, tomando café, ouvindo as óperas que adorava e jogando conversa fora. Eram momentos de paz”, concluiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Bom observador que era, Ítalo Rossi (1931 - 2011) visualizou um projeto de peça teatral pronto logo que ouviu falar das histórias recebidas, diariamente e aos montes, pelo Disque Denúncia – um serviço de utilidade pública que mantém o anonimato dos denunciantes.
Aos poucos, o projeto foi saindo do papel. Depois de muitas pesquisas, entrevistas e materiais colhidos, Marcelo Rubens Paiva (52) assinou o texto, Bráulio Mantovani (48) escreveu o prólogo e a jornalista Ester Jablonski foi fechando o elenco e dando forma a peça, batizada de C'est la vie, que o próprio Ítalo iria dirigir.
“É um espetáculo baseado em histórias humanas, histórias incríveis”, definiu Ester, ainda abalada com a morte do colega de anos. Por conta de sua relação com o veterano, a jornalista engatou um projeto para homenagear a vida e obra de Ítalo, escrevendo a biografia Ítalo Rossi – Isso É Tudo, em parceria com o diretor Antonio Gilberto.
“Não existia nenhuma publicação sobre o Ítalo publicada ainda. Queria fechar uma obra que contasse a história dele, com fotos inéditas, material garimpado de centros culturais e coisas que ninguém tinha. Por conta da minha parceria de 20 anos com o Ítalo e ajuda de amigos como Sérgio Britto e Ali Kamel o projeto tornou-se possível. Fico feliz por ter conseguido concluir isso com o Ítalo ainda em vida”, disse em entrevista exclusiva a CARAS Online.
Nada mais adequado do que Jablonski, então, assumir as rédeas do projeto inacabado deixado por Ítalo. “É a transmissão do trabalho dele. No dia do velório do Ítalo, nos reunimos com os atores, com a produção e com o Marcelo [Rubens Paiva] e fizemos uma verdadeira liturgia. Tomamos vinho e fizemos a leitura do texto. Foi emocionante! Marcamos o marco zero do trabalho ali, celebrando a morte e a vida de uma nova fase”, recordou.
A retomada da peça servirá não somente para dar continuidade a um projeto antigo do veterano, mas também para homenageá-lo da forma como merecia ser lembrado. “Será um espetáculo tributo. Vamos colocar fotos e montar uma ambientação toda especial”, adiantou Ester, que também está no corpo de elenco da obra, juntamente com Adriano Garib e Clement Viscaíno.
Feito os devidos ajustes, o desafio de Ester agora é eleger um diretor – à altura de Ítalo – para substituir o colega nessa missão. E não será fácil. “Ele era um diretor que conseguia visualizar um espetáculo inteiro. Ele não fazia pesquisas, porque já imaginava tudo, desde o figurino, até desenhos de luz e temperaturas. Nosso trabalho era somente decupar o que já estava na mente dele”, completou.
Embora ainda sem um diretor definido, C'est la vie já tem data agendada para chegar aos palcos cariocas. No dia 8 e 9 de setembro, a peça passará por uma curta temporada popular no teatro Teatro Arthur Azevedo, em Campo Grande – Rio de Janeiro, e depois faz uma apresentação no dia 15 do mesmo mês no Festival Internacional de Angra. Logo após, pega uma temporada até o dia 18 de dezembro no teatro da Casa da Gávea.
Ansiosa com o projeto, Ester espera agradar o grande Ítalo, que observa o empenho de seus amigos lá de cima. “Esperamos não envergonhá-lo (risos). Ítalo, para mim, só existia em cima do palco. O teatro era sua vida, não tem melhor maneira de homenageá-lo”, disse. “Sempre lembrarei dele sentado no sofá de casa, de shorts, tomando café, ouvindo as óperas que adorava e jogando conversa fora. Eram momentos de paz”, concluiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Tarcísio Meira: emoção em volta aos cinemas
Retomando seu trabalho no cinema, Tarcísio Meira celebra fase na pré-estreia de ‘Não Se Preocupe, Nada Vai Dar Certo’. Longa marca estreia de Mariana Rios nas telonas
Vinte e um anos longe do cinema não fizeram Tarcísio Meira (75) perder a mão. Em seu retorno às telonas, o ator prova que está em sua melhor forma ao encarar um papel divertido em Não Se Preocupe, Nada Vai Dar Certo, cuja pré-estreia aconteceu em São Paulo na noite de segunda-feira, 1º.
“É muito gostoso e muito bom voltar a fazer cinema. Viajamos o Brasil inteiro para fazer esse filme; foi realmente gratificante”, disse Tarcísio em entrevista à CARAS Online. No longa, o veterano dá vida ao trambiqueiro Ramon Velasco, um velho ator que administra os shows de comédia de seu filho, Lalau (Gregorio Duvivier, 25) pelo interior do Brasil, e vive se metendo em confusão. “Foi um trabalho de equipe. Acreditei em todo mundo e, principalmente, no Ramon. Você é convincente quando acredita naquilo que está fazendo e acho que o papel do ator é esse. Se você não acreditar, como vai passar isso para o público?”, completou.
