sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Margareth Menezes celebra estreia na televisão. "Sou movida a desafios"


Antes de ingressar na carreira musical, Margareth Menezes (50) iniciou a vida artística nos palcos do teatro. Embora a atuação não seja nenhum bicho de sete cabeças para este ícone do samba, a televisão era, até então, um terreno ainda inexplorado.

Quando recebeu o convite do diretor-geral José Luiz Villamarim para estrelar a microssérie O Canto da Sereia, que estreia no dia 8 de janeiro, não pensou duas vezes em aceitar. “A minha carreira é feita de desafios”, declarou em entrevista à CARAS Online. “Sou movida a desafios, então, quando me chamaram, aceitei na hora”.

Baseado em um livro de Nelson Motta (68), a história de O Canto da Sereia apresenta uma identificação forte com a veia artística da cantora. “A história tem uma sonoridade musical”, explicou. “Tem a ver comigo e com o meu universo. Vi a proposta como algo positivo, que mexeu com meus sentimentos”.

Na atração, Margareth vai interpretar a delegada Marta Pimenta. Para tanto, ela participou de laboratórios, com o preparador de elenco Sergio Penna, para se habituar à realidade de sua personagem. “Passei uma tarde em uma delegacia acompanhando a rotina e conversando com delegadas”, contou. “Fiquei bem surpresa porque descobri um lado da profissão que ainda não conhecia. Essas mulheres, além de profissionais, são super vaidosas. Foi super bacana ter esse contato”.

Focada e experiente, Marta Pimenta terá um papel importante na trama: desvendar o misterioso assassinato de Sereia, uma famosa cantora de Axé em Salvador, na Bahia, interpretada por Ísis Valverde (25). De cara, a intérprete percebeu muitos pontos em comum com sua personagem. “Assim como a Marta, eu também sou uma pessoa muito focada e responsável”, disse Margareth.

A experiência na televisão, muito positiva, pode abrir novas portas para a cantora que está sempre disponível para os desafios. “Se houver uma oportunidade bacana, vou fazer de novo”, garantiu. “Vamos esperar e ver no que vai dar”, concluiu ao celebrar os novos rumos de sua carreira.

(Karen Lemos - CARAS Online)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Separação de Marília Gabriela emocionou Reynaldo Gianecchini ao escrever sua biografia

Reynaldo Gianecchini fala do livro que conta sua vida, a parceria com o jornalista Guilherme Fiuza e um dos momentos mais marcantes de sua trajetória: o fim do casamento com Marília Gabriela



Crédito de imagem: João Passos

Na foto de capa de "Giane – Vida, Arte e Luta", Reynaldo Gianecchini (40) olha contemplativo a sua frente. Na imagem - registro feito após a batalha do ator contra o câncer – ele aparece com os cabelos curtos e grisalhos, que começavam a crescer depois de várias sessões de quimioterapia.

O retrato, bem como todo o conteúdo da biografia, contou com o aval do galã. “Eu que bati o martelo”, disse Reynaldo que recebeu, com exclusividade, a reportagem de CARAS Online no Espaço Villa Vérico, em São Paulo.

“Tínhamos várias sugestões para a foto de capa, com vários visuais. Mas essa, em específico, eu achei muito bonita, forte e neutra. É quase um busto, uma estátua”, explicou.

Muitas editoras já haviam procurado Reynaldo com a proposta de contar sua vida nas páginas de um livro. A princípio, o ator achou tudo isso uma grande loucura até se encontrar com o jornalista Guilherme Fiuza (47), autor do sucesso Meu Nome Não é Johnny. “Eu conheço muito o trabalho dele. Gosto muito do jeito que ele escreve e fiquei curioso do jeito que ele iria contar a minha história”, revelou.

A estranheza de ter uma biografia em seu nome passou depois que o ator viu o resultado do trabalho. “Eu tenho o maior prazer de ter esse livro, porque não há pretensão nenhuma de ser uma obra de auto-ajuda. É uma história muito bem contada sobre as viradas da vida de um ser humano”, explicou. “De uma forma bem divertida, o livro coloca todas as minhas dificuldades, sem me enaltecer ou me colocar como um ser acima do bem e do mal”, completou.

A separação

Ao rever sua trajetória para contá-la em um livro, Gianecchini reviveu momentos engraçados e emocionantes de sua vida. O ator destaca uma passagem de sua biografia que, de forma especial, se tornou uma das mais comoventes para ele.

“Um trecho que me tocou muito é sobre a separação de um casamento [de oito anos com a jornalista Marília Gabriela, 64] que foi muito feliz. Chegou um dia e a gente decidiu que era hora de acabar. Nunca é fácil para ninguém uma separação, mas foi muito bonito como aconteceu comigo. Teve amor e atenção. E o livro retrata bem isso”, revelou. “Em nenhum momento nossa intimidade é exposta, o que seria algo muito deselegante. Pelo contrário, é colocado todo o carinho que existiu naquela relação e como é possível continuar um amor, mas agora de outra forma, sem machucar e nem agredir”.

Balanço

"Giane – Vida, Arte e Luta" é um balanço da vida de Reynaldo não só para os leitores, mas para o próprio biografado que, depois de brilhar na carreira de modelo e ator, cresceu e amadureceu, principalmente após a luta contra o câncer - momento que causou comoção nacional e ampliou, ainda mais, o carinho de seu público. “Eu posso falar que hoje em dia eu tenho um olhar muito diferente sobre as pessoas, sobre a vida, um olhar mais atento ao ser humano. A gente vive nessa vida louca e corrida, mas hoje em dia eu faço questão de parar e olhar de verdade para as coisas e para das pessoas”, ressaltou.

A forma como lida com o estresse mudou muito também. O tempo de Reynaldo com situações de tensão é muito curto. Segundo o galã, não ultrapassa dez minutos, tempo suficiente para respirar, questionar e se dar conta de que não vale a pena perder a cabeça com frivolidades. “Não é que eu virei zen, que virei um cara acima do bem e do mal, faço um exercício diário de viver com prazer, acordo todo dia e me proponho em viver um dia com prazer. Não me importa o que eu esteja vivendo, no meu trabalho, na minha vida, eu quero que seja prazeroso. É um exercício bacana de fazer, eu proponho que vocês também tentem fazer”, convidou.

(Karen Lemos - CARAS Online)

domingo, 2 de dezembro de 2012

Curta-metragem brasileiro "A Fábrica" é pré-selecionado ao Oscar

"A Fábrica", de Aly Muritiba, está na corrida acirrada por uma indicação ao Oscar de melhor curta-metragem

O brasileiro "A Fábrica", dirigido por Aly Muritiba, está concorrendo a uma vaga no seleto time de indicados ao Oscar da categoria curta-metragem.

Na quinta-feira, 29, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas – responsável pelo prêmio – divulgou uma lista de pré-seleção com 11 títulos que podem entrar na corrida pela estatueta. Uma nova votação, que vai acontecer em dezembro, irá definir os finalistas, que serão anunciados no dia 10 de janeiro de 2013.

"A Fábrica" venceu as categorias de curta-metragem de melhor filme segundo júri popular, melhor atriz para Eloina Duvoisin e melhor roteiro do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro de 2011.

Vale lembrar que "O Palhaço", de Selton Mello, também concorre a uma indicação ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro.



