sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Último filme de Ledger não consegue distribuidor
O último trabalho realizado pelo ator Heath Ledger (morto em janeiro de 2008 por uma overdose de remédios) está com problemas para encontrar um distribuidor nos Estados Unidos - país onde tudo acontece no cinema.
Os distribuidores disponíveis alegam que temem pelo fracasso do filme, já que o consideram "artístico demais" (ou "experimental demais") para os padrões hollywoodianos.
'The imaginarium of Doctor Parnassus' estava sendo rodado quando o ator faleceu no inicio do ano passado, o que acarretou em uma pausa na produção até que fosse decidido qual seria o futuro do filme. Inconformado em jogar no lixo o último trabalho de Ledger, o diretor Terry Gilliam convidou um elenco de peso para cobrir a ausência do ator. Johnny Depp, Jude Law e Collin Farrel foram convidados para filmar as últimas cenas necessárias para finalizar a produção. As várias interpretações se justificariam uma vez que o personagem de Ledger viaja no tempo e espaço possibilitando as mudanças físicas.
Na história, Doctor Parnassus é o dono de um circo itinerante que viaja o mundo levando o encanto das histórias de fantasia. Um dos componentes do circo (interpretado por Ledger), oferece ao público a chance de transcender a realidade, bastando atravessar um espelho mágico.
Mesmo com a recente vitória no Oscar pelo Coringa de "Cavaleiro das Trevas", o filme ainda está em processo de análise por parte dos distribuidores para sua devida divulgação. A história toda revela a tamanha falta de consideração pelos esforços do diretor e de um grande elenco, formado de última hora, para tentar salvar o último registro do talento de um ator que, mesmo após sua morte, ainda sofre com o descaso da indústria comercial cinematográfica.
Alguns momentos do Oscar..
O ápice foi a entrega do prêmio de melhor fotografia. O apresentador da categoria, Ben Stiller, foi trajado de Joaquin Phoenix, fazendo uma paródia a aparição polêmica do ator no talk show de David Letterman, em que estava todo barbado, declarando que largaria o cinema para se dedicar ao rap.
Fora isso, a festa não teve grandes surpresas. Quem deveria ganhar, ganhou.
Como era esperado, “Quem quer ser um milionário?” faturou o prêmio máximo de melhor filme, além de vencer em mais 7 categorias (diretor, roteiro adaptado, fotografia, mixagem de som, edição, trilha sonora original e canção original). Comprovando que era mesmo o favorito da noite, deixou para trás o seu principal concorrente “O curioso caso de Benjamin Button”, que levou apenas três estatuetas.
Os vencedores das categorias de atuação se destacaram com discursos polêmicos. Ao levar a estatueta de melhor ator pelo papel de um político homossexual, Sean Penn subiu ao palco já provocando: “Vocês devem gostar de gays, pois eu sei como é difícil gostar de mim.”. Kate Wislet, vencedora (finalmente) do Oscar de melhor atriz brincou: “(...) Venho criando versões deste discurso desde que tenho 8 anos, e isso (o Oscar) era um pote de shampoo. Agora não é shampoo!”. No momento da entrega do prêmio de ator coadjuvante, a família do falecido Heath Ledger subiu ao palco para aceitar a estatueta em nome da filha Matilda (de apenas 3 anos), constituindo o momento mais emocionante da noite.
Confira todos os vencedores do Oscar, aqui.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Os últimos preparativos para o Oscar
Todas as atenções estão voltadas para os últimos ajustes da maior festa do cinema internacional. O evento já começa a tomar forma nessa reta final, afinal, falta menos de uma semana para sua realização, e muita correria já pode ser vista nos arredores do Kodak Theatre, em Los Angeles.
A cerimônia deste ano será apresentada pelo ator Hugh Jackman. O novo apresentador já pegou algumas dicas com o veterano Steve Martin (que por diversas vezes comandou a premiação) e declarou que não pretende ser o centro das atenções, apenas quer se divertir. Não há o que temer para Jackman, já que, ele já teve sua experiência na área como apresentador do Tony Awards, que elege os melhores do teatro.