Tarcísio estava acompanhado de sua esposa, Glória Menezes (76), que fez questão de distribuir elogios para o amado. “O Tarcísio está ótimo! Como comediante, ele deu um salto nesse filme; perdeu todas as vergonhas e partiu para a brincadeira”, afirmou. O veterano foi escolhido a dedo por outro grande nome do cinema e da televisão brasileira: Hugo Carvana (74) que, além de atuar, também dirigiu o filme – o oitavo da carreira de cineasta. “Eu escolhi os melhores”, disse sobre o elenco. “Foi um prazer trabalhar com atores que eu amo. É minha primeira parceria com o Tarcísio, um ator que todos nós admiramos e que só veio engrandecer meu filme”.
Complementando o casting, Não Se Preocupe, Nada Vai Dar Certo traz ainda Herson Capri (58) na pele de um vilão ‘mais leve’. “É um vilão para comédia, não é como o Cortez [seu personagem na novela ‘Insensato Coração’]. Gosto de fazer qualquer personagem, de humor, de drama, gosto de contar boas histórias”. Herson dividiu seu tempo gravando novela e cinema; para ele, as duas linguagens são totalmente diferentes. “O cinema é mais artesanal, você tem tempo para elaborar bastante. Novela é ‘pauleira’, é decorar o texto em três dias e gravar vinte cenas de uma vez”, detalhou.
O grande elenco não intimidou Mariana Rios (26), que estreou nos cinemas no filme de Hugo Carvana. “O elenco me deixou super à vontade, todo mundo foi bacana comigo. Só agregou”, disse a atriz, que chegou um pouco atrasada por estar gravando seu segundo longa-metragem (Totalmente Inocentes) em Paulínia, interior de São Paulo, provando que cinema caiu em seu gosto. “Eu gosto de ser artista, fazer de tudo um pouco. Confesso que meu lado cantora está um pouco de lado agora, não dá para fazer tudo. Mas, daqui a pouco volto a fazer shows também”, contou a bela, que estava acompanhada de seu namorado, Di Ferrero (26), vocalista do NX Zero. Entre tanto trabalho, o músico ainda garantiu que sobra tempo para ficar junto com a amada. “A gente se gosta, então temos que dar um jeito”, disse.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Vinte e um anos longe do cinema não fizeram Tarcísio Meira (75) perder a mão. Em seu retorno às telonas, o ator prova que está em sua melhor forma ao encarar um papel divertido em Não Se Preocupe, Nada Vai Dar Certo, cuja pré-estreia aconteceu em São Paulo na noite de segunda-feira, 1º.
“É muito gostoso e muito bom voltar a fazer cinema. Viajamos o Brasil inteiro para fazer esse filme; foi realmente gratificante”, disse Tarcísio em entrevista à CARAS Online. No longa, o veterano dá vida ao trambiqueiro Ramon Velasco, um velho ator que administra os shows de comédia de seu filho, Lalau (Gregorio Duvivier, 25) pelo interior do Brasil, e vive se metendo em confusão. “Foi um trabalho de equipe. Acreditei em todo mundo e, principalmente, no Ramon. Você é convincente quando acredita naquilo que está fazendo e acho que o papel do ator é esse. Se você não acreditar, como vai passar isso para o público?”, completou.
Tarcísio estava acompanhado de sua esposa, Glória Menezes (76), que fez questão de distribuir elogios para o amado. “O Tarcísio está ótimo! Como comediante, ele deu um salto nesse filme; perdeu todas as vergonhas e partiu para a brincadeira”, afirmou. O veterano foi escolhido a dedo por outro grande nome do cinema e da televisão brasileira: Hugo Carvana (74) que, além de atuar, também dirigiu o filme – o oitavo da carreira de cineasta. “Eu escolhi os melhores”, disse sobre o elenco. “Foi um prazer trabalhar com atores que eu amo. É minha primeira parceria com o Tarcísio, um ator que todos nós admiramos e que só veio engrandecer meu filme”.
Complementando o casting, Não Se Preocupe, Nada Vai Dar Certo traz ainda Herson Capri (58) na pele de um vilão ‘mais leve’. “É um vilão para comédia, não é como o Cortez [seu personagem na novela ‘Insensato Coração’]. Gosto de fazer qualquer personagem, de humor, de drama, gosto de contar boas histórias”. Herson dividiu seu tempo gravando novela e cinema; para ele, as duas linguagens são totalmente diferentes. “O cinema é mais artesanal, você tem tempo para elaborar bastante. Novela é ‘pauleira’, é decorar o texto em três dias e gravar vinte cenas de uma vez”, detalhou.
