domingo, 20 de maio de 2012

Toni Venturi leva cinema brasileiro ao tapete vermelho de Cannes

O cineasta Toni Venturi exibiu seu mais recente longa-metragem, 'Estamos Juntos', durante o Festival de Cinema de Cannes, na França. O filme traz um elenco brasileiro estelar: Cauã Reymond, Leandra Leal, Dira Paes e Débora Duboc


O cineasta Toni Venturi (56) é um dos responsáveis em levar o brilho do nosso cinema para o público e a crítica estrangeira.

O diretor está acompanhando o Festival de Cinema de Cannes, na França, durante toda a semana. Na última quarta-feira, 16, dia da abertura do evento, Toni exibiu seu último longa-metragem 'Estamos Juntos' no 'Cinema do Brasil', evento paralelo ao festival que valoriza o cinema nacional. O longa conta com um elenco estelar: Cauã Reymond (31), Leandra Leal (29), Dira Paes (42) e Débora Duboc (46). Por se tratar de uma sessão para o mercado do cinema, o elenco não esteve presente. Segundo Toni, o filme foi bastante elogiado em sua exibição.

'Estamos Juntos' conta a história de Carmem (Leandra Leal), uma médica que sai de sua pequena cidade para viver em São Paulo e exercer sua profissão. Ao lado do amigo, o DJ homossexual Murilo (Cauã Reymond), e distante das amarras da cidade provinciana de onde veio, vive uma rotina estabilizada até o dia em que descobre ter sintomas de uma grave doença.

O Cinema Brasileiro está em alta no festival. Além do programa 'Cinema do Brasil', outro cineasta brasileiro está entre os destaques da programação. Walter Salles (55) vai exibir seu mais novo filme, 'Na Estrada', na Croisette. O elenco formado por Kristen Stewart (21), Kristen Dunst (29), Viggo Mortensen (53), Amy Adams (37) e a brasileira Alice Braga (28) está garantido na noite de estreia.

A história é uma adaptação do clássico da contracultura norte-americana 'On The Road', escrito por Jack Kerouac (1922 – 1969). O protagonista Sal Paradise resolve embarcar, junto com seu amigo maluco Dean, em uma aventura pelas estradas dos Estados Unidos da década de 1950. A busca pela autorreflexão e pelo autoconhecimento fará parte dessa jornada que inclui percalços e experiências novas para a dupla.

(Karen Lemos - CARAS Online)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Alex Atala celebra prêmio: ‘Os olhos da gastronomia estão virados para o Brasil’


Dono do D.O.M., restaurante premiado como o quarto melhor do mundo no San Pelegrino World's 50 Best Restarurants, evento promovido pela revista inglesa de gastronomia Restaurant, o chef de cozinha Alex Atala (43) não pensou duas vezes ao ser questionado sobre o segredo de tanto sucesso. “Minha teimosia”, afirmou, entre risos.

De fato, foi a teimosia e a perseverança desse paulista que ajudou a gastronomia brasileira a figurar entre rankings da culinária mundial, divulgado na última segunda-feira, 30. Desembarcando em São Paulo nesta quinta-feira, 3, às 6 horas da manhã – logo após ter recebido o prêmio em Londres – Alex celebrou o feito e enalteceu a riqueza da nossa cozinha. “O Brasil já tinha projeção na gastronomia mundial”, disse. “Eu não chegaria onde cheguei se o mundo não tivesse curiosidade de entender o que é a Amazônia e o que são esses ingredientes que vem dela”, ressaltou. “Isso só fez aumentar a minha teimosia de não abrir mão do meu país e de minhas crenças”.

Na lista dos cinquenta melhores do mundo – segundo a premiação – dois brasileiros, dois mexicanos e um peruano figuram o ranking. “Somos quase 10% nessa lista. Os olhos da gastronomia estão virados para a América Latina e para o Brasil. Agora é uma questão de competência e inteligência nossa de usar isso como benefício”, avaliou Alex. “Afinal, temos o maior potencial em matéria de ingredientes. Somos as crianças com mais brinquedos no quarto”, divertiu-se.

Galinhada brasileira

No próximo sábado, 5, Alex Atala vai celebrar o novo título com a sua tradicional Galinhada – seu prato/especialidade ao custo de sessenta reais - em seu outro restaurante, o Dalva e Dito. O prato nasceu do gosto do chef pela cozinha brasileira; paixão que cresceu após suas viagens gastronômicas pela Europa.

“Eu fui trabalhar na Europa onde experimentei, pela primeira vez, caviar e trufa. O contato foi bem estranho, não achei maravilhoso. Achava mais legal coisas que experimentei durante a minha infância aqui no Brasil, como cupuaçu e graviola”, recordou. “Foi ali que eu entendi que não saberia fazer cozinha italiana ou francesa como alguém que nasceu naqueles países. E nesse momento eu me dei conta de que, talvez, ninguém poderia fazer comida brasileira melhor do que eu”.

Apesar do preço ‘salgado’ de um prato tipicamente brasileiro, Alex defende uma cozinha barata e justifica o valor de seu trabalho. “Eu sei fazer comida barata, mas eu tenho uma estrutura que custa caro e que é parte fundamental da minha cozinha”, explicou. “Isso não quer dizer que a alta cozinha precisar ser cara. Alta cozinha é colocar o ingrediente em seu melhor momento”, ponderou. Alex ressaltou ainda que em algumas ocasiões, como a Virada Cultural, a galinhada é gratuita. “Faço isso para mostrar para as pessoas que elas devem ter atitude, no momento certo”, concluiu.

(Karen Lemos - CARAS Online)