Melhor ator e melhor apresentador, respectivamente, Wagner Moura e Rodrigo Faro saíram agraciados da entrega de prêmios da APCA, concedido anualmente pela Associação Paulista dos Críticos de Arte. A festa aconteceu em São Paulo na noite de terça-feira, 29
Entre os premiados, Wagner Moura e Rodrigo Faro destacaram-se em categorias chaves: melhor ator, por Tropa de Elite 2, e melhor apresentador, pela Rede Record, respectivamente. A dupla foi reconhecida na noite de entrega dos prêmios da APCA, concedido anualmente pela Associação Paulista dos Críticos de Arte. O evento aconteceu em São Paulo na terça-feira, 29, com apresentação do ator Dan Stulbach.
No cinema, além de Wagner, a atriz Ana Paula Arósio venceu por sua atuação no longa Como Esquecer, mas não compareceu na festa. O filme As Melhores Coisas do Mundo, com temática adolescente dirigido por Laíz Bodansky, venceu duas categorias: melhor diretora e melhor roteiro (para Rafael Bolognesi). Também sobre o universo jovem, Antes que o Mundo Acabe levou a melhor na categoria principal: melhor filme de 2010.
Na categoria dos prêmios da televisão, Irene Ravache se destacou como melhor atriz por sua divertida Clô de Passione. Já o Ariclenes de Murilo Benício em Ti-Ti-Ti agradou os críticos, e o ator (também ausente) levou o APCA por sua interpretação. A série A Cura e o programa Comédia MTV venceram, respectivamente, nas categorias melhor série e melhor atração humorística.
Arnaldo Antunes ganhou o APCA de melhor disco por Ao Vivo Lá Em Casa; Martinho da Vila venceu na categoria melhor cantor e Teresa Cristina levou melhor cantora. Silvia Machete venceu como melhor show e Karina Buhr foi considerada como a revelação do ano na música popular brasileira. No teatro, o dramaturgo Antunes Filho recebeu prêmio honorário por sua suntuosa contribuição na área.
(Karen Lemos - Portal Caras)
quarta-feira, 30 de março de 2011
quinta-feira, 24 de março de 2011
Autor promete revolução na dramaturgia
Tiago Santiago, autor da próxima novela do SBT ‘Amor e Revolução’, promete grande produção em trama que aborda a ditadura militar brasileira. Trama terá casal ‘Romeu e Julieta’, cenas de tortura e depoimentos de vítimas
Na simbólica Rua Maria Antonia, palco do confronto entre alunos da Universidade de São Paulo e do Mackenzie em 3 de outubro de 1968 (que resultou na morte do estudante José Carlos Guimarães), em São Paulo, o autor Tiago Santiago e o diretor Reynaldo Boury apresentaram Amor e Revolução, próxima novela do SBT, com estreia no dia 5 de abril na grade da emissora, que tenta conquistar público com pano de fundo atrativo e sombrio: os anos de chumbo da ditadura militar no Brasil.
No encontro com a imprensa, que aconteceu na tarde desta quarta-feira, 23, Tiago Santiago, fazendo alusão ao título do folhetim, prometeu uma revolução na dramaturgia brasileira. "Acredito que será um grande sucesso, porque a novela chega em um momento propício, em que vivemos uma revolução no mundo árabe e os questionamentos sobre os desaparecidos na época da ditadura", afirmou.
Tendo como ponto de partida o golpe de estado em 1964, a trama percorre o período obscuro da história durante os anos de chumbo do regime militar, o que deve levar para às telas cenas fortes de emoção e violência. "O horário, de certa forma, permite cenas de violência. E vale lembrar que o que realmente aconteceu é bem pior. Não poderíamos mostrar tamanha atrocidades que ocorreram na época. Mas estaremos atentos a isso; se houver rejeição do público, vamos diminuir um pouco o ritmo", contou Tiago, complementando que a novela dará conta também de outros acontecimentos da época (década de 60/70), como mudanças de comportamento, moda, festas, música e etc.
"Nosso compromisso não é dar uma aula de história para ninguém, mas sim tornar melhor o conhecimento dos brasileiros com relação a esse período histórico que é muito recente", esclareceu.
A cada final de capítulo, que no projeto inicial são esperados 180 episódios, o espectador entrará em contato com testemunhas reais da ditadura, que prestaram depoimentos para a produção. "São pessoas que possuem relação com o regime. Vítimas de torturas, descendentes de desaparecidos. Já temos mais de 70 depoimentos gravados, que terão cerca de um e três minutos", adiantou o diretor Reynaldo Boury.
Tais declarações, contudo, são de testemunhas da chamada 'ala da esquerda', que lutavam contra o regime autoritário. Isso não quer dizer, fez questão de ressaltar Boury, que a novela seja tendenciosa. "Ninguém da direita quis gravar depoimentos ainda, fica até o convite para quem quiser falar".
"Eu não apoio a ditadura e isso acaba transparecendo na novela. Mas não é tendenciosa. Tem muitos militares vistos como vilões e guerrilheiros colocados como mocinhos. Mas, como não quisemos privilegiar nenhum lado, terá um coronel que dá a vida pela legalidade e guerrilheiros cujas ações serão contestadas", complementou Santiago.
Romeu e Julieta
O golpe militar, a repressão e a revolução servirá apenas como pano de fundo de Amor e Revolução que, como já sugere o nome da obra, irá girar em torno de uma grande história de amor, contada através dos personagens Maria Paixão (Graziela Schmitt) e José Guerra (Claudio Lins), que viverão um relacionamento no melhor estilo Romeu e Julieta.