O grande elenco não intimidou Mariana Rios (26), que estreou nos cinemas no filme de Hugo Carvana. “O elenco me deixou super à vontade, todo mundo foi bacana comigo. Só agregou”, disse a atriz, que chegou um pouco atrasada por estar gravando seu segundo longa-metragem (Totalmente Inocentes) em Paulínia, interior de São Paulo, provando que cinema caiu em seu gosto. “Eu gosto de ser artista, fazer de tudo um pouco. Confesso que meu lado cantora está um pouco de lado agora, não dá para fazer tudo. Mas, daqui a pouco volto a fazer shows também”, contou a bela, que estava acompanhada de seu namorado, Di Ferrero (26), vocalista do NX Zero. Entre tanto trabalho, o músico ainda garantiu que sobra tempo para ficar junto com a amada. “A gente se gosta, então temos que dar um jeito”, disse.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Fernando Meirelles: ansioso com novo filme
Prestes a lançar seu novo filme, ‘360’, no Festival de Cinema de Toronto, no Canadá, Fernando Meirelles está apreensivo para lançar seu novo trabalho. “Meu sonho seria ter um Avatar que fosse nestes eventos no meu lugar”, contou em entrevista a CARAS Online
A margem para erros é quase mínima. Direção magistral, elenco estelar - formado por astros internacionais como Anthony Hopkins (73), Jude Law (38) e Rachel Weisz (41) - e uma história instigante. Não tem como 360, novo longa-metragem do prestigiado cineasta brasileiro Fernando Meirelles (55), dar errado.
Ainda assim, o diretor está ansioso com a estreia do filme no Festival de Cinema de Toronto, no Canadá. Seu novo trabalho terá sua primeira exibição no evento que acontece entre os dias 8 e 18 de setembro. “A expectativa, claro, é a de que o filme passe bem e o público embarque na história, mas o medo da reação me faz preferir não ter que ir à estreia, coisa que não conseguirei evitar. Nessa profissão a gente fica muito exposto. Meu sonho seria ter um Avatar que fosse nestes eventos no meu lugar”, revelou Meirelles em entrevista exclusiva à CARAS Online.
Baseada em peça do escritor Arthur Schnitzler (1862 - 1931), que causou escândalo na sociedade na primeira década do século XX, 360 fala da moralidade sexual, explorando a vida íntima de seus personagens. “São nove histórias que se ligam. Fala sobre como cada acontecimento em nossa vida pode afetar a vida de muitas outras pessoas em outros pontos do planeta. É também uma história sobre várias pessoas boas que tentam fazer a coisa certa, mas que nem sempre conseguem movidos por seus desejos e pulsões”, definiu o próprio diretor.
Com roteiro de Peter Morgan (48) (de A Rainha e Frost/Nixon), o filme é uma coprodução entre Reino Unido, Áustria, França e Brasil. A finalização de imagem e áudio estão sendo realizadas em Londres e Viena, respectivamente, e os efeitos especiais e a pós produção vem sendo concluídos no Brasil, no novo prédio da O2 Filmes, produtora administrada por Fernando.
Assim como sua produção, o elenco do longa-metragem é uma miscigenação de nações, consequência do desafio que Meirelles enfrentou ao decidir reunir uma trupe invejada de atores. “Fiz a lista de atores que admiro e saí convidando. Grande parte deles topou. Fora os atores ingleses conhecidos (Rachel Weisz, Jude Law e Anthony Hopkins), há atores sensacionais como o francês Jamel Debbouze (ator de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain), o alemão Moritz Bleibtreu (Corra Lola Corra), o russo Vladimir Vdovichenko e os brasileiros Maria Flor e Juliano Cazarré”, adiantou.
(Karen Lemos - CARAS Online)
A margem para erros é quase mínima. Direção magistral, elenco estelar - formado por astros internacionais como Anthony Hopkins (73), Jude Law (38) e Rachel Weisz (41) - e uma história instigante. Não tem como 360, novo longa-metragem do prestigiado cineasta brasileiro Fernando Meirelles (55), dar errado.
Ainda assim, o diretor está ansioso com a estreia do filme no Festival de Cinema de Toronto, no Canadá. Seu novo trabalho terá sua primeira exibição no evento que acontece entre os dias 8 e 18 de setembro. “A expectativa, claro, é a de que o filme passe bem e o público embarque na história, mas o medo da reação me faz preferir não ter que ir à estreia, coisa que não conseguirei evitar. Nessa profissão a gente fica muito exposto. Meu sonho seria ter um Avatar que fosse nestes eventos no meu lugar”, revelou Meirelles em entrevista exclusiva à CARAS Online.
