Claudia Ohana, Vanessa Giácomo e Mateus Solano, atores de ‘A Novela das 8’, filme de Odilon Rocha que estreia nesta sexta-feira, 30, recordam de tramas marcantes do horário nobre
As novelas brasileiras estão tão registradas no imaginário do público que valeu a pena até apostar em um filme para despertar o interesse do espectador. A Novela das 8, longa-metragem de Odilon Rocha, traz como pano de fundo a influência e o gosto dos brasileiros por seus folhetins.
Os atores do filme, Claudia Ohana (49), Vanessa Giácomo (29) e Mateus Solano (31), recordaram de algumas tramas marcantes em suas vidas – aproveitando a sugestiva temática da obra.
“Como todo brasileiro, eu sempre assisti a muitas novelas. E as novelas das oito são mesmo marcantes”, disse Claudia Ohana, que vive uma empregada disfarçada no filme, em entrevista à CARAS. “Eu lembro de uma que eu assisti quando ainda era muito pequena, chamada ‘Selva de Pedra’ [1972]; essa é do túnel do tempo”, brincou a atriz. “O elenco era formado por Regina Duarte (65), Francisco Cuoco (78), Dina Staf (1938 - 1989). Era sensacional!”.
Outros folhetins também vieram à cabeça da intérprete. “Lembro também de ‘Gabriela’ [1975] e, claro, 'Dancin’ Days' [1979] que eu era muito fã. Adorava ver a Sônia Braga (61) dançando, maravilhosa, poderosa. Era uma grande história do Gilberto Braga (65), foi um ícone”, definiu.
Vanessa Giácomo, a prostituta Amanda em A Novela das 8, foi enfática: “'Rei do Gado' [1997]! Foi uma novela que eu assisti, acompanhei e gostei. Do início ao fim”, revelou. “É uma referência de novela para mim”.
Já Mateus Solano, que no longa-metragem encara um desafio na pele de um homossexual no período da ditadura militar no Brasil, recordou de seus tempos de noveleiro. “Hoje em dia eu não tenho muito tempo para assistir novelas. Mas, quando eu assistia, lembro-me muito de ‘A Próxima Vítima’ [1995]. Foi uma novela que marcou para mim”, contou Mateus.
Saindo um pouco do horário nobre dos folhetins, Mateus citou também outra novela favorita, que foi exibida na faixa das sete em 1989. “Eu adorava ‘Que Rei Sou Eu’. Fiquei muito feliz de saber que essa novela será reprisada no Canal Viva [no mês de maio]. Vou tentar acompanhar”, completou.
Ambientado nos anos de chumbo da ditadura, A Novela das 8 trata com leveza o período militar ao focar a moda da discoteca, alavancada pelo sucesso de Dancin’ Days. Nesse cenário, a trama diverte apresentando personagens desajustados como uma escritora que se disfarça de empregada, uma sonhadora garota de programa, um diplomata que se sente estrangeiro no próprio país, um adolescente que luta para ser aceito como gay, entre outros. O filme estreia nesta sexta-feira, 30, nos cinemas de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Mateus Solano: ‘O público ainda não deseja ver dois homens se beijando’
Como excelente ator que é, Mateus Solano (31) não dispensa um bom trabalho quando o encontra em seu caminho. Não foi diferente com João Paulo, um dos personagens do filme A Novela das 8 que foi apresentado à imprensa nesta segunda-feira, 26, no Paris 6 em São Paulo.
“O diretor [Odilon Rocha] me convidou para esse trabalho após ver minha interpretação como os gêmeos Jorge e Miguel em ‘Viver a Vida’”, contou o galã a CARAS Online. “Eu gostei muito do roteiro, pois fala de um período de mudanças não só do nosso país, mas também nas pessoas que, naquela ocasião, passaram a assumir seus desejos então reprimidos pela ditadura militar”, disse ainda, falando um pouco sobre a história desse novo filme.
O João Paulo de Mateus Solano define bem o conceito de assumir desejos reprimidos. Homossexual, João Paulo tem que enfrentar a família e a repressão da época para viver em seu país. Interpretar um personagem tão complexo virou motivo de orgulho para o dedicado ator. “O bacana de ser ator é isso: poder viver situações que jamais poderia viver na vida real. Quando é que eu poderia beijar outro homem?”, riu.
Sobre a cena de beijo, ele declarou: “É uma cena muito bonita, bem feita e com muita testosterona. Não irá causar embrulho no estômago dos mais conservadores”, garantiu. “Isso porque eu fiz o João Paulo como um homem comum, e não como um homossexual estereotipado”.
Mateus contou ainda que já viveu personagens homossexuais em outras duas ocasiões: no teatro, na peça Pedro e o Lobo e na minissérie Um Só Coração. “Na série eu interpretei um ator do TBC que se apaixona pelo personagem de [Miguel] Falabella. Nós dois chegamos a gravar uma cena de beijo que foi cortada”, revelou. “Mesmo assim, conseguimos deixar subentendido que os personagens tinham um caso”.
A respeito do beijo gay em novelas, que sempre é vetado, Mateus reforça sua opinião. “No caso de ‘A Novela das 8’ foi possível fazer uma cena dessas porque o cinema é movido pelo diretor e não pelo público como é na televisão”, afirmou. “As novelas brindam o telespectador com o que ele quer assistir. Nesse caso, acho que o público ainda não tem o desejo de ver dois homens se beijando”, concluiu.
