domingo, 15 de maio de 2011

Martin Scorsese e Lars von Trier em parceria


Martin Scorsese e Lars von Trier anunciaram parceria em novo projeto para as telas do cinema. Juntos, os cineastas farão um remake do documentário As Cinco Obstruções, do próprio von Trier, lançado em 2003.

No longa-metragem original, o dinamarquês propõe ao ator Jørgen Leth que filmasse suas cenas cinco vezes, todas de formas diferentes, com a intenção de desconstruir todo processo de filmagem já então estabelecido. A ideia compete à sua criação do Dogma 95, movimento dinamarquês fundado por Lars e outros colegas na década de 90, cuja intenção era levar às telas um trabalho mais próximo da realidade e fora das rédeas do cinema como entretenimento.

O boato de que o filme a ser abordado por Scorsese seja seu clássico Táxi Driver, com Robert De Niro, em cenas memoráveis, como protagonista, existe; no entanto, nada está confirmado pelos dois diretores, que também cogitam abordar alguns curtas-metragens já realizados por Scorsese. Questionado sobre o assunto no Festival de Cannes, onde está para divulgar seu novo trabalho: Melancolia, von Trier desconversou.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Cannes: estreia filme polêmico de Lady Di



Nesta sexta-feira, 13, uma obra polêmica promete assolar jornalistas, críticos e o público em geral na noite de estreias do Festival de Cannes, na riviera francesa. O documentário Unlawful Killing, dirigido pelo cineasta Keith Allen (pai da cantora Lily Allen), deve chocar com novas constatações sobre o trágico acidente de carro que matou a princesa Diana no ano de 1997, em Paris.

Imagens inéditas, documentos e entrevistas compõe o longa-metragem que questiona se Lady Di morreu mesmo por conta de um acidente. Quem está por trás desta produção é o multimilionário egípcio Mohammed Fayed, pai de Dodi al Fayed - namorado de Diana na época e que também faleceu no ocorrido. Não é de hoje que Fayed tenta comprovar que a morte do casal foi, na verdade, um assassinato encomendado pela própria Família Real; mais precisamente, pelo príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II. O príncipe Charles, com quem Diana era casada, também estaria envolvido de acordo com o documentário.

A acusação é tão séria que Unlawful Killing sofrerá cortes em sua edição nas cópias que rodarão pelo Reino Unido. Uma das cenas que deverá ser retirada é uma foto inédita que mostra o corpo de Diana logo após o acidente. Outra sequência bem polêmica do filme é a leitura de uma carta em que a princesa declara, alguns anos antes de seu falecimento, que estava com medo de morrer.

Brasil em Cannes



Na quinta-feira, 12, o Brasil exibiu seu primeiro longa, dos quatro que estão prometidos na programação, na mostra Um Certo Olhar. Trabalhar Cansa, dos diretores estreantes Marco Dutra e Juliana Rojas, foi exibido em sessão lotada, trazendo prestígio ao cinema brasileiro.

Na trama, envolta de mistérios, a dona de casa Helena (Helena Albergaria) resolve abrir um mercado depois que seu marido, Otávio (Marat Descartes), perde seu emprego. O filme aborda a questão do desemprego e analisa as classes desfavoráveis de São Paulo.

Trabalhar Cansa compete pelos prêmios desta mostra - em que o cineasta sérvio Emir Kusturica preside o júri - ao lado de nomes como Gus Van Sant, que exibe seu novo longa, Restless, com o filho do ator Dennis Hopper (Henry Hopper) e a atriz Mia Wasikowska (a Alice da adaptação Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton) no elenco principal. A história gira em torno de um garoto que aprecia frequentar velórios, e de sua amiga que sofre de um câncer terminal.

O Brasil ainda será representado por O Abismo Prateado, de Karim Aïnouz, com Alessandra Negrini no elenco (a atriz já está no festival para lançar a obra), na mostra Quinzena dos Realizadores - que tem enfoque em jovens cineastas - além de Permanências, de Ricardo Alves Júnior, e o curta-metragem Duelo Antes da Noite, de Alice Furtado.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Bertolucci recebe homenagem em Cannes


Autor de grandes obras primas do cinema, como Último Tango em Paris e Os Sonhadores, o cineasta italiano Bernardo Bertolucci recebeu prêmio honorário durante a festa de abertura oficial do Festival de Cannes 2011 na noite de quarta-feira, 11.