Baseada em peça do escritor Arthur Schnitzler (1862 - 1931), que causou escândalo na sociedade na primeira década do século XX, 360 fala da moralidade sexual, explorando a vida íntima de seus personagens. “São nove histórias que se ligam. Fala sobre como cada acontecimento em nossa vida pode afetar a vida de muitas outras pessoas em outros pontos do planeta. É também uma história sobre várias pessoas boas que tentam fazer a coisa certa, mas que nem sempre conseguem movidos por seus desejos e pulsões”, definiu o próprio diretor.
Com roteiro de Peter Morgan (48) (de A Rainha e Frost/Nixon), o filme é uma coprodução entre Reino Unido, Áustria, França e Brasil. A finalização de imagem e áudio estão sendo realizadas em Londres e Viena, respectivamente, e os efeitos especiais e a pós produção vem sendo concluídos no Brasil, no novo prédio da O2 Filmes, produtora administrada por Fernando.
Assim como sua produção, o elenco do longa-metragem é uma miscigenação de nações, consequência do desafio que Meirelles enfrentou ao decidir reunir uma trupe invejada de atores. “Fiz a lista de atores que admiro e saí convidando. Grande parte deles topou. Fora os atores ingleses conhecidos (Rachel Weisz, Jude Law e Anthony Hopkins), há atores sensacionais como o francês Jamel Debbouze (ator de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain), o alemão Moritz Bleibtreu (Corra Lola Corra), o russo Vladimir Vdovichenko e os brasileiros Maria Flor e Juliano Cazarré”, adiantou.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Ney Matogrosso: “Não me vejo apenas como cantor”
Diretor na peça teatral ‘Dentro da Noite’, em cartaz em São Paulo no SESC Pinheiros, o cantor Ney Matogrosso adianta projetos profissionais e encara desafio no cinema
Sessenta e nove anos de idade; quase quarenta dedicados às artes que tanto aprecia. Com esse currículo, Ney Matogrosso (69) não tem medo de se arriscar em áreas que não seja a musical, onde mantém seu prestígio como um dos mais importantes cantores brasileiros.
Saindo da zona do conforto, Ney novamente se desafia ao dirigir um monólogo de teatro, Dentro da Noite, que está em cartaz no SESC Pinheiros, em São Paulo, até o dia 27 de agosto. Com apresentações sempre às sextas-feiras e aos sábados, às 20h, o cantor está na capital paulistana para acompanhar de perto sua nova empreitada.
“São dois textos [Dentro da Noite e O Bebê de Tarlatana Rosa] do João do Rio (1881 - 1921) adaptados para o teatro em um monólogo de Marcus Alvisi (57) [que é o ator da peça]. O que me atraiu foi exatamente o texto; João do Rio é muito interessantes, todos deveriam conhecer. Ele foi o predecessor de Nelson Rodrigues (1912 - 1980)", resumiu Ney em entrevista a CARAS Online.
Na primeira história, que batiza a peça, o protagonista revela sua personalidade sádica ao sentir prazer ferindo sua noiva com um alfinete. No segundo monólogo, somos levados ao carnaval carioca no ano de 1908, mais precisamente na casa de um barão que conta histórias bizarras que ocorrem com ele durante a festa. “O meu trabalho, na verdade, foi fazer com que Marcus dissesse esses textos com a maior clareza, para que as pessoas não perdessem nenhum nuance das intenções desses personagens”, resumiu.
Direção de teatro não é tão novidade assim para Ney Matogrosso, que já tinha dirigido uma peça infantil do Grupo Umbu do Rio de Janeiro e também Somos Irmãs, sobre as cantoras Linda e Dircinha Batista; mas isso foi há 11 anos. A distância, no entanto, não atrapalhou o artista quando ele resolveu retornar aos bastidores do palco. “Não tive problemas. Dirigir teatro não passa por um exercício constante; é mais uma coisa de observação”, contou.
Sua experiência em cima do palco também contribuiu para uma melhor compreensão na hora de dirigir atores. “Facilita! Porque eu sei o que é estar no palco. Conheço os dois lados”, afirmou o cantor que não quer ficar restrito ao ato de cantar. “Sou um artista; tudo nas artes me interessam. O que eu puder contribuir para a arte, farei. Não me vejo apenas como cantor”.
Atualmente em turnê musical com Beijo Bandido, Ney já pensa em novos trabalhos como cantor, mas garante não ter mais aquela pressa e a ansiedade de quem está iniciando uma carreira artística. “Eu já tenho um repertório bem adiantado para um próximo trabalho. É um universo mais pop, em que misturo gente nova com gente muito conhecida, diferente de ‘Beijo Bandido’ que é sobre a canção brasileira", detalhou.
Até lá, o cantor ainda vai brilhar nas telas do cinema. Em Luz nas Trevas, com roteiro de Rogério Sganzerla (1946 - 2004) [diretor do clássico O Bandido da Luz Vermelha, de 1968], Ney viverá este ícone do cinema nacional – uma responsabilidade logo em sua estreia como protagonista. “Quando eu fui convidado para esse papel, aceitei imediatamente. Depois, pensei sobre e fiquei com certo receio de possíveis comparações que poderiam fazer. Mas o filme é outra coisa; não é uma refilmagem, é uma continuação, uma outra história”, adiantou.