Vanessa Giácomo: filme a traz em cenas quentes como uma sonhadora prostituta
Vanessa Giácomo (28) desfilou seu novo look durante o lançamento do filme A Novela das 8, de Odilon Rocha, nesta segunda-feira, 26, no Paris 6 em São Paulo. A atriz cortou seus cabelos para o remake de Gabriela, onde viverá a personagem Malvina. O visual foi baseado na caracterização de Elizabeth Savalla, que interpretou esse papel no original de 1975.
Embora já esteja mergulhada no universo de Jorge Amado, Vanessa está comprometida com a divulgação de seu novo filme, que estreia na próxima sexta-feira, 30, na capital paulista e no Rio de Janeiro. Na trama, ela vive uma personagem polêmica: uma prostituta que vive no mundo da teledramaturgia.
“É uma personagem bem complexa”, definiu Vanessa em entrevista à CARAS Online. “Amanda é uma prostituta que é doida por televisão. Ela é alienada politicamente, mas é uma apaixonada pela teledramaturgia. Ela costuma a interpretar os personagens das novelas fora das telas, usa até perucas para interpretá-los. Para mim, Amanda sempre teve o sonho de ser uma atriz”, completou. No longa-metragem, ela divide as telonas com grande elenco formado ainda por Mateus Solano (31), Claudia Ohana (49) e Alexandre Nero (42).
Por conta desse papel, Vanessa Giácomo será vista em cenas bem sensuais, nas quais aparece somente de lingerie ou em meio a sequências de sexo. A respeito dessas cenas, ela foi enfática. “Fazer esse tipo de sequência nunca é um trabalho em que você fica à vontade. É mentira dizer que ficamos tranquilo, é sempre incômodo”, revelou. “Mas, eu sou uma atriz, tenho que me dispor em fazer de tudo”.
Claudia Ohana: ‘Voltei a ver minha mãe com esse trabalho’
Na tarde desta segunda-feira, 26, os atores Mateus Solano (31), Vanessa Giácomo (28) e Claudia Ohana (49) lançaram em São Paulo o filme A Novela das 8, produzido por Odilon Rocha e que presta homenagem à teledramaturgia brasileira.
“Esse filme é um ode às novelas, principalmente 'Dancin’ Days'. Eu tinha quinze anos na época e foi um momento em que minha vida mudou completamente. É muito interessante voltar naquela época. A novela faz parte do imaginário do brasileiro. Eu lembro muito da Sônia Braga (61) na trama, era fã dela, adorava ver aquela mulher maravilhosa, dançando com todo poder”, declarou Ohana à CARAS Online.
Ainda ao se lembrar do período, ela afirmou emocionada. “São coincidências da vida. Quando minha mãe morreu, tive que começar a trabalhar e um dos primeiros trabalhos que fiz foi uma figuração em 'Dancin’ Days'. Fazendo esse filme, voltei a ‘ver’ a minha mãe”.
Ela, que dá vida à Dora no longa, também falou um pouco sobre seu personagem e em como se orientou para poder interpretá-lo. “Ela é uma exilada política, que se disfarça de empregada e vai trabalhar como uma prostituta. Para aperfeiçoá-lo, fui a muitas reuniões do grupo 'Tortura Nunca Mais’ e assisti novamente à 'Dancin’ Days'”, disse.
(Karen Lemos - CARAS Online)
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Rodrigo Santoro sobre interpretar ex-jogador Heleno: ‘Botei minha raiva para fora’
Ao lançar filme ‘Heleno’ em São Paulo, Rodrigo Santoro comentou sobre a oportunidade de dar vida ao ex-jogador, falou de sua preparação para o longa e contou que filho do craque ficou satisfeito com o resultado final da produção
Rodrigo Santoro (36), que dá vida ao ex-jogador Heleno de Freitas (1920 - 1959) no filme em sua homenagem, Heleno, comentou sobre seu personagem no longa ao realizar coletiva de imprensa da produção, em São Paulo, nesta terça-feira, 13.
“O Heleno tem um pouco de cada jogador de futebol. Tinha uma personalidade complexa e jogava em uma época que o futebol não tinha a proporção que tem hoje. Não era bacana ser jogador. Ele era jogador porque gostava do esporte, além de ser bom de bola”, disse o ator.
Quanto ao comportamento diferenciado do ex-atleta, Santoro, que não sabia muito sobre o polêmico jogador, explicou. “Ele tinha um talento nato e se deliciava com a multidão. Era movido a provocações. Era aquele tipo de jogador que ou era muito vaiado ou muito aplaudido. Não tinha meio termo. Não conhecia o Heleno, já tinha ouvido falar que era grande jogador, mas nem sabia que havia atuado no Botafogo. O mais legal desse projeto é que o Heleno não é conhecido na minha geração, o que acabou me motivando. Meu avô ficou muito emocionado. Ele disse: ‘Esse cara jogava muita bola, mas gostava de uma confusão’”.