Das mãos de Robert De Niro, presidente do júri deste ano, Bertolucci - cujo longa-metragem O Conformista, de 1970, será exibido na programação do evento - recebeu a primeira 'Palma de Honra' concedida pelo festival. O diretor apareceu na festa de cadeira de rodas (devido um problema na coluna cervical) e mostrou-se muito empolgado com a honraria.

Após apresentações do júri e entrega da 'Palma de Honra', o filme Meia-Noite em Paris, de Woody Allen, foi exibido, dando início, oficialmente, ao festival de cinema na riviera francesa.

Brilho de Angelina Jolie


Uma das presenças mais aguardadas no tapete vermelho do Festival de Cannes, a atriz Angelina Jolie desembarcou na riviera francesa nesta quinta-feira, 12. Elegante em um modelito nude, preso em um cinto marrom, Jolie brilhou e atraiu todos os flashes durante sua passagem no evento. A atriz divulga seu novo filme, a animação Kong Fu Panda 2, em que empresta sua voz a uma das personagens.

Ela estava acompanhada de seus colegas de elenco Jack Black e Dustin Hoffman. Mais tarde, na pré-estreia da animação, a imprensa aguardará para conferir o look noite de Angelina. É possível que seu amado, o também ator Brad Pitt, marque presença, embora a informação ainda não esteja confirmada. Em sua chegada, Jolie falou sobre uma nova tatuagem que realizou em homenagem a Brad.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Woody Allen abre Festival de Cannes


O cineasta estadunidense Woody Allen abriu, com elegância, a 64ª edição do Festival de Cannes, um dos mais importantes e prestigiados da cinematografia mundial, nesta quarta-feira, 11, na riviera francesa. O diretor, que está em fase 'européia' da carreira, apresenta seu novo trabalho, o longa-metragem Meia-Noite em Paris, que presta delicada homenagem aos franceses tendo como plano de fundo a capital do país.

Allen estava acompanhado de seu grande elenco: os atores Adrien Brody, Owen Wilson, Rachel McAdams, Lea Seydoux e Martin Sheen. A primeira-dama da França, Carla Bruni - que faz uma pequena participação no filme - estava sendo muito aguardada no evento, mas, em comunicado, anunciou que não estaria presente por conta de compromissos profissionais. "Sonhava com isso, e lamento não fazê-lo", disse Bruni.

Antes do tapete vermelho fervilhar com presença de estrelas, houve uma publicidade do filme O Gato de Botas, animação derivada do bem-sucedido Shrek. Antonio Banderas, que dublou o personagem na saga do irreverente ogro, retorna ao personagem. O ator (que no festival também divulgará o filme La Piel Que Habito, de Pedro Almodóvar) marcou presença no festival pouco antes de sua abertura para apresentar a novidade. Colega de dublagem de Banderas, a atriz Salma Hayek posou para fotos em um enorme par botas.

A diva Faye Dunaway, rosto do cartaz do Festival deste ano, apareceu na abertura ao lado do fotógrafo Jerry Schatzberg, responsável pelo clique de 1970 que estampa o anúncio do evento. Em um fundo preto, Dunaway aparece elegante em pose que se mistura com o logo-tipo e a chamada para o festival que acontece até o próximo dia 22.

Os jurados e o presidente do júri do Festival de Cannes deste ano fizeram formal apresentação nesta quarta-feira, 11. Reunidos, eles posaram para fotos. Presidindo o júri, o ator veterano Robert De Niro marcou presença ao lado de membros da bancada, entre eles, os atores Uma Thurman e Jude Law.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Cinema: Paulo Betti aflora lado místico


Quando pequeno, o diretor Luiz Alberto Pereira (o mesmo de Tapete Vermelho) ficava fascinado quando olhava para o céu. A curiosidade só se intensificou quando um amigo seu construiu um telescópio; daí em diante, as estrelas, as constelações e os planetas passaram a ser tema recorrente em suas pesquisas. "Quando juntei minha curiosidade celeste com a atração que ela exercia sobre milhões de pessoas, percebi o potencial da astrologia para a realização de um filme", contou o cineasta em entrevista à CARAS Online.

Luiz Alberto lança, nesta sexta-feira, 12, seu novo longa-metragem: As 12 Estrelas. O ambicioso projeto lançou mão da ideia de reunir 12 atrizes que representassem, cada uma, um signo do zodíaco. Encabeçando o elenco está o ator Leonardo Brício, que dá vida a Herculano, um astrólogo que, por contrato com uma rede de televisão, organiza o elenco de uma nova novela. A exigência é que Herculano entreviste e selecione 12 atrizes com diferentes signos.