Após 30 anos, Luz Vermelha finalmente deixa a cadeia e descobre que tem um filho que está seguindo seus passos. “Esse filme é muito diferente de tudo do cinema nacional que tá aí. Ele tem uma pitada de trash que é muito interessante", concluiu. Luz nas Trevas tem previsão de estreia para 2012.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Sessenta e nove anos de idade; quase quarenta dedicados às artes que tanto aprecia. Com esse currículo, Ney Matogrosso (69) não tem medo de se arriscar em áreas que não seja a musical, onde mantém seu prestígio como um dos mais importantes cantores brasileiros.
Saindo da zona do conforto, Ney novamente se desafia ao dirigir um monólogo de teatro, Dentro da Noite, que está em cartaz no SESC Pinheiros, em São Paulo, até o dia 27 de agosto. Com apresentações sempre às sextas-feiras e aos sábados, às 20h, o cantor está na capital paulistana para acompanhar de perto sua nova empreitada.
“São dois textos [Dentro da Noite e O Bebê de Tarlatana Rosa] do João do Rio (1881 - 1921) adaptados para o teatro em um monólogo de Marcus Alvisi (57) [que é o ator da peça]. O que me atraiu foi exatamente o texto; João do Rio é muito interessantes, todos deveriam conhecer. Ele foi o predecessor de Nelson Rodrigues (1912 - 1980)", resumiu Ney em entrevista a CARAS Online.
Na primeira história, que batiza a peça, o protagonista revela sua personalidade sádica ao sentir prazer ferindo sua noiva com um alfinete. No segundo monólogo, somos levados ao carnaval carioca no ano de 1908, mais precisamente na casa de um barão que conta histórias bizarras que ocorrem com ele durante a festa. “O meu trabalho, na verdade, foi fazer com que Marcus dissesse esses textos com a maior clareza, para que as pessoas não perdessem nenhum nuance das intenções desses personagens”, resumiu.
Direção de teatro não é tão novidade assim para Ney Matogrosso, que já tinha dirigido uma peça infantil do Grupo Umbu do Rio de Janeiro e também Somos Irmãs, sobre as cantoras Linda e Dircinha Batista; mas isso foi há 11 anos. A distância, no entanto, não atrapalhou o artista quando ele resolveu retornar aos bastidores do palco. “Não tive problemas. Dirigir teatro não passa por um exercício constante; é mais uma coisa de observação”, contou.
Sua experiência em cima do palco também contribuiu para uma melhor compreensão na hora de dirigir atores. “Facilita! Porque eu sei o que é estar no palco. Conheço os dois lados”, afirmou o cantor que não quer ficar restrito ao ato de cantar. “Sou um artista; tudo nas artes me interessam. O que eu puder contribuir para a arte, farei. Não me vejo apenas como cantor”.
Atualmente em turnê musical com Beijo Bandido, Ney já pensa em novos trabalhos como cantor, mas garante não ter mais aquela pressa e a ansiedade de quem está iniciando uma carreira artística. “Eu já tenho um repertório bem adiantado para um próximo trabalho. É um universo mais pop, em que misturo gente nova com gente muito conhecida, diferente de ‘Beijo Bandido’ que é sobre a canção brasileira", detalhou.
Até lá, o cantor ainda vai brilhar nas telas do cinema. Em Luz nas Trevas, com roteiro de Rogério Sganzerla (1946 - 2004) [diretor do clássico O Bandido da Luz Vermelha, de 1968], Ney viverá este ícone do cinema nacional – uma responsabilidade logo em sua estreia como protagonista. “Quando eu fui convidado para esse papel, aceitei imediatamente. Depois, pensei sobre e fiquei com certo receio de possíveis comparações que poderiam fazer. Mas o filme é outra coisa; não é uma refilmagem, é uma continuação, uma outra história”, adiantou.
Após 30 anos, Luz Vermelha finalmente deixa a cadeia e descobre que tem um filho que está seguindo seus passos. “Esse filme é muito diferente de tudo do cinema nacional que tá aí. Ele tem uma pitada de trash que é muito interessante", concluiu. Luz nas Trevas tem previsão de estreia para 2012.
(Karen Lemos - CARAS Online)
A nova fase de Vinícius de Oliveira
Aos 26 anos, Vinicius de Oliveira, o Josué de ‘Central do Brasil’, celebra sucesso em seu mais novo trabalho, o filme ‘Assalto ao Banco Central’, e confessa que quer seguir os passos de seu mentor, o cineasta Walter Salles. “Ele despertou a paixão do cinema em mim”
Vinícius de Oliveira (26) era um engraxador de sapatos no aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro, quando foi descoberto pelo cineasta Walter Salles (55) que, em 1998, estava selecionando os atores de seu próximo filme. Foi assim que o garoto, de engraxate a ator, chamou atenção do país com o personagem Josué de Central do Brasil.
