quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Sugestão: Sweeney Todd
O novo musical de Tim Burton – ‘Sweeney Todd – o barbeiro demoníaco da rua Fleet’ é a adaptação cinematográfica de um famoso musical da Broadway.
No elenco estão personagens carimbados dos filmes de Burton, como Johnny Depp (que repete a parceria pela sexta vez) e a mulher do diretor, a atriz Helena Bonham Carter. Os dois atores fazem os papéis principais do filme: Sweeney Todd e a Mrs. Lovett.
O filme se passa na sombria Inglaterra Vitoriana (cenário perfeito para um filme de Burton) e conta a história de Benjamin Barker, um barbeiro bem sucedido, que tinha uma linda esposa e filha, mas a ganância de um ilustre cidadão de Londres destruiria a sua vida. O Juiz Turpin (vivido pelo ator Alan Rickman) baniu Benjamin da cidade e raptou a sua família.
Após 15 anos de exílio na Austrália, Barker volta a suja Londres com o pseudônimo de Sweeney Todd, e através desse disfarce, planeja ter sua vingança. Em seu caminho encontra a viúva Lovett, dona de uma loja de tortas falidas, que vira cúmplice de seus sangrentos crimes.
Sweeney abre sua barbearia em cima da loja de tortas, e é lá que o plano de vingança é posto em prática. Com uma afiada navalha, o barbeiro corta a garganta de seus inimigos e os cadáveres servem de recheio para as tortas da Mrs. Lovett, que logo viram a sensação de Londres.
O elenco ainda conta com a presença hilária de Sacha Baron Cohen (de ‘Borat') na pele do barbeiro italiano Adolfo Pirelli, rival de Todd, e uma de suas primeiras vitimas.
Não se sabe ao certo se o verdadeiro Sweeney Todd, a quem foi atribuido cerca de 160 crimes cometidos na antiga Londres, realmente existiu, ou se é apenas uma lenda. A sua primeira aparição fictícia foi na obra de Thomas Peckett Prest, publicada em 1846, que mais tarde virou peça de teatro. Anos depois, a peça virou um tremendo sucesso musical da Broadway, nas mãos do genial compositor Stephen Sondheim (de "Amor, Sublime Amor").
Foi o mesmo Sondheim que adaptou as canções para o cinema, só restou aos atores cantar. A maioria do elenco (que contou com bastantes nomes desconhecidos) não tinha experiência com o canto, o que trouxe um clima de ‘surpresa’ ao filme.
Apesar de muita cantoria, ‘Sweeney Todd’ sustenta certa beleza nesta cruel história sobre vingança. Com figurinos, cenários e fotografia de encher os olhos, o resultado é uma obra-prima do cinema.
O sangue em excesso pode assustar alguns desavisados, mas é um prato cheio para quem está acostumado com os trabalhos de Burton.
Mesmo não sendo um tema que agrada nas premiações, ‘Sweeney Todd’ venceu o globo de ouro de melhor filme comédia/musical e ator comédia/musical para Johnny Depp. No Oscar também se saiu bem, levando a estatueta de direção de arte, além de ter sido indicado nas categorias figurino e ator (Depp).
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