Para afinar sua intimidade com o personagem, Brício mudou-se para São Paulo e manteve contato com as atrizes do filme durante um mês. "Esse personagem foi sendo construído ao longo dos ensaios. Foi um grande exercício de adaptação. Cada atriz deixou marcada suas características, e isso ia, sem querer ou querendo, somando as características do meu personagem. Construí o Herculano somando o que os signos poderiam trazer para mim. Não
foquei em uma característica em si, mas em um ser que vai se transformando", explicou o ator.

O trabalho de Herculano, entretanto, será complicado com a aparição inusitada do Destino. Misterioso e mordaz, coube ao veterano Paulo Betti interpretar o papel que, até mesmo para o ator, é envolto em misticismo. "O Destino ainda é algo que está acima da minha compreensão", declarou. Mergulhado no universo do filme, Betti confessou ainda que as questões da astrologia o interessam muito. "Adoro consultar meu horóscopo do jornal. Eu sou exatamente como os horóscopos dizem que pessoas do meu signo são", concluiu.

As Estrelas


Na montagem do elenco, Luiz Alberto selecionou minuciosamente as doze atrizes que representariam as características dos seus respectivos signos. São elas: A ariana Marta Guerra, a taurina Paula Franco, a geminiana Mylla Christie, a canceriana Martha Meola, a leonina Gabrielle Lopez, a virginiana Francisca Queiroz, a libriana Carla Regina, a escorpiana Leona Cavalli, a sagitariana Adriana Alves, a capricorniana Rosanne Mulholland, a aquariana Silvia Lourenço e a pisciana Djin Sganzerla.

"A possibilidade de fazer um personagem não realista, que tem um lado de fantasia, foi o que mais me atraiu no projeto. Sempre fui escalada para papéis super densos e hiper realistas", disse Silvia Lourenço, a aquariana da trama. "Quando o diretor me convidou para fazer parte do elenco, ele já tinha todo o zodíaco formado e faltava somente um: a Sagitariana. Como sou sagitariana na vida real, fiquei empolgada com a ideia de colocar em cena toda a alegria, positivismo e determinação que existe dentro mim na ficção", complementou a atriz Adriana Alves.

Para Djin Sganzerla, filha do cultuado e já falecido cineasta Rogério Sganzerla com a atriz Helena Ignez, o filme mistura gêneros, indo desde o absurdo até o religioso. "Além da Maria da Fé, a pisciana, eu também apareço no filme como Jesus Cristo, na Santa Ceia, e como Iemanjá. As cenas ficaram fortes e bonitas, filmamos em Portugal", detalhou a jovem atriz.

Completam ainda o elenco de As 12 Estrelas Cássio Scapin, Munir Kanaan, Juliana Vedovato, Claudia Melo e Débora do Duboc, na pele de uma introvertida autora de novela. "Adorei atuar na pele da Eva Maria. Ela traz o conflito da criação, o caos que a gente se enfia quando entra para uma criação", contou Débora. "E esse é um filme para toda a família. Acho importante termos filmes que viram programa para todos os gostos", finalizou.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Filme traz Murilo Rosa em desafio como morador de rua


Embaixo do Elevado Presidente Costa e Silva, na cidade de São Paulo, Otoniel Badaró acorda. Todo maltrapilho, ele corta sua barba muito espessa com uma tesoura e lava o rosto com água em um recipiente improvisado. Ele olha, reflexivo, ao redor e se dá conta de que não tem mais nada a perder - pois já perdeu tudo o que um dia já possuiu.

A história é o retrato do abismo de um metalúrgico de 38 anos de idade que, após perder seu trabalho, a família e sua dignidade, acaba sendo jogado para a margem da sociedade na capital paulista. Em estado lastimável, o ator Murilo Rosa nos mostra essa realidade em No Olho da Rua, novidade do cinema nacional que chega no próximo dia 13 e 20 de maio às telas de São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente.

"Eu tinha vontade de fazer um filme sem final feliz. Sempre vemos finais felizes nos filmes e nem sempre na vida real acontece dessa forma, principalmente na história de uma pessoa que perde tudo. Alguns dão a volta por cima, mas outros, infelizmente, não conseguem. Essa é uma realidade que me interessava contar", declarou o ator a CARAS Online.