Treze anos depois, ele retorna às telonas do cinema no primeiro longa-metragem de Marcos Paulo (60), Assalto ao Banco Central, atuando ao lado de grandes estrelas, como Eriberto Leão (39), Lima Duarte (81), Giulia Gam (44), Milhem Cortaz (38), Antonia Fontenelle (38), Fábio Lago (41), Juliano Cazarré (31), Hermila Guedes (31), Cássio Gabus Mendes (49), Milton Gonçalves (77), Antônio Abujamra (78), Tonico Pereira (73) e Heitor Martinez (42).
“De ‘Central do Brasil’ pra cá eu tive uma evidente evolução na carreira, tanto profissional quanto artisticamente. Passei a conviver com grandes atores, com quem acabei fazendo escola, e agora estou cursando faculdade de cinema por conta da paixão pela sétima arte que nasceu com o filme do Walter”, contou Vinícius em entrevista a CARAS Online.
Como qualquer jovem cineasta, Vinícius já tem muitos projetos na manga, mas garante que não deixará da profissão de ator do lado. “A carreira de ator seguirá firme e forte. Quero sempre estar trabalhando, fazendo cinema, tentando evoluir e agradar o público, mas tenho o sonho de dirigir, ser diretor também”, completou.
Entre seus projetos estão curtas-metragens e programas para a internet, veículo no qual Vinícius está apostando cada vez mais forte. “Eu já tenho dois projetos para a internet e estou correndo atrás para produzir tudo. Estive em Paulínia e conversei com muitos produtores até porque quero estrelar outro filme ainda este ano, para estreá-lo em 2012”, contou.
Embora bem acompanhado em Assalto ao Banco Central, Vinícius as telas com gente de renome. No longa de Marcos Paulo, ele já realizou um de seus desejos. “Sempre tive vontade de trabalhar com o Milhem Cortaz. Eu tenho uma relação de antipatia com ele nesse filme, mas tive a oportunidade de atuar fisicamente com ele”. Na conversa, o jovem ainda citou Irandhir Santos (33) e Wagner Moura (35) como suas referências de atuação. “Sou mega fã do trabalho do Wagner. ‘Tropa de Elite 2’, por exemplo, é o filme da minha vida. Tenho uma grande identificação com a história e o Wagner está exímio no filme’" disse.
Outros diretores brasileiros, além de Walter Salles - claro - que em 2008 o chamou para ser um dos protagonistas do filme Linha de Passe, também fazem sua cabeça. “Gosto muito do trabalho do José Eduardo Belmonte (41), Beto Brant (47) e do Marcos Paulo que, embora esteja em sua primeira direção no cinema, eu adorei trabalhar com ele. O Marcos é um diretor muito generoso e eu pretendo seguir essa linha porque, como ator, eu sei o que é preciso para dirigir um ator”, contou.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Vinícius de Oliveira (26) era um engraxador de sapatos no aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro, quando foi descoberto pelo cineasta Walter Salles (55) que, em 1998, estava selecionando os atores de seu próximo filme. Foi assim que o garoto, de engraxate a ator, chamou atenção do país com o personagem Josué de Central do Brasil.
Treze anos depois, ele retorna às telonas do cinema no primeiro longa-metragem de Marcos Paulo (60), Assalto ao Banco Central, atuando ao lado de grandes estrelas, como Eriberto Leão (39), Lima Duarte (81), Giulia Gam (44), Milhem Cortaz (38), Antonia Fontenelle (38), Fábio Lago (41), Juliano Cazarré (31), Hermila Guedes (31), Cássio Gabus Mendes (49), Milton Gonçalves (77), Antônio Abujamra (78), Tonico Pereira (73) e Heitor Martinez (42).
“De ‘Central do Brasil’ pra cá eu tive uma evidente evolução na carreira, tanto profissional quanto artisticamente. Passei a conviver com grandes atores, com quem acabei fazendo escola, e agora estou cursando faculdade de cinema por conta da paixão pela sétima arte que nasceu com o filme do Walter”, contou Vinícius em entrevista a CARAS Online.
Como qualquer jovem cineasta, Vinícius já tem muitos projetos na manga, mas garante que não deixará da profissão de ator do lado. “A carreira de ator seguirá firme e forte. Quero sempre estar trabalhando, fazendo cinema, tentando evoluir e agradar o público, mas tenho o sonho de dirigir, ser diretor também”, completou.
Entre seus projetos estão curtas-metragens e programas para a internet, veículo no qual Vinícius está apostando cada vez mais forte. “Eu já tenho dois projetos para a internet e estou correndo atrás para produzir tudo. Estive em Paulínia e conversei com muitos produtores até porque quero estrelar outro filme ainda este ano, para estreá-lo em 2012”, contou.