(Karen Lemos - CARAS Online)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Laurence, prazer!


Laurence Alia é um premiado professor que leciona sobre os grandes pensadores da nossa história. Enquanto encanta sua sala e aumenta sua popularidade na escola, ele imagina como a vida de, por exemplo, Marcel Proust – escritor francês homossexual - deve ter sido difícil no século passado por conta de sua sexualidade. “Eles teriam desejado viver em nossos dias”, diz ao concluir mais um dia de trabalho.

A declaração é feita mais pela vontade que Laurence tem em que acreditar que a modernidade está ao seu lado. Mas não está.

Logo percebermos que o protagonista não é um professor qualquer. Há um certo incômodo visível nele, que o faz pausar para reflexão durante suas palestras e, mostrando indícios mais claros do que veremos no filme, o faz colocar clipes nos dedos para que pareçam com as unhas de uma mulher.

“Laurence Anyways” começa dez anos antes do protagonista tomar uma grande decisão. Em 1990 ele resolve se assumir da forma como é: uma mulher presa no corpo de um homem. Não acompanhamos o drama da auto-aceitação que, aquela altura, se supõe, já está superada.

Ao anunciar a ‘novidade’, o que ele ouve como resposta é o cortante grito da repulsa da sociedade que ele imaginava que o aceitaria. Sua namorada é a primeira a receber a notícia – com choque, claro. A princípio, ela aceita, mas depois que a situação começa a pesar, ela foge. Com sua mãe, cuja relação já se estabelece fria para o espectador, acontece o parecido.

A linguagem deste longa-metragem chama atenção. O tema é abordado de forma sensível e, em alguns momentos, parece que entramos em um vídeo-clipe (a trilha sonora é excelente, com bandas como Visage), por vezes beira o experimentalismo, usado de forma frequente em sequências chaves de tensão, alívio e outras emoções.

Acompanhamos o início de tudo: a maquiagem, as roupas de mulher, os brincos e as perucas. A experiência mais radical acontece quando ele dá sua primeira aula vestido como uma professora. Sentimos todo o constrangimento do personagem diante da classe calada. Uma aluna faz uma pergunta frívola sobre sua disciplina, quebrando o momento de tensão pré-estabelecido.

Depois dessa experiência, ele se sente mais seguro com relação à sua realidade – pura ilusão. A escola o rejeita e Laurence perde o emprego. Estaria ele no século passado, assim como Proust? Antes de deixar o emprego, ele escreve com giz na sala dos professores: Ecce Homo - palavras que Pôncio Pilatos teria dito, em latim, ao apresentar Jesus Cristo aos judeus de acordo com o evangelho.

Adaptando-se a nova vida, o personagem começa a escrever um livro de poemas e continua lutando contra seus algozes; um deles personalizado naqueles figurões de bar, em quem acaba dando e de quem recebe uma bela surra. Nesse momento, Laurence é acolhido por outro transexual, que o ajuda e o abriga em sua casa com uma família bem inusitada. Com a intensificação de seus dramas, ele passa a se aproximar mais da mãe, quebrando o gelo que existe entre eles.

Ao mesmo tempo em que a mãe vai aceitando o filho, Laurence finaliza seu livro e segue para o Canadá em busca de sua namorada, o grande amor de sua vida. Casada e com um filho, ela deixa claro que seus sentimentos pelo namorado do passado vão além da aparência física dele (que já colocou silicone nas mamas a essa altura) ao receber uma cópia do livro e convidá-lo a sua casa.

Essa paixão, que nunca morre e quase tudo supera, é o foco do filme, e não a crise com a sexualidade como pensamos a princípio. Uma das cenas mais bonitas do filme é quando o casal viaja até Ilha Negra, local que volta e meia aparece na obra como sendo o objeto de desejo turístico do casal. Ao chegarem à ilha, uma chuva de roupas femininas cai sobre os dois. Extremamente poético.

É um bom filme, porém, longo. São quase três horas de uma história que poderia ser contada em uma hora e meia ou duas horas no máximo. “Laurence Anyways” peca pelo excesso de explicação. Nem tudo precisa de justificativa. A magia do cinema é simples.

 

(Karen Lemos)

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Crianças invisíveis da terceira idade


O que acontece quando dois seres invisíveis, que o mundo moderno já deixou para trás, decidem deixar a vida surpreender? O sensível "Aos 80", filme de 2011 da Áustria, coloca esse questionamento como um tapa na cara do espectador.

Rosa e Bruno são dois idosos que atingiram os 80 anos e enfrentam o desprezo da sociedade, das pessoas próximas e amadas, como seus próprios filhos. Para os mais novos, os protagonistas desse drama são como crianças à espera da morte. Nada mais resta a eles, a não ser esperar.

Cientes de que ainda há vida pulsando dentro de seus corpos, eles relutam em aceitar essa tese, mesmo que a (re)descoberta de sentimentos o surpreendam a princípio. Ainda assim, Rosa e Bruno acreditam que o destino lhes reservou algo além do previsto e decidem embarcar neste novo desafio proposto.

Ao se esbarrarem, por acaso – ou não, na frente de um prédio onde Rosa acabara de ser despejada por sua própria filha, os dois personagens desenvolvem uma conversa agradável que resgata boas memórias da longa trajetória de ambos e outras lembranças não tão afáveis, mas que divertem da mesma forma, afinal, porque não rir da vida? Essa é a lição que o casal sempre nos passa ao longo do filme.

No dia que se conhecem, surgem sentimentos de afeto impossíveis de serem ignorados. O primeiro beijo acontece naquele primeiro encontro e assusta. Mas torna-se inesquecível. Valeria a pena para Bruno deixar um casamento sólido de anos por uma aventura de paixão incerta? Valeria! Os dois resolvem, então, namorar – como dois adolescentes saboreando sentimentos ainda desconhecidos.

As cenas de amor são surpreendentemente sensíveis. Nada vulgar. Os detalhes, como a textura da pele envelhecida, encantam. Assim como "Chuvas de Verão", de Cacá Diegues, o sexo na terceira idade não é tratada de forma grotesca como sugere o tabu que circunda o tema, mas de forma humana, como merece e deve ser visto.

A rotina do casal, embora estranha à realidade da maior parte das pessoas com menos de 80 anos, comove e diverte. Entre um passeio e outro, Rosa e Bruno têm consultas médicas. A cena em que Rosa procura sua dentadura antes de sorrir para o amado não é grotesca, é encantadora. O amor dessas crianças de 80 anos é juvenil, cheira ao prazer da descoberta.

E quantas descobertas! Outra sequência de destaque é quando o casal, junto com um amigo da mesma faixa etária, experimenta maconha pela primeira vez na vida. Uma cena divertidíssima, mas, acima de tudo, charmosa.

Por se tratar de um drama, a história tem lá os seus percalços. Rosa chega a ser internada em um asilo. Bruno não desiste e vai atrás da amada. Nada atrapalha nossos adolescentes que, mesmo diante de dificuldades, eternizam o momento deles de uma forma que poucos conseguiram ou irão conseguir durante toda a juventude. Uma lição de vida.



