Deborah Secco aflora lado humano em ‘Bruna Surfistinha’

No papel principal de ‘Bruna Surfistinha’, filme que chega aos circuitos nacionais na próxima sexta, Deborah Secco conta como conquistou o papel, se preparou diante de dificuldades e revela a mensagem que quis passar com a personagem mais polêmica da carreira
















A camisola de Deborah Secco, que a atriz usou para convencer o diretor Marcus Baldini de que seria perfeita para aquele papel, abre o filme "Bruna Surfistinha", que chega em circuito nacional nos cinemas a partir da próxima sexta-feira, 25. A cena mostra toda sensualidade da personagem enquanto ela se despe e dança para as câmeras de uma rede de internet, logo apresentando ao público que tipo de trama ele iria assistir nos próximos minutos.

Assistindo ao longa, fica difícil imaginar outra intérprete no lugar de Secco para viver a personagem-título. Contudo, de início, Baldini teve seus receios. A atriz talvez fosse sensual demais para o papel. ”Houve uma certa resistência com relação à minha sensualidade. Por isso esse trabalho era justamente o que eu queria, porque não mostraria somente esse lado, mas também o meu lado de atriz”, explicou Deborah em coletiva de imprensa em São Paulo na tarde desta terça-feira, 22.

Em seu apartamento, Deborah vestiu sua camisola e colocou os cabelos no rosto para provar a Baldini que poderia viver uma adolescente de 17 anos nas telas e também dar vida a prostituta mais famosa do Brasil. Para isso, ela teve que entender todas as fases de Bruna, suas curvas dramáticas e seus conflitos internos, com a família e com a profissão que escolheu.

Uma escolha foi o que colocou Raquel Pacheco – nome por trás da figura fictícia Bruna Surfistinha – nas ruas, em espeluncas e também em locais de luxo onde chegava a arrecadar centenas de reais por seus serviços de prazer prestados. Para entender esse mundo, a atriz passou a viver em bordeis e a conviver com suas moradoras. Tudo isso como forma de preparação para uma personagem totalmente fictícia.

”Descobri que existiam quatro ‘Raquéis’ ali. Uma com a família, outra virando Bruna, outra virando a Bruna Surfistinha e uma última que deixa de fazer sucesso e cai na decadência. Existe um grande abismo aí e precisei aprender a construir isso sozinha. Me afastei ao máximo da Raquel; não tive nenhum contato com ela durante o filme. Quis criar essa personagem sem ter as informações prontas. A sensualidade que aparece no filme não é minha, é da personagem que acabei construindo”, afirmou.















Outra dificuldade enfrentada por Baldini e sua produção e elenco foi vender o filme que, aos olhos da maioria, era meramente um filminho de sacanagem. De fato existem, sim, as cenas de sexo. Fortes para uma produção de cunho comercial, mas ainda assim de extrema importância no contexto da trajetória de Raquel Pacheco. ”Tirar as cenas de sexo seria como inventar uma história. Algo tinha que incomodar o público, porque não é fácil ter sete, oito homens em cima de você o dia todo”, complementou Deborah.

Contar a história de Bruna Surfistinha sem sexo, aliás, seria um grande erro. A fama dela veio de um blog com relatos sobre programas e seus clientes (que até ganhavam nota de desempenho). O sucesso estava obviamente atrelado a curiosidade popular sob o cotidiano das garotas de programa. Portanto, os depoimentos viraram um livro ("O Doce Veneno do Escorpião") que vendeu 250 mil cópias no Brasil. Mas, tampouco faria sentido abordar somente isso no longa, deixando de lado a vida pessoal da protagonista. ”Não é um filme biográfico, mas sim uma homenagem a Raquel, que nos presenteou com essa grande história”, justificou a intérprete principal.

"Bruna Surfistinha" traz ainda doses de bom-humor – como a cena hilária e bem montada da visita de Bruna e suas colegas de bordel em um salão de beleza – e ótimas atuações de Cássio Gabus Mendes e Drica Moraes - fantástica na pele da cafetina que recebe Bruna em seu primeiro local de trabalho.

No âmbito mais pessoal, o filme acompanha a personagem ver seu próprio império ruir ao se afundar nas drogas e nas ilusões da fama repentina. A queda para a decadência é livre e isso faz com que o filme mostre o lado humano de uma menina que só buscava independência e aceitação.

”Acredito que o filme vai ajudar neste ponto; a fazer pensar, a não julgar antes de entender, descobrir que esse universo que é retratado é real, assim como as pessoas que vivem nele. E não precisamos mais falar com tabu ao tocar no assunto, afinal, estamos tratando da profissão mais antiga do mundo”, concluiu Deborah.