Embora bem acompanhado em Assalto ao Banco Central, Vinícius as telas com gente de renome. No longa de Marcos Paulo, ele já realizou um de seus desejos. “Sempre tive vontade de trabalhar com o Milhem Cortaz. Eu tenho uma relação de antipatia com ele nesse filme, mas tive a oportunidade de atuar fisicamente com ele”. Na conversa, o jovem ainda citou Irandhir Santos (33) e Wagner Moura (35) como suas referências de atuação. “Sou mega fã do trabalho do Wagner. ‘Tropa de Elite 2’, por exemplo, é o filme da minha vida. Tenho uma grande identificação com a história e o Wagner está exímio no filme’" disse.
Outros diretores brasileiros, além de Walter Salles - claro - que em 2008 o chamou para ser um dos protagonistas do filme Linha de Passe, também fazem sua cabeça. “Gosto muito do trabalho do José Eduardo Belmonte (41), Beto Brant (47) e do Marcos Paulo que, embora esteja em sua primeira direção no cinema, eu adorei trabalhar com ele. O Marcos é um diretor muito generoso e eu pretendo seguir essa linha porque, como ator, eu sei o que é preciso para dirigir um ator”, contou.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Marcos Paulo reúne elenco estelar
Em ‘Assalto ao Banco Central’, Marcos Paulo conta passagem vergonhosa da história do Brasil através de boas interpretações do grande elenco, encabeçado por Eriberto Leão, Lima Duarte e Giulia Gam
Uma história envolta de mistérios com grandes personagens fez Marcos Paulo (60) deixar a direção de televisão – área em que atua já há 40 anos – e se arriscar no cinema. E deu certo. Em Assalto ao Banco Central, filme que chega aos cinemas no próximo dia 22, é uma boa mistura de ação, suspense e um pouco de comicidade.
“O filme tem uma comicidade debochada. O que aconteceu é um grande deboche, assim como muitas coisas que acontecem nesse país. A gente percebeu que, além de contar essa história com muita ação, teria espaço para o humor”, relatou Marcos.
Em agosto de 2005, R$ 164,7 milhões foram roubados do Banco Central de Fortaleza, no Ceará. A ação, realizada sem nenhum único tiro ter sido disparado e sem que ninguém percebesse a movimentação, é considerada a mais bem sucedida que já ocorreu no Brasil. O bando, liderado por Mineiro, só conseguiu realizar o memorável assalto pro que contaram com um túnel de 84 metros que ligava até os cofres do banco.
Embora não bem solucionada, a trama foi se revelando aos poucos na medida em que as pesquisas foram sendo aprofundadas. “A pretensão era fazer uma história ficcional, baseada em fatos reais. Tivemos acessos aos processos e a registros da imprensa. Misturamos informações reais com fatos inventados e colocamos em um liquidificador”, complementou.
O roteiro partiu do argumento de Antonia Fontenelle (38), mulher de Marcos Paulo, que também fez o casting do longa-metragem, provando ter bom gosto na hora de eleger o elenco. Assalto ao Banco Central é encabeçado por Eriberto Leão (39) que interpreta Mineiro, um dos cabeças do bando. “Ele é um camaleão. Tem cara de bom moço mas não é. É um estelionatário que se apresenta como uma pessoa confiável; assim, ele vai envolvendo as pessoas, criando uma certa relação para, depois conseguir seus objetivos”, definiu o galã, atualmente no ar como o Pedro de Insensato Coração.
Além das pesquisas, a equipe do filme contou ainda com o apoio da Polícia Federal, que auxiliou com aulas sobre a forma como as investigações policiais são feitas no Brasil. No papel de dois delegados, de diferentes gerações, o veterano Lima Duarte (81) e Giulia Gam (44) construíram seus personagens a partir desse apoio. “Foi interessante trabalhar ao lado da Polícia Federal. Essa coisa que mistura mocinho e bandido dá pano para manga em muita história”, disse Giulia. “Meu personagem é um delegado que ama a polícia, é extremamente cuidadoso, eficiente, enfim, um bom policial”, complementou Lima Duarte.
Nessa ajuda, houve ainda uma troca. A produção do filme disponibilizou, em seu site oficial, um espaço em que anônimos podem deixar novas informações sobre o assalto que possam contribuir para um futuro esclarecimento de caso. “É impressionante o volume de informações novas que recebemos. Não sei o quando ajudamos a polícia, mas ao menos trazemos subsídios para ajudar em algo”, comentou Marcos.
Ainda no elenco, o promissor Vinícius de Oliveira (26), o garoto protagonista em Central do Brasil, retorna às telas do cinema tendo como grande incentivo seus colegas de filme. “O elenco certamente me ajudou muito; sempre tive vontade de trabalhar com essa gente toda que eu acompanho desde muleque”, contou.