Além de uma preparação física, Murilo também se embrenhou no dia-a-dia dos trabalhadores metalúrgicos de São Paulo para tomar conhecido da rotina sofrível e do descaso que esses operários enfrentam. "Fui para as fábricas de metalúrgica; fiquei um tempo lá, aprendi a trabalhar e conheci muitas vidas, pessoas totalmente diferentes uma das outras, que a encaram as coisas de formas diversas. O Otto, meu personagem, não foi inspirado em nenhum deles, eu o criei a partir dessa vivência".

O declínio de Otto tem início após sua demissão na fábrica em que trabalha há 20 anos. Com um filho e uma mulher grávida para sustentar, ele entra em desespero, passa noites no bar para esquecer sua realidade e acaba na rua, depois que sua mulher resolve deixá-lo no momento em que ela dá à luz (Otto, inclusive, perde o nascimento de sua filha porque estava bebendo com amigos).

"Todo mundo já passou por uma experiência de dificuldade. Ficamos desestabilizados, não sabemos como agir, ficamos agressivos", resumiu o ator Eric Lenate, que vive Tiago, um dos amigos de Otto na trama. "A desigualdade social é só uma das camadas que o filme aborda. Tem várias outras, principalmente questões humanas. Os personagens estão sempre em conflito. Isso nos dá um cenário multifacetado incrível", acrescentou a atriz Gabriela Flores, que dá vida à Camila, mulher do protagonista.

No meio do caminho, o personagem de Murilo Rosa encontra o irreverente Algodão, carioca da periferia, apaixonado por cinema, que se muda para São Paulo em busca de oportunidades. Ao lado de Otto, cria um programa de denúncia, em uma rede de televisão pirata, em que a história do metalúrgico é contada. Algodão, vivido pelo ator Leandro Firmino (que interpretou o emblemático Zé Pequeno em Cidade de Deus) é um respiro para a trama. "O Algodão, na verdade, foi um grande presente. Assim como o Zé Pequeno. No entanto, os dois personagens são muito diferentes. Vejo o Algodão como uma pessoa super positiva e idealista", definiu.

Estreia no Sindicato

No Olho da Rua, vale destacar, teve sua pré-estreia realizada na Sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Nada mais apropriado para a ocasião. "Foi perfeito ter estreado no sindicato. Nós temos o cinema sobre a classe média fazendo muito sucesso, mas existem outras classes também nesse 'mexidão' da realidade brasileira", disse Pascoal da Conceição, que interpreta um líder sindicalista (e também pastor evangélico) no filme.

Quando começou a ser pensando, em 1999, a taxa de desemprego na época estava em 14%. Embora hoje, em 2011, essa porcentagem tenha caído para 7%, para o diretor do longa, Rogério Corrêa, o tema da desigualdade social ainda está em extrema evidência. "Eu queria discutir a história desse operário que tem porte físico e mental perfeito mas, ao ficar desempregado, tenta sobreviver em uma metrópole como São Paulo, em que você precisa de um trabalho decente senão você é jogado para a marginalidade. É uma crueldade do Estado e a sociedade, que são obrigados a dar suporte para que se viva dignamente neste país. E é isso que o filme fala", concluiu o cineasta.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Fafá celebra Dia das Mães no palco


Celebrando o Dia das Mães neste domingo, 8, a cantora Fafá de Belém subiu ao palco acompanhada de sua filha, Mariana Belém, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. "O sonho de todo paulistano é poder cantar no espaço democrático do Parque Ibirapuera, estou muito nervosa", disse Fafá, minutos antes do espetáculo, à CARAS Online. Nascida em Belém do Pará, a cantora, que mora há 25 anos em São Paulo, considera-se paulistana de coração.

Toda de branco, com um vestido ornado de pérolas, Fafá abriu a apresentação com Foi Assim. O público se animou, dançou e cantou muito, embora o sol estivesse escaldante. Logo após cantar Mais Que Nada, do maestro Sérgio Mendes, emendando com o hino nacional brasileiro em ritmo de samba, a cantora foi às lágrimas ao chamar 'sua bebê' Mariana ao palco. O momento emocionante - ápice do show - foi marcado pela canção Como é Grande o Meu Amor Por Você, imortalizada na voz de Roberto Carlos. As duas dividiram o microfone durante a canção e, muito emocionadas, não conseguiram segurar o choro.

"Cantar no Dia das Mães ao lado de Mariana é muito emocionante! É a primeira vez que comemoramos juntas no palco, em um show muito especial, com repertório híbrido, que mistura coisas da minha carreira com a dela. É um show para as mulheres que são filhas, namoradas, noivas, esposas, mãe, trabalhadoras, brasileiras e guerreiras", acrescentou Fafá.

