Vivendo uma ‘barraqueira’ nos cinemas, Cleo Pires revela sua personalidade e dispara: “Não sou de fazer joguinhos; acho chato”
As cenas de Tati no filme Qualquer Gato Vira-Lata - do cineasta Tomás Portella, baseada em peça de sucesso de Juca de Oliveira, que estréia no próximo dia 10 - em que aparece brigando com seu namorado (e depois, ex-namorado), fazem inveja em qualquer vilã de novela mexicana. Barraqueira de primeira, Tati ofereceu a sua intérprete, a bela atriz Cleo Pires, elementos para brincar com a personalidade forte da personagem, ao tempo em que era possível usar do humor para contar sua história.
"Quando vou fazer um trabalho, a primeira coisa que me pega é um personagem que me acrescente algo. Gosto de aprender com isso, sinto que cresço e melhoro. A Tati, na verdade, é uma menina que tem fome de viver. Tem uma curiosidade gigante e está sempre em busca de aprender, de descobrir o mundo. Me assemelho muito a ela nesse ponto", contou Cleo em entrevista à CARAS Online durante divulgação de seu novo filme.
Essas ferramentas, sobretudo, foram suficientes para convencer o cineasta estreante a escalá-la em sua produção. " Eu tinha uma peça de sucesso, um elenco incrível e uma equipe técnica de dar inveja a qualquer cineasta. E de cara eu pensei na Cleo. Ela sempre faz personagens mais dramáticos e pensei que iria arrebentar fazendo comédia. Ela tem um nível de energia necessária para a comédia", definiu Tomás Portella.
De fato, energia a jovem intérprete tem de sobra, embora, digamos, saiba usar isso a seu favor, ao contrário da personagem Tati - sempre insegura e tomada pela emoção. "Claro que todo mundo tem seus momentos de insegurança. Eu sou muito intensa e argumentativa, mas tento deixar a insegurança passar. Eu vou dormir, saio para a noite, como uma panela de brigadeiro (risos), mas eu faço minha parte; se estou com vontade de ligar, eu ligo, se eu quero beijar, eu beijo. Não fico fazendo joguinho, acho chato!", disse a atriz, que ainda acrescentou: "E quando é de verdade, nada te assusta".
Na trama, Tati passa por crises pessoais com seu namorado, a 'galinhão' Marcelo (vivido pelo ator Dudu Azevedo) até que encontra Conrado, um professor de biologia que associa os instintos animais aos instintos humanos (segundo teorias de Charles Darwin), incluindo aí, técnicas de conquistas amorosas. Para Cleo, que garante não seguir 'regras' quando o assunto é relacionamento afetivo, as teses de Conrado e os padrões sociais que seguimos servem mais como um 'guia' do que como uma cartilha a ser fielmente cumprida. "Analistas e livros de auto ajuda não dão regras, no entanto, oferecem reflexões de como você é, daquilo que você está fazendo. Todo mundo, no fundo, quer ser feliz. Mas, muitas pessoas têm preguiça de olhar para dentro e serem realmente autênticas por conta do medo de se expor demais", afirmou.
Malvino: "O exagero não me seduz"
Malvino Salvador inova ao viver um personagem contrário à sua personalidade na novidade do cinema nacional ‘Quaquer Gato Vira-Lata’. Extrovertido ao extremo, o ator comentou sobre esse novo desafio e falou sobre sua mulher ideal: "gosto de mulher atirada, desde que não seja vulgar"
Em Qualquer Gato-Vira-Lata, filme de Tomás Portella que chega aos cinemas no próximo dia 10, Malvino Salvador aparece todo aprumado: de óculos, roupas bem passadas, cabelo e barba alinhados. Algo bem diferente do ator que chegou de tênis, calça jeans manchada e uma camiseta confortável (além da barba por fazer) para falar sobre seu novo desafio para as telas do cinema.
No longa-metragem de Portella, ele é Conrado, um professor de biologia que desenvolve teses, baseadas em pensamentos de Charles Darwin, que tentam esclarecer questões humanas baseadas nos instinto animal e na teoria do evolucionismo.
"O Conrado é bem diferente de mim no que diz respeito à sua postura, na forma de tratar as coisas. Ele é retraído, tímido, não se dá muito bem amorosamente e é extremamente focado em seu trabalho. É bem hermético. Já eu sou uma pessoa extrovertida, falante - falo muitas bobagens, mas também tenho um lado tímido, que está um pouco escondido e que acabei emprestando na hora de criar o Conrado", contou Malvino em entrevista para a CARAS Online.
O tipo de Conrado, embora seja bem aquém de seu intérprete, consegue, no entanto, conquistar o coração da jovem Tati, personagem vivida na trama pela atriz Cleo Pires. Na história, baseada em peça de sucesso de Juca de Oliveira, Tati sofre nas mãos de um namorado infiel, Marcelo (Dudu Azevedo). Para Malvino, o sucesso dessa história não está no teor romântico ou na veia humorística (afinal, é uma comédia) do roteiro; mas sim na riqueza de cada personagem que compõe a trama.
"Além de uma comédia, o filme tenta trazer algo de humano para os personagens, para que o público possa se identificar. Não é só fazer rir, tem que provocar algo. E ganhamos isso com a história. Os personagens tem seus defeitos, suas contradições, isso é bem humano", acrescentou.
Conrado é tão humano que se aproxima de Tati na intenção de ajudar - através do resultado de seus estudos - a reconquistar e a se controlar diante da personalidade indomável de seu namorado. As afinidades, no entanto, unem os dois de forma inusitada. Para Malvino, Tati conquistou seu personagem Conrado não por conta da sensualidade, mas sim por causa de seus dotes que, do ponto de vista do ator, compõe o modelo da mulher que o atrai.
"O exagero não me seduz. A sutileza me seduz. Agora, se o contexto permitir que a mulher seja mais 'atirada', é maravilhoso; desde que ela tenha inteligência para não cair na vulgaridade. A vulgaridade é um exagero", declarou.
(Karen Lemos - CARAS Online)
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