(Karen Lemos - Portal Caras)

‘Lope’, de Andrucha Waddington, é premiado na Espanha

Lope, produção do cineasta brasileiro Andrucha Waddington (de Casa de Areia e Eu, Tu, Eles), provou ter conquistado seu objetivo: agradar o público espanhol. O filme, que retrata a juventude de um ícone do país - Lope de Veja, dramaturgo e poeta hispânico - recebeu duas estatuetas Goya, premiação do cinema considerada como o Oscar da Espanha.

O filme venceu duas das sete categorias em que estava indicado, levando o troféu de melhor canção original por Que el Soneto nos Tome por Sorpresa, do compositor uruguaio Jorge Drexler, e melhor figurino para Tatiana Hernández. "Desde a primeira reunião, os produtores, o diretor de arte e o Andrucha estavam muito seguros sobre o que queriam. Transmitir estas ideias foi fundamental para a execução do projeto", contou Tatiana.

Protagonizado pelo ator argentino Alberto Ammann na pele do poeta, Lope traz ainda em seu elenco os brasileiros Selton Mello e Sônia Braga. O 'encontro' de Andrucha com o projeto ocorreu no país natal de Lope, na capital Madri. "Recebi o roteiro em 2005, depois de uma projeção de 'Casa de Areia' em Madri. Quando eu li aquilo, enlouqueci", explica o diretor, que ainda define seu novo trabalho:

"É um filme divertido, para todas as idades. Fala de amor e da luta de um jovem querendo ganhar a vida como artista em uma época em que ninguém vivia de escrever. É uma viagem a uma época e a um país de uma cultura não tão próxima da gente; isso que é o bacana e espero que as pessoas gostem", disse Andrucha, cujo longa por ele assinado chega aos cinemas brasileiros em 4 de março.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Javier Bardem premiado por 'Biutiful', de Iñárritu

Javier Bardem foi o grande destaque na noite de premiação do Goya - considerado o principal prêmio de cinema da Espanha, realizado no domingo, 13, no Teatro Real, em Madri.

Em seu discurso, após vencer a categoria de melhor ator pelo trabalho na produção mexicana Biutiful, de Alejandro González Iñárritu, Bardem dedicou sua estatueta à mulher, a também atriz Penélope Cruz, e ao seu primogênito, que nasceu no último dia 26.

"Quero dedicar esse prêmio à minha mulher e meu filho porque eles me despertam todos os dias com o coração e um sorriso", declarou. Em Biutiful, o espanhol dá vida a Uxbal, um homem que, ao descobrir que sofre de câncer terminal, tenta sanar suas dívidas na terra, acertando-se com a família, com os crimes que cometeu e com sua sensível espiritualidade, já que possui a habilidade de conversar com os mortos.

O ator, que está indicado ao Oscar na mesma categoria na qual saiu vencedor no Goya, já recebeu a estatueta deste prêmio espanhol outras vezes, como em 2003, por sua elogiada atuação em Mar Adentro, de Alejandro Amenábar.

(Karen Lemos - Portal Caras)

'O Discurso do Rei' é destaque do BAFTA

A poucos dias do Oscar, O Discurso do Rei vem conquistando favoritismo e força para o principal evento da temporada de prêmios em Hollywood. No domingo, 13, o filme sobre a luta do Rei George VI da Inglaterra contra a falta de persuasão em seus discursos levou o principal troféu do BAFTA, o Oscar inglês, que lotou o Royal Opera House de Londres.

Além de levar o BAFTA de melhor filme britânico, o longa ainda levou o prêmio de melhor filme (em que concorrem produções de diversos países) e também saiu de lá com o elenco agraciado. O protagonista Colin Firth, como era esperado, levou o BAFTA de melhor ator. Geoffrey Rush conquistou o prêmio de ator coadjuvante e Helena Bonham Carter o de atriz coadjuvante.

Invicta em todas as premiações, Natalie Portman foi premiada como melhor atriz por seu trabalho em Cisne Negro, garantindo-se como favorita da categoria em vésperas do Oscar. Outro forte concorrente, A Rede Social perdeu um pouco sua força, já que levou apenas três BAFTAs: melhor diretor (David Fincher), melhor roteiro adaptado e melhor montagem.

Na categoria melhor filme estrangeiro, uma surpresa. Biutiful, com Javier Bardem, foi ignorado e o sueco A Garota com Tatuagem de Dragão saiu vitorioso da premiação. Toy Story correspondeu às expectativas levando o BAFTA de melhor animação.

Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton, venceu os prêmios de melhor figurino e melhor maquiagem, provando que os filmes de fantasia são fortes concorrentes nessas categorias. Provando a força no gênero, o BAFTA homenageou a saga Harry Potter por sua contribuição para a magia do universo do cinema.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Jeff Bridges abre festival cinematográfico

Diretores, produtores, atores e personalidades da nata cinematográfica passaram pelo tapete vermelho que oficializou a abertura da 61ª edição do anual Festival de Cinema de Berlim - a Berlinale, na capital alemã.