Para este ano, a academia que organiza o evento promete grandes novidades, apesar de não relevar nada antecipadamente. O que acabou vazando, foi a informação de uma cortina com cerca de 100 mil cristais e diversas telas digitais no fundo do palco que irá compor o cenário do Kodak Theatre (que durante anos cedia a premiação).
A premiação do Oscar acontece nesse domingo (22), coincidindo com o domingo de carnaval aqui no Brasil, o que significa que os canais da TV abertura não irão transmitir a cerimônia deste ano. Resta, aos mais afortunados, recorrer aos canais da TV por assinatura. Já a grande maioria (na qual estou incluída) que não tem esse privilégio, terá de esperar por uma pequena menção nos noticiários, em meio a folia do carnaval.
Filme peruano leva o urso de ouro
O Cinema Latino-americano foi o grande destaque da noite de premiações da 59ª edição do Festival de Berlim."La Teta Asustada", de Claudia Llosa, levou o prêmio máximo - o Urso de Berlim de melhor filme. A produção peruana é centrada na história de Fausta (interpretada por Magaly Soler), que vive com o trauma de ter sido "amaldiçoada" pela própria mãe. No Peru, existe o mito de que mulheres estupradas durante a violência política que assolou o país, traumatizavam seus filhos durante a amamentação; o título "La Teta Asustada" vem justamente dessa lenda (que em inglês foi traduzido como "O leite da mágoa"). O projeto demorou 8 anos para ser realizado, um esforço que valeu a pena: o filme já vinha sendo muito elogiado pela critica especializada, e agora se consagrou com o Urso de Ouro.
Outro destaque do cinema latino foi "Gigante", de Adrián Biniez. O diretor argentino recebeu o Grande Prêmio do Júri do Festival (presidido pela atriz escocesa Tilda Swinton), que foi dividido junto com o alemão "Alle anderen", de Maren Ade. O filme, passado em Montevidéo, conta a história simples de um segurança de supermercado que acaba se apaixonando virtualmente por uma empregada. Além do prêmio do Júri, "Gigante" também levou o prêmio especial Alfred Bauer e Biniez foi consagrado como melhor diretor estreante.
Nas categorias de atuação, Sotigui Kouyaté (de "London River"), ganhou o Urso de Prata de melhor ator, recebendo o troféu em uma cadeira de rodas. Já na categoria melhor atriz, a austríaca Birgit Minichmayr foi agraciada por seu trabalho em "Alle Andrenn". A atriz arrancou aplausos da platéia com seu discurso. Por fim, o Urso de Prata de melhor direção foi para Iraní Asghar Farhadi, de "Darbareye Elly".
Confira os vencedores do Festival:
Melhor Filme - Urso de OuroLa Teta Asustada, de Claudia Llosa
Prêmio Especial do Júri - Gigante e Alle Anderen
Melhor Diretor - Asghar Farhadi, de Darbareye Elly
Melhor Atriz - Birgit Minichmayr, Alle Anderen
Melhor Ator - Sotigui Kouyate, de London River
Melhor Roteiro - Oren Moverman e Alessandro Camon, de The Messenger
Contribuição Artística - Gábor Erdély e Tamás Székely, desenhistas de som de Katalin Varga
Prêmio Alfred Bauer - Adrián Biniez, de GiganteAndrzej Wajda, de Tatarak
Prêmio Internacional da Crítica FIPRESCI - La Teta Asustada, de Claudia Llosa
Melhor Filme - Mostra Generation 14plusMy Suicide, de David Lee Miller
Prêmio Teddy Bear - Rabioso Sol, Rabioso Cielo, de Julián Hernández
Prêmio da Paz - The Messenger, de Oren Moverman
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Lula, o Filho do Brasil
Confiram:
Será mais uma biografia deturpada pela romantização (natural nesses tipos de filmes), ou também irá relavar os podres do nosso presidente? Algo me diz que a primeira opção tem ótimas chances de vencer. Vamos aguardar.
