quarta-feira, 28 de novembro de 2007

1ª Salão do Jornalista Escritor – eu fui!






A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) realizou o primeiro salão do Jornalista Escritor entre os dias 14 a 18 de Novembro. O evento foi realizado no Memorial da América Latina (Barra Funda – São Paulo) e contou com a presença ilustre de muitos jornalistas consagrados.
Na noite do dia 14 o evento estava oficialmente aberto; houve uma festa de recepção com convidados, com a presença do governador de São Paulo José Serra, para celebrar o inicio as palestras que ocorreriam no dia seguinte.
Eu tive a oportunidade de acompanhar muitas palestras e debates interessantíssimos já que, por sorte, o evento caiu bem no dia do feriado e se estendeu até o fim de semana. E o melhor de tudo é que a entrada era franca.
Logo no primeiro dia de palestras (dia 15) eu estava lá na fila de senhas para assistir ao debate sobre “A Reportagem como gênero literário”, que contava com a presença de Heródoto Barbeiro e Ricardo Kotscho. Fiquei com uma boa impressão logo de cara; a palestra contou com histórias bem interessantes das carreiras de Heródoto e Kotscho, deu pra aprender muita coisa com dois jornalistas que já fizeram de tudo um pouco. A segunda parte desse debate deu lugar as perguntas do público (quem gostaria de perguntar algo tinha que anotar em um papel o que queria de saber, e uma das ajudantes no salão entregava a pergunta pessoalmente aos debatedores). Tiveram algumas perguntas interessantes, outras nem tanto, mas todas foram bem respondidas.
Vale lembrar que a palestra seguinte era sobre “A globalização, o poder econômico e a mídia" de Ignácio Ramonet do Le monde Diplomatique. Mas infelizmente, não pude comparecer devido o horário.
Dia 16. Olhei a programação, mas nenhuma palestra me fez ter vontade de sair de casa.
Dia 17. Sábado, estava eu novamente na fila de senhas, dessa vez pra assistir o debate “Jornalismo como espaço literário: O caso ‘realidade’” de Ignácio de Loyola Brandão, José Hamilton Ribeiro e Mylton Severiano. Tive uma pequena decepção com esse debate, foi interessante em alguns pontos, mas o motivo de eu estar naquela palestra foi para ouvir José Hamilton Ribeiro falar alguma coisa da suas experiência, como por exemplo, a cobertura feita por ele da guerra do Vietnã (penso eu que boa parte das pessoas naquele salão também queriam ouvir o mesmo). Realmente ele deu um ou duas palavrinhas sobre sua carreira e sobre o Vietnã, mas achei muito pouco. Os outros palestrantes falaram bem mais e, não sei se a minha decepção influenciou um pouco nessa conclusão, mas não falaram nada de muito relevante.
Dia 18 foi o último dia salão do jornalista escritor e minhas expectativas estavam grandes, era o dia do debate “Livro-reportagem, fronteira literária do jornalismo” com os debatedores Caco Barcellos, Domingos Meirelles e Eliane Brum. Um debate de Caco Barcellos e Domingos Meirelles faz você querer perder um tempinho do seu domingo, afinal, não é sempre que essa oportunidade acontece (e de graça, vale lembrar). A palestra teve inicio sem a presença de Caco (que estava a caminho); a primeira palestrante a falar foi Eliane Brum, assumo que não conhecia o trabalho dela, mas o pouco que eu vi naquelas horas de debate achei bem interessante. Eliane leu um texto escrito por ela, próprio para aquele dia, apesar de bem longo – o que cansou um pouco o público- o texto era lindo! Gostaria muito de achar esse texto por ai, na internet talvez, para ler com mais atenção.
Quando Caco chegou foi a vez dele falar; por meio de perguntas do público, o jornalista foi revelando algumas curiosidades da sua carreira e como é o processo demorado e arriscado que ele passou pra escrever livros como “Rota 66” e “O Abusado” .
Por fim Domingos Meirelles falou um pouco sobre sua vida e carreira jornalística, e por um tempo se estabeleceu uma pequena conversa entre os debatedores comparando o jornalismo de ontem e o de hoje.
Logo depois, assisti um pedaço da entrevista de Mino Carta, mas infelizmente tive que ir embora logo.
Sai do Memorial com uma boa impressão, com aquela sensação de que aprendi alguma coisa, talvez tenha aprendido mesmo. E que venha o 2ª Salão do Jornalista Escritor.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Roteiristas usam criativade para protestar.


Membros do sindicato dos roteiristas (Writers Guild of América), que estão em greve, usam sua criatividade em escrever para divulgar anúncios da paralisação que atinge toda Hollywood.
Entre os meios de divulgação estão sites de relacionamentos como o popular My Space e o Youtube, site de vídeos que está sendo usado para publicar os protestos em forma de audiovisual.
O vídeo que ganha disparado em criatividade é a parodia que foi filmada para explicar os motivos da greve (vídeo aqui).Tudo para chamar atenção do povo para a paralisação.
Os roteiristas têm o apoio de muitas celebridades da industria de entretenimento e também de políticos americanos, que estampam seus rostos em campanhas publicitárias a favor da greve ou então se unem aos protestantes em passeatas pelas ruas de Los Angeles.
Entre as celebridades que apóiam a causa estão os políticos Barack Obama e Hillary Clinton, o apresentador Jay Leno e muitos atores de seriados, como Steve Carrel, e atores de cinema, como Sean Penn e Robin Williams.
A greve dos roteiristas de Hollywood já dura quatro semanas. Essa paralisação, a primeira nas últimas duas décadas, teve inicio no dia 5 desse mês.
O motivo da greve, segundo os roteiristas, é que os estúdios responsáveis por seriados e programas de TV detêm os direitos autorais e os lucros que são obtidos na venda de DVD ou pela internet.
"Todo o mundo sabe o quanto custa um DVD e que um roteirista obtém entre quatro a cinco centavos por sua venda", comentou o roteirista Bryce Zabel. "Estamos pedindo oito centavos, e eles dizem que isso é vergonhoso”.
Indignados com essa situação os roteiristas que tentaram negociar (mas até agora nenhuma das partes conseguiu entrar em um acordo) entraram em uma greve que está atingindo a todos em Hollywood.
A paralisação prejudicou não só o bolso de quem trabalha para o ramo (estima-se que milhões de dólares tenham sido perdido nesse tempo), mas também os seriados e programas de TV que tiveram sua programação prejudicada, uma vez que não há material para por no ar. Por conta disso, as emissoras estão reprisando programas repetidos até que a situação se normalize.
O prejuízo chegou em seu auge no último final de semana, quando é celebrado o dia de ação de graça nos Estados Unidos, considerada uma das épocas mais lucrativas. Os turistas que foram ao país em busca de diversão e lazer encontraram mais de 20 peças de teatro da Broadway fechadas por causa da paralisação. O governo estima uma perda muito grande nos lucros obtidos com o turismo do local, já que a indústria do entretenimento gera aproximadamente 30 bilhões de dólares por ano a Los Angeles.
O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, se mantém neutro com a situação. Ele se empenha em resolver a paralisação de forma democrática, conversando com o sindicado dos roteiristas e também com os estúdios para tentar chegar a um consenso de ambas as partes e encerrar a greve.
Uma nova negociação está marcada para o final do mês, e os estúdios torcem pelo fim da paralisação o quanto antes, já que a temporada de premiações está chegando e ninguém mais quer ser prejudicado.

Fontes:
G1
Folha
Hollywood Blog