O filme Bravura Indômita, dos Irmãos Coen, deu início com estilo ao evento de gala. No tapete, o protagonista Jeff Bridges - indicado ao Oscar de Melhor Ator por este mesmo trabalho - grande elenco e diretores estiveram presentes para acompanhar a exibição do longa.

Na história, inspirada em clássico homônimo dos cinemas de 1969, Bridges (vencedor do Oscar ano passado por Coração Louco) dá vida a um xerife que recebe a indecente proposta de uma menina para matar o assassino de seu pai em um antigo faroeste de mocinhos e bandidos.

Para prestigiar a abertura e sessão do filme, estiveram ainda presentes a atriz Isabella Rossellini, membro integrante do júri oficial do Festival, e o cineasta alemão Win Wenders, acompanhado de sua mulher Donata Wenders.

Nesta sexta-feira, 11, o Brasil será representado no evento com a exibição do filme Tropa de Elite 2 em sessão de gala na Mostra Panorama. Diretor e elenco estarão presentes.

(Karen Lemos - Portal Caras)

'Tropa 2' terá sessão de gala em Berlim

Três anos depois que seu antecessor saiu com destaque de vencedor no Festival de Cinema de Berlim em 2008, a sequência de Tropa de Elite, de José Padilha, volta ao tapete vermelho do evento com direito a sessão de gala e votos do público.

Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro será apresentado ao público do festival na seção Panorama, que não concorre aos prêmios do júri do evento, mas pode ser votado pelos espectadores e receber troféu por voto popular. O casal de protagonistas do longa, Wagner Moura e Maria Ribeiro, devem comparecer ao festival para prestigiar a exibição ao lado do diretor José Padilha que, em 2008, deixou o evento com o Urso de Ouro de melhor filme nas mãos.

O Festival de Cinema de Berlim tem início nesta quinta-feira, 10, na capital alemã; a abertura oficial fica por conta do filme Bravura Indômita, dos Irmãos Coen, protagonizado por Jeff Bridges, concorrente ao Oscar 2011 de melhor ator por sua performance no longa.
Além de Tropa 2, Berlim terá ainda mais duas produções brasileiras em sua programação. São elas: Os Residentes, de Tiago Mata Machado, exibido na mostra Fórum, e o curta Ensolarado, de Ricardo Targino, que está na grade da mostra Geração 14plus.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Novo de Woody Allen abrirá Festival de Cannes

A parceria entre Woody Allen e Carla Bruni-Sarkozy no filme Midnight in Paris foi escolhido pelos organizadores da 64ª edição do Festival de Cinema de Cannes para abrir com chave de ouro a corrida cinematográfica na elegante cidade francesa.

A partir do dia 11 de maio novidades do cinema vão concorrer aos principais prêmio do festival do júri (sendo a Palma de Ouro o de maior destaque) - neste ano presidido pelo ator Robert De Niro - e ainda serem exibidos nas habituais mostra paralelas do evento.

O ponto de partida com Midnight in Paris é ideal, já que o filme passa-se em Paris e com a Primeira-Dama no elenco. A estreia promete ser leve com essa produção do gênero comédia-romântica que ainda conta com o trabalho da bela Marion Cotillard, Kathy Bates, o vencedor do Oscar Adrien Brody e o ator Owen Wilson.

Carla Bruni, que vive uma guia de museu no filme, foi muito elogiada pelo veterano Woody Allen na época das filmagens do longa. "Bruni trabalhou tão bem no filme que não vamos cortar nenhuma cena dela", contou o diretor na época. Seu marido, Nicolas Sarkozy, presidente da França, chegou a acompanhar a amada ao set de filmagens e ficou impressionado com o que viu. "É uma produção maravilhosa dedicada à Paris", disse. O casal Sarkozy deve ser presença garantida no tapete vermelho do Festival de Cannes.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Elenco apresenta 'Malu de Bicicleta' em SP

Um paulista galinha e uma carioca misteriosa têm seus destinos cruzados em uma colisão de bicicleta na orla do Leblon, no Rio de Janeiro, em um dia típico e ensolarado na cidade. O encontro é ponto de partida para a história de Malu de Bicicleta, filme que estreia na próxima sexta-feira, 4, em circuito nacional, apostando em uma fórmula mais leve, envolvendo humor e romance, aproveitando a boa fase do cinema brasileiro.

Na pele do protagonista Luiz Mario, Marcelo Serrado vive um mulherengo que acaba provando do próprio veneno ao se apaixonar e se relacionar com Malu (Fernanda de Freitas) - carioca cheia dos mistérios que despertam desconfiança e um ciúmes doentio em Luiz.