Heath Leadger recebe (outro) prêmio póstumo
Kate Winslet e Mickey Rourke
A premiação do Bafta (o Oscar inglês) elegeu o falecido ator Heath Ledger como melhor ator coadjuvante por seu último e mais marcante trabalho em “O Cavaleiro das Trevas”, onde desempenha o papel do Coringa, arquiinimigo de Batman. Heath morreu em janeiro de 2008, decorrente a uma overdose de remédios prescritos.
A medida em que são realizadas as premiações que antecedem a grande noite do Oscar, alguns nomes vão se consolidando como os prováveis vencedores em suas categorias. É o caso de Heath Ledger como melhor ator coadjuvante. Outros favoritos vão aparecendo, Kate Winslet, que já recebeu dois globos de ouro nesse ano (atriz e atriz coadjuvante), está indicada por “O Leitor” no Oscar, e levou o prêmio Bafta por esse mesmo trabalho.
Mickey Rourke é outro que desponta como favorito ao prêmio de melhor ator. Sua personagem em “O Lutador”, história sobre um ex-lutador de boxe que tenta se reerguer, é uma espécie de retrato da própria vida do ator. Rourke, que andava sumido, teve seu trabalho muito bem elogiado pela critica e já colecionou alguns prêmios ao longo do ano. Mesmo assim, a briga será boa, Rourke irá concorrer com Brad Pitt (“O Curioso Caso de Benjamin Button) e Sean Penn (“Milk”).
Por enquanto, a unanimidade de prêmios tem sido de “Quem Quer Ser um Milionário?”. Até agora, a história do menino indiano que sonha em ganhar dinheiro, levou a maioria dos prêmios em que estava concorrendo. No Bafta, ganhou como melhor filme, melhor diretor (para Danny Boyle) além de vencer outras cinco categorias da premiação. Com esse resultado, “Quem quer ser um milionário?” se aproxima da possibilidade de ser o grande vencedor da noite do Oscar.
Confira a lista completa dos vencedores do Bafta:
Filme: "Quem quer ser um milionário?"
Diretor: Danny Boyle, por "Quem quer ser um milionário?"
Ator: Mickey Rourke, por "O lutador"
Atriz: Kate Winslet, por "O leitor"
Ator coadjuvante: Heath Ledger, por "Batman - O cavaleiro das trevas"
Atriz coadjuvante: Penélope Cruz, por "Vicky Cristina Barcelona"
Prêmio Carl Foreman: Steve McQueen, por "Fome"
Filme britânico do ano: "Man on wire", de James Marsh
Filme em língua não inglesa: "Il y a longtemps que je t'aime", do francês Philippe Claudel
Filme de animação: "Wall-E", de Andrew Stanton
Roteiro adaptado: Simon Beaufoy, por "Quem quer ser um milionário?"
Roteiro original: Martin McDonagh, por "Na mira do chefe"
Música: A.R. Rahman, por "Quem quer ser um milionário?"
Fotografia: Anthony Dod Mantle, por "Quem quer ser um milionário?"
Montagem: Chris Dickens, por "Quem quer ser um milionário?"
Diretor de arte: Donald Graham Burt e Víctor J. Zolfo, por "O curioso caso de Benjamin Button"
Figurino: Michael O'Connor, por "A duquesa"
Som: "Quem quer ser um milionário?"
Efeitos especiais: "O curioso caso de Benjamin Button"
Maquiagem: "O curioso caso de Benjamin Button"
Curta de animação: "Wallace and Gromit: A matter of loaf and death"
Curta-metragem: "September", de Stewart le Maréchal e Esther May Campbell.