"José é um major do exército que vem de uma família linha dura de militares e acaba se apaixonado por uma militante comunista", adiantou Claudio Lins. A bela militante, vivida por Graziela, será responsável por dar um nó na cabeça do major. "Maria Paixão é uma mulher grande demais. Eu rezo para dar conta dela (risos). É uma menina que cresce e que ganha força com o tempo", adiantou Schmitt.
Coprotagonistas da história, Batistelli (Licurgo Spínola) e Jandira (Lúcia Veríssimo), também dão o tom de romance vivendo um casal de guerrilheiros duramente perseguidos. "A paixão deles não é somente um pelo outro, mas também pela liberdade, pela democracia. Eles vivem em um clima de muita perseguição, onde um beijo pode ser o último", definiu Licurgo ao Portal CARAS.
"A Jandira é muito parecida comigo. Sou revolucionária e contestadora por essência e sou uma mulher forte também, sou formada em tiro, lutadora de boxe, para mim o difícil é não machucar um ator durante as gravações", brincou Lúcia, estreiando na casa do SBT.
Ambos sofrerão nas mãos de policiais do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), entre eles o temido Delegado Aranha, vivido brilhantemente pelo ator Jayme Periard. " Embora a postura do delegado vá contra tudo aquilo que eu acredito, é sempre importante mostrar os dois lados de uma história, e dessa vez estou do lado do mal", pontuou Periard.
Além do núcleo de protagonistas, Amor e Revolução traz outros nomes conhecidos no elenco, mas que estavam sumidos há um tempo das telinhas. Completam o casting Gustavo Haddad, Thais Pacholek, Giselle Tigre, Claudio Cavalcanti, Gabriela Alves, Carlos Artur Thiré, Caca Rosset, Joana Limaverde, Fátima Freire, Isadora Ribeiro, Lui Mendes, Thiago Abravanel, Patrícia de Sabrit, que viverá uma mulher de um militar ("serei testemunha de muitas torturas", revelou) e Luciana Vendramini, em papel polêmico. "Marcela é uma advogada que ajuda os guerrilheiros e também é uma militante homossexual, que terá uma grande paixão com a personagem de Giselle Tigre", adiantou.
(Karen Lemos - Portal Caras)
Na simbólica Rua Maria Antonia, palco do confronto entre alunos da Universidade de São Paulo e do Mackenzie em 3 de outubro de 1968 (que resultou na morte do estudante José Carlos Guimarães), em São Paulo, o autor Tiago Santiago e o diretor Reynaldo Boury apresentaram Amor e Revolução, próxima novela do SBT, com estreia no dia 5 de abril na grade da emissora, que tenta conquistar público com pano de fundo atrativo e sombrio: os anos de chumbo da ditadura militar no Brasil.
No encontro com a imprensa, que aconteceu na tarde desta quarta-feira, 23, Tiago Santiago, fazendo alusão ao título do folhetim, prometeu uma revolução na dramaturgia brasileira. "Acredito que será um grande sucesso, porque a novela chega em um momento propício, em que vivemos uma revolução no mundo árabe e os questionamentos sobre os desaparecidos na época da ditadura", afirmou.
Tendo como ponto de partida o golpe de estado em 1964, a trama percorre o período obscuro da história durante os anos de chumbo do regime militar, o que deve levar para às telas cenas fortes de emoção e violência. "O horário, de certa forma, permite cenas de violência. E vale lembrar que o que realmente aconteceu é bem pior. Não poderíamos mostrar tamanha atrocidades que ocorreram na época. Mas estaremos atentos a isso; se houver rejeição do público, vamos diminuir um pouco o ritmo", contou Tiago, complementando que a novela dará conta também de outros acontecimentos da época (década de 60/70), como mudanças de comportamento, moda, festas, música e etc.
"Nosso compromisso não é dar uma aula de história para ninguém, mas sim tornar melhor o conhecimento dos brasileiros com relação a esse período histórico que é muito recente", esclareceu.
A cada final de capítulo, que no projeto inicial são esperados 180 episódios, o espectador entrará em contato com testemunhas reais da ditadura, que prestaram depoimentos para a produção. "São pessoas que possuem relação com o regime. Vítimas de torturas, descendentes de desaparecidos. Já temos mais de 70 depoimentos gravados, que terão cerca de um e três minutos", adiantou o diretor Reynaldo Boury.
Tais declarações, contudo, são de testemunhas da chamada 'ala da esquerda', que lutavam contra o regime autoritário. Isso não quer dizer, fez questão de ressaltar Boury, que a novela seja tendenciosa. "Ninguém da direita quis gravar depoimentos ainda, fica até o convite para quem quiser falar".
"Eu não apoio a ditadura e isso acaba transparecendo na novela. Mas não é tendenciosa. Tem muitos militares vistos como vilões e guerrilheiros colocados como mocinhos. Mas, como não quisemos privilegiar nenhum lado, terá um coronel que dá a vida pela legalidade e guerrilheiros cujas ações serão contestadas", complementou Santiago.
Romeu e Julieta
O golpe militar, a repressão e a revolução servirá apenas como pano de fundo de Amor e Revolução que, como já sugere o nome da obra, irá girar em torno de uma grande história de amor, contada através dos personagens Maria Paixão (Graziela Schmitt) e José Guerra (Claudio Lins), que viverão um relacionamento no melhor estilo Romeu e Julieta.
"José é um major do exército que vem de uma família linha dura de militares e acaba se apaixonado por uma militante comunista", adiantou Claudio Lins. A bela militante, vivida por Graziela, será responsável por dar um nó na cabeça do major. "Maria Paixão é uma mulher grande demais. Eu rezo para dar conta dela (risos). É uma menina que cresce e que ganha força com o tempo", adiantou Schmitt.