"Ele é incapaz de aceitar que ama, de aceitar aqueles sentimentos. Então, ele passa a se boicotar, e isso vira uma loucura ao estilo Capitu de Machado de Assis", contou Marcelo em entrevista ao Portal CARAS na pré-estreia do filme, que aconteceu em São Paulo na última segunda-feira, 1º.

A personagem de Machado de Assis em Dom Casmurro, citado por Serrado, foi base para o trabalho de adaptação do livro homônimo ao filme, escrito por Marcelo Rubens de Paiva, para o cinema. As filmagens, que duraram apenas 20 e poucos dias, foram concentradas em São Paulo e, especialmente, nas belezas Rio de Janeiro.

"Assim como a Malu, tenho uma paixão imensa pelo Rio de Janeiro", comparou Fernanda de Freitas, intérprete da protagonista. "Além disso, acho a Malu uma mulher super decidida, independente e resolvida com ela mesma. Queria muito ser assim (risos). Virei fã dela!", brincou.

Para viver esse casal, Marcelo e Fernanda tiveram que trocar de lugar. Ele, carioca, adotou sotaque paulista para interpretar Luiz. Já ela, paulistana que mora há mais de 10 anos no Rio de Janeiro (mas que ainda puxa o 'erre'), mergulhou na fala de uma carioca da gema.

"Fiz um trabalho intenso com fonoaudiólogo e com preparador de elenco para ganhar um sotaque que convencesse", detalhou Fernanda.

Com os personagens prontos, os atores retrataram toda a complexidade de um casal comum, com suas desconfianças e crises de ciúmes. "Quem nunca teve um namorado ciumento? Daqueles que quando toca seu telefone, quer ver quem está te ligando?", questionou Fernanda.

Serrado, quem mais sofre por ciúmes em Malu de Bicicleta, também encontrou algumas semelhanças com seu personagem. "Às vezes eu me boicoto também. É difícil lidar com o amor, me assemelho nisso com o Luiz", contou.

Além da dupla, o filme traz ainda uma participação especial da atriz e cantora Marjorie Estiano. Embora seu papel seja pequeno, a personagem de Estiano foi essencial para a trama. "Eu interpreto uma amiga da Malu que acaba se envolvendo com o Luiz durante uma crise de ciúmes. Ela aparece meio perdida, sem pretensões, mas acaba sendo uma participação importante já que a personagem é a virada na trama", adiantou Marjorie, que no longa aparece com cabelos ruivos.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Caio Blat relata expedição ao Xingu

Saindo do Capão Redondo, periferia de São Paulo, cenário do filme Bróder, de Jefferson De, Caio Blat se embrenhou pela mata do Xingu, ao norte do Mato Grosso, para encarar um novo desafio dos cinemas: a história dos irmãos Villas-Bôas, fundadores do Parque Nacional Indígena do Xingu.

Com direção de Cao Hamburguer, o filme estreia em 2011 (ainda sem data definida) com um discurso bem atual: consciência ambiental. Sobre o assunto, Blat é categórico: "Três meses na mata me fizeram descobrir que os índios têm a chave da consciência ambiental. As mudanças climáticas estão nítidas, todo mundo fala de sustentabilidade mas a única cultura sustentável é a indígena", relatou Caio ao Portal CARAS.

Durante o período de filmagens, Caio passou todo o tempo vivendo ao lado dos índios do Xingu e aprendendo sobre sua rotina e cultura peculiar. O convívio permitiu ao intérprete se apaixonar por seu personagem no longa Xingu: Leonardo, um dos irmãos Villas-Bôas, escalados pelo presidente Getúlio Vargas para excursionar entre as zonas da mata para abrir pontos de pouso de avião na área.

"Ninguém conhecia aquela região, porque era inacessível. Foi então que os irmãos Villas-Bôas foram chamados, passando de quatro a cinco anos naquele território sendo atacados, ameaçados com flechas e conseguindo atravessar aquele território até encontrar civilizações no Xingu. Ali, o Leonardo vai se apaixonar por uma bela índia", adianta o ator.

A bela índia na qual Blat se refere, na trama, foi um dos muitos motivos dos irmãos Villas-Bôas iniciarem uma luta para preservar a área, fundando, então, o Parque Nacional do Xingu - área de reserva indígena. O que parece um final feliz, no entanto, não consegue barrar os preconceitos da época.

"Leonardo acaba engravidando a índia e, por causa disso, a imprensa cai em cima dele; ele é boicotado e tem que partir do Xingu, deixando a amada e seu filho. Considero esse personagem o mais humano de todos", se encantou Caio. No elenco, ainda estão os atores Felipe Camargo e João Miguel completando o trio de irmãos.