 (Karen Lemos)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Belas atrizes marcam presença na abertura da 36ª Mostra Internacional de Cinema de SP

Letícia Sabatella, Marisol Ribeiro e Giselle Itié prestigiaram a abertura da 36ª edição da Mostra Internacional de Cinema de SP



Letícia Sabatella (40), Marisol Ribeiro (28) e Giselle Itié (31) levaram beleza para a abertura da Mostra Internacional de Cinema de SP que aconteceu no auditório do Ibirapuera, em São Paulo, na noite de quinta-feira, 18, com pré-estreia do longa-metragem chinelo No, estrelado pelo galã mexicano Gael Garcia Bernal (33).

Na 36ª edição do evento, que traz uma homenagem ao cineasta russo Andrei Tarkóvski (1932 – 1986), as atrizes falaram de sua importância e dos novos projetos de suas carreiras. “A Mostra como um todo é muito especial. Fico lisonjeada de poder estar aqui, compartilhando esse encontro tão importante para o Brasil”, declarou Sabatella, que estava acompanhada do amado Fernando Alves Pinto (43). Divulgando seu novo filme, o chileno Caleuche (“É um longa de gênero fantástico, o que foi completamente novo para mim”, declarou), Giselle Itié também adiantou suas novidades para a televisão. “Este ano estarei na série 'Mandrak', na HBO”. A bela Marisol Ribeiro é outra que está cheia de novos planos. “Vou começar as filmagens de ‘Apneia’. Tem um elenco maravilhoso com a Marjorie Estiano (30)”, contou. “Na TV, acredito que volto no ano que vem, logo no início. Mas por enquanto não posso falar nada”.

A abertura foi comandada por Serginho Groisman (62) e Marina Person (43). “Falar de cinema para mim é sempre gratificante. Eu quase fiz cinema no lugar de jornalismo. Sempre me identifiquei muito com o gênero. Desde criança sempre tive uma ligação muito legal com os filmes”, afirmou o apresentador do Altas Horas. “É importante ressaltar a importância desse festival tanto para São Paulo e principalmente para o Brasil”, avaliou Marina.

Este é o primeiro ano que a Mostra de SP acontece sem a presença de seu criador, Leon Cakoff, morto em 2011. “Cakoff deixou seu legado e ano que vem estarei aqui novamente, como ex-prefeito e amante do cinema”, disse o prefeito Gilberto Kassab (52). “A Mostra não seria esse sucesso todo não fosse o carinho especial dos moradores de São Paulo com os filmes expostos. E hoje em dia o Brasil é visto de uma maneira diferente por causa de circuitos como esse”, completou Marta Suplicy (67), ministra da cultura.

(Karen Lemos - CARAS Online)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Filme de Selton Mello é indicado à vaga de melhor filme estrangeiro no Oscar

‘O Palhaço’, filme dirigido e protagonizado por Selton Mello, está concorrendo a uma vaga na categoria melhor filme em língua estrangeira do Oscar 2013




Foi definido o filme brasileiro que irá concorrer a uma vaga na disputada categoria de melhor filme em língua estrangeira para a 85ª edição do Oscar, prestigiada premiação de cinema organizada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, fundada nos Estados Unidos.

O Palhaço, longa-metragem dirigido e protagonizado por Selton Mello foi definido como concorrente para a vaga na manhã desta quinta-feira, 20. O nome do filme foi anunciado após reunião no Palácio Gustavo Capanema, sede da Representação do Ministério da Cultura, no Rio de Janeiro.

“Creio que a maior inovação que fazemos com a escolha do 'O Palhaço' reside no seu potencial. Esta indicação tem que ser vista como um prêmio também, é um aval de que um filme pode ir além. Espero que isso seja positivo para uma produção que já é sucesso”, declarou a secretária do Audiovisual do MinC, Ana Paula Dourado Santana, que integra a Comissão Especial de Seleção, formada ainda por Ana Luiza Azevedo, Andre Sturm, Carlos Eduardo Rodrigues, Flávio Tambellini, George Torquato Firmeza, José Geraldo Couto e Lauro Escorel.

Outros filmes também foram analisados, como À Beira do Caminho, Billi Pig, Capitães da Areia, Colegas, Corações Sujos, Dois Coelhos, Heleno, Elvis & Madona, Histórias Que Só Existem Quando Lembradas, Luz Nas Trevas, Menos Que Nada, Meu País, O Carteiro, Paraísos Artificiais e Xingu.



(Karen Lemos - CARAS Online)

Sucesso na televisão, Cauã Reymond concorre em prêmio de cinema

Cauã Reymond, o Jorginho de ‘Avenida Brasil’, está concorrendo como melhor ator coadjuvante ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro por sua atuação no filme ‘Estamos Juntos’. “Esse filme foi uma experiência complemente diferente de tudo o que eu já tinha feito como ator”, conta o galã, que vive um homossexual na trama


O ano de 2012 está sendo de repleta alegria para Cauã Reymond. A chegada de sua primogênita, Sofia, e o sucesso do personagem Jorginho de Avenida Brasil são algumas das conquistas do galã este ano. Mais uma notícia boa chega para somar às realizações do ator. Ele está indicado na categoria melhor ator coadjuvante por sua interpretação no longa-metragem Estamos Juntos, em que dá vida um DJ homossexual.

“Esse filme foi uma experiência complemente diferente de tudo o que eu já tinha feito como ator. Tenho muito orgulho deste personagem e o laboratório que fizemos na noite paulistana foi um grande aprendizado. Só tenho a agradecer ao Toni Venturi, que nos dirigiu de forma tão sensível, dando liberdade para fazermos experimentações, improvisos e construirmos ao lado dele essa história, e a toda equipe: Hilton Lacerda, Lula Carvalho e este grande elenco que o filme reuniu”, declarou Cauã sobre a indicação. O evento acontece no dia 15 de outubro no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Além de Estamos Juntos, O Palhaço (que está concorrendo a uma vaga de melhor filme de língua estrangeira ao Oscar 2013) aparece em destaque com o maior número de indicações: 13 ao todo. Com 11, 10 e 9 indicações, respectivamente, os filmes O Homem do Futuro, Bróder e Bruna Surfistinha também aparecem bem posicionados.

Para este ano, Cauã ainda está produzindo, pela primeira vez, um longa-metragem: Azuis, que será rodado em 2013. O filme é baseado em dois livros do poeta Rodrigo de Souza Leão, com roteiro e direção de Felipe Bragança.