Completam ainda o casting Fábio Lago (41), que doou muita coisa de sua personalidade para o personagem (“A gente usa tudo para o personagem. Nosso corpo, nosso olhar, nosso suor, nosso intelecto, nossa pesquisa. O que você muda é o enfoque”, esclareceu), Milhem Cortaz (38), na pele de um personagem ‘durão’ (“Mas ele tem uma certa delicadeza. Não existe arte sem delicadeza. Então, como artista, imprimi uma humanidade”, justificou), Juliano Cazarré (31), Hermila Guedes (31), Cássio Gabus Mendes (49), Milton Gonçalves (77), Antônio Abujamra (78), Tonico Pereira (73) e Heitor Martinez (42).
(Karen Lemos - CARAS Online)
Eriberto Leão como o personagem Mineiro
Uma história envolta de mistérios com grandes personagens fez Marcos Paulo (60) deixar a direção de televisão – área em que atua já há 40 anos – e se arriscar no cinema. E deu certo. Em Assalto ao Banco Central, filme que chega aos cinemas no próximo dia 22, é uma boa mistura de ação, suspense e um pouco de comicidade.
“O filme tem uma comicidade debochada. O que aconteceu é um grande deboche, assim como muitas coisas que acontecem nesse país. A gente percebeu que, além de contar essa história com muita ação, teria espaço para o humor”, relatou Marcos.
Em agosto de 2005, R$ 164,7 milhões foram roubados do Banco Central de Fortaleza, no Ceará. A ação, realizada sem nenhum único tiro ter sido disparado e sem que ninguém percebesse a movimentação, é considerada a mais bem sucedida que já ocorreu no Brasil. O bando, liderado por Mineiro, só conseguiu realizar o memorável assalto pro que contaram com um túnel de 84 metros que ligava até os cofres do banco.
Embora não bem solucionada, a trama foi se revelando aos poucos na medida em que as pesquisas foram sendo aprofundadas. “A pretensão era fazer uma história ficcional, baseada em fatos reais. Tivemos acessos aos processos e a registros da imprensa. Misturamos informações reais com fatos inventados e colocamos em um liquidificador”, complementou.
O roteiro partiu do argumento de Antonia Fontenelle (38), mulher de Marcos Paulo, que também fez o casting do longa-metragem, provando ter bom gosto na hora de eleger o elenco. Assalto ao Banco Central é encabeçado por Eriberto Leão (39) que interpreta Mineiro, um dos cabeças do bando. “Ele é um camaleão. Tem cara de bom moço mas não é. É um estelionatário que se apresenta como uma pessoa confiável; assim, ele vai envolvendo as pessoas, criando uma certa relação para, depois conseguir seus objetivos”, definiu o galã, atualmente no ar como o Pedro de Insensato Coração.
Além das pesquisas, a equipe do filme contou ainda com o apoio da Polícia Federal, que auxiliou com aulas sobre a forma como as investigações policiais são feitas no Brasil. No papel de dois delegados, de diferentes gerações, o veterano Lima Duarte (81) e Giulia Gam (44) construíram seus personagens a partir desse apoio. “Foi interessante trabalhar ao lado da Polícia Federal. Essa coisa que mistura mocinho e bandido dá pano para manga em muita história”, disse Giulia. “Meu personagem é um delegado que ama a polícia, é extremamente cuidadoso, eficiente, enfim, um bom policial”, complementou Lima Duarte.
Nessa ajuda, houve ainda uma troca. A produção do filme disponibilizou, em seu site oficial, um espaço em que anônimos podem deixar novas informações sobre o assalto que possam contribuir para um futuro esclarecimento de caso. “É impressionante o volume de informações novas que recebemos. Não sei o quando ajudamos a polícia, mas ao menos trazemos subsídios para ajudar em algo”, comentou Marcos.
Ainda no elenco, o promissor Vinícius de Oliveira (26), o garoto protagonista em Central do Brasil, retorna às telas do cinema tendo como grande incentivo seus colegas de filme. “O elenco certamente me ajudou muito; sempre tive vontade de trabalhar com essa gente toda que eu acompanho desde muleque”, contou.
Completam ainda o casting Fábio Lago (41), que doou muita coisa de sua personalidade para o personagem (“A gente usa tudo para o personagem. Nosso corpo, nosso olhar, nosso suor, nosso intelecto, nossa pesquisa. O que você muda é o enfoque”, esclareceu), Milhem Cortaz (38), na pele de um personagem ‘durão’ (“Mas ele tem uma certa delicadeza. Não existe arte sem delicadeza. Então, como artista, imprimi uma humanidade”, justificou), Juliano Cazarré (31), Hermila Guedes (31), Cássio Gabus Mendes (49), Milton Gonçalves (77), Antônio Abujamra (78), Tonico Pereira (73) e Heitor Martinez (42).
(Karen Lemos - CARAS Online)
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