Brodér
















Apesar da vivência intensa, Xingu é um respiro no currículo do ator que acaba de chegar de filmagens pesadas para o longa Bróder, em que vive um jovem morador do bairro Capão Redondo, na periferia de São Paulo, que flerta com o crime eminente na região. Para se adaptar a essa realidade, Blat migrou para Capão Redondo e se familiarizou com moradores.

"Foi muito importante ir para lá. A história do Capão Redondo é única. São muitas as histórias de superações que marcaram famílias e, por esse motivo, achei importante andar pelo bairro com antecedência e ouvir relatos que envolvem o crime da região. E, também, para ser aceito . Se iria representar um deles, precisava ser aceito. Após um mês, eu notava que as crianças já me chamavam pelo nome do personagens nas ruas", recordou, aos risos.

A história de Macu, personagem de Caio Blat no filme que ainda traz Jonathan Haagensen e Silvio Guindane como três amigos que se reencontram, atravessou o mundo e foi parar no Festival de Berlim, na Alemanha. Lá fora, o longa, que chega aos cinemas brasileiros no dia 18 de março, fez muito sucesso.

"Uma das sessões tinha 120 lugares e estava completamente lotada, lembrou Blat. "Assim que acabou o filme e abriram espaço para as perguntas, apontaram para mim e disseram que queriam fazer perguntas ao produtor do filme (risos). Não me reconheceram!" - Mais uma prova da versatilidade e brilhantismo de Caio, estrela do nosso cinema.

(Karen Lemos - Portal Caras)

No teatro, Caio Blat 'sofre' de felicidade

O novo projeto de Caio Blat é o mais pessoal possível: apaixonado por adaptações clássicas, traduções e histórias dos personagens que habitam o universo do escritor russo Fiódor Dostoievski, o ator embarcou em uma viagem pelo âmago do sofrimento humano para dar vida ao simples Vassia, seu personagem na peça Um Coração Fraco, em cartaz atualmente no Teatro Sérgio Porto, do Rio.

O projeto teve início com um convite especial do diretor e adaptador teatral Domingos de Oliveira, amigo de Blat e de sua mulher, a também atriz Maria Ribeiro, que já até dirigiu um documentário sobre a personalidade (intitulado Domingos). "Foi natural me chamarem. Sempre fomos muito próximos, sempre trocávamos adaptações e traduções dos textos de Dostoievski. Quando fecharam essa peça, sobre uma história única de um personagem que sofre de delicadeza e felicidade, aceitei com prazer", contou o intérprete em entrevista ao Portal CARAS.

Manco, desajeitado, tímido, moldado para vida sofrida. Assim é Vassia, que por conta de tanta modéstia, não suporta encontrar a sorte em seu caminho. "As coisas começam a dar certo para Vassia. Ele encontra um grande amor, recebe uma promoção no trabalho; a alegria é tanta que ele não consegue lidar com isso. Começa a se boicotar e logo enlouquece", detalhou.

Além de Blat, a peça conta com atuações de Cadu Fávero na pele de Arkaddi, amigo que divide o quarto com Vassia, e Isabel Guéron, a bela jovem Lisanka, por quem o protagonista irá se apaixonar. Ao todo, foram dois meses para mergulhar e se acostumar com o universo clássico do escritor russo. "A preparação corporal também foi muito intensa. Vassia é aleijado, isso que tinha que ficar evidente e ao mesmo tempo natural. Precisei de muita concentração", recorda o ator.

Entre personagens doentios, com síndrome do pânico, bipolaridade, e frágeis com sintomas como ansiedade e depressão (hoje muito mais estudados pela ciência do que antigamente) - naturais do mundo de Dostoievski, Caio entendeu e conseguiu encontrar as razões de ser do Vassia.

"'Um Coração Fraco' é um retrato muito íntimo de uma alma atormentada. Pegar o texto e dizer essa obra como se fosse contemporânea, com uma energia atual, mas sem ficar ultrapassada, acredito que irá fazer o sucesso da peça", torceu.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Natalie Portman e Colin Firth: premiados

Sem muito destaque no Globo de Ouro, o filme britânico O Discurso do Rei tomou novo fôlego para a corrida ao Oscar ao vencer a premiação organizada pelo sindicado dos atores de Hollywood - o SAG (Screen Actors Guild), que aconteceu em Los Angeles na noite de domingo, 30.

O longa, dirigido por Tom Hooper, recebeu o prêmio principal da noite: melhor elenco. Juntos, os atores da produção Helena Bonham Carter, Geoffrey Rush (que já receberam prêmios de atores coadjuvantes em premiações do ano) e Colin Firth subiram ao palco para receber a estatueta. Firth, aliás, levou um SAG sozinho de melhor ator por seu trabalho neste filme.