(Karen Lemos - CARAS Online)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Sandy volta aos cinemas na pele de uma sensual estudante de música

Sandy está confirmada no elenco de ‘Quando Eu Era Vivo’, novo filme de Marco Dutra. A partir de setembro, a cantora começa a gravar as cenas de uma sensual estudante de música ao lado do veterano Antonio Fagundes

Longe das telonas desde Acquária, de 2003, Sandy Leah (29) já tem data marcada para o seu retorno aos cinemas. A partir de setembro, a atriz e cantora começa a gravar em São Paulo as cenas da sensual estudante de música Bruna, sua personagem no filme Quando Eu Era Vivo, novo de Marco Dutra, cineasta revelado em Cannes com Trabalhar Cansa. O longa é baseado na obra A Arte de Produzir Efeito Sem Causa, de Lourenço Mutarelli.
“Eu queria uma atriz que tivesse alguma relação com a música”, explicou Marco em conversa com a CARAS Online. “No livro, a Bruna aparece como uma estudante de artes plásticas, mas eu quis transformá-la em uma estudante de música e acabou funcionando bem para a personagem”, complementou o diretor, que também assina o roteiro da adaptação ao lado de Gabriela Amaral Almeida.
Na nova produção, Sandy estará muito bem acompanhada pelo veterano Antonio Fagundes (63), que interpreta um viúvo, dono da casa em que Bruna passará a morar de aluguel. “O Fagundes é um ator excepcional, sempre achei esse personagem a cara dele”, disse o diretor, que recebeu o nome do ator através do produtor do filme, Rodrigo Teixeira.“O Antonio era uma exigência do Rodrigo, enquanto a Sandy foi uma sugestão minha”, esclareceu.
A harmonia na casa onde a estudante mora acaba com a volta do filho do viúvo, o dono do quarto onde Bruna está vivendo. “Não tem espaço para o filho e, partir daí, surgem conflitos entre essas três figuras”, contou Marco. Este personagem, interpretado por Marat Descartes, era, a princípio, de Fabio Assunção (40), que não pode participar do filme por conta de compromissos na agenda profissional.
(Karen Lemos - CARAS Online)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Alinne Moraes: "Já tentei me ‘enfeiar’ para ser aceita"

Prestes a estrear a temporada paulistana da peça ‘Dorotéia’, de Nelson Rodrigues, Alinne Moraes fala dos pontos em comum com a protagonista da obra – uma mulher que sofre com sua beleza

Em sua segunda experiência no teatro (a primeira foi com a peça Dhrama – O Incrível Diálogo entre Krishna e Arjuna, em 2007), Alinne Moraes (29) vive um papel desafiador em Dorotéia, montagem de João Fonseca (48) para um clássico de Nelson Rodrigues (1912 -1980). “Esse trabalho me exigia o amadurecimento profissional que eu tenho hoje, por isso quis tanto fazer”, afirmou a atriz em entrevista coletiva em São Paulo, nesta segunda-feira, 23.
A partir de 28 de julho, Dorotéia faz temporada na capital paulista no Teatro Raul Cortez. Vivendo a protagonista da obra, Alinne soma mais uma personagem ao seu leque de papéis ousados. “Eu já levantei muitas bandeiras em minha carreira”, disse. “Já vivi uma mãe solteira, uma lésbica, uma psicopata e uma tetraplégica na televisão. É uma grande responsabilidade para mim”, definiu a bela, que atualmente namora o diretor Mauro Lima (43). “Não gosto de falar sobre isso. É bom a gente preservar um pouco a vida quando ela está muito exposta”, declarou ao ser questionada sobre o novo relacionamento.
Na história escrita por Nelson Rodrigues em 1949, Dorotéia é uma ex-prostituta que procura mudar totalmente de vida após a morte de seu filho. Por conta dessa busca, ela passa a morar com suas primas viúvas, que a condenam por sua beleza. “Esse texto critica uma cobrança da sociedade que pensa que a beleza é um pecado”, esclareceu o diretor João Fonseca. “Parece que a mulher bonita é culpada pelo desejo que provoca nas pessoas e tem sempre que provar que é muito mais do que a estética aparenta”, ressaltou. 
Dona de uma beleza incontestável, Alinne Moraes sabe muito bem como é isso – e esse ponto em comum com a personagem a ajudou com o trabalho. “Eu já tentei me ‘enfeiar’ para ser aceita”, revelou. “Quando eu era modelo, eu pegava ônibus para ir aos testes e sempre colocava um boné na cabeça para evitar o assédio. Eu sempre ouvia aquelas ‘cantadas de pedreiro’ e me incomodava muito. Assim como a Dorotéia, naquela época eu não queria chamar atenção”, disse.
“Hoje eu entendo que a beleza é minha aliada. Consegui muitas coisas porque eu precisava ser bonita para fazer alguns papéis. Mas também sei que isso é uma coisa que passa, que tem prazo de validade. Não tem como passar um spray na cara e ficar bonita para sempre. Na verdade, considero as rugas necessárias para trabalhar, para emocionar o público e contar uma história”, complementou, exemplificando sua tese ao citar a veterana Laura Cardoso (84), uma das atrizes que mais admira.
Dorotéia, entretanto, obrigou Alinne Moraes a deixar a vaidade de lado. A atriz considerou essa lição como um grande desafio, já que não contaria com maquiagem e nem próteses. “Eu fico feia em apenas 20 segundos nessa peça, sendo que não teve como olhar no espelho e montar uma cara, sabe? Veio de dentro para fora, eu tive que acreditar que eu estava feia para que o público também pudesse acreditar. É a fé cênica”, justificou. “E não tem peso algum nisso. Estou me divertindo muito com esse trabalho. Estou lá no palco para ser feliz”, concluiu.

(Karen Lemos - CARAS Online)

domingo, 20 de maio de 2012

Toni Venturi leva cinema brasileiro ao tapete vermelho de Cannes

O cineasta Toni Venturi exibiu seu mais recente longa-metragem, 'Estamos Juntos', durante o Festival de Cinema de Cannes, na França. O filme traz um elenco brasileiro estelar: Cauã Reymond, Leandra Leal, Dira Paes e Débora Duboc


O cineasta Toni Venturi (56) é um dos responsáveis em levar o brilho do nosso cinema para o público e a crítica estrangeira.

O diretor está acompanhando o Festival de Cinema de Cannes, na França, durante toda a semana. Na última quarta-feira, 16, dia da abertura do evento, Toni exibiu seu último longa-metragem 'Estamos Juntos' no 'Cinema do Brasil', evento paralelo ao festival que valoriza o cinema nacional. O longa conta com um elenco estelar: Cauã Reymond (31), Leandra Leal (29), Dira Paes (42) e Débora Duboc (46). Por se tratar de uma sessão para o mercado do cinema, o elenco não esteve presente. Segundo Toni, o filme foi bastante elogiado em sua exibição.

'Estamos Juntos' conta a história de Carmem (Leandra Leal), uma médica que sai de sua pequena cidade para viver em São Paulo e exercer sua profissão. Ao lado do amigo, o DJ homossexual Murilo (Cauã Reymond), e distante das amarras da cidade provinciana de onde veio, vive uma rotina estabilizada até o dia em que descobre ter sintomas de uma grave doença.

O Cinema Brasileiro está em alta no festival. Além do programa 'Cinema do Brasil', outro cineasta brasileiro está entre os destaques da programação. Walter Salles (55) vai exibir seu mais novo filme, 'Na Estrada', na Croisette. O elenco formado por Kristen Stewart (21), Kristen Dunst (29), Viggo Mortensen (53), Amy Adams (37) e a brasileira Alice Braga (28) está garantido na noite de estreia.

A história é uma adaptação do clássico da contracultura norte-americana 'On The Road', escrito por Jack Kerouac (1922 – 1969). O protagonista Sal Paradise resolve embarcar, junto com seu amigo maluco Dean, em uma aventura pelas estradas dos Estados Unidos da década de 1950. A busca pela autorreflexão e pelo autoconhecimento fará parte dessa jornada que inclui percalços e experiências novas para a dupla.