A voz suave de Mariana contrastou com o timbre poderoso de sua mãe. Entre elogios e abraços, elas dançaram juntas e interagiram com o público, pedindo palmas e animação da plateia. "É uma emoção tão grande para minha mãe, imagina para mim", declarou Mariana, que, assim como Fafá, chegou a cantar sozinha também, revezando seus momentos solos no palco com duetos ao lado da mãe.

A apresentação contou ainda com outras canções marcantes da nossa música como Ronda (uma singela homenagem à cidade de São Paulo), de Paulo Vanzolini, Roda Viva, de Chico Buarque, Paralelas, de Belchior, Lenda das Sereias, canção que ficou conhecida na voz de Marisa Monte, Bêbado e o Equilibrista, imortalizada por Elis Regina, Nuvem de Lágrimas, da dupla Chitãozinho e Xororó, Vermelho, de Chico da Silva, entre muitas outras. O espetáculo foi encerrado ao som de Trem das Onze, do grupo Demônio da Garoa, com Fafá segurando um enorme buquê de flores e desejando um feliz Dia das Mães aos paulistanos.

A cumplicidade de Fafá e Mariana


 O clima no camarim de Fafá de Belém estava o mais família possível. De roupão, na cadeira da maquiagem e entre muitas de suas inconfundíveis gargalhadas, a cantora distribuía elogios para sua filha, Mariana Belém, que estava ao seu lado, esperando o momento em que subiria no palco montado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, para realizar um show especial para celebrar o Dia das Mães neste domingo, 8.

"A gente é muito amiga. Óbvio que nos desentendemos às vezes, mas sou incapaz de desrespeitá-la. Eu aprendo muito com ela no palco e é uma honra poder dividir o microfone com minha mãe, ainda mais porque somos muito diferentes cantando e também na atitude de palco. Tenho-a em casa, me dando conselhos e como uma profissional de 35 anos de carreira que sempre me alerta e me aplaude. Quem melhor que ela para querer o meu bem?", declarou Mariana em conversa com a CARAS Online.

Principal fonte de inspiração artística para Mariana, Fafá disse que sempre tentou preservar sua filha da vida corrida de artista que leva. "Sempre fui de viajar muito a trabalho, e nunca levei Mariana junto, porque achava que seu universo infantil tinha que ser preservado", contou a cantora, que ainda confessou nervosismo. "Vai ser uma choradeira", disse.

O repertório também foi especial: uma mescla de grandes canções da música popular brasileira, sucessos da carreira de Fafá e de Mariana e músicas representativas para a história das duas. "Eu gosto muito de cantar a história da minha família no palco, porque somos muito unidos. Nosso churrasco de Dia das Mães é sempre muito cheio", complementou Mariana.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Nelson Pereira: homenagem em Paris


 Nelson Pereira dos Santos, cineasta considerado como um dos precursores do Cinema Novo, na década de 50, recebeu homenagem durante a abertura do Festival do Cinema Brasileiro em Paris, capital francesa. Durante o evento, que ocorreu na quarta-feira, 4, o longa-metragem Rio, Zona Norte - que ao lado de seu filme de estreia, Rio, 40 Graus, compõe um dos marcos iniciais do Cinema Novo - foi exibido para um público formado, em sua maioria, por franceses.

Após a sessão, Nelson, na ativa aos 82 anos de idade, recebeu o troféu Jangada e recordou que, na época em que dirigiu Rio, Zona Norte - isso em 1957 - filmar favelas era visto como propaganda negativa para a cultura brasileira. Na tarde desta quinta-feira, 5, o festival propõe um debate sobre a obra do cineasta brasileiro que irá reunir, além do próprio diretor, renomados intelectuais franceses. "Nelson Pereira dos Santos é reconhecido pelos franceses como um dos maiores expoentes do cinema brasileiro", disse Kátia Adler, organizadora do festival.

Em sua 13º edição, o evento audiovisual também prestará homenagem ao escritor baiano Jorge Amado. Na programação serão exibidas grandes obras do autor transpostas para o cinema. Outra presença ilustre será do cineasta Cacá Diegues, que apresenta seu novo trabalho, 4 X UPP, no festival. Diegues marca presença no evento no dia 6 de maio, juntamente com o secretário de segurança do Rio de Janeiro, José Mariana Beltrame, e do presidente da RioFilme, Sérgio Sá Leitão.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Cássia Kiss mergulha no mundo de Clarice


 O universo cênico de Cássia Kiss Magro ganha mais uma representativa personagem por conta de seu novo projeto: A Descoberta do Mundo, longa que se desdobra entre vida, obra e árduo processo criativo de Clarice Lispector, escritora nascida da Ucrânia (tendo imigrado para o Brasil com apenas dois meses de vida), autora de grandes sucessos literários como A Hora da Estrela, Laços de Família, entre muitos outros.