Coprotagonistas da história, Batistelli (Licurgo Spínola) e Jandira (Lúcia Veríssimo), também dão o tom de romance vivendo um casal de guerrilheiros duramente perseguidos. "A paixão deles não é somente um pelo outro, mas também pela liberdade, pela democracia. Eles vivem em um clima de muita perseguição, onde um beijo pode ser o último", definiu Licurgo ao Portal CARAS.
"A Jandira é muito parecida comigo. Sou revolucionária e contestadora por essência e sou uma mulher forte também, sou formada em tiro, lutadora de boxe, para mim o difícil é não machucar um ator durante as gravações", brincou Lúcia, estreiando na casa do SBT.
Ambos sofrerão nas mãos de policiais do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), entre eles o temido Delegado Aranha, vivido brilhantemente pelo ator Jayme Periard. " Embora a postura do delegado vá contra tudo aquilo que eu acredito, é sempre importante mostrar os dois lados de uma história, e dessa vez estou do lado do mal", pontuou Periard.
Além do núcleo de protagonistas, Amor e Revolução traz outros nomes conhecidos no elenco, mas que estavam sumidos há um tempo das telinhas. Completam o casting Gustavo Haddad, Thais Pacholek, Giselle Tigre, Claudio Cavalcanti, Gabriela Alves, Carlos Artur Thiré, Caca Rosset, Joana Limaverde, Fátima Freire, Isadora Ribeiro, Lui Mendes, Thiago Abravanel, Patrícia de Sabrit, que viverá uma mulher de um militar ("serei testemunha de muitas torturas", revelou) e Luciana Vendramini, em papel polêmico. "Marcela é uma advogada que ajuda os guerrilheiros e também é uma militante homossexual, que terá uma grande paixão com a personagem de Giselle Tigre", adiantou.
(Karen Lemos - Portal Caras)
terça-feira, 22 de março de 2011
Wagner Moura multifacetado em 'Vips'
Em pré-estreia de seu novo filme, ‘Vips’, Wagner Moura conta ao Portal CARAS como foi o processo de viver vários personagens em um só, e ainda partiu em defesa daquele que foi considerado o maior picareta do país
Wagner Moura aviador, empresário, chefe de tráfico, herdeiro de fortuna, célebre e falsário. Todo pacote de talento e entrega cênica do astro brasileiro estará disponível ao telespectador em Vips, filme de Toniko Mello que chega aos cinemas na próxima sexta-feira, 25.
A história tem em sua base o livro homônimo de Mariana Caltabiano e relata a trajetória daquele que é considerado o maior picareta do Brasil - Marcelo Nascimento da Rocha, que hoje vive em regime semiaberto cumprindo pena judicial no sul do país. Marcelo, vale lembrar, tornou-se conhecido do grande público - embora ainda que de forma pejorativa - após assumir várias identidades falsas para se embrenhar na high-society.
A ideia de viver um personagem repleto de ramificações foi, acima de tudo, o maior desafio de Wagner nesta nova empreitada nos cinemas. "Não queria cair na armadilha de fazer muitos personagens porque, na verdade, trata-se de uma pessoa só. Em vez de pensar dessa forma, fiquei preocupado em entender o que ligava todas essas facetas em uma só", contou o ator em entrevista ao Portal CARAS durante pré-estreia do filme em São Paulo, na noite de segunda-feira, 21.
O 'personagem' mais famoso de Marcelo foi Henrique de Oliveira, filho de Constantino de Oliveira Júnior, presidente das linhas áreas Gol. Com esse cunho, adentrou o mundo vip, conheceu e tornou-se amigo de gente importante e famosa e até deu entrevista para Amaury Jr. durante o carnaval - a entrevista acabou se tornando o auge de sua farsa. "É um cara que tem esse vazio, que busca por uma identidade; não é ninguém mas é visto como um super alguém. É um menino sempre se buscando, se procurando em outras personalidades. Com isso, ele não está enganando ninguém, mas está enganando a si próprio", resumiu Wagner.
Partindo em defesa de seu personagem, Wagner conta ainda que preferiu mostrar nas telas uma pessoa confusa, frágil e dependente de atenção, ao invés de mergulhar na pele um 'bandidão 171' como muitas vezes Marcelo da Rocha foi descrito. "Eu tinha dois caminhos para esse filme. O lado do estelionatário e o lado mais humano; optei pelo lado humano, pois naquele momento me agradou mais, foi uma escolha estética, permeado de poesias", complementou.
Ainda na pré-estreia, estiveram presentes a cineasta de VJ Marina Person, a atriz Laura Neiva e a apresentadora Gigi Monteiro.
Elenco
Em seu início no cinema, Roger Gobeth aterrissou bem, logo embarcando em uma produção que, antes mesmo de sua estreia em circuito nacional, recebeu notoriedade após vencer o prêmio de melhor ficção no Festival do Rio de 2010. "É meu primeiro filme no cinema, e já é um vencedor de prêmios. Foi muito bom reencontrar os amigos e contracenar com o Wagner Moura logo na estreia, não poderia ser melhor", comentou Gobeth ao Portal CARAS.
Na trama, ele dá vida a Renato, ator que ajuda Marcelo em seu ingresso ao mundo vip. "Renato acredita no personagem que Marcelo assume e abre as portas para ele".
Além de prêmio de melhor ficção, Vips ainda foi agraciado com troféu nas categorias melhor ator (para Wagner Moura), melhor ator coadjuvante (para o argentino Jorge D'elia), e melhor atriz coadjuvante para Gisele Fróes, que no filme vive Silvia, mãe de Marcelo.
"Silvia é uma mulher cheia de valores tortos e que é confundida pela ideia de que todo vip é, de fato, uma pessoa importante. Com isso, ela não colabora com a busca de identidade do filho, na verdade, acaba até o atrapalhando", definiu a atriz.