(Karen Lemos - CARAS Online)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Alex Atala celebra prêmio: ‘Os olhos da gastronomia estão virados para o Brasil’


Dono do D.O.M., restaurante premiado como o quarto melhor do mundo no San Pelegrino World's 50 Best Restarurants, evento promovido pela revista inglesa de gastronomia Restaurant, o chef de cozinha Alex Atala (43) não pensou duas vezes ao ser questionado sobre o segredo de tanto sucesso. “Minha teimosia”, afirmou, entre risos.

De fato, foi a teimosia e a perseverança desse paulista que ajudou a gastronomia brasileira a figurar entre rankings da culinária mundial, divulgado na última segunda-feira, 30. Desembarcando em São Paulo nesta quinta-feira, 3, às 6 horas da manhã – logo após ter recebido o prêmio em Londres – Alex celebrou o feito e enalteceu a riqueza da nossa cozinha. “O Brasil já tinha projeção na gastronomia mundial”, disse. “Eu não chegaria onde cheguei se o mundo não tivesse curiosidade de entender o que é a Amazônia e o que são esses ingredientes que vem dela”, ressaltou. “Isso só fez aumentar a minha teimosia de não abrir mão do meu país e de minhas crenças”.

Na lista dos cinquenta melhores do mundo – segundo a premiação – dois brasileiros, dois mexicanos e um peruano figuram o ranking. “Somos quase 10% nessa lista. Os olhos da gastronomia estão virados para a América Latina e para o Brasil. Agora é uma questão de competência e inteligência nossa de usar isso como benefício”, avaliou Alex. “Afinal, temos o maior potencial em matéria de ingredientes. Somos as crianças com mais brinquedos no quarto”, divertiu-se.

Galinhada brasileira

No próximo sábado, 5, Alex Atala vai celebrar o novo título com a sua tradicional Galinhada – seu prato/especialidade ao custo de sessenta reais - em seu outro restaurante, o Dalva e Dito. O prato nasceu do gosto do chef pela cozinha brasileira; paixão que cresceu após suas viagens gastronômicas pela Europa.

“Eu fui trabalhar na Europa onde experimentei, pela primeira vez, caviar e trufa. O contato foi bem estranho, não achei maravilhoso. Achava mais legal coisas que experimentei durante a minha infância aqui no Brasil, como cupuaçu e graviola”, recordou. “Foi ali que eu entendi que não saberia fazer cozinha italiana ou francesa como alguém que nasceu naqueles países. E nesse momento eu me dei conta de que, talvez, ninguém poderia fazer comida brasileira melhor do que eu”.

Apesar do preço ‘salgado’ de um prato tipicamente brasileiro, Alex defende uma cozinha barata e justifica o valor de seu trabalho. “Eu sei fazer comida barata, mas eu tenho uma estrutura que custa caro e que é parte fundamental da minha cozinha”, explicou. “Isso não quer dizer que a alta cozinha precisar ser cara. Alta cozinha é colocar o ingrediente em seu melhor momento”, ponderou. Alex ressaltou ainda que em algumas ocasiões, como a Virada Cultural, a galinhada é gratuita. “Faço isso para mostrar para as pessoas que elas devem ter atitude, no momento certo”, concluiu.

(Karen Lemos - CARAS Online)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Elenco de ‘A Novela das 8’ recorda folhetins marcantes

Claudia Ohana, Vanessa Giácomo e Mateus Solano, atores de ‘A Novela das 8’, filme de Odilon Rocha que estreia nesta sexta-feira, 30, recordam de tramas marcantes do horário nobre


As novelas brasileiras estão tão registradas no imaginário do público que valeu a pena até apostar em um filme para despertar o interesse do espectador. A Novela das 8, longa-metragem de Odilon Rocha, traz como pano de fundo a influência e o gosto dos brasileiros por seus folhetins.

Os atores do filme, Claudia Ohana (49), Vanessa Giácomo (29) e Mateus Solano (31), recordaram de algumas tramas marcantes em suas vidas – aproveitando a sugestiva temática da obra.

“Como todo brasileiro, eu sempre assisti a muitas novelas. E as novelas das oito são mesmo marcantes”, disse Claudia Ohana, que vive uma empregada disfarçada no filme, em entrevista à CARAS. “Eu lembro de uma que eu assisti quando ainda era muito pequena, chamada ‘Selva de Pedra’ [1972]; essa é do túnel do tempo”, brincou a atriz. “O elenco era formado por Regina Duarte (65), Francisco Cuoco (78), Dina Staf (1938 - 1989). Era sensacional!”.

Outros folhetins também vieram à cabeça da intérprete. “Lembro também de ‘Gabriela’ [1975] e, claro, 'Dancin’ Days' [1979] que eu era muito fã. Adorava ver a Sônia Braga (61) dançando, maravilhosa, poderosa. Era uma grande história do Gilberto Braga (65), foi um ícone”, definiu.

Vanessa Giácomo, a prostituta Amanda em A Novela das 8, foi enfática: “'Rei do Gado' [1997]! Foi uma novela que eu assisti, acompanhei e gostei. Do início ao fim”, revelou. “É uma referência de novela para mim”.

Já Mateus Solano, que no longa-metragem encara um desafio na pele de um homossexual no período da ditadura militar no Brasil, recordou de seus tempos de noveleiro. “Hoje em dia eu não tenho muito tempo para assistir novelas. Mas, quando eu assistia, lembro-me muito de ‘A Próxima Vítima’ [1995]. Foi uma novela que marcou para mim”, contou Mateus.

Saindo um pouco do horário nobre dos folhetins, Mateus citou também outra novela favorita, que foi exibida na faixa das sete em 1989. “Eu adorava ‘Que Rei Sou Eu’. Fiquei muito feliz de saber que essa novela será reprisada no Canal Viva [no mês de maio]. Vou tentar acompanhar”, completou.

Ambientado nos anos de chumbo da ditadura, A Novela das 8 trata com leveza o período militar ao focar a moda da discoteca, alavancada pelo sucesso de Dancin’ Days. Nesse cenário, a trama diverte apresentando personagens desajustados como uma escritora que se disfarça de empregada, uma sonhadora garota de programa, um diplomata que se sente estrangeiro no próprio país, um adolescente que luta para ser aceito como gay, entre outros. O filme estreia nesta sexta-feira, 30, nos cinemas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Mateus Solano: ‘O público ainda não deseja ver dois homens se beijando’


Como excelente ator que é, Mateus Solano (31) não dispensa um bom trabalho quando o encontra em seu caminho. Não foi diferente com João Paulo, um dos personagens do filme A Novela das 8 que foi apresentado à imprensa nesta segunda-feira, 26, no Paris 6 em São Paulo.

“O diretor [Odilon Rocha] me convidou para esse trabalho após ver minha interpretação como os gêmeos Jorge e Miguel em ‘Viver a Vida’”, contou o galã a CARAS Online. “Eu gostei muito do roteiro, pois fala de um período de mudanças não só do nosso país, mas também nas pessoas que, naquela ocasião, passaram a assumir seus desejos então reprimidos pela ditadura militar”, disse ainda, falando um pouco sobre a história desse novo filme.

O João Paulo de Mateus Solano define bem o conceito de assumir desejos reprimidos. Homossexual, João Paulo tem que enfrentar a família e a repressão da época para viver em seu país. Interpretar um personagem tão complexo virou motivo de orgulho para o dedicado ator. “O bacana de ser ator é isso: poder viver situações que jamais poderia viver na vida real. Quando é que eu poderia beijar outro homem?”, riu.