Ficou a cargo de Cássia, atualmente no ar com a novela Morde & Assopra - na pele da mãe da personagem Dulce - o dever de encarnar um figura tão intrigante quanto Clarice. "É todo um trabalho de pesquisa que me deu a oportunidade de conhecer essa autora, essa mulher tão complexa e cuja obra é muito difícil. Eu li muito de Clarice nesses tempos e confesso que metade eu não entendi nada (risos). Ela não é simples, não é fácil", adiantou a intérprete em conversa exclusiva com a CARAS Online.

Além de uma vasta obra deixada pela autora, Cássia também se apoiou em entrevistas com os filhos de Clarice para se preparar para o papel. "Consegui saber um pouco mais sobre ela conversando com os filhos, embora eles não falem muito. Eles foram muito importantes na vida dessa escritora", contou a atriz. A Descoberta do Mundo, com previsão de estreia para o segundo semestre do ano, vai misturar documentário com ficção e terá em seu elenco outros intérpretes como Cyntia Falabella, Luciano Szafir e Stella Maris.

Antes, em dezembro, Cássia também despontará nas telas do cinema com Billi Pig, novo longa-metragem de José Eduardo Belmonte com Grazi Massafera e Selton Mello no casting. "A minha participação é bem pequena no filme, mas eu adorei fazer!", disse.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Caio Blat 'marginalizado' em novo longa


Ao ser expulso de um restaurante perto de onde mora, Caio Blat ficou transtornado com aquela situação. Entretanto, ele sabia bem que tinha atingido o ápice do personagem que estava construindo. "Nunca senti uma humilhação maior do que aquela. Mas também percebi, naquela hora, que tinha chegado onde estava querendo chegar", contou o ator, em entrevista a CARAS Online.

Não era pra menos. Caio estava caracterizado como Macu, seu personagem no filme Bróder, de Jeferson De, que chega às salas de cinema no próximo dia 21. Macu é um morador do bairro paulistano Capão Redondo que, impulsionado pela exclusão social e pelos caminhos mais fáceis, acaba se envolvendo com a criminalidade local.

Bróder traz ainda no elenco Jonathan Haagensen, na pele de um bem-sucedido jogador de futebol, e Silvio Guindane, um corretor de seguros que tem uma vida pacata ao lado de mulher e filho na região central de São Paulo. Os três personagens, amigos de infância, se reencontram na trama e colocam em conflito suas escolhas e destinos.

O longa-metragem, contudo, não é sobre crime, favela e violência urbana. É sobre a base familiar e as muitas histórias que a circundam, e que estão por trás de indivíduos que se perdem durante a trajetória da vida. "Todo mundo tem um Macu na família. E essas pessoas não caem do céu; todas têm uma história, uma mãe, um pai ou padrasto, irmãos, enfim, toda uma família em sua casa. 'Bróder' é como conhecer a história de Zé Pequeno (personagem de Cidade de Deus, de Fernando Meirelles)", salientou.

Para contar, com credibilidade, os caminhos de Macu, Caio Blat mergulhou no universo dos moradores da comunidade do Capão Redondo. "Eu precisava respirar aquele ambiente e ser aceito, porque Macu é uma figura muito popular na comunidade. Eu precisava do aval dos moradores para poder contar a história deles."

Além da ótima atuação do elenco, o fato de as cenas terem sido rodadas na própria comunidade também contribuiu para a verossimilhança do filme. A casa do protagonista, inclusive, é uma moradia real, em que os elementos - como mobília e outros objetos - foram mantidos. "A família saía da casa e nós entrávamos para filmar", relembrou Cássia Kis Magro, que vive a mãe de Macu. Além de cenários reais, Cássia também contou com uma bagagem pessoal muito rica para dar vida a uma mãe sofredora, que assiste, de mãos atadas, à perda do filho.

"A minha origem é bem simples. Eu nasci em um cortiço. Quando pisei no set de filmagens, lá no Capão, dei de cara com meu passado. Apesar de nunca ter morado naquele bairro, eu sabia bem qual história eu deveria contar", afirmou em entrevista a CARAS Online.