Prêmio à contribuição ao cinema britânico: Estúdios Pinewood
Prêmio de Honra da Academia: Terry Gilliam
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Crise mundial é o principal tema do Festival de Berlim
"Trama internacional", suspense estrelado por Clive Owen, foi o filme escolhido para abrir a 59º edição do Festival de Cinema de Berlim (Berlinale, como é mais conhecido). Sua escolha parece até ter sido proposital, já que trata de um tema de muito interesse nos dias de hoje: A crise econômica mundial. No papel principal, Clive Owen vive um agente da Interpol que investiga uma série de ações duvidosas praticadas por um dos maiores bancos do mundo. O diretor do festival, Dieter Kosslick, declarou que hoje o filme pode até ser considerado como um documentário.
Filmes de diversos países e variadas temáticas serão exibidos ao longo dos dias do festival. Durante uma sessão e outra as celebridades roubam a atenção dos jornalistas ao passarem pelo tradicional e glamuroso tapete vermelho, e depois discursam nas coletivas de imprensa, juntamente com os diretores e produtores de seus filmes. Dessa vez, são esperadas grandes estrelas como Kate Winslet, Tomy Lee Jones, Steve Martin, Renee Zellweger, Michelle Pfeiffer, Demi Moore, Michelle Willians, Naomi Watts, Clive Owen, Gael Garcia Bernal e Leonardo DiCaprio, que pretende comparecer ao festival durante o programa Cinema pela Paz, em prol da causa ambiental.
Ao contrário do que a maioria pensa, Berlinale também dá espaço ao cinema comercial, um exemplo disso, será a exibição de “A Pantera Cor-de-Rosa 2”, que terá sua estréia realizada durante o evento.
O Brasil também está presente na seleção do festival. A mostra “Panorama” traz o novo documentário do diretor José Padilha (vencedor do Urso de Ouro de melhor filme no Berlinale de 2008, por “Tropa de Elite”). “Garapa” aborda a miséria de três famílias do Ceará que tentam sobreviver à fome que assola a região. Ainda na programação: “Vingança”, do diretor Paulo Pons, que conta a história de uma jovem, vivida por Bárbara Borges, estuprada e morta na beira de um rio; em busca de vingança, um jovem professor (Erom Cordeiro) viaja até o Rio de Janeiro à procura do suposto assassino.
Nesta edição, o festival celebra os 20 anos da queda do muro de Berlim, e para comemorar a data, apresenta uma retrospectiva de filmes na época da Guerra Fria, e ainda traz uma série de curta-metragens sobre a Alemanha de 2009, filmado por grandes nomes do cinema do país, como Wolfgang Becker, de "Adeus, Lenin" e Fatih Akin ("Do outro lado").
A abertura dá inicio a 11 dias de festival, sendo que no último dia, 14 de fevereiro, serão reveladas as melhores produções em competição segundo o Júri, presidido pela atriz inglesa Tilda Swinton (vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante em 2008, por “Conduta de Risco”). Os homenageados pelo festival desse ano serão o cineasta português Manoel de Oliveira, Claude Chabrol e o produtor Guenter Rohrbach, que recebem prêmios honorários. Berlinale é um dos principais eventos de cinema europeus, junto com os festivais de Cannes e Veneza.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Tom Cruise deixa o Brasil.. Ele veio pra quê?
A passagem do astro no Rio de Janeiro foi rápida, mas muito marcante. E para não mencionar o quanto foi proveitoso aos sites de fofocas e celebridades que acompanharam todos os passos do astro pela cidade maravilhosa. Mas parou por aí. Por volta das 21h40, o ator e sua família deixaram o país, embarcando, no aeroporto de Galeão, em um vôo para o México. Próxima parada da turnê de divulgação de seu novo filme, “Operação Valquíria".
A família Cruise desembarcou por aqui na sexta-feira (30), e como era de se esperar, do momento de chegada até sua partida, foram cercados por inúmeros fotógrafos, câmeras e curiosos, todos querendo um pedacinho daquele momento único. Olhos atentos no astro, sua esposa, sua filha. Na visita em Angra dos Reis, churrascarias caras e restaurantes badalados.
