Kelly Fuzaro/Band
A Band realizou, nesta quinta-feira, 16, o primeiro encontro entre os candidatos ao governo do Estado de São Paulo. Participaram do encontro os seguintes postulantes ao cargo: Márcio França (PSB), Rodrigo Tavares (PRTB), Paulo Skaf (MDB), Marcelo Candido (PDT), João Doria (PSDB), Luiz Marinho (PT) e Lisete Arelaro (PSOL).
Nesta ordem, no primeiro bloco do debate, os candidatos responderam a uma pergunta dos leitores do Jornal Metro sobre segurança da população do Estado. França respondeu que irá valorizar os policiais, como fez ao homenagear a cabo da PM Katia Sastre, que matou um assaltante na porta de uma escola. Tavares focou no déficit de policiais e afirmou que o inimigo das forças da segurança é o próprio governo, e ele quer mudar isso. Já Skaf quer deixar a lei mais rígida e obrigar que presos condenados cumpram suas penas. “Nada de saidinhas ou visitinhas”, disse.
Candido falou sobre ações preventivas, como ruas bem iluminadas, espaços urbanizados e envolvimento da comunidade na questão. Doria citou melhora de salário dos policiais, padrão Poupatempo em delegacias e ampliação de batalhões padrão Rota. Marinho criticou os 24 anos de PSDB que “não fez nada” pela segurança; ele disse que irá contratar investigadores e não vai admitir que a polícia trate um jovem do Jardins diferente de um jovem da periferia. Por fim, Lisete quer contratar dez mil policiais civis, abrir as delegacias na madrugada e recompor as delegacias da mulher.
Ainda neste bloco, candidatos perguntaram para candidatos. Candido provocou Doria sobre segurança alimentar e citou a farinata, que chamou de ração humana. Doria disse que Candido estava mal informado e que o programa iria complementar as refeições, e não substitui-las.
O petista Marinho também criticou Doria e disse que o programa Corujão da Saúde não diminuiu as filas e foi apenas “peça de publicidade” de sua gestão. Na réplica, o tucano defendeu o programa que chamou de “grande sucesso” do seu mandato.
No segundo bloco, jornalistas do Grupo Bandeirantes fizeram perguntas aos candidatos, com comentários de seus adversários na corrida eleitoral. Rafael Colombo perguntou para Skaf e França sobre as linhas do Metro e da CPTM. O emedebista prometeu 200 quilômetros de linha para o Metrô, além de 22 conexões com a CPTM. Já França disse que irá indenizar os passageiros que tiveram prejuízos durante falhas do serviço.
Marina Machado questionou Doria e Skaf sobre a crise hídrica. O tucano falou que irá propor um plano estadual para redução de conta àqueles que economizarem água. Já Skaf prometeu combater o desperdício da própria Sabesp, da captação até a entrega de água, além de tratamento de esgoto.
Sandro Barboza quis saber a opinião de Marinho e Tavares sobre o baixo desempenho escolar em São Paulo. O petista sugeriu período integral de ensino para resolver o atraso de aprendizagem e também dobrar o salário dos professores da rede estadual. Tavares propôs aumento do horário pedagógico e monitoramento por câmeras nas escolas.
Em nova rodada de perguntas, Colombo questionou Candido e Marinho sobre o aumento do teto salarial dos servidores públicos do Estado. Candido sugeriu uma reforma tributária para aumentar a receita e disse que não concorda com o aumento salarial do funcionalismo público. Já Marinho falou que tiraria o auxílio moradia de juízes para fazer essa compensação, além de também propor uma reforma tributária que não prejudique os mais pobres.
No terceiro bloco, os candidatos voltaram a fazer perguntas para adversários de sua escolha. Nesta rodada, Doria e Marinho se alfinetaram; o petista disse que o tucano “largou o povo” da capital ao sair da prefeitura para se candidatar e pediu uma análise do adversário sobre a avaliação baixa de sua gestão. Doria respondeu que se estivesse tão mal, não estaria na liderança das pesquisas de intenção de voto.
O tucano continuou a provocação e disse que Marinho é réu na Justiça por suposto desvio de verba na construção de um museu em homenagem a Lula em São Bernardo do Campo, cidade da qual foi prefeito. Marinho pediu celeridade nesse processo para provar que não houve desvio de dinheiro e falou da mulher do candidato, Bia Doria, que foi chamada para depor sobre suposto mal uso de verba pública em um santuário do padre Marcelo Rossi. O tucano, que pediu respeito à sua mulher nas considerações finais, citou Lula para alfinetar seu adversário. “Onde anda Lula? Preso em Curitiba. Onde anda Zé Dirceu com sua tornozeleira eletrônica? Onde andam os tesoureiros do PT? Presos ou respondendo a processos.”
Na sequência, França citou episódios de corrupção envolvendo o MDB e quis saber de Paulo Skaf se o presidente Michel Temer é um homem honrado. “Essa história de padrinho não deu certo no Brasil e não faço política assim”, respondeu o emedebista. Perguntando para Tavares, Doria também falou sobre corrupção; o candidato do PRTB falou que é lamentável discutir ficha corrida e não propostas no debate.
Candido, em uma pergunta endereçada para Lisete, voltou a falar sobre políticos que saem do cargo para disputar eleição, em clara provocação a Doria. “Em alguns casos a população deu graças a Deus e agora tem chance de corrigir o voto”, alfinetou a candidata do PSOL. Em outro questionamento, desta vez de Tavares para Marinho, o petista chegou a ser vaiado quando falou de Lula, afirmando que o ex-presidente é a esperança para o Brasil. “Essa é a razão de ele liderar as pesquisas, inclusive no Estado de São Paulo”, disse Marinho.
No quarto e último bloco, os candidatos fizeram as suas considerações finais
(Karen Lemos - Portal da Band)
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