O apoio necessário ao personagem principal virá com a entrada de Sandra na história. "A Sandra é a única pessoa que sabe que ele é um picareta, mas acaba se encantando por esse homem, tanto que o ajuda em sua farsa", resumiu Arieta Corrêa, intérprete de Sandra, que revelou ainda ter tido uma química iminente com Wagner Moura durante as filmagens.
(Karen Lemos - Portal CARAS)
Wagner Moura aviador, empresário, chefe de tráfico, herdeiro de fortuna, célebre e falsário. Todo pacote de talento e entrega cênica do astro brasileiro estará disponível ao telespectador em Vips, filme de Toniko Mello que chega aos cinemas na próxima sexta-feira, 25.
A história tem em sua base o livro homônimo de Mariana Caltabiano e relata a trajetória daquele que é considerado o maior picareta do Brasil - Marcelo Nascimento da Rocha, que hoje vive em regime semiaberto cumprindo pena judicial no sul do país. Marcelo, vale lembrar, tornou-se conhecido do grande público - embora ainda que de forma pejorativa - após assumir várias identidades falsas para se embrenhar na high-society.
A ideia de viver um personagem repleto de ramificações foi, acima de tudo, o maior desafio de Wagner nesta nova empreitada nos cinemas. "Não queria cair na armadilha de fazer muitos personagens porque, na verdade, trata-se de uma pessoa só. Em vez de pensar dessa forma, fiquei preocupado em entender o que ligava todas essas facetas em uma só", contou o ator em entrevista ao Portal CARAS durante pré-estreia do filme em São Paulo, na noite de segunda-feira, 21.
O 'personagem' mais famoso de Marcelo foi Henrique de Oliveira, filho de Constantino de Oliveira Júnior, presidente das linhas áreas Gol. Com esse cunho, adentrou o mundo vip, conheceu e tornou-se amigo de gente importante e famosa e até deu entrevista para Amaury Jr. durante o carnaval - a entrevista acabou se tornando o auge de sua farsa. "É um cara que tem esse vazio, que busca por uma identidade; não é ninguém mas é visto como um super alguém. É um menino sempre se buscando, se procurando em outras personalidades. Com isso, ele não está enganando ninguém, mas está enganando a si próprio", resumiu Wagner.
Partindo em defesa de seu personagem, Wagner conta ainda que preferiu mostrar nas telas uma pessoa confusa, frágil e dependente de atenção, ao invés de mergulhar na pele um 'bandidão 171' como muitas vezes Marcelo da Rocha foi descrito. "Eu tinha dois caminhos para esse filme. O lado do estelionatário e o lado mais humano; optei pelo lado humano, pois naquele momento me agradou mais, foi uma escolha estética, permeado de poesias", complementou.
Ainda na pré-estreia, estiveram presentes a cineasta de VJ Marina Person, a atriz Laura Neiva e a apresentadora Gigi Monteiro.
Elenco
Em seu início no cinema, Roger Gobeth aterrissou bem, logo embarcando em uma produção que, antes mesmo de sua estreia em circuito nacional, recebeu notoriedade após vencer o prêmio de melhor ficção no Festival do Rio de 2010. "É meu primeiro filme no cinema, e já é um vencedor de prêmios. Foi muito bom reencontrar os amigos e contracenar com o Wagner Moura logo na estreia, não poderia ser melhor", comentou Gobeth ao Portal CARAS.
Na trama, ele dá vida a Renato, ator que ajuda Marcelo em seu ingresso ao mundo vip. "Renato acredita no personagem que Marcelo assume e abre as portas para ele".
Além de prêmio de melhor ficção, Vips ainda foi agraciado com troféu nas categorias melhor ator (para Wagner Moura), melhor ator coadjuvante (para o argentino Jorge D'elia), e melhor atriz coadjuvante para Gisele Fróes, que no filme vive Silvia, mãe de Marcelo.
"Silvia é uma mulher cheia de valores tortos e que é confundida pela ideia de que todo vip é, de fato, uma pessoa importante. Com isso, ela não colabora com a busca de identidade do filho, na verdade, acaba até o atrapalhando", definiu a atriz.
O apoio necessário ao personagem principal virá com a entrada de Sandra na história. "A Sandra é a única pessoa que sabe que ele é um picareta, mas acaba se encantando por esse homem, tanto que o ajuda em sua farsa", resumiu Arieta Corrêa, intérprete de Sandra, que revelou ainda ter tido uma química iminente com Wagner Moura durante as filmagens.
(Karen Lemos - Portal CARAS)
domingo, 20 de março de 2011
Encontro de Marisa Orth e Jorge Fernando
Seriado ‘Macho Man’, da Rede Globo, traz Jorge Fernando no papel de um ex-gay e Marisa Orth vivendo uma ex-gorda. Atração brinca com diversidades e acentua importância das relações de amizade
Nos salões do Projac, no Rio, foi que Jorge Fernando aprendeu o dia a dia de um cabeleireiro profissional e a rotina de um espaço de beleza. A escola foi essencial para o diretor e ator construir Nelson, protagonista da série Macho Man, da Rede Globo, com assinatura do casal Fernanda Young e Alexandre Machado, autores, entre outros trabalhos, de Os Normais. A atração estreia em 8 de abril na grade da emissora.
"É durante a maquiagem que a maioria das fofocas aparecem. Fiquei nos salões assistindo ao trabalho dos profissionais, vendo como se fazia. Mas a preparação maior é pegar nossas referências pessoais e exercitá-las em estúdio", contou Jorge durante entrevista coletiva em São Paulo, na tarde desta quinta-feira, 17.