Embora seja nítida a importância de se filmar em locações verdadeiras, o diretor Jeferson De fez questão de esclarecer que o bairro de São Paulo é um mero figurante em seu filme. "O filme poderia ter sido rodado no Leblon, no Rio, no Jardins, em São Paulo, e em qualquer outro lugar", disse. "Escolhi o Capão porque lá existe uma efervescência grande da cidade, mas o que importa é a história que está sendo contada, sobre seres humanos e suas buscas por uma identidade. As pessoas querem boas histórias, que emocionem, independente de onde elas se passam", ressaltou.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Seleção de Cannes


 Os organizadores do Festival de Cinema de Cannes anunciaram, nessa quarta-feira, 13, os candidatos aos prêmios e os filmes que estarão na programação fora do circuito da premiação. Alguns filmes, estrelados por celebridades, vão garantir o glamour comum do tapete vermelho do evento.

The Tree of Life, de Terrence Malick, estrelado por Brad Pitt e Sean Penn - filme aguardadíssimo, que estaria na competição da edição passada, mas não ficou pronto a tempo - The Beaver, longa dirigido por Jodie Foster e que traz em seu elenco o polêmico ator Mel Gibson na pele de um personagem mentalmente instável, e as pré-estreias badaladas das sequências de Kong Fu Panda, com voz de Angelina Jolie, e Piratas do Caribe, com Johnny Depp e Penélope Cruz no elenco, devem garantir o luxo da festa.

Cinestas cultuados também marcarão presença, como é o caso de Pedro Almodóvar, que retorna a Cannes após seis anos de ausência, com seu novo longa-metragem, The Skin That I Inhabit, sobre a história de vingança de um cirurgião plástico; além de Las Von Trier, que causou polêmica no passado com o provocador Anticristo, retorna com Melancholia, e também Gus Van Sant (vencedor do prêmio de melhor roteiro no festival de 2003 por Elefante), que irá apresentar Restless na seção Un Certain Regard.

Algumas ausências na programação do festival desapontaram os críticos, caso de The Descendants, com George Clooney, e Sigmund Freud, sobre o homônimo revolucionário psicanalista.

(Karen Lemos - Portal Caras)

'Tropa de Elite 2' domina premiação


 A premiação de cinema mais tradicional de São Paulo, que nesta ano chega em sua 37ª edição, elegeu - sem surpresas - aquele que já era esperado como o melhor filme de 2010. Tropa de Elite 2 , do diretor José Padilha, saiu com as estatuetas das principais categorias do evento que dá início a retrospectiva do Festival Sesc Melhores Filmes, que aconteceu na noite desta quarta-feira, 6, na capital paulistana, com apresentação da atriz Fabíula Nascimento.

Eleito melhor filme do ano de acordo com os cinéfilos, Tropa de Elite 2 levou também prêmio de melhor diretor, para José Padilha, melhor roteirista, para Bráulio Mantovani (de Cidade de Deus) e ainda agraciou seu protagonista, Wagner Moura, merecidamente por sua interpretação para o antológico Capitão Nascimento. (Vale ressaltar que, nestas últimas três categorias, o filme venceu em dose dupla: sendo escolhido pela crítica e pelo público. O prêmio de melhor filme, segundo a crítica, foi para Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo).

"Esse é um prêmio importante e bonito. Ter vencido na escolha da crítica e do público, para mim, foi muito significativo. Tropa de Elite 2 mostra que estamos em um momento muito especial do cinema brasileiro. Não é preciso fazer filme cabeçudo para agradar a crítica e nem filme bobo para agradar ao público. Dá para fazer os dois, fico muito feliz!", discursou o ator Wagner Moura.

Também unâmine, a atriz Ana Lúcia Torre (a Tia Neném de Insensato Coração), emocionou-se ao receber, em mãos, o prêmio de melhor atriz por seu trabalho no longa Reflexões de um Liquidificador, com Selton Mello no elenco. "O cinema me abriu um espaço no qual sempre quis estar. Quando tiveram coragem de me chamar para trabalhar, percebi que era aquilo mesmo que eu queria. Estou muito feliz de fazer parte dessa turma", declarou.

Nas produções internacionais, o italiano Vincere, que retrata uma passagem pessoal do ditador fascista Benito Mussolini, levou estatuetas por melhor filme, melhor diretor (Marco Bellocchio), segundo crítica e público, e melhor atriz para Giovanna Mezzogiorno - eleita pelos críticos.

