quinta-feira, 15 de maio de 2014
Regina Duarte explora a velhice em novo filme: 'Tive insegurança de mostrar minhas olheiras'
Aos 67 anos, Regina Duarte ainda tem a vitalidade de uma iniciante quando se depara com uma boa oportunidade para sua carreira de atriz. Seu mais recente trabalho, o longa-metragem de suspense ‘Gata Velha Ainda Mia’ - em que divide a cena com Bárbara Paz, é uma prova disso.
Brilhante no papel de uma escritora velha e amarga, Regina transparece paixão pelo o que faz em cada sequência do filme. “Nunca fiz nada assim, tão transgressor. É diferente de tudo que você vê que estão fazendo por aí”, contou na pré-estreia aberta ao público que aconteceu em São Paulo na noite de quarta-feira (14). “A vida tem muitas possibilidades, não é? Quando você pensa ‘e agora?’ aparece alguém te propondo algo diferente e fascinante”, concluiu.
Em mais de 40 anos de carreira, Regina coleciona grandiosos personagens de dar inveja a qualquer ator. Se hoje ela pode se dar ao luxo de escolher seus papéis, isso não era comum em seu início de carreira. “Já tive que fazer coisas para estar empregada”, contou. “E isso é a pior coisa que pode acontecer a um artista, mas eu sempre invento um jeito de me apaixonar por aquilo que estou fazendo”.
Idade
Ao contrário de Gloria Polk, protagonista em que dá vida para ‘Gata Velha Ainda Mia’, Regina não é uma senhora mal humorada, que vê o passar dos anos com um olhar rancoroso. Ainda assim, a atriz confessou que o peso da idade às vezes bate, principalmente quando é necessário encarar as nem sempre bem-vindas ‘ruguinhas’, mesmo que for por uma boa causa: dar vida a um excelente personagem.
“Tive uma insegurança para mostrar minhas olheiras”, contou a veterana, cuja imagem é explorada em vários quadros fechados ao longo do filme. “Não foi fácil, mas eu tenho uma tendência de ver o lado bom das coisas. É da minha formação isso, eu nem me esforço tanto. Então, no final, estava adorando minhas rugas e minha idade”, riu.
Televisão
Embora tenha feito notórios trabalhos no teatro e no cinema, foi na televisão que Regina Duarte se encontrou, se destacou e ganhou o carinho do público. Por conta disso, sua imagem está sempre atrelada às telinhas – algo que nem sempre é visto com bons olhos, mas não no caso de Regina.
Agradecida pelos frutos que colheu em seus trabalhos para a televisão, ela defende o formato com unhas e dentes.
“O popular, o que faz sucesso parece que é sempre desvalorizado”, criticou. “Dizem que eu preciso fazer teatro na Praça Roosevelt, mas aí a senhorinha que me assiste na televisão sairá do teatro se achando burra, e eu não quero isso!”, disparou. “Eu quero fazer algo acessível a todos; para quem lê muito, para quem lê pouco e para quem não sabe ler”.
Apesar deste desejo, são poucos trabalhos interessantes para a televisão que chegam até ela, mesmo se tratando de uma renomada atriz. “Tenho tido poucos convites”, revelou. “Não faço ideia do porquê disso. É algo que escapa de meu entendimento”.
‘Vovózinha do Brasil’
Se na década de 1970 ganhou o apelido de ‘namoradinha do Brasil’, hoje Regina Duarte tem o privilégio de fazer piada com o título, sem perder seu costumeiro bom humor. “Agora é a vovózinha do Brasil”, lançou. “Uma vovózinha perigosa” brincou ainda, fazendo referência a personagem de seu novo filme.
Deixando as brincadeiras de lado, a experiente atriz tem consciência de que o tempo passou, mas encarar a velhice de cabeça erguida é, sim, uma questão de escolha. “Não quero me prender as coisas bacanas que aconteceram no passado. Quero encontrar encantos no que acontece agora”, pontuou.
Confira o trailer de 'Gata Velha Ainda Mia':
(Karen Lemos - Portal RedeTV!)
domingo, 11 de maio de 2014
Conchita Wurst vence competição musical e surpreende o público
Conchita Wurst, representante da Áustria no Festival Eurovision da Canção - a maior batalha de música do continente Europeu - surpreendeu o público não somente por sua imagem andrógina, mas também por sua voz arrepiante.
Com a canção "Rise Like a Phoenix", a cantora venceu a competição, que aconteceu na noite de sábado (10), na Dinamarca, e foi prestigiada por mais 120 milhões de pessoas.
Conchita se apresentou maquiada, com joias e usando um vestido esvoaçante - o que contrastava com a barba em seu rosto. O visual causou polêmica e chegou a gerar revolta na Rússia, Armênia e Belarus, onde rígidas leis contra os homossexuais imperam. Estes países chegaram a solicitar a exclusão da candidata na competição.
"Essa noite é dedicada a todos que acreditam em um futuro de paz e de liberdade", declarou ao ser proclamada vencedora. "Nós somos um só e somos impossíveis de ser parados".
Confira a apresentação:
A drag queen de 25 anos não era um rosto tão desconhecido, visto que já alcançou outras vitórias, como no reality show 'The Voice'. Seu nome também faz uma alusão à androginia, já que Conchita é uma referência ao órgão sexual feminino na língua espanhola e Wurst, em alemão, significa 'salsicha'.
(Karen Lemos - Portal RedeTV!)
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