Ao falar da busca para ter atitudes semelhantes às de Heleno, o ator acabou revelando ter um lado mais maldoso dentro de si. “Minha personalidade não se parece muito com a dele. Mas não existe o bem ou o mal, existe tudo dentro da gente. O que fiz foi botar minha raiva para fora. Também me inspirei em varias coisas, principalmente nas minhas pesquisas e nas histórias que ouvi sobre ele”, destacou.
Já sobre sua preparação para conseguir demonstrar um futebol de qualidade durante as filmagens, Rodrigo revelou que foi preciso muita dedicação para atingir as habilidades do ex-craque. “Fui me preparando ao logo do processo de produção. Sempre gostei de jogar bola, como todo latino americano, mas sou um jogador amador e para o filme, quis me profissionalizar”, afirmou ele, que recebeu o apoio do ex-jogador Cláudio Adão (56) para aperfeiçoar suas "matadas no peito" e suas "cabeçadas", características fortes de Heleno. “Isso foi o mais gostoso do processo, deu para dar uma melhorada no meu futebol”.
Durante o laboratório de elaboração para o trabalho, Santoro também foi a cidade natal de Heleno, o município de São João Nepomuceno, em Minas Gerais, para conversar com pessoas que cresceram com o ex-jogador. O mesmo processo foi feito com o filho do craque, o Luís, que gostou do resultado final do projeto, conforme divulgou o ator. “Ele ficou muito emocionado com o filme”.
Em um determinado momento do filme, ele precisou seguir rígida dieta com intenção de perder peso, transmitindo os problemas de saúde vividos por heleno, antes de sua morte em 1959. “Só comia alface e salmão. Era o 'Homem Alface', perdi 12 quilos”, disse.
Alinne Moraes diz que mulher do ex-jogador Heleno não era ‘maria-chuteira’
Intérprete de Ilma, mulher do ex-jogador Heleno de Freitas, no filme que leva o nome do craque, Alinne Moraes (29) disse que acredita no amor verdadeiro da personagem pelo atleta. A atriz pesquisou sobre a vida da ex-mulher de Heleno, que no filme chama-se Silvia, e diz que o casal tinha muitas semelhanças.
“Ela não era uma maria-chuteira. Realmente se apaixonou e teve admiração por Heleno. Ela foi uma grande mulher. Pode-se dizer que ela é o Heleno de saias. Acredito que ela seja uma continuidade do corpo dele”, falou em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, 13, em São Paulo, ao lado de Rodrigo Santoro (36), protagonista do filme.
Para dar vida a Silvia, Alinne fez pesquisas com a neta do jogador. O filme conta a história do homem que foi considerado o primeiro craque-problema do futebol brasileiro e conta o momento em que Heleno é abandonado pela mulher. “Tem um momento que eles se separam. Acredito que ela se sentiu traída, não por conta das outras mulheres que ele tinha e sim por ter deixado ela solitária no momento em que engravidou, mas mesmo assim o amor por ele sempre permaneceu”, conta Alinne, que não tem intimidade com futebol. “Sou filha única de uma filha única. Na minha casa, somos apenas mulheres. Não que isso tenha alguma coisa a ver, mas o futebol não chegou muito em mim”.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Rodrigo Santoro (36), que dá vida ao ex-jogador Heleno de Freitas (1920 - 1959) no filme em sua homenagem, Heleno, comentou sobre seu personagem no longa ao realizar coletiva de imprensa da produção, em São Paulo, nesta terça-feira, 13.
“O Heleno tem um pouco de cada jogador de futebol. Tinha uma personalidade complexa e jogava em uma época que o futebol não tinha a proporção que tem hoje. Não era bacana ser jogador. Ele era jogador porque gostava do esporte, além de ser bom de bola”, disse o ator.
Quanto ao comportamento diferenciado do ex-atleta, Santoro, que não sabia muito sobre o polêmico jogador, explicou. “Ele tinha um talento nato e se deliciava com a multidão. Era movido a provocações. Era aquele tipo de jogador que ou era muito vaiado ou muito aplaudido. Não tinha meio termo. Não conhecia o Heleno, já tinha ouvido falar que era grande jogador, mas nem sabia que havia atuado no Botafogo. O mais legal desse projeto é que o Heleno não é conhecido na minha geração, o que acabou me motivando. Meu avô ficou muito emocionado. Ele disse: ‘Esse cara jogava muita bola, mas gostava de uma confusão’”.
Ao falar da busca para ter atitudes semelhantes às de Heleno, o ator acabou revelando ter um lado mais maldoso dentro de si. “Minha personalidade não se parece muito com a dele. Mas não existe o bem ou o mal, existe tudo dentro da gente. O que fiz foi botar minha raiva para fora. Também me inspirei em varias coisas, principalmente nas minhas pesquisas e nas histórias que ouvi sobre ele”, destacou.
Já sobre sua preparação para conseguir demonstrar um futebol de qualidade durante as filmagens, Rodrigo revelou que foi preciso muita dedicação para atingir as habilidades do ex-craque. “Fui me preparando ao logo do processo de produção. Sempre gostei de jogar bola, como todo latino americano, mas sou um jogador amador e para o filme, quis me profissionalizar”, afirmou ele, que recebeu o apoio do ex-jogador Cláudio Adão (56) para aperfeiçoar suas "matadas no peito" e suas "cabeçadas", características fortes de Heleno. “Isso foi o mais gostoso do processo, deu para dar uma melhorada no meu futebol”.