Sobre a cena de beijo, ele declarou: “É uma cena muito bonita, bem feita e com muita testosterona. Não irá causar embrulho no estômago dos mais conservadores”, garantiu. “Isso porque eu fiz o João Paulo como um homem comum, e não como um homossexual estereotipado”.

Mateus contou ainda que já viveu personagens homossexuais em outras duas ocasiões: no teatro, na peça Pedro e o Lobo e na minissérie Um Só Coração. “Na série eu interpretei um ator do TBC que se apaixona pelo personagem de [Miguel] Falabella. Nós dois chegamos a gravar uma cena de beijo que foi cortada”, revelou. “Mesmo assim, conseguimos deixar subentendido que os personagens tinham um caso”.

A respeito do beijo gay em novelas, que sempre é vetado, Mateus reforça sua opinião. “No caso de ‘A Novela das 8’ foi possível fazer uma cena dessas porque o cinema é movido pelo diretor e não pelo público como é na televisão”, afirmou. “As novelas brindam o telespectador com o que ele quer assistir. Nesse caso, acho que o público ainda não tem o desejo de ver dois homens se beijando”, concluiu.

Vanessa Giácomo: filme a traz em cenas quentes como uma sonhadora prostituta


Vanessa Giácomo (28) desfilou seu novo look durante o lançamento do filme A Novela das 8, de Odilon Rocha, nesta segunda-feira, 26, no Paris 6 em São Paulo. A atriz cortou seus cabelos para o remake de Gabriela, onde viverá a personagem Malvina. O visual foi baseado na caracterização de Elizabeth Savalla, que interpretou esse papel no original de 1975.

Embora já esteja mergulhada no universo de Jorge Amado, Vanessa está comprometida com a divulgação de seu novo filme, que estreia na próxima sexta-feira, 30, na capital paulista e no Rio de Janeiro. Na trama, ela vive uma personagem polêmica: uma prostituta que vive no mundo da teledramaturgia.

“É uma personagem bem complexa”, definiu Vanessa em entrevista à CARAS Online. “Amanda é uma prostituta que é doida por televisão. Ela é alienada politicamente, mas é uma apaixonada pela teledramaturgia. Ela costuma a interpretar os personagens das novelas fora das telas, usa até perucas para interpretá-los. Para mim, Amanda sempre teve o sonho de ser uma atriz”, completou. No longa-metragem, ela divide as telonas com grande elenco formado ainda por Mateus Solano (31), Claudia Ohana (49) e Alexandre Nero (42).

Por conta desse papel, Vanessa Giácomo será vista em cenas bem sensuais, nas quais aparece somente de lingerie ou em meio a sequências de sexo. A respeito dessas cenas, ela foi enfática. “Fazer esse tipo de sequência nunca é um trabalho em que você fica à vontade. É mentira dizer que ficamos tranquilo, é sempre incômodo”, revelou. “Mas, eu sou uma atriz, tenho que me dispor em fazer de tudo”.

Claudia Ohana: ‘Voltei a ver minha mãe com esse trabalho’


Na tarde desta segunda-feira, 26, os atores Mateus Solano (31), Vanessa Giácomo (28) e Claudia Ohana (49) lançaram em São Paulo o filme A Novela das 8, produzido por Odilon Rocha e que presta homenagem à teledramaturgia brasileira.

“Esse filme é um ode às novelas, principalmente 'Dancin’ Days'. Eu tinha quinze anos na época e foi um momento em que minha vida mudou completamente. É muito interessante voltar naquela época. A novela faz parte do imaginário do brasileiro. Eu lembro muito da Sônia Braga (61) na trama, era fã dela, adorava ver aquela mulher maravilhosa, dançando com todo poder”, declarou Ohana à CARAS Online.

Ainda ao se lembrar do período, ela afirmou emocionada. “São coincidências da vida. Quando minha mãe morreu, tive que começar a trabalhar e um dos primeiros trabalhos que fiz foi uma figuração em 'Dancin’ Days'. Fazendo esse filme, voltei a ‘ver’ a minha mãe”.

Ela, que dá vida à Dora no longa, também falou um pouco sobre seu personagem e em como se orientou para poder interpretá-lo. “Ela é uma exilada política, que se disfarça de empregada e vai trabalhar como uma prostituta. Para aperfeiçoá-lo, fui a muitas reuniões do grupo 'Tortura Nunca Mais’ e assisti novamente à 'Dancin’ Days'”, disse.

(Karen Lemos - CARAS Online)

Rodrigo Santoro sobre interpretar ex-jogador Heleno: ‘Botei minha raiva para fora’

Ao lançar filme ‘Heleno’ em São Paulo, Rodrigo Santoro comentou sobre a oportunidade de dar vida ao ex-jogador, falou de sua preparação para o longa e contou que filho do craque ficou satisfeito com o resultado final da produção


Rodrigo Santoro (36), que dá vida ao ex-jogador Heleno de Freitas (1920 - 1959) no filme em sua homenagem, Heleno, comentou sobre seu personagem no longa ao realizar coletiva de imprensa da produção, em São Paulo, nesta terça-feira, 13.

“O Heleno tem um pouco de cada jogador de futebol. Tinha uma personalidade complexa e jogava em uma época que o futebol não tinha a proporção que tem hoje. Não era bacana ser jogador. Ele era jogador porque gostava do esporte, além de ser bom de bola”, disse o ator.

Quanto ao comportamento diferenciado do ex-atleta, Santoro, que não sabia muito sobre o polêmico jogador, explicou. “Ele tinha um talento nato e se deliciava com a multidão. Era movido a provocações. Era aquele tipo de jogador que ou era muito vaiado ou muito aplaudido. Não tinha meio termo. Não conhecia o Heleno, já tinha ouvido falar que era grande jogador, mas nem sabia que havia atuado no Botafogo. O mais legal desse projeto é que o Heleno não é conhecido na minha geração, o que acabou me motivando. Meu avô ficou muito emocionado. Ele disse: ‘Esse cara jogava muita bola, mas gostava de uma confusão’”.

Ao falar da busca para ter atitudes semelhantes às de Heleno, o ator acabou revelando ter um lado mais maldoso dentro de si. “Minha personalidade não se parece muito com a dele. Mas não existe o bem ou o mal, existe tudo dentro da gente. O que fiz foi botar minha raiva para fora. Também me inspirei em varias coisas, principalmente nas minhas pesquisas e nas histórias que ouvi sobre ele”, destacou.

Já sobre sua preparação para conseguir demonstrar um futebol de qualidade durante as filmagens, Rodrigo revelou que foi preciso muita dedicação para atingir as habilidades do ex-craque. “Fui me preparando ao logo do processo de produção. Sempre gostei de jogar bola, como todo latino americano, mas sou um jogador amador e para o filme, quis me profissionalizar”, afirmou ele, que recebeu o apoio do ex-jogador Cláudio Adão (56) para aperfeiçoar suas "matadas no peito" e suas "cabeçadas", características fortes de Heleno. “Isso foi o mais gostoso do processo, deu para dar uma melhorada no meu futebol”.

