quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Em noite de surpresas, Maria Gadú grava seu primeiro DVD












Maria Gadú gravou, na noite de quinta-feira (29), seu primeiro DVD da carreira. A cantora, que estourou repentinamente em menos de um ano, conquistou a todos com suas canções simples, mas com uma intensidade de sentimentos enorme. Até Jayme Matazarro virou fã da moça, e a convidou para estrelar trilhas de atrações da Rede Globo, acarretando no sucesso súbito.

Para celebrar a boa fase, o público de São Paulo recebeu com carinho a cantora no Credicard Hall, para a gravação da turnê de seu primeiro disco (que, com tanto sucesso, recebeu o disco de platina de vendas).

Com vestes azuis e um bolerinho marrom com bolinhas brancas, Gadú subiu ao palco. O cabelo, sempre moderno, jogado para o lado e o jeito tímido e cativante. Sentou, pegou seu violão e arrancou elogios da plateia. Ela falou pouco, se emocionou e agradeceu demais o afeto do público.

No cenário, uma decoração simples, porém elegante, bem ao seu estilo. Mesmo com o tradicional acanhamento, Gadú se mostrava mais a vontade, cumprimentou a todos entusiadamente e até se mostrou preocupada ao, por vezes, parar o show para pedir a retirada de alguns fãs que passaram mal.

A primeira canção, "Encontro", foi a partida para uma apresentação que durou mais de duas horas (incluindo, claro, as pausas por conta de fãs desmaiados), seguida de "Bela Flor" e o hit "Shimbalaiê", cantado em uníssono pelo público - ponto alto do show.

Além dos seus sucessos, Gadú investiu bastante em homenagens a grandes ídolos. Logo na primeira metade do show, "Lanterna dos Afogados", dos Paralamas do Sucesso, e "A História de Lily Brown", de Chico Buarque (música que está em seu primeiro CD), no melhor estilo blues, provaram as boas referências musicais de Gadú.

Surpresas

Maria Gadú iniciou carreira envolta de muitos amigos. Crescendo musicalmente juntos, nada era mais justo que a participação, excessiva, de convidados e colegas para a gravação do DVD. Antes do primeiro convidado, um tampão cinza invadiu o palco, insinuando surpresas para a noite.

Um amigo, Caio Sóh, entrou e começou a escrever letras no tampão emoldurado enquanto o show prosseguia. Quatro jovens entraram com violinos acompanhando músicas como "Altar Particular", que emocionou o público. Luís Murá, um dos parceiros musicais de Gadú, a acompanhou. Dani Black, filho da cantora Tetê Espíndola, entrou na sequência. Juntos, eles cantaram "Aurora".

Leandro Léo, fiel parceiro, foi aplaudidíssimo ao ser chamado. Gadú, que o batizou de "o príncipe", cumprimentou Léo com um selinho, como é de costume. Nesse momento, a cantora escondeu o rosto para chorar emocionada. Juntos, cantaram "Linda Rosa", e foram acompanhados em coro pela plateia.

Fazendo do palco um verdadeiro encontro de amigos, a estrela chamou o grupo de cantores denominados "Os Varandistas", do qual fez parte no início da carreira. Sentados em um sofá colocado no palco, eles cantaram quase em capela para acompanhar Gadú que, naquela altura, mal conseguia segurar a felicidade.

Leandro Léo cantou sozinho, pouco depois, tomando o palco para si, cedido pela cantora. Claramente já tendo cativado o público da Gadú, o rapaz deu um show ao reproduzir a sua "João de Barro", apenas com voz e violão. Léo voltou ainda para algumas músicas como "Laranja". Neste momento, abajures desceram ao palco pendurados por uma linha.












Depois de composições próprias, Gadú entrou cada vez mais fundo em um repertório de referências e gostos pessoais. Tocou "Right Through You", de Alanis Morissette, e emendou uma surpresa de "Filosofia", de Noel Rosa, com "You Know I’m No Good", de Amy Winehouse.

Teve também "Trem das Onze", em uma homenagem moderna aos Demônios da Garoa e "Quase Sem Querer", do Legião Urbana, com direito a gritos de Renato Russo e aplausos da plateia no final. Para um repertório mais pop, "Who Knew", da cantora Pink, que teve alguns versos trocados. "Eu canto essa música há anos e vou errá-la justo hoje. Que papelão", disse, divertindo a plateia.

"Ne Me Quitte Pas", clássico francês na voz de Jacques Brel e, nos bis, "Quando Você Passa" fecharam o set-list de homenagens. Esta última canção, aliás, foi dedicada para Sandy, que estava na plateia. Ela surpreendeu ao subir ao palco no momento da música e se juntou a cantoria de Gadú. Todos adoraram a parceria de última hora.

De volta para o bis, Leandro Léo foi chamado de volta. Uma nova versão de "Laranja" foi feita pela banda, uma versão mais estendida, que dá direito aos músicos mostrarem o virtuosismo da habilidade com os instrumentos. Aos poucos, Gadú apresentou os membros de sua banda.

Enquanto a música se desenrolava, os convidados do show, os "Varandistas" (foto acima), Sandy e até a mãe de Maria Gadú entraram no palco para a despedida. Leandro Léo pegou o microfone e puxou um "ela merece!", que tomou conta da plateia. Uma bela noite para uma excelente cantora.

(Karen Lemos - Famosidades / MSN Brasil)

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