Durante o laboratório de elaboração para o trabalho, Santoro também foi a cidade natal de Heleno, o município de São João Nepomuceno, em Minas Gerais, para conversar com pessoas que cresceram com o ex-jogador. O mesmo processo foi feito com o filho do craque, o Luís, que gostou do resultado final do projeto, conforme divulgou o ator. “Ele ficou muito emocionado com o filme”.
Em um determinado momento do filme, ele precisou seguir rígida dieta com intenção de perder peso, transmitindo os problemas de saúde vividos por heleno, antes de sua morte em 1959. “Só comia alface e salmão. Era o 'Homem Alface', perdi 12 quilos”, disse.
Alinne Moraes diz que mulher do ex-jogador Heleno não era ‘maria-chuteira’
Intérprete de Ilma, mulher do ex-jogador Heleno de Freitas, no filme que leva o nome do craque, Alinne Moraes (29) disse que acredita no amor verdadeiro da personagem pelo atleta. A atriz pesquisou sobre a vida da ex-mulher de Heleno, que no filme chama-se Silvia, e diz que o casal tinha muitas semelhanças.
“Ela não era uma maria-chuteira. Realmente se apaixonou e teve admiração por Heleno. Ela foi uma grande mulher. Pode-se dizer que ela é o Heleno de saias. Acredito que ela seja uma continuidade do corpo dele”, falou em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, 13, em São Paulo, ao lado de Rodrigo Santoro (36), protagonista do filme.
Para dar vida a Silvia, Alinne fez pesquisas com a neta do jogador. O filme conta a história do homem que foi considerado o primeiro craque-problema do futebol brasileiro e conta o momento em que Heleno é abandonado pela mulher. “Tem um momento que eles se separam. Acredito que ela se sentiu traída, não por conta das outras mulheres que ele tinha e sim por ter deixado ela solitária no momento em que engravidou, mas mesmo assim o amor por ele sempre permaneceu”, conta Alinne, que não tem intimidade com futebol. “Sou filha única de uma filha única. Na minha casa, somos apenas mulheres. Não que isso tenha alguma coisa a ver, mas o futebol não chegou muito em mim”.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Veja Kayky Brito caracterizado como carroceiro em nova produção do cinema
Em ‘Finding Josef’, Kayky Brito interpreta um carroceiro em produção polaco-brasileiro. Para o trabalho, o ator teve que intensificar seu inglês
Kayky Brito (23) estará desse jeito nas telonas do cinema quando o longa-metragem Finding Josef, uma produção entre Polônia e Brasil, estrear nas telas do cinema no mês de setembro.
Com aparência de sujo, barbado e cabeludo, o galã interpretar o carroceiro Nelsinho no filme de Moisés Menezes. “Nelsinho é um garoto de rua, muito esperto e bem relacionado”, definiu o ator que passará o mês de março gravando suas cenas na Bahia.
Em suas sequências, o ator terá diálogos em inglês, motivo que o levou a procurar aulas para intensificar seu desempenho com a língua. “Meu personagem sabe dialogar bem em Inglês, o que permite a comunicação fácil com o polonês que chega ao nosso país à procura do irmão”, contou.
Finding Josef conta a história de Ian Kowalski, um polonês que decide buscar por seu irmão desaparecido para tentar consertar um erro do passado. “Em certo momento Ian se mostra já desacreditado em tudo”, completou.
O elenco conta ainda com Ailton Graça, Marcello Airoldi, Daniela Escobar, Arieta Correa e do ator polonês Rafal Grotowiski.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Kayky Brito (23) estará desse jeito nas telonas do cinema quando o longa-metragem Finding Josef, uma produção entre Polônia e Brasil, estrear nas telas do cinema no mês de setembro.
Com aparência de sujo, barbado e cabeludo, o galã interpretar o carroceiro Nelsinho no filme de Moisés Menezes. “Nelsinho é um garoto de rua, muito esperto e bem relacionado”, definiu o ator que passará o mês de março gravando suas cenas na Bahia.
Em suas sequências, o ator terá diálogos em inglês, motivo que o levou a procurar aulas para intensificar seu desempenho com a língua. “Meu personagem sabe dialogar bem em Inglês, o que permite a comunicação fácil com o polonês que chega ao nosso país à procura do irmão”, contou.
Finding Josef conta a história de Ian Kowalski, um polonês que decide buscar por seu irmão desaparecido para tentar consertar um erro do passado. “Em certo momento Ian se mostra já desacreditado em tudo”, completou.
O elenco conta ainda com Ailton Graça, Marcello Airoldi, Daniela Escobar, Arieta Correa e do ator polonês Rafal Grotowiski.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Na reestreia de ‘Bruxa Morgana’, acompanhe a caracterização de Rosi Campos
Em cartaz com ‘A Saga da Bruxa Morgana e a Família Real’, Rosi Campos abre seu camarim e mostra a caracterização de seu personagem mais célebre
Desde Castelo Rá-Tim-Bum, a simpática Bruxa Morgana acompanha sua intérprete Rosi Campos (58). Foram vinte anos convivendo com a personagem que, sem ter ficado ultrapassado, volta aos palcos do teatro atraindo um público de faixa etária diversificado. Neste sábado, 31, Rosi reestreia A Saga da Bruxa Morgana e a Família Real, no Teatro Anhembi Morumbi, em São Paulo. “A Morgana do teatro é a mesma Morgana da televisão e do filme [Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme, de 1999]. Não dá para mudar muito. Apenas fiz alguns ajustes na peruca - algo mais cênico mesmo - e na roupa, que é de época para caracterizar a história”, contou a atriz em entrevista exclusiva a CARAS Online.
