terça-feira, 5 de maio de 2009

Bossa Nova recebe homenagem na França















Tom Jobim no documentário "A casa do Tom, mundo, monde, mondo"

Em meio as comemorações do ano da França no Brasil, nada mais pertinente do que uma homenagem aos 50 anos da bossa nova na terra dos vinhos e perfumes.

De 29 de abril a 12 de maio os franceses vão poder conferir uma seleção de 30 filmes nacionais, entre documentários e filmes de ficção, no Festival do Cinema Brasileiro de Paris. O evento que já está em sua 11º edição tem como proposta divulgar o nosso cinema lá na França. Neste ano o famoso cinema Latina foi escolhido para sediar o festival, para tanto, o local foi todo reformado recebendo até um novo nome: Novo Latina. A escolha não foi ao acaso, tudo teve um propósito maior, já que a mais de 20 anos o Latina se dedica à divulgação de filmes produzidos na América Latina.

Não é só França e Brasil que estão em festas, a bossa nova, estilo musical brasileiro nascido na década de 50 que misturava o jazz com a mpb, comemora o seus 50 anos e terá um espaço especial dentro do festival. Serão apresentados três documentários que abordam o tema: "Coisa mais linda - Histórias e casos da bossa nova", de Paulo Thiago, "A casa do Tom, mundo, monde, mondo", de Ana Jobim (sim, a esposa do homem), e "Vinícius", de Miguel Faria Jr, sobre o poeta que compôs hinos da bossa nova ao lado de Tom Jobim.

Os filmes de ficção também trazem a presença da bossa, são exemplos "Os Desafinados", de Walter Lima Jr, sobre um grupo de jovens músicos amantes do gênero e "Chega de Saudade", de Laís Bodanzky, filme que se passa em um baile da terceira idade e conta as histórias de seus frequentadores.

Além da bossa, outros temas são abordados em diversas produções exibidas no festival: "Feliz Natal", de Selton Mello, "Meu nome não é Johnny", de Mauro Lima, "Se nada mais der certo", de José Eduardo Belmonte, "Um romance de geração", de David França Mendes, "Todo mundo tem problemas sexuais", de Domingos Oliveira, e "Verônica", de Maurício Farias.

A abertura fica por conta de "Romance", de Guel Arraes, e "Palavra (en)cantada", de Helena Solberg, terá a tarefa de encerrar o festival, e com chave de ouro, já que "Palavra" também passeia pelo cenário musical, tratando da poesia nas composições da mpb com destaque para os depoimentos de grandes nomes da nossa música como Chico Buarque, Tom Zé, Maria Bethânia, entre outros.

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