Confira outros vencedores:

Melhor Ator Estrangeiro: Ricardo Darín por O Segredo Dos Seus Olhos (crítica e público)
Melhor Atriz Estrangeira: Brenda Blethyn por London River (público)
Melhor Fotografia: Mauro Pinheiro Jr. por Os Famosos e os Duendes da Morte (crítica e público)
Melhor Documentário, segundo o público: Dzi Croquettes
Melhor Documentário, segundo a crítica: Terra Deu, Terra Come

(Karen Lemos - Portal Caras)

José Padilha nas rédeas de 'RoboCop'


 O diretor brasileiro José Padilha será o responsável por levar mais uma vez o nome do Brasil para o cinema mundial. Ele foi convidado para dirigir um remake de RoboCop nos Estados Unidos. As filmagens ainda não começaram, e a produção está no início, sem ter o elenco totalmente definido.

"Sou fã do primeiro 'RoboCop'. Acho que é um filme com uma crítica social inteligente. Agora eles quiseram reinventar o RoboCop, da mesma forma que fizeram com Batman", contou, em entrevista para a CARAS Online. O projeto teve início quando produtores do remake assistiram Tropa de Elite e, em contato com os agentes do cineasta nos Estados Unidos, fizeram o convite oficial.

"Eles me perguntaram se eu tinha interesse, eu mostrei de que forma eu poderia filmar e me chamaram para entrar no projeto", detalhou. Antes mesmo do novo longa despontar nas telas dos cinemas mundiais, o diretor terá ainda outros projetos para cuidar: Paraísos Artificiais, que aborda o universo das raves (com previsão de estreia para o final do ano) e um projeto sobre a tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Luana Piovani: elogios para Marcelo Adnet


 Para Agamenon, Luana Piovani precisou ficar morena, explorou um universo ainda desconhecido (do documentário ficcional) e afinou o seu humor para trabalhar no longa em que divide cena com o ator e humorista Marcelo Adnet.

"Foi delicioso! O Marcelo foi sensacional. Ele tem um senso de humor incrível que me divertiu muito durante as filmagens", relatou Luana em entrevista a CARAS Online. Em Agamenon, Adnet dará vida a um jornalista que testemunha fatos históricos como o náufrago do Titanic, a Segunda Guerra Mundial, a morte de Getúlio Vargas, entre outros acontecimentos.

Luana será Isaura, mulher do personagem de Adnet. A união do casal rendeu cenas divertidas de casamento para o filme (confira nas fotos). A história será contada por um formato que permite a mistura de documentário e sequências de ficção dos atores. "Documentário é algo que eu nunca tinha feito antes. Eu não tive que me preparar muito e nem decorar diálogos; só encenei", adiantou a atriz para a reportagem. Piovani retorna as comédias após A Mulher Invisível, de 2009. Sobre o gênero, ela demonstrou possuir intimidade. " Eu adoro comédia, acho mais fácil fazer rir do que fazer chorar. Eu exercito meu humor sendo feliz, fazendo piada de quase tudo o dia todo", concluiu.

Agamenon tem estreia prevista para 2012. O projeto é uma criação dos humoristas do Casseta & Planeta. Participam ainda do elenco João Barone, baterista do conjunto Paralamas do Sucesso, e o jornalista e apresentador do Big Brother Brasil, Pedro Bial.

Nova parceria de Piovani e Selton Mello















A afinada parceria de Luana Piovani e Selton Mello, que em 2009 rendeu bom público e elogios com o longa A Mulher Invisível, voltará a acontecer, desta vez nas telinhas da televisão.

Baseado no longa, a Rede Globo planeja minissérie com a história do filme, que traz Pedro (Selton Mello) na pele de um rapaz abandonado que encontra a mulher perfeita, Amanda (Luana Piovani). A perfeição é tanta que Amanda talvez possa nem mesmo existir, ideia que confunde ainda mais a cabeça de Pedro.

"Ainda não tem muita coisa fora do papel. Estamos iniciando o processo de leitura dos textos e, depois disso, vamos mergulhar nos ensaios", contou Luana Piovani em entrevista a CARAS Online.

As gravações da minissérie A Mulher Invisível estão previstas para começarem no final deste mês. A atração deve estrear entre meados dos meses de julho e agosto, ainda sem data definida. "Serão 5 episódios ao todo por enquanto, mas existem grandes chances da minissérie virar uma segunda temporada, então, aguardem!", adiantou.

(Karen Lemos - Portal Caras)