Nessa nova aventura no teatro, Morgana recebe a corte da Família Real Portuguesa (que está foragida das tropas de Napoleão Bonaparte) em seus aposentos. Com muito bom humor, claro, confusões vão acontecer e cabe a bruxa resolver os percalços que aparecem pelo caminho. O trabalho é em família: na produção, seu marido Ary Brandi; no elenco, seu filho Pedro Brandi. “É a primeira vez que atuo com meu filho no palco. Fica tudo mais divertido”, garantiu a atriz.
A reportagem entrou no camarim de Rosi Campos e acompanhou toda sua caracterização para se transformar em Morgana. Tudo começa com a aplicação de uma base no rosto. O processo seguinte – e o mais demorado – é a pintura no olho. Primeiro, uma sombra preta para ressaltar o amarelo com glitter que vem por cima. A maquiagem ajuda a aumentar os olhos da atriz. O batom realça a boca. Todo o processo dura cerca de quarenta minutos e termina quando Rosi, finalmente, coloca a escultural peruca, especialmente preparada para a peça. Os figurinos, criações de José de Anchieta, são um capricho a parte. Consistem em paletós de alfaiataria, sapatos de época feitos sob medida, e vestidos luxuosos.
Os minutos na cadeira de maquiagem e a roupa pesada não tira o ânimo da intérprete que há anos dá vida ao mesmo personagem – e sempre com a mesma alegria. “Faço Morgana há 20 anos e adoro fazê-la. A Morgana me trouxe muita coisa boa. É um prazer poder representá-la, porque ela é um personagem muito forte e corajoso; sem contar que ela tem uma característica muito interessante que é ser uma bruxa boazinha”, explicou. “E quem nunca quis ser uma bruxa? Quem vem assistir à peça fica enlouquecido com a personagem e com esse ambiente de magia – porque eles fornecem um mundo de possibilidades”, completou a atriz.
Onde tudo começou
Rosi Campos lembra muito bem do dia em que seu caminho cruzou com o da Bruxa Morgana. “O Cao Hamburger [diretor de Castelo Rá-Tim-Bum] me chamou para fazer um teste para a Bruxa Morgana. Eu tinha até pensando em fazer uma voz grossa, algo bem performático. Cao, no entanto, me pediu que agisse naturalmente. Aí fui entendendo que a Morgana, na verdade, era uma bruxa legal; ela não tem nada de má. É uma contadora de histórias, uma personagem que é para ser divertida”, recordou.
A atriz lembra, também, do episódio mais marcante na longa trajetória da bruxa no programa da TV Cultura. “Um episódio que me marcou muito foi quando a Morgana recebeu a visita do Leonardo Da Vinci em seus aposentos. Os dois tiveram um romance. Chegamos a brincar que o Da Vinci pintou seu quadro ‘Monalisa’ inspirado na Morgana, porque ele se encantou com o sorriso dela (risos). A gente tinha uma liberdade muito bacana”, afirmou.
Ídolos da infância
Ídolo de muitas infâncias, A Bruxa Morgana até hoje é admirada. Não só por aqueles que acompanharam seu ‘nascimento’ (e que atualmente já estão com mais idade), mas também pelos mais novos, que sabem que não é tarde para conhecer essa personagem tão fantástica. “Eu recebo um público maravilhoso. Tem crianças, tem jovens, tem de tudo. Quem me assistia na época do 'Castelo Rá-Tim-Bum', hoje está com seus 15 a 20 anos e vem assistir à peça, levando crianças mais novas, de uns cinco anos, que também adoram a história e a personagem. Acho muito legal ter a oportunidade de atingir tanta gente”, confessou Rosi.
A atriz, por sua vez, também teve muitos ídolos quando criança. Personagens que ela enumera, tentando conter a nostalgia. “Eu adorava o Flash Gordon, o Nacional Kid, o Rim Tim Tim. Não tínhamos muitas opções naquela época. Quando saiu o desenho de ‘A Branca de Neve’ foi o evento do ano, porque era lançado somente um filme por ano dedicado ao público infantil. Hoje em dia existem muito mais opções para as crianças”, concluiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Desde Castelo Rá-Tim-Bum, a simpática Bruxa Morgana acompanha sua intérprete Rosi Campos (58). Foram vinte anos convivendo com a personagem que, sem ter ficado ultrapassado, volta aos palcos do teatro atraindo um público de faixa etária diversificado. Neste sábado, 31, Rosi reestreia A Saga da Bruxa Morgana e a Família Real, no Teatro Anhembi Morumbi, em São Paulo. “A Morgana do teatro é a mesma Morgana da televisão e do filme [Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme, de 1999]. Não dá para mudar muito. Apenas fiz alguns ajustes na peruca - algo mais cênico mesmo - e na roupa, que é de época para caracterizar a história”, contou a atriz em entrevista exclusiva a CARAS Online.