Na categoria feminina, Natalie Portman confirmou seu favoritismo ao Oscar ao levar o SAG de melhor atriz por sua elogiada atuação em Cisne Negro, de Darren Aronofsky. Grávida de cinco meses de seu primogênito, a atriz subiu ao palco para agradecer o prêmio, vestindo um longo branco que ressaltava o barrigão.



















Nas categorias de atores coadjuvantes, Christian Bale, que até agora tem levado todos os prêmios da temporada, foi agraciado com o SAG de melhor ator coadjuvante. O prêmio para melhor atriz coadjuvante ficou para Melissa Leo. Ambos estão na produção O Vencedor.

Televisão

Se Glee foi o grande destaque do Globo de Ouro, o sindicato dos atores optou por premiar outra comédia. Modern Family levou o SAG de melhor elenco na categoria. Já o prêmio melhor elenco de série dramática foi entregue aos atores de Boardwalk Empire.

Outros vencedores foram: Al Pacino (melhor ator de minissérie por You Don't Know Jack), Claire Danes (melhor atriz de minissérie por Temple Grandin), Betty White (melhor atriz de série de comédia por Hot in Cleveland), Alec Baldwin (melhor ator de série de comédia por 30 Rock), Julianna Margulies (melhor atriz de série de drama por The Good Wife) e Steve Buscemi (melhor ator de série de drama por Boardwalk Empire).

(Karen Lemos - Portal Caras)

Oscar: 'Discurso do Rei' lidera indicações

Uma produção britânica se destacou na lista de concorrentes ao Oscar 2011, que foi divulgada nesta terça-feira, 25, em Los Angeles. O longa O Discurso do Rei recebeu, ao todo, 12 indicações, incluindo melhor filme, melhor ator (Colin Firth), melhor ator coadjuvante (Geoffrey Rush), melhor atriz coadjuvante (Helena Bonham Carter), melhor diretor (Tom Hooper), melhor roteiro original, e categorias técnicas.

Bravura Indômita, novo dos Irmãos Coen, aparece na sequência com 10 indicações, sendo algumas delas melhor diretor, melhor filme, melhor ator (Jeff Bridges), melhor roteiro adaptado, entre outros. O favorito A Rede Social recebeu apenas oito indicações, empatando com o longa de ação A Origem, com Leonardo DiCaprio no elenco.

Essas produções estão na categoria melhor filme ao lado de Cisne Negro, que também recebeu indicação de melhor atriz para sua protagonista, Natalie Portman; O Lutador, com Christian Bale liderando o favoritismo ao prêmio de melhor ator coadjuvante; Minhas Mães e Meu Pai, que aposta também no Oscar de melhor atriz para Annette Bening; 127 Horas, a animação Toy Story 3 e Inverno da Alma.

O espanhol Javier Bardem recebeu indicação de melhor ator pelo longa Biutiful, um dos favoritos entre os indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro. O vencedor ao Globo de Ouro da mesma categoria, o dinamarquês Em Um Mundo Melhor, também aparece entre os concorrentes.

A cerimônia do Oscar, que acontece no dia 27 de fevereiro em Los Angeles, apresentado pela dupla de atores James Franco (de 127 Horas, que foi indicado ao Oscar de melhor ator) e Anne Hathaway, é um evento de gala recheado de celebridades da nata hollywoodiana.

A categoria de atrizes vai garantir muita elegância e vestidos suntuosos no tapete vermelho, uma vez que beldades como Nicole Kidman (por Rabbit Hole), Michelle Williams (por Blue Valantine) e Amy Adams (esta última indicada ao prêmio de melhor atriz coadjuvante por O Lutador), estão entre as concorrentes do ano ao prêmio de melhor atriz.

Brasil

A indicação do Brasil ao Oscar de melhor filme estrangeiro - o longa Lula, Filho do Brasil - não ficou entre os finalistas para concorrer na categoria. Contudo, o documentário Lixo Extraordinário, que retrata o trabalho do artista plástico Vik Muniz, brasileiro radicado em Nova York, marca presença brasileira na premiação. Vale lembrar que o filme é dirigido por dois brasileiros, João Jardim e Karen Harley, e também pela inglesa Lucy Walker. O trabalho de Vik é bem conhecido por seus conterrâneos, já que parte de seu estudo mostrado no documentário serviu de base para a abertura da novela Passione.

(Karen Lemos - Portal Caras)

"A Rede Social" conquista Globo de Ouro

Como era esperado, A Rede Social, filme dirigido por David Fincher que conta a trajetória do criador do Facebook, confirmou seu favoritismo e levou o principal prêmio da noite (melhor filme de drama) na 68ª edição do Globo de Ouro, organizada pela Associação de Jornalistas Estrangeiros de Hollywood, realizado em Los Angeles no domingo, 16. Fincher também venceu como melhor diretor. A Rede Social levou ainda o prêmio de melhor roteiro e melhor trilha sonora.