É natural que a rotina de um grande astro seja atraente para nós, principalmente quando se trata de um país que não costuma a estar na rota de divulgação desses filmes comerciais. Muitos querem ver os famosos fazendo coisas banais como caminhar pela praia e se empanturrar em uma churrascaria no final de semana. Ao menos, o ator não ficou recluso no seu quarto de hotel, e até arriscou umas saídinhas, sempre com muita imprensa e fãs as sua espera. Simpático, ele atendeu a boa parte das pessoas que o abordavam. Bom, nada além do esperado de alguém que está fazendo divulgação de seu trabalho.
A intenção da viagem pelo menos foi essa, divulgar seu novo filme, e ficou mesmo só na intenção; a verdade é que pouco se falou sobre o novo trabalho, as câmeras da imprensa estavam mais interessadas em divulgar os restaurantes que o ator freqüentava, quantas horas ele passeava na praia, qual era o modelito do dia de esposa, e por onde andava a doce Suri? No meio das atividades, era sempre possível pegar relatos dos fãs desesperados para ver seu ídolo. Ou talvez, de pessoas desocupadas, loucas para dar uma olhada no astro de “Missão Impossível”.
Na coletiva de imprensa não foi diferente, boa parte das perguntas se referiam à visita do ator no Brasil (o que é natural visto a singularidade da situação, mas não deve ser o foco central de uma coletiva para divulgação de filme), e os seus problemas com a cientologia; o envolvimento do ator com a religião já lhe rendeu um bom espaço nas fofocas de tablóides, um dos problemas, inclusive, chegou a afetar na produção do seu novo filme, já que as autoridades alemãs impediram a presença do ator em locais históricos, devido ao seu envolvimento com a cientologia.
A polêmica se agravou ainda mais, quando o filho do coronel nazista que tom cruise interpreta nas telas, Berthold Schenk von Stauffenberg, declarou para um jornal o seu desagrado com a divulgação do nome do ator escolhido para viver seu pai no cinema. "Desagrada-me que um cientologista notório desempenhe o papel de meu pai", declarou Berthold. A discussão ganhou espaço na mídia internacional, até que uma colunista do jornal Philadelphia Daily News resolveu expor uma visão mais delicada sobre o assunto: "Qual a melhor maneira de fazer reviver o período nazista do que impedir alguém de trabalhar por causa de suas crenças?".
Bem longe das discussões, Cruise e a familia aproveitam bem os seus dias no país, antes de partir para o México, onde se encerra a turnê de divulgação do filme. Não é de espantar que sua última declaração aos jornalistas brasileiros foi: “A gente não quer ir embora".
Em circuito nacional a partir do dia 13 desse mês, “Operação Valquíria” é passado durante a Segunda Guerra Mundial e conta a história do Coronel Claus von Stauffenberg (vivido por Cruise), chefe de um grupo de oficiais nazistas que planejam a morte de Adolf hitler. Entre os projetos do grupo, está a instalação uma bomba durante o discurso do líder nazista em uma conferência de 20 de Julho de 1944. A ação fica por conta de Stauffenberg; a operação é arriscada, e pode não sair conforme o planejado.
A pré-estréia foi realizada no cinema Odeon BR, no Centro do Rio de Janeiro, e contou com a presença de algumas celebridades nacionais, como o ator Osmar Prado e a atriz Larissa Maciel (a Maysa do seriado transmitido pela Rede Globo).
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Penélope Cruz e Benicio Del Toro são os grandes vencedores do Goya
Duas estrelas do cinema mundial foram destaques na premiação do Goya (o Oscar espanhol), que já está em sua 23ª edição. O evento foi realizado neste domingo (1).