Nessa nova aventura no teatro, Morgana recebe a corte da Família Real Portuguesa (que está foragida das tropas de Napoleão Bonaparte) em seus aposentos. Com muito bom humor, claro, confusões vão acontecer e cabe a bruxa resolver os percalços que aparecem pelo caminho. O trabalho é em família: na produção, seu marido Ary Brandi; no elenco, seu filho Pedro Brandi. “É a primeira vez que atuo com meu filho no palco. Fica tudo mais divertido”, garantiu a atriz.
A reportagem entrou no camarim de Rosi Campos e acompanhou toda sua caracterização para se transformar em Morgana. Tudo começa com a aplicação de uma base no rosto. O processo seguinte – e o mais demorado – é a pintura no olho. Primeiro, uma sombra preta para ressaltar o amarelo com glitter que vem por cima. A maquiagem ajuda a aumentar os olhos da atriz. O batom realça a boca. Todo o processo dura cerca de quarenta minutos e termina quando Rosi, finalmente, coloca a escultural peruca, especialmente preparada para a peça. Os figurinos, criações de José de Anchieta, são um capricho a parte. Consistem em paletós de alfaiataria, sapatos de época feitos sob medida, e vestidos luxuosos.
Os minutos na cadeira de maquiagem e a roupa pesada não tira o ânimo da intérprete que há anos dá vida ao mesmo personagem – e sempre com a mesma alegria. “Faço Morgana há 20 anos e adoro fazê-la. A Morgana me trouxe muita coisa boa. É um prazer poder representá-la, porque ela é um personagem muito forte e corajoso; sem contar que ela tem uma característica muito interessante que é ser uma bruxa boazinha”, explicou. “E quem nunca quis ser uma bruxa? Quem vem assistir à peça fica enlouquecido com a personagem e com esse ambiente de magia – porque eles fornecem um mundo de possibilidades”, completou a atriz.
Onde tudo começou
Rosi Campos lembra muito bem do dia em que seu caminho cruzou com o da Bruxa Morgana. “O Cao Hamburger [diretor de Castelo Rá-Tim-Bum] me chamou para fazer um teste para a Bruxa Morgana. Eu tinha até pensando em fazer uma voz grossa, algo bem performático. Cao, no entanto, me pediu que agisse naturalmente. Aí fui entendendo que a Morgana, na verdade, era uma bruxa legal; ela não tem nada de má. É uma contadora de histórias, uma personagem que é para ser divertida”, recordou.
A atriz lembra, também, do episódio mais marcante na longa trajetória da bruxa no programa da TV Cultura. “Um episódio que me marcou muito foi quando a Morgana recebeu a visita do Leonardo Da Vinci em seus aposentos. Os dois tiveram um romance. Chegamos a brincar que o Da Vinci pintou seu quadro ‘Monalisa’ inspirado na Morgana, porque ele se encantou com o sorriso dela (risos). A gente tinha uma liberdade muito bacana”, afirmou.
Ídolos da infância
Ídolo de muitas infâncias, A Bruxa Morgana até hoje é admirada. Não só por aqueles que acompanharam seu ‘nascimento’ (e que atualmente já estão com mais idade), mas também pelos mais novos, que sabem que não é tarde para conhecer essa personagem tão fantástica. “Eu recebo um público maravilhoso. Tem crianças, tem jovens, tem de tudo. Quem me assistia na época do 'Castelo Rá-Tim-Bum', hoje está com seus 15 a 20 anos e vem assistir à peça, levando crianças mais novas, de uns cinco anos, que também adoram a história e a personagem. Acho muito legal ter a oportunidade de atingir tanta gente”, confessou Rosi.
A atriz, por sua vez, também teve muitos ídolos quando criança. Personagens que ela enumera, tentando conter a nostalgia. “Eu adorava o Flash Gordon, o Nacional Kid, o Rim Tim Tim. Não tínhamos muitas opções naquela época. Quando saiu o desenho de ‘A Branca de Neve’ foi o evento do ano, porque era lançado somente um filme por ano dedicado ao público infantil. Hoje em dia existem muito mais opções para as crianças”, concluiu.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Marisa Orth: "Algumas atrizes sonham em ser Julieta; eu sempre sonhei em ser Morticia"
Em 'A Família Addams', peça musical que estreia no dia 2 de março em São Paulo, traz Marisa Orth e Daniel Boaventura interpretando o icônico casal cuja irreverência é sua marca: Morticia e Gomez Addams
Estreante nos palcos dos grandes musicais brasileiros - adaptados de sucesso da Broadway e que vêm conquistando um público cada vez mais cativo - Marisa Orth (48) definiu como irrecusável a chance de poder viver um personagem icônico em sua primeira vez como atriz de um musical. “Está sendo uma experiência maravilhosa”, contou. “Nunca tinha feito um trabalho que misturasse teatro, música, dança e cenário. É bem trabalhoso, mas estou encarando como um aprendizado – algo que eu não esperava que acontecesse nessa altura da minha carreira”.