Nelson é um hairstylist homossexual que está super seguro e contente em relação à sua opção sexual. Após deixar uma boate, ele é acertado na cabeça pelo sapato de uma Drag Queen. O acidente o faz 'mudar de lado' - ele passa a gostar de mulheres. "Eu queria um intérprete contagioso, alegre. Logo pensei em alguém com a pegada do Jorge Fernando, então refleti: 'porque não o próprio Jorge Fernando?'. E ele foi uma boa escolha, porque foi capaz de entender o papel, saber que Nelson continuaria sendo quem ele é, só que agora gostando de outra coisa", afirmou o diretor José Alvarenga Jr.
Insatisfeito com o novo modo de vida, Nelson terá que aprender a caminhar no universo heterossexual. Para tanto, ele terá o contraponto e a ajuda da amiga Valéria, vivida pela atriz Marisa Orth "A Valéria vai ajudá-lo a sobreviver no mundo hétero. Para Nelson, aquilo é uma verdadeira tragédia, porque ele despreza os héteros. E eu serei uma espécie de professora para ele, o que é algo curioso, já que minha personagem nunca se deu bem nas relações amorosas", adiantou Marisa.
Valéria, assim como Nelson, sofre com mudanças recentes. Antes gorda, agora ela perdeu 20 quilos e está tentando se dar bem entre os homens. A estratégia sai pela culatra, uma vez que Valéria percebe que seu problema não estava no peso. "Todo mundo acha que se emagrecer a vida vai melhorar quando, na verdade, o peso está mesmo na cabeça da pessoa", pontuou a atriz, que no final da adolescência já foi gordinha ("dei uma enchidinha boa", contou aos risos).
Mito
O texto de Macho Man, que traz a acidez típica de seus autores, carrega ainda muito humor negro, piadas de situações cotidianas e leves reflexões. "A proposta do humor é justamente levar a essa reflexão leve. Estamos interessados em fazer humor, tratar o assunto de forma divertida, para que as pessoas se sintam mais livres em relação as suas próprias sexualidades", resumiu a autora Fernanda Young.
Para Alexandre Machado, cuja parceria de casamento e trabalho com Fernanda já dura 18 anos, a trama ressaltou a peculiaridades dos personagens, deixando o preconceito de lado, quase que invisível, embora ele ainda exista. "Seriado vive de grandes personagens; o público tem que se sentir ligado com eles. Pensei, então, em um personagem ex-gay. Sim, porque, constroem muitas histórias baseadas no cara que vira gay, mas nunca houve algo tratando de um ex-gay. É uma coisa óbvia, que acontece, mas ninguém nunca abordou", esclareceu Alexandre.
Os 12 episódios de Macho Man não somente brincará com o tema, considerado por muitos um mito, como também abrirá espaço para discussões. "Eu conheço um ex-gay; ele se casou com uma amiga minha e ela sabia que ele teve muitos namorados. Hoje o casamento deles é incrível, e ela diz também que ele como marido é muito satisfatório", garantiu Marisa Orth.
Aquém dessa discussão, para o protagonista Jorge Fernando existe uma forte mensagem por trás das piadas e tirações da série. "Acredito que a série aborde um problema mais sério que está em nossas relações. Não existe mais amizade entre as pessoas, não existe mais aquela troca. E 'Macho Man' fala disso, é um grito!", concluiu.
(Karen Lemos - Portal CARAS)
Nos salões do Projac, no Rio, foi que Jorge Fernando aprendeu o dia a dia de um cabeleireiro profissional e a rotina de um espaço de beleza. A escola foi essencial para o diretor e ator construir Nelson, protagonista da série Macho Man, da Rede Globo, com assinatura do casal Fernanda Young e Alexandre Machado, autores, entre outros trabalhos, de Os Normais. A atração estreia em 8 de abril na grade da emissora.
"É durante a maquiagem que a maioria das fofocas aparecem. Fiquei nos salões assistindo ao trabalho dos profissionais, vendo como se fazia. Mas a preparação maior é pegar nossas referências pessoais e exercitá-las em estúdio", contou Jorge durante entrevista coletiva em São Paulo, na tarde desta quinta-feira, 17.
Nelson é um hairstylist homossexual que está super seguro e contente em relação à sua opção sexual. Após deixar uma boate, ele é acertado na cabeça pelo sapato de uma Drag Queen. O acidente o faz 'mudar de lado' - ele passa a gostar de mulheres. "Eu queria um intérprete contagioso, alegre. Logo pensei em alguém com a pegada do Jorge Fernando, então refleti: 'porque não o próprio Jorge Fernando?'. E ele foi uma boa escolha, porque foi capaz de entender o papel, saber que Nelson continuaria sendo quem ele é, só que agora gostando de outra coisa", afirmou o diretor José Alvarenga Jr.
Insatisfeito com o novo modo de vida, Nelson terá que aprender a caminhar no universo heterossexual. Para tanto, ele terá o contraponto e a ajuda da amiga Valéria, vivida pela atriz Marisa Orth "A Valéria vai ajudá-lo a sobreviver no mundo hétero. Para Nelson, aquilo é uma verdadeira tragédia, porque ele despreza os héteros. E eu serei uma espécie de professora para ele, o que é algo curioso, já que minha personagem nunca se deu bem nas relações amorosas", adiantou Marisa.
Valéria, assim como Nelson, sofre com mudanças recentes. Antes gorda, agora ela perdeu 20 quilos e está tentando se dar bem entre os homens. A estratégia sai pela culatra, uma vez que Valéria percebe que seu problema não estava no peso. "Todo mundo acha que se emagrecer a vida vai melhorar quando, na verdade, o peso está mesmo na cabeça da pessoa", pontuou a atriz, que no final da adolescência já foi gordinha ("dei uma enchidinha boa", contou aos risos).