A premiação, que é dividida pelos gêneros comédia/musical e drama, ainda premiou Minhas Mães e Meu Pai como melhor filme de comédia. Com Julianne Moore e Annette Bening no elenco, o longa conta a história de um casal de mulheres homossexuais e a criação de seus filhos. Annette, inclusive, levou o prêmio de melhor atriz de comédia/musical por esse trabalho.

Sem novidades também na entrega de estatuetas para os melhores atores de drama do ano. Colin Firth venceu por O Discurso do Rei assim como Natalie Portman levou por Cisne Negro, o que já havia se repetido em premiações anteriores, como o Critic's Choice Awards. Em comédia/musical, Paul Giamatti venceu por Minha Versão para o Amor.

Na categoria de ator coadjuvante, Christian Bale - também favorito da noite - saiu com estatueta na mão, recompensa de seu trabalho no longa O Vencedor. Do mesmo filme, Melissa Leo levou prêmio de melhor atriz coadjuvante.

Burlesque, musical estrelado por Christina Aguilera e Cher, levou estatueta de melhor canção original pela música You Haven''t Seen The Last of Me. Toy Story foi premiado como melhor animação (o que deve se repetir em noite de Oscar) e o dinamarquês Hævnen - In A Better World ganhou o globo de ouro de melhor filme de língua estrangeira.

Glee

Se A Rede Social dominou os prêmios de cinema do Globo de Ouro, o seriado de comédia musical Glee foi destaque nas categorias de seriados, minisséries e programas para televisão.

Além de vencer como melhor seriado comédia musical, Glee ainda premiou seus atores Jane Lynch e Chris Colfer. O Globo de Ouro de melhor seriado de drama foi para Boardwalk Empire. O ator Jim Parsons também se destacou ao levar a estatueta de melhor de comédia/musical por The Big Bang Theory.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Desenrola!

Kayky: Um grande canalha no cinema
















Cansado, após horas de gravações de sua última cena na novela Passione, em que vive o personagem Sinval, Kayky Brito viajou do Rio de Janeiro a São Paulo para a pré-estreia de seu novo filme, Desenrola, na noite de terça-feira, 11.

"Gravei minha última cena em Passione! Estou cansado", chegou dizendo o ator que vestia jeans e camiseta preta. Com minutos de atraso, Kayky distribuiu sorrisos e posou para fotos em frente ao cartaz do filme, que destacava seu personagem, Rafa.

"O Rafa tem tudo para ser um grande canalha no filme, mas, na real, ele não é. O que ele faz não é por maldade, é apenas medo de algo mais sério, de responsabilidades, de fazer histórias acontecerem", definiu em entrevista ao Portal CARAS.

Na trama, que traz no elenco participações especiais de nomes como Pedro Bial, Juliana Paes, Marcello Novaes, Letícia Spiller, entre outros, Kayky vive um adolescente desejado na escola em que estuda, chamando atenção da protagonista Priscila (Olívia Torres).

Dentro do universo jovem, repleto de crises de identidade e anseios por aceitação, Priscila verá em Kayky uma oportunidade para ter a desejada primeira vez. "Meu personagem tira a virgindade de Priscila, algo que mexe muito com ela, fazendo com que se apaixone pelo Rafa. Mas, o Rafa não quer nada sério", explica. Entre frustrações na primeira transa, Priscila terá que lidar com conflitos da juventude e aprender a crescer ao mesmo tempo em que se dá conta de que um grande amor pode estar mais perto do que imagina.

Na leva de filmes voltados para o público jovem, como As Melhores Coisas do Mundo e Antes que o Mundo Acabe, Desenrola é mais um registro de uma geração que, para Kayky, apesar das facilidades com o advento da tecnologia, sofre cada vez mais cedo com cobranças.

"Os jovens têm mais acesso à informação, mais propriedade de tudo que está acontecendo. O filme explica bem isso, esse relacionamento com a internet e tudo o mais. Mas vejo que existem mais responsabilidades, mais cobranças também; e até eu tenho que me acostumar com isso", pontuou Kayky.

Na estreia, ainda estiveram presentes outros atores do filme, como Juliana Paiva, Jorge de Sá, Lucas Salles, Vitor Thiré, Olívia Torres e Marcello Novaes, que faz uma pequena participação no filme.