Durante o laboratório de elaboração para o trabalho, Santoro também foi a cidade natal de Heleno, o município de São João Nepomuceno, em Minas Gerais, para conversar com pessoas que cresceram com o ex-jogador. O mesmo processo foi feito com o filho do craque, o Luís, que gostou do resultado final do projeto, conforme divulgou o ator. “Ele ficou muito emocionado com o filme”.

Em um determinado momento do filme, ele precisou seguir rígida dieta com intenção de perder peso, transmitindo os problemas de saúde vividos por heleno, antes de sua morte em 1959. “Só comia alface e salmão. Era o 'Homem Alface', perdi 12 quilos”, disse.

Alinne Moraes diz que mulher do ex-jogador Heleno não era ‘maria-chuteira’


Intérprete de Ilma, mulher do ex-jogador Heleno de Freitas, no filme que leva o nome do craque, Alinne Moraes (29) disse que acredita no amor verdadeiro da personagem pelo atleta. A atriz pesquisou sobre a vida da ex-mulher de Heleno, que no filme chama-se Silvia, e diz que o casal tinha muitas semelhanças.

“Ela não era uma maria-chuteira. Realmente se apaixonou e teve admiração por Heleno. Ela foi uma grande mulher. Pode-se dizer que ela é o Heleno de saias. Acredito que ela seja uma continuidade do corpo dele”, falou em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, 13, em São Paulo, ao lado de Rodrigo Santoro (36), protagonista do filme.

Para dar vida a Silvia, Alinne fez pesquisas com a neta do jogador. O filme conta a história do homem que foi considerado o primeiro craque-problema do futebol brasileiro e conta o momento em que Heleno é abandonado pela mulher. “Tem um momento que eles se separam. Acredito que ela se sentiu traída, não por conta das outras mulheres que ele tinha e sim por ter deixado ela solitária no momento em que engravidou, mas mesmo assim o amor por ele sempre permaneceu”, conta Alinne, que não tem intimidade com futebol. “Sou filha única de uma filha única. Na minha casa, somos apenas mulheres. Não que isso tenha alguma coisa a ver, mas o futebol não chegou muito em mim”.

(Karen Lemos - CARAS Online)

Veja Kayky Brito caracterizado como carroceiro em nova produção do cinema

Em ‘Finding Josef’, Kayky Brito interpreta um carroceiro em produção polaco-brasileiro. Para o trabalho, o ator teve que intensificar seu inglês


Kayky Brito (23) estará desse jeito nas telonas do cinema quando o longa-metragem Finding Josef, uma produção entre Polônia e Brasil, estrear nas telas do cinema no mês de setembro.

Com aparência de sujo, barbado e cabeludo, o galã interpretar o carroceiro Nelsinho no filme de Moisés Menezes. “Nelsinho é um garoto de rua, muito esperto e bem relacionado”, definiu o ator que passará o mês de março gravando suas cenas na Bahia.

Em suas sequências, o ator terá diálogos em inglês, motivo que o levou a procurar aulas para intensificar seu desempenho com a língua. “Meu personagem sabe dialogar bem em Inglês, o que permite a comunicação fácil com o polonês que chega ao nosso país à procura do irmão”, contou.

Finding Josef conta a história de Ian Kowalski, um polonês que decide buscar por seu irmão desaparecido para tentar consertar um erro do passado. “Em certo momento Ian se mostra já desacreditado em tudo”, completou.

O elenco conta ainda com Ailton Graça, Marcello Airoldi, Daniela Escobar, Arieta Correa e do ator polonês Rafal Grotowiski.

(Karen Lemos - CARAS Online)

Na reestreia de ‘Bruxa Morgana’, acompanhe a caracterização de Rosi Campos

Em cartaz com ‘A Saga da Bruxa Morgana e a Família Real’, Rosi Campos abre seu camarim e mostra a caracterização de seu personagem mais célebre


Desde Castelo Rá-Tim-Bum, a simpática Bruxa Morgana acompanha sua intérprete Rosi Campos (58). Foram vinte anos convivendo com a personagem que, sem ter ficado ultrapassado, volta aos palcos do teatro atraindo um público de faixa etária diversificado. Neste sábado, 31, Rosi reestreia A Saga da Bruxa Morgana e a Família Real, no Teatro Anhembi Morumbi, em São Paulo. “A Morgana do teatro é a mesma Morgana da televisão e do filme [Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme, de 1999]. Não dá para mudar muito. Apenas fiz alguns ajustes na peruca - algo mais cênico mesmo - e na roupa, que é de época para caracterizar a história”, contou a atriz em entrevista exclusiva a CARAS Online.

Nessa nova aventura no teatro, Morgana recebe a corte da Família Real Portuguesa (que está foragida das tropas de Napoleão Bonaparte) em seus aposentos. Com muito bom humor, claro, confusões vão acontecer e cabe a bruxa resolver os percalços que aparecem pelo caminho. O trabalho é em família: na produção, seu marido Ary Brandi; no elenco, seu filho Pedro Brandi. “É a primeira vez que atuo com meu filho no palco. Fica tudo mais divertido”, garantiu a atriz.

A reportagem entrou no camarim de Rosi Campos e acompanhou toda sua caracterização para se transformar em Morgana. Tudo começa com a aplicação de uma base no rosto. O processo seguinte – e o mais demorado – é a pintura no olho. Primeiro, uma sombra preta para ressaltar o amarelo com glitter que vem por cima. A maquiagem ajuda a aumentar os olhos da atriz. O batom realça a boca. Todo o processo dura cerca de quarenta minutos e termina quando Rosi, finalmente, coloca a escultural peruca, especialmente preparada para a peça. Os figurinos, criações de José de Anchieta, são um capricho a parte. Consistem em paletós de alfaiataria, sapatos de época feitos sob medida, e vestidos luxuosos.

Os minutos na cadeira de maquiagem e a roupa pesada não tira o ânimo da intérprete que há anos dá vida ao mesmo personagem – e sempre com a mesma alegria. “Faço Morgana há 20 anos e adoro fazê-la. A Morgana me trouxe muita coisa boa. É um prazer poder representá-la, porque ela é um personagem muito forte e corajoso; sem contar que ela tem uma característica muito interessante que é ser uma bruxa boazinha”, explicou. “E quem nunca quis ser uma bruxa? Quem vem assistir à peça fica enlouquecido com a personagem e com esse ambiente de magia – porque eles fornecem um mundo de possibilidades”, completou a atriz.

Onde tudo começou

Rosi Campos lembra muito bem do dia em que seu caminho cruzou com o da Bruxa Morgana. “O Cao Hamburger [diretor de Castelo Rá-Tim-Bum] me chamou para fazer um teste para a Bruxa Morgana. Eu tinha até pensando em fazer uma voz grossa, algo bem performático. Cao, no entanto, me pediu que agisse naturalmente. Aí fui entendendo que a Morgana, na verdade, era uma bruxa legal; ela não tem nada de má. É uma contadora de histórias, uma personagem que é para ser divertida”, recordou.

A atriz lembra, também, do episódio mais marcante na longa trajetória da bruxa no programa da TV Cultura. “Um episódio que me marcou muito foi quando a Morgana recebeu a visita do Leonardo Da Vinci em seus aposentos. Os dois tiveram um romance. Chegamos a brincar que o Da Vinci pintou seu quadro ‘Monalisa’ inspirado na Morgana, porque ele se encantou com o sorriso dela (risos). A gente tinha uma liberdade muito bacana”, afirmou.