A critica espanhola premiou o ator porto-riquenho Benicio Del Toro pelo seu trabalho em “Che”, do americano Steven Soderbergh, filme que mostra a trajetória do revolucionário argentino Che Guevara e ainda traz uma participação de Rodrigo Santoro, no papel de Raul Castro, irmão de Fidel Castro e atual presidente de Cuba.
Ainda na categoria de atuação, Penélope Cruz recebeu o prêmio de atriz coadjuvante e o reconhecimento na sua terra natal por seu trabalho em “"Vicky Cristina Barcelona", de Woody Allen. Já é a terceira estatueta de sua carreira.
O grande vencedor da noite foi o espanhol “Caminho”, realizado por Javier Fesser, que retrata a instituição católica Opus Dei, mostrando as conseqüências do seu poder sobre uma menina que enfrenta a própria morte; só a história já garante bastante polêmica.
Além de vencer o prêmio máximo (melhor filme), “Caminho” também arrematou seis das setes categorias em que estava indicado: melhor diretor, melhor roteiro original, melhor atriz (Carme Elias – que fez um discurso atacando o governo e a crise econômica), melhor ator coadjuvante (Jordi Dauder) e melhor atriz revelação (Nerea Camacho).
"Kung Fu Panda" vence prévia do Oscar da categoria animação
"Kung Fu Panda" recebeu o prêmio de melhor animação da 36ª edição do Annie Awards. O filme conta a história de um atrapalhado panda, amante de kung fu, que recebe uma missão para salvar sua comunidade.
Produzido pela Dreamworks, “Kung Fu Panda” se destacou durante a cerimônia ao levar o troféu mais importante da noite, desbancando grandes nomes como "Wall-E" e "Valsa com Bashir", animação israelense também favorita ao Oscar desse ano.
Ao todo, o filme levou 10 estatuetas, quebrando o recorde do ano passado de "Ratatouille", que recebeu nove prêmios.
O Annie Awards se tornou um importante indicador para os vencedores do Oscar desde 2001, época em que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas acoplou a categoria "melhor animação" em sua lista de concorrentes. Antes desta data, as animações não eram consideradas como filmes pelos membros da academia.
Favorito ao Oscar leva prêmio do sindicato dos diretores
A Poucos dias da entrega dos prêmios da academia, "Quem quer ser um milionário?” confirma o seu favoritismo ao levar o prêmio máximo do DGA– evento onde o sindicado dos diretores de Hollywood elegem os melhores do ano. A premiação, que ocorreu neste sábado (31), entregou o troféu de melhor filme a Danny Boyle, realizador de "Quem quer ser um milionário?”.
O longa conta a história de um menino indiano muito pobre, criado nas favelas de Mumbai, que resolve se inscrever em um programa de televisão em busca de fortuna (o programa seria algo como um ‘O show do milhão’). A história já é um enorme sucesso de público e critica nos Estados Unidos, o que de certa forma surpreende, já que o filme traz elementos de Bollywood (o cinema indiano) que, apesar da força que tem em seu país natal, é um cinema pouco divulgado no meio da força da industria hollywoodiana.
Mesmo com o sucesso em todo mundo, o filme causou alguns protestos da Índia, devido à forma como as favelas do país foram retratadas em cena. Além dos protestos, um artigo de um jornal britânico afirmou que a produção não pagou as crianças que trabalharam no filme, e nem cuidou direito delas. A produção nega a denúncia do jornal.
No sábado, os problemas em torno do filme pareciam estar distantes quando Danny Boyle subiu ao palco para receber o prêmio do sindicado, consolidando "Quem quer ser um milionário?” como principal candidato aos prêmios da academia - que recebeu 10 indicações ao Oscar 2009 (incluindo melhor filme). Só para lembrar, o longa já vem colecionando outros prêmios importantes ao longo do ano, como melhor drama no Globo de Ouro, filme do ano na premiação do sindicato dos produtores de Hollywood e o prêmio de melhor elenco dado pelo sindicado dos atores.