Em complemento ao post anterior: Já que estamos falando de música, não pude deixar de comentar a estréia dessa sexta feira, Across the Universe.
Eu tive a oportunidade de assistir ao filme, na 31ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, mês retrasado.
Eu já tinha lido sobre o longa e me interessei bastante, assim que eu o vi na lista de filmes da Mostra anotei na agenda, não poderia perder essa.
A sessão foi no Cine Bombril (que fica no Conjunto Nacional, localizado na Avenida Paulista), cheguei umas duas horas antes porque - por experiência própria - eu já sabia que a sessão iria lotar (e realmente lotou); esperei um tempo na fila e entrei.
Falando sobre o filme: Basicamente é a história de dois amantes nos anos 60, época da guerra do Vietnã, do movimento hippie e das drogas alucinógenas. Como se não bastasse, todo o filme foi montado em cima das músicas dos Beatles (o que não quer dizer que o filme tenha algo relacionado com a biografia da banda, apenas utiliza as músicas como um artefato para contar histórias). O filme é dirigido por uma experiente diretora de peças da Broadway (Julie Taymor), nada mais propício, já que o filme em si é considerado como musical.
Assumo que a principio não me interessei muito em um filme que conta a história de dois amantes e aquela coisa toda, mas fiquei intrigada com a astúcia da diretora em fazer um filme com músicas dos Beatles, é realmente algo inovador e que precisa ser visto.
As músicas são cantadas na voz dos próprios atores, e a todo tempo somos levados pela trama através de claras menções aos Beatles, como por exemplo o nome dos personagens principais: Jude (interpretado por Jim Sturges) – alusão a música “Hey Jude”, e Lucy (interpretada por Evan Rachel Wood) – da música “Lucy in the sky with diamonds”.
O elenco principal é desconhecido, mas o longa também conta com participações de famosos do mundo da música, como: Joe Cocker - na minha opinião a melhor performance do filme - que canta “Come Together” vestido de mendigo (é necessário prestar muita atenção, ele está irreconhecível) ou o Bono Vox, da banda U2, que faz o papel do Dr Robert ; admito que nunca fui muito com a cara do Bono, mas ele criou um personagem muito interessante e divertido, tenho que elogiar.
Também a outras menções de artistas importantes dos anos 60. Como uma Janis Joplin negra e um guitarrista que é a cara do Jimi Hendrix.
Sai do cinema com aquela sensação que eu sempre tenho quando assisto a um bom filme; em algumas partes o filme se perde em cenas batidas, mas logo recompensa com as cenas de teor político (como os soldados americanos arrastando a estátua da liberdade no meio da floresta do Vietnã, ou a famosa imagem da menina vietnamita correndo sem roupa que é retratada no filme de uma forma única), e vale a pena é claro, pela música. Durante todo o filme, uma ótima seleção com canções dos Beatles acompanha a trama. Não poderia ser melhor que isso.
Essa é minha dica para o cineminha do final de semana. Para quem se interessou, dêem uma boa olhada no trailer:
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