A partir do dia 2 de março, Marisa poderá ser vista na pele da misteriosa e sensual Morticia Addams, uma das protagonistas de A Família Addams, peça musical que entrará em cartaz no Teatro Abril, em São Paulo. “A Morticia é o papel que toda atriz gostaria de fazer. Eu sempre quis. Tem mulher que sonha em interpretar a Julieta, mas eu sempre sonhei em interpretar a Morticia”, divertiu-se. “É uma personagem arquetípica, sexy, mórbida”. O trabalho trouxe a intérprete boas lembranças de sua infância. “Esse trabalho me fez lembrar muito de mim anos atrás”, contou. “Lembrei que já fiz ballet, que já cantei em uma banda (chamada Vexame, na década de 90) e que já tinha um sonho de fazer um musical”.
Para dar conta, Marisa se viu imersa durante dois meses em um processo de preparação bem específico. “Fiz exercícios com fonoaudióloga para ficar com a voz bem grave, aulas de canto, aulas para melhorar as expressões do rosto da Morticia, que são bem características”, contou a intérprete, que acabou levando muitas lições da personagem para sua vida pessoal. “Aprendi que posso ser vaidosa, sexy, afetuosa, um pouco cafona e muito chiquérrima”, resumiu. E realmente existe muita sensualidade na Morticia de Marisa, mesmo debaixo de um figurino pesado, uma peruca super quente e quilos e mais quilos de maquiagem branca para ‘empalidecer’ a personagem. “Eu demoro quase duas horas para ficar pronta”, revelou.
Como parte do laboratório, Marisa ainda visitou os bastidores da Broadway e assistiu a versão norte-americana do espetáculo. “Foi muito importante na construção da minha personagem porque eu pude ver como funcionava aquele ambiente, os bastidores, os profissionais. Conheci a Brooke Shields [que interpreta a Morticia na versão norte-americana], que para mim é um ídolo de infância. Ela é linda!”, recordou.
“Também pude perceber a mudança de nossa adaptação comparada a delas. A nossa é muito melhor, é mais enxuta. Com o tempo, o musical foi se remodelando e melhorando. Tivemos sorte”.
A obra, uma adaptação da série do cartunista Charles Addams e que ganhou popularidade com o seriado de televisão na década de 60, é um sucesso nos Estados Unidos. Pela primeira vez, o projeto ganha o mundo, desembarcando primeiro no Brasil. A ideia é trazer a peça para o Rio de Janeiro, Buenos Aires e Cidade do México. Apesar das dificuldades de se adaptar um texto original, por conta das rimas e piadas, A Família Addams chega bem no país. O elenco, escolhido após rigorosas audições, conta ainda com Daniel Boaventura (41), ator experiente em musicais, tendo atuado em A Bela e a Fera, Chicago, My Fair Lady, Evita, entre outros. No palco, ele vive Gomez Addams, o apaixonado marido de Morticia.
“Eu usei todas as referências possíveis. Os quadrinhos, o seriado de televisão, o desenho, outras montagens para o teatro, enfim. O engraçado é que eu não precisei recorrer tanto a outros artifícios. Os personagens de A Família Addams já estão incrustados em nossa memória. Todo mundo os conhece”, afirmou. Prova disso foram as três apresentações testes que o elenco realizou para um público diverso. “Com pessoas de várias faixas etárias”, acrescentou Daniel. “E a reação foi incrível. Isso quer dizer que está funcionando, está dando certo. Portanto, a nossa expectativa para a estreia é a melhor possível”, completou.
Senhora Pig e Alberto Roberto nos palcos
O casal das trevas mais famoso da indústria cultural, Gomez e Morticia Addams, veio com um gostinho brasileiro. A dupla de intérpretes formada Marisa Orth e Daneil Boaventura permitiu algumas licenças poéticas aos personagens que, sem sombra de dúvidas, vão render boas risadas e despertar uma familiaridade nos expectadores – a começar pela inspiração bem brasileira dos atores.
“Como eu recorri a poucas inspirações que tinham a ver com a Família Addams ou com a de outros atores que já viveram o Gomez, eu me inspirei no gênio de nosso Chico Anysio (80). Lembrei daquele personagem dele chamado Alberto Roberto”, riu. “Já eu me inspirei em muitas mulheres, principalmente na Senhorita Pig, dos 'Muppets', que também é bem conhecida pelos brasileiros”, brincou Marisa. “Dela eu peguei aquela autoestima toda, que ganhou ainda mais força com o figurino, as longas unhas pretas e a pele branca da Morticia”.
A boa expectativa do elenco para uma estreia de sucesso está, ainda, no fato do tema que gira em torno da história (família – um assunto universal), ser atemporal. “Esse momento é bem oportuno para estrear Família Addams. Vivemos em um mundo do politicamente correto, o que é bem chato”, explicou. “E essa família vai na contramão e mostra que tem orgulho de sua feiúra, da sujeira, da violência e dos crimes que cometem. São verdadeiros, sinceros – o oposto da família que tenta ser certinha e ‘margarânica’ [referente ao alimento Margarina], como a dos comerciais de televisão”, finalizou.
(Karen Lemos - CARAS Online)
Estreante nos palcos dos grandes musicais brasileiros - adaptados de sucesso da Broadway e que vêm conquistando um público cada vez mais cativo - Marisa Orth (48) definiu como irrecusável a chance de poder viver um personagem icônico em sua primeira vez como atriz de um musical. “Está sendo uma experiência maravilhosa”, contou. “Nunca tinha feito um trabalho que misturasse teatro, música, dança e cenário. É bem trabalhoso, mas estou encarando como um aprendizado – algo que eu não esperava que acontecesse nessa altura da minha carreira”.