Mito
O texto de Macho Man, que traz a acidez típica de seus autores, carrega ainda muito humor negro, piadas de situações cotidianas e leves reflexões. "A proposta do humor é justamente levar a essa reflexão leve. Estamos interessados em fazer humor, tratar o assunto de forma divertida, para que as pessoas se sintam mais livres em relação as suas próprias sexualidades", resumiu a autora Fernanda Young.
Para Alexandre Machado, cuja parceria de casamento e trabalho com Fernanda já dura 18 anos, a trama ressaltou a peculiaridades dos personagens, deixando o preconceito de lado, quase que invisível, embora ele ainda exista. "Seriado vive de grandes personagens; o público tem que se sentir ligado com eles. Pensei, então, em um personagem ex-gay. Sim, porque, constroem muitas histórias baseadas no cara que vira gay, mas nunca houve algo tratando de um ex-gay. É uma coisa óbvia, que acontece, mas ninguém nunca abordou", esclareceu Alexandre.
Os 12 episódios de Macho Man não somente brincará com o tema, considerado por muitos um mito, como também abrirá espaço para discussões. "Eu conheço um ex-gay; ele se casou com uma amiga minha e ela sabia que ele teve muitos namorados. Hoje o casamento deles é incrível, e ela diz também que ele como marido é muito satisfatório", garantiu Marisa Orth.
Aquém dessa discussão, para o protagonista Jorge Fernando existe uma forte mensagem por trás das piadas e tirações da série. "Acredito que a série aborde um problema mais sério que está em nossas relações. Não existe mais amizade entre as pessoas, não existe mais aquela troca. E 'Macho Man' fala disso, é um grito!", concluiu.
(Karen Lemos - Portal CARAS)
segunda-feira, 14 de março de 2011
"Venceu a música clássica", diz maestro homenageado
João Carlos Martins, cuja trajetória de vida e carreira musical foi levada para o sambódromo do Anhembi – garantindo o 14º título da escola Vai-Vai – falou da emoção no desfile e na apuração e confessou que entrar na avenida foi o ponto alto de sua história
A música de João Carlos Martins pisou, com estilo, no sambódromo do Anhembi. Levantou foliões, misturou música clássica com o samba, emocionou na avenida e, finalmente, venceu - segundo já previa o samba-enredo A Música Venceu, da escola de samba paulistana Vai-Vai.
Com a trajetória do pianista que virou maestro, a agremiação transformou uma vida cheia de altos e baixos, sucessos e quedas, em alegorias, fantasias e carros alegóricos. Com o feito, dominou os pontos na apuração do carnaval de São Paulo e saiu com o 14º título na mão.
"Nunca imaginei minha história na avenida. Quando me convidaram eu pensei: 'estão todos loucos?'", declarou o maestro João Carlos Martins, entre risos, em entrevista para o Portal CARAS.
Nesta sexta-feira, 11, Martins - que está nos Estados Unidos para acertar compromissos profissionais - retorna ao seu país de origem para celebrar, novamente na avenida, a vitória que sua trajetória garantiu para a Vai-Vai. A recepção, no aeroporto de São Paulo, será digna. O músico vai ser recebido pela bateria da agremiação em peso - mais uma surpresa para o grande mestre.
A nossa reportagem João garantiu que não está mais nervoso. "Agora é só celebrar", ressaltou. Contudo, os minutos da apuração, que acompanhou lá dos Estados Unidos, provaram que participar do carnaval foi o ponto alto de toda uma vida brilhante. "Já regi no mundo inteiro, morei em vários países, me apresentei em casas prestigiadas; mas nada se compara a entrar no sambódromo como um grande homenageado", desabafou, emocionado.
Veja a entrevista completa:
- Como nasceu essa parceria com a vai-vai?
Recebi o convite da Vai-Vai porque me disseram que eu seria um grande exemplo de vida para a escola. Depois de cinco meses de convivência, vendo o amor da comunidade do Bexiga e de cada integrante com a escola, minha conclusão foi diferente. A Vai-Vai e toda aquela comunidade é que acabaram servindo de lição para este velho maestro.
- Imaginava sua história sendo contada em um samba-enredo?
Nunca imaginei! Quando me convidaram eu pensei: 'estão todos loucos?' (risos). Foi a vitória da música clássica, que é uma música, digamos, menos divulgada aqui no Brasil. Por conta da escola de samba, foi exaustivamente divulgada.
- O que passou pela cabeça horas antes de entrar na avenida?
No dia anterior do desfile, toda diretoria se reuniu no hotel, perto do sambódromo, em que estávamos hospedados. Eu fiz um discurso e agradeci que o desfile caiu justamente no dia 5, que é um dia de sorte para mim na música. Aí me perguntaram se eu já tinha vencido algum concurso no dia 5. Respondi: 'Sim! Amanhã, dia do desfile' (risos). Eu tinha que estar confiante, né?
- E qual foi o ponto alto lá na avenida?
Um detalhe que me marcou muito, na verdade, foi durante os ensaios. Percebi que a bateria funcionava pela genialidade de um mestre (Mestre Tadeu, há 38 à frente da bateria da Vai-Vai). Às vezes eu me metia à besta e tentava reger a bateria durante os ensaios, como se fosse uma sinfonia de Bach ou Mozart. Não ia mudar nada no andamento da música, claro, mas percebi que aquele era um momento importante, em que a bateria da escola estava em meu coração, e eu estava no coração da bateria.
- Você se emocionou muito na avenida, consegue descrever o que sentiu?
Olha, não tem nada igual na vida, viu? Eu já regi no mundo inteiro, morei em vários países, me apresentei em casas prestigiadas; mas nada se compara a entrar no sambódromo como um grande homenageado.
- Foi mais fácil reger mundo afora?