Marcello Novaes: elogios a Letícia Spiller















Marcello Novaes e Letícia Spiller são pais na vida real. Agora, os atores dão vida a um casal de pais fictícios no filme adolescente Desenrola, em que enfrentam os desafios de educar uma filha adolescente (Priscila, vivida pela atriz Olívia Torres). "Sou pai de dois adolescentes, então eu vivo isso de certa forma, tem que ter muito diálogo para falar com os jovens hoje em dia", contou Novaes, que vive o personagem Gabriel no longa, em entrevista ao Portal CARAS.

Na trama, Priscila se vê mergulhada em crises da adolescência e no convívio com outros jovens em um colégio do Rio de Janeiro. É nesse cenário que irá descobrir o sexo pela primeira vez. "A descoberta da sexualidade é algo muito relativo hoje em dia. Eu perdi minha virgindade aos 17 anos e foi com minha primeira namorada", comentou o ator.

Em Desenrola, Marcello aparece bem acompanhado ao lado da ex-mulher Letícia Spiller, que dá vida a mãe da personagem Priscila, Virgínia. Os atores se conheceram na novela Quatro por Quatro, em 1994, e logo engataram um romance seguido de casamento e filho (Pedro). Separam-se em 2000 e continuaram grandes amigos.

"Trabalhar com Letícia foi um barato! Sou um pouco suspeito para falar, porque a admiro muito", disse o ator, citando a parceria. Além de dividir momentos de alegria nas telonas, Marcello e Letícia partilham a felicidade do nascimento do segundo filho da atriz. Grávida de oito meses do namorado, o diretor de fotografia Lucas Loureiro, a moça tem total suporte do ex-marido no sonho de gravidez.

"A torcida é geral! Ela está realizando um sonho e eu divido essa felicidade. Pode ter certeza que Letícia terá muito amor, apoio e suporte no nascimento do bebê", garantiu Novaes, referindo-se à Stella, que deve nascer no fim do mês.

O desafio de Juliana Paiva















Além de Ti-Ti-Ti, trama em que dá vida a mimada Valquíria, Juliana Paiva ainda está protagonizando o filme Desenrola, com Kayky Brito no elenco e participações especiais de Juliana Paes e Pedro Bial. O longa trouxe para a jovem o desafio de viver uma adolescente de apenas 17 anos que enfrenta uma gravidez precoce.

"A Tize tem, aparentemente, uma vida perfeita. Tem namorado, é a princesinha do colégio e tem um irmão que é o cara (Rafa, personagem de Kayky Brito). Essa imagem é quebrada com a descoberta de uma gravidez indesejada", adiantou a atriz.

Viver uma jovem de colegial não representaria muitos desafios para Juliana, já que a rotina de Tize se aproxima muito com sua realidade. Porém, como viver uma adolescente grávida sem nunca ter experimentado a sensação? "Fiquei pensando como eu falaria disso com propriedade. Foi então que eu fiz laboratório com uma mulher que participou do filme. Ela engravidou cedo e me mostrou como reagir nessa situação. Percebi que ela ficava muito fechada, por exemplo, que a pessoa se fecha muito".

Em 2011, Ti-Ti-Ti e Desenrola vão tomar um bom tempo da atriz, mas nada que impeça Juliana de traçar planos futuros. Para este ano, a moça pretende ingressar na faculdade de publicidade e propaganda, e garante que vai saber conciliar os estudos com o trabalho de atriz. "Acho que vou mandar bem!", concluiu.

(Karen Lemos - Portal Caras)

Natalie Portman vence premiação

Os prêmios entregues pela maior organização de críticos de arte dos Estados Unidos e Canadá confirmaram o favoritismo de A Rede Social, longa que retrata a trajetória do criador do Facebook. O filme, além de receber o principal prêmio da noite (melhor filme), levou estatuetas em várias categorias, como melhor diretor para David Fincher, melhor roteiro adaptado, entre outros.

A noite de premiação, que aconteceu em Los Angeles na noite de sexta-feira, 14, contou ainda com belas estrelas desfilando pelo tradicional tapete vermelho. Entre elas, Natalie Portman. A atriz, que está grávida de seu primogênito, levou para casa o prêmio de melhor atriz por ser trabalho em Cisne Negro.

Já o título de melhor ator ficou para Colin Firth de O Discurso do Rei. O vencedor também teve atores premiados. Além de melhor elenco, o filme teve também Christian Bale e Melissa Leo premiados como ator e atriz coadjuvantes, respectivamente.

Em número de estatuetas, A Origem, com Leonardo DiCaprio), foi o grande vencedor, levando diversos prêmio em categorias técnicas, como melhor filme de ação, melhor efeitos especiais, melhor fotografia, entre outros.

Toy Story 3 confirmou seu favoritismo vencendo a categoria melhor animação, e tornando-se uma forte promessa para o Oscar. Alice no País das Maravilhas também se mostrou favorito na categoria melhor figurino.

(Karen Lemos - Portal Caras)