A partir do dia 2 de março, Marisa poderá ser vista na pele da misteriosa e sensual Morticia Addams, uma das protagonistas de A Família Addams, peça musical que entrará em cartaz no Teatro Abril, em São Paulo. “A Morticia é o papel que toda atriz gostaria de fazer. Eu sempre quis. Tem mulher que sonha em interpretar a Julieta, mas eu sempre sonhei em interpretar a Morticia”, divertiu-se. “É uma personagem arquetípica, sexy, mórbida”. O trabalho trouxe a intérprete boas lembranças de sua infância. “Esse trabalho me fez lembrar muito de mim anos atrás”, contou. “Lembrei que já fiz ballet, que já cantei em uma banda (chamada Vexame, na década de 90) e que já tinha um sonho de fazer um musical”.
Para dar conta, Marisa se viu imersa durante dois meses em um processo de preparação bem específico. “Fiz exercícios com fonoaudióloga para ficar com a voz bem grave, aulas de canto, aulas para melhorar as expressões do rosto da Morticia, que são bem características”, contou a intérprete, que acabou levando muitas lições da personagem para sua vida pessoal. “Aprendi que posso ser vaidosa, sexy, afetuosa, um pouco cafona e muito chiquérrima”, resumiu. E realmente existe muita sensualidade na Morticia de Marisa, mesmo debaixo de um figurino pesado, uma peruca super quente e quilos e mais quilos de maquiagem branca para ‘empalidecer’ a personagem. “Eu demoro quase duas horas para ficar pronta”, revelou.
Como parte do laboratório, Marisa ainda visitou os bastidores da Broadway e assistiu a versão norte-americana do espetáculo. “Foi muito importante na construção da minha personagem porque eu pude ver como funcionava aquele ambiente, os bastidores, os profissionais. Conheci a Brooke Shields [que interpreta a Morticia na versão norte-americana], que para mim é um ídolo de infância. Ela é linda!”, recordou.
“Também pude perceber a mudança de nossa adaptação comparada a delas. A nossa é muito melhor, é mais enxuta. Com o tempo, o musical foi se remodelando e melhorando. Tivemos sorte”.
A obra, uma adaptação da série do cartunista Charles Addams e que ganhou popularidade com o seriado de televisão na década de 60, é um sucesso nos Estados Unidos. Pela primeira vez, o projeto ganha o mundo, desembarcando primeiro no Brasil. A ideia é trazer a peça para o Rio de Janeiro, Buenos Aires e Cidade do México. Apesar das dificuldades de se adaptar um texto original, por conta das rimas e piadas, A Família Addams chega bem no país. O elenco, escolhido após rigorosas audições, conta ainda com Daniel Boaventura (41), ator experiente em musicais, tendo atuado em A Bela e a Fera, Chicago, My Fair Lady, Evita, entre outros. No palco, ele vive Gomez Addams, o apaixonado marido de Morticia.
“Eu usei todas as referências possíveis. Os quadrinhos, o seriado de televisão, o desenho, outras montagens para o teatro, enfim. O engraçado é que eu não precisei recorrer tanto a outros artifícios. Os personagens de A Família Addams já estão incrustados em nossa memória. Todo mundo os conhece”, afirmou. Prova disso foram as três apresentações testes que o elenco realizou para um público diverso. “Com pessoas de várias faixas etárias”, acrescentou Daniel. “E a reação foi incrível. Isso quer dizer que está funcionando, está dando certo. Portanto, a nossa expectativa para a estreia é a melhor possível”, completou.
Senhora Pig e Alberto Roberto nos palcos
O casal das trevas mais famoso da indústria cultural, Gomez e Morticia Addams, veio com um gostinho brasileiro. A dupla de intérpretes formada Marisa Orth e Daneil Boaventura permitiu algumas licenças poéticas aos personagens que, sem sombra de dúvidas, vão render boas risadas e despertar uma familiaridade nos expectadores – a começar pela inspiração bem brasileira dos atores.
“Como eu recorri a poucas inspirações que tinham a ver com a Família Addams ou com a de outros atores que já viveram o Gomez, eu me inspirei no gênio de nosso Chico Anysio (80). Lembrei daquele personagem dele chamado Alberto Roberto”, riu. “Já eu me inspirei em muitas mulheres, principalmente na Senhorita Pig, dos 'Muppets', que também é bem conhecida pelos brasileiros”, brincou Marisa. “Dela eu peguei aquela autoestima toda, que ganhou ainda mais força com o figurino, as longas unhas pretas e a pele branca da Morticia”.
A boa expectativa do elenco para uma estreia de sucesso está, ainda, no fato do tema que gira em torno da história (família – um assunto universal), ser atemporal. “Esse momento é bem oportuno para estrear Família Addams. Vivemos em um mundo do politicamente correto, o que é bem chato”, explicou. “E essa família vai na contramão e mostra que tem orgulho de sua feiúra, da sujeira, da violência e dos crimes que cometem. São verdadeiros, sinceros – o oposto da família que tenta ser certinha e ‘margarânica’ [referente ao alimento Margarina], como a dos comerciais de televisão”, finalizou.
(Karen Lemos - CARAS Online)
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