Muito mais fácil, te garanto! (risos). Em uma apresentação dessa, tudo depende de você. Lá no sambódromo, não. A única coisa que dependia de mim ali era a emoção que eu carregava naquele momento. E eu posso dizer que meu coração estava com os 300 mil integrantes da Vai-Vai.
- Chegou a acompanhar cenas do desfile depois?
Acompanhei a apuração lá dos Estados Unidos, só. E haja lenço! Quando você mora fora, mesmo que fique três ou quatro dias fora do Brasil, você sente uma emoção diferente. Quando acabo meus concertos, sempre coloco o hino nacional no final e todos os brasileiros se emocionam. Você sente algo diferente de quem ouve o hino nacional no Brasil.
- Após desfilar, ficou satisfeito com o resultado?
O samba da Vai-Vai neste ano é um dos mais bonitos que já ouvi. Estou dizendo como música, como letra, esquece o João Carlos Martins. É um dos mais bonitos da história do carnaval. Tem uma facilidade de comunicação com o público, a harmonia que casou música clássica e o samba, enfim, é um samba muito forte, achei lindo. Além disso, me trouxe um reconhecimento. Soube que meus anos de luta, levando educação musical para crianças carentes também, não foram em vão. Toda noite, quando deito, sinto que minha missão foi cumprida.
(Karen Lemos - Portal Caras)
A música de João Carlos Martins pisou, com estilo, no sambódromo do Anhembi. Levantou foliões, misturou música clássica com o samba, emocionou na avenida e, finalmente, venceu - segundo já previa o samba-enredo A Música Venceu, da escola de samba paulistana Vai-Vai.
Com a trajetória do pianista que virou maestro, a agremiação transformou uma vida cheia de altos e baixos, sucessos e quedas, em alegorias, fantasias e carros alegóricos. Com o feito, dominou os pontos na apuração do carnaval de São Paulo e saiu com o 14º título na mão.
"Nunca imaginei minha história na avenida. Quando me convidaram eu pensei: 'estão todos loucos?'", declarou o maestro João Carlos Martins, entre risos, em entrevista para o Portal CARAS.
Nesta sexta-feira, 11, Martins - que está nos Estados Unidos para acertar compromissos profissionais - retorna ao seu país de origem para celebrar, novamente na avenida, a vitória que sua trajetória garantiu para a Vai-Vai. A recepção, no aeroporto de São Paulo, será digna. O músico vai ser recebido pela bateria da agremiação em peso - mais uma surpresa para o grande mestre.
A nossa reportagem João garantiu que não está mais nervoso. "Agora é só celebrar", ressaltou. Contudo, os minutos da apuração, que acompanhou lá dos Estados Unidos, provaram que participar do carnaval foi o ponto alto de toda uma vida brilhante. "Já regi no mundo inteiro, morei em vários países, me apresentei em casas prestigiadas; mas nada se compara a entrar no sambódromo como um grande homenageado", desabafou, emocionado.
Veja a entrevista completa:
- Como nasceu essa parceria com a vai-vai?
Recebi o convite da Vai-Vai porque me disseram que eu seria um grande exemplo de vida para a escola. Depois de cinco meses de convivência, vendo o amor da comunidade do Bexiga e de cada integrante com a escola, minha conclusão foi diferente. A Vai-Vai e toda aquela comunidade é que acabaram servindo de lição para este velho maestro.
- Imaginava sua história sendo contada em um samba-enredo?
Nunca imaginei! Quando me convidaram eu pensei: 'estão todos loucos?' (risos). Foi a vitória da música clássica, que é uma música, digamos, menos divulgada aqui no Brasil. Por conta da escola de samba, foi exaustivamente divulgada.
- O que passou pela cabeça horas antes de entrar na avenida?
No dia anterior do desfile, toda diretoria se reuniu no hotel, perto do sambódromo, em que estávamos hospedados. Eu fiz um discurso e agradeci que o desfile caiu justamente no dia 5, que é um dia de sorte para mim na música. Aí me perguntaram se eu já tinha vencido algum concurso no dia 5. Respondi: 'Sim! Amanhã, dia do desfile' (risos). Eu tinha que estar confiante, né?
- E qual foi o ponto alto lá na avenida?
Um detalhe que me marcou muito, na verdade, foi durante os ensaios. Percebi que a bateria funcionava pela genialidade de um mestre (Mestre Tadeu, há 38 à frente da bateria da Vai-Vai). Às vezes eu me metia à besta e tentava reger a bateria durante os ensaios, como se fosse uma sinfonia de Bach ou Mozart. Não ia mudar nada no andamento da música, claro, mas percebi que aquele era um momento importante, em que a bateria da escola estava em meu coração, e eu estava no coração da bateria.
- Você se emocionou muito na avenida, consegue descrever o que sentiu?
Olha, não tem nada igual na vida, viu? Eu já regi no mundo inteiro, morei em vários países, me apresentei em casas prestigiadas; mas nada se compara a entrar no sambódromo como um grande homenageado.
- Foi mais fácil reger mundo afora?
Muito mais fácil, te garanto! (risos). Em uma apresentação dessa, tudo depende de você. Lá no sambódromo, não. A única coisa que dependia de mim ali era a emoção que eu carregava naquele momento. E eu posso dizer que meu coração estava com os 300 mil integrantes da Vai-Vai.
- Chegou a acompanhar cenas do desfile depois?
Acompanhei a apuração lá dos Estados Unidos, só. E haja lenço! Quando você mora fora, mesmo que fique três ou quatro dias fora do Brasil, você sente uma emoção diferente. Quando acabo meus concertos, sempre coloco o hino nacional no final e todos os brasileiros se emocionam. Você sente algo diferente de quem ouve o hino nacional no Brasil.
- Após desfilar, ficou satisfeito com o resultado?