Ídolos da infância

Ídolo de muitas infâncias, A Bruxa Morgana até hoje é admirada. Não só por aqueles que acompanharam seu ‘nascimento’ (e que atualmente já estão com mais idade), mas também pelos mais novos, que sabem que não é tarde para conhecer essa personagem tão fantástica. “Eu recebo um público maravilhoso. Tem crianças, tem jovens, tem de tudo. Quem me assistia na época do 'Castelo Rá-Tim-Bum', hoje está com seus 15 a 20 anos e vem assistir à peça, levando crianças mais novas, de uns cinco anos, que também adoram a história e a personagem. Acho muito legal ter a oportunidade de atingir tanta gente”, confessou Rosi.

A atriz, por sua vez, também teve muitos ídolos quando criança. Personagens que ela enumera, tentando conter a nostalgia. “Eu adorava o Flash Gordon, o Nacional Kid, o Rim Tim Tim. Não tínhamos muitas opções naquela época. Quando saiu o desenho de ‘A Branca de Neve’ foi o evento do ano, porque era lançado somente um filme por ano dedicado ao público infantil. Hoje em dia existem muito mais opções para as crianças”, concluiu.

(Karen Lemos - CARAS Online)

Marisa Orth: "Algumas atrizes sonham em ser Julieta; eu sempre sonhei em ser Morticia"

Em 'A Família Addams', peça musical que estreia no dia 2 de março em São Paulo, traz Marisa Orth e Daniel Boaventura interpretando o icônico casal cuja irreverência é sua marca: Morticia e Gomez Addams


Estreante nos palcos dos grandes musicais brasileiros - adaptados de sucesso da Broadway e que vêm conquistando um público cada vez mais cativo - Marisa Orth (48) definiu como irrecusável a chance de poder viver um personagem icônico em sua primeira vez como atriz de um musical. “Está sendo uma experiência maravilhosa”, contou. “Nunca tinha feito um trabalho que misturasse teatro, música, dança e cenário. É bem trabalhoso, mas estou encarando como um aprendizado – algo que eu não esperava que acontecesse nessa altura da minha carreira”.

A partir do dia 2 de março, Marisa poderá ser vista na pele da misteriosa e sensual Morticia Addams, uma das protagonistas de A Família Addams, peça musical que entrará em cartaz no Teatro Abril, em São Paulo. “A Morticia é o papel que toda atriz gostaria de fazer. Eu sempre quis. Tem mulher que sonha em interpretar a Julieta, mas eu sempre sonhei em interpretar a Morticia”, divertiu-se. “É uma personagem arquetípica, sexy, mórbida”. O trabalho trouxe a intérprete boas lembranças de sua infância. “Esse trabalho me fez lembrar muito de mim anos atrás”, contou. “Lembrei que já fiz ballet, que já cantei em uma banda (chamada Vexame, na década de 90) e que já tinha um sonho de fazer um musical”.

Para dar conta, Marisa se viu imersa durante dois meses em um processo de preparação bem específico. “Fiz exercícios com fonoaudióloga para ficar com a voz bem grave, aulas de canto, aulas para melhorar as expressões do rosto da Morticia, que são bem características”, contou a intérprete, que acabou levando muitas lições da personagem para sua vida pessoal. “Aprendi que posso ser vaidosa, sexy, afetuosa, um pouco cafona e muito chiquérrima”, resumiu. E realmente existe muita sensualidade na Morticia de Marisa, mesmo debaixo de um figurino pesado, uma peruca super quente e quilos e mais quilos de maquiagem branca para ‘empalidecer’ a personagem. “Eu demoro quase duas horas para ficar pronta”, revelou.

Como parte do laboratório, Marisa ainda visitou os bastidores da Broadway e assistiu a versão norte-americana do espetáculo. “Foi muito importante na construção da minha personagem porque eu pude ver como funcionava aquele ambiente, os bastidores, os profissionais. Conheci a Brooke Shields [que interpreta a Morticia na versão norte-americana], que para mim é um ídolo de infância. Ela é linda!”, recordou.

“Também pude perceber a mudança de nossa adaptação comparada a delas. A nossa é muito melhor, é mais enxuta. Com o tempo, o musical foi se remodelando e melhorando. Tivemos sorte”.
A obra, uma adaptação da série do cartunista Charles Addams e que ganhou popularidade com o seriado de televisão na década de 60, é um sucesso nos Estados Unidos. Pela primeira vez, o projeto ganha o mundo, desembarcando primeiro no Brasil. A ideia é trazer a peça para o Rio de Janeiro, Buenos Aires e Cidade do México. Apesar das dificuldades de se adaptar um texto original, por conta das rimas e piadas, A Família Addams chega bem no país. O elenco, escolhido após rigorosas audições, conta ainda com Daniel Boaventura (41), ator experiente em musicais, tendo atuado em A Bela e a Fera, Chicago, My Fair Lady, Evita, entre outros. No palco, ele vive Gomez Addams, o apaixonado marido de Morticia.

“Eu usei todas as referências possíveis. Os quadrinhos, o seriado de televisão, o desenho, outras montagens para o teatro, enfim. O engraçado é que eu não precisei recorrer tanto a outros artifícios. Os personagens de A Família Addams já estão incrustados em nossa memória. Todo mundo os conhece”, afirmou. Prova disso foram as três apresentações testes que o elenco realizou para um público diverso. “Com pessoas de várias faixas etárias”, acrescentou Daniel. “E a reação foi incrível. Isso quer dizer que está funcionando, está dando certo. Portanto, a nossa expectativa para a estreia é a melhor possível”, completou.

Senhora Pig e Alberto Roberto nos palcos

O casal das trevas mais famoso da indústria cultural, Gomez e Morticia Addams, veio com um gostinho brasileiro. A dupla de intérpretes formada Marisa Orth e Daneil Boaventura permitiu algumas licenças poéticas aos personagens que, sem sombra de dúvidas, vão render boas risadas e despertar uma familiaridade nos expectadores – a começar pela inspiração bem brasileira dos atores.

“Como eu recorri a poucas inspirações que tinham a ver com a Família Addams ou com a de outros atores que já viveram o Gomez, eu me inspirei no gênio de nosso Chico Anysio (80). Lembrei daquele personagem dele chamado Alberto Roberto”, riu. “Já eu me inspirei em muitas mulheres, principalmente na Senhorita Pig, dos 'Muppets', que também é bem conhecida pelos brasileiros”, brincou Marisa. “Dela eu peguei aquela autoestima toda, que ganhou ainda mais força com o figurino, as longas unhas pretas e a pele branca da Morticia”.

A boa expectativa do elenco para uma estreia de sucesso está, ainda, no fato do tema que gira em torno da história (família – um assunto universal), ser atemporal. “Esse momento é bem oportuno para estrear Família Addams. Vivemos em um mundo do politicamente correto, o que é bem chato”, explicou. “E essa família vai na contramão e mostra que tem orgulho de sua feiúra, da sujeira, da violência e dos crimes que cometem. São verdadeiros, sinceros – o oposto da família que tenta ser certinha e ‘margarânica’ [referente ao alimento Margarina], como a dos comerciais de televisão”, finalizou.


(Karen Lemos - CARAS Online)