O samba da Vai-Vai neste ano é um dos mais bonitos que já ouvi. Estou dizendo como música, como letra, esquece o João Carlos Martins. É um dos mais bonitos da história do carnaval. Tem uma facilidade de comunicação com o público, a harmonia que casou música clássica e o samba, enfim, é um samba muito forte, achei lindo. Além disso, me trouxe um reconhecimento. Soube que meus anos de luta, levando educação musical para crianças carentes também, não foram em vão. Toda noite, quando deito, sinto que minha missão foi cumprida.
(Karen Lemos - Portal Caras)
"O Discurso do Rei" vence Oscar 2011
Com quatro Oscar – incluindo o prêmio principal da noite – ‘O Discurso do Rei’ supera seu concorrente ‘A Rede Social’ e sai vitorioso do Oscar 2011. Natalie Portman e Colin Firth confirmaram favoritismo nas categorias de melhor atuação
A produção britânica O Discurso do Rei entrou para a história do Oscar ao levar o prêmio de melhor filme do ano de 2011. O longa superou seu principal concorrente, A Rede Social, e saiu vitorioso do evento que aconteceu no Kodak Theater, em Los Angeles, na noite de domingo, 27.
Colin Firth , protagonista de O Discurso do Rei, levou o Oscar de melhor ator. "Esse é o topo da minha carreira! Estou honrado de estar nessa lista fantástica de indicados", disse o astro logo que recebeu a estatueta no palco da premiação. O filme ainda venceu nas categorias melhor diretor, para Tom Hooper, e roteiro original.
Natalie Portman, que assim como Firth confirmou seu favoritismo na categoria, foi premiada com o Oscar de melhor atriz por sua impecável atuação em Cisne Negro. "Gostei muito esse trabalho que fiz. Quero agradecer a todos que me deram a oportunidade de trabalhar nesse filme", discursou.
Nas categorias de atuação coadjuvante teve dobradinha para o longa O Vencedor. Christian Bale, que era favorito na categoria masculina, levou a melhor; assim como sua colega de elenco Melissa Leo, premiada como melhor atriz coadjuvante.
A Rede Social, filme sobre a trajetória do criador do Facebook que possuía grandes chances de ser o destaque da noite, levou Oscar em apenas três categorias: melhor montagem, melhor roteiro adaptado e melhor trilha sonora original. A Origem, longa com Leonardo DiCaprio no elenco, se saiu bem levando quatro Oscar em categorias técnicas: melhor fotografia, melhor efeitos visuais, melhor edição de som e melhor mixagem de som.
Toy Story 3 venceu a categoria de melhor animação, como era esperado, e ainda levou estatueta de melhor canção original por We Belong Together. A produção dinamarquesa Em Um Mundo Melhor bateu Biutiful, com Javier Bardem, e venceu melhor filme estrangeiro.
Na categoria melhor documentário, onde havia uma esperança brasileira com o filme Lixo Extraordinário, que mostra o trabalho do artista plástico brasileiro Vik Muniz perdeu para Trabalho Interno, que aborda as causas da crise econômica que assolou, principalmente, os Estados Unidos em 2008.
Alice no País das Maravilhas venceu em dose dupla com melhor figurino e melhor direção de arte. O prêmio para melhor maquiagem ficou para O Lobisomem, único Oscar que o longa recebeu.
(Karen Lemos - Portal Caras)
A produção britânica O Discurso do Rei entrou para a história do Oscar ao levar o prêmio de melhor filme do ano de 2011. O longa superou seu principal concorrente, A Rede Social, e saiu vitorioso do evento que aconteceu no Kodak Theater, em Los Angeles, na noite de domingo, 27.
Colin Firth , protagonista de O Discurso do Rei, levou o Oscar de melhor ator. "Esse é o topo da minha carreira! Estou honrado de estar nessa lista fantástica de indicados", disse o astro logo que recebeu a estatueta no palco da premiação. O filme ainda venceu nas categorias melhor diretor, para Tom Hooper, e roteiro original.
Natalie Portman, que assim como Firth confirmou seu favoritismo na categoria, foi premiada com o Oscar de melhor atriz por sua impecável atuação em Cisne Negro. "Gostei muito esse trabalho que fiz. Quero agradecer a todos que me deram a oportunidade de trabalhar nesse filme", discursou.
Nas categorias de atuação coadjuvante teve dobradinha para o longa O Vencedor. Christian Bale, que era favorito na categoria masculina, levou a melhor; assim como sua colega de elenco Melissa Leo, premiada como melhor atriz coadjuvante.
A Rede Social, filme sobre a trajetória do criador do Facebook que possuía grandes chances de ser o destaque da noite, levou Oscar em apenas três categorias: melhor montagem, melhor roteiro adaptado e melhor trilha sonora original. A Origem, longa com Leonardo DiCaprio no elenco, se saiu bem levando quatro Oscar em categorias técnicas: melhor fotografia, melhor efeitos visuais, melhor edição de som e melhor mixagem de som.
Toy Story 3 venceu a categoria de melhor animação, como era esperado, e ainda levou estatueta de melhor canção original por We Belong Together. A produção dinamarquesa Em Um Mundo Melhor bateu Biutiful, com Javier Bardem, e venceu melhor filme estrangeiro.
Na categoria melhor documentário, onde havia uma esperança brasileira com o filme Lixo Extraordinário, que mostra o trabalho do artista plástico brasileiro Vik Muniz perdeu para Trabalho Interno, que aborda as causas da crise econômica que assolou, principalmente, os Estados Unidos em 2008.
Alice no País das Maravilhas venceu em dose dupla com melhor figurino e melhor direção de arte. O prêmio para melhor maquiagem ficou para O Lobisomem, único Oscar que o longa recebeu.
(Karen Lemos - Portal Caras)
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