sábado, 2 de agosto de 2008

Show do Muse








A banda inglesa “Muse” teve seu show considerado como um dos 50 melhores de todos os tempos, segundo a revista “Classic Rock Magazine”. Eis que nessa semana, nós brasileiros, tivemos a chance de comprovar essa estatística.

Pela primeira vez no Brasil, o conjunto inglês passou por três capitais, incluindo São Paulo. Quando soube da noticia, eu logo comprei meu ingresso; mesmo com a carteira de estudante o preço ficou salgado: 80 reais na pista!! Pensei comigo, será em uma casa de shows decente – o HSBC Brasil (antigo Tom Brasil) e, afinal, vai saber quando a banda voltará a fazer outro show por aqui. Bom, achei que valeria a pena e comprei.

No dia 31 de julho, peguei meu ingresso e minha mochila e parti até o show. Destaco aqui que levei um bom tempo para chegar ao HSBC, que fica localizado na região de Santo Amaro (o que para mim é do outro lado da cidade), precisei pegar o metrô e dois ônibus, e para ajudar, ainda me perdi no meio do caminho – o que não é novidade.

Quando cheguei, já havia uma aglomeração de pessoas esperando o horário de abertura dos portões, grande parte da fila parecia usar uniforme, a mesma blusa da banda, mas em diferentes cores, circulava entre as pessoas que aguardavam. Eu usava uma blusa cinza sem estampa, uma estranha no ninho.

As oito e alguma coisa da noite, os portões foram abertos. Comecei a noite muito bem: ao ser revistada pelos seguranças, uma mulher cismou com as minhas canetas bic; sugerindo que aquilo poderia matar alguém, atirou todas elas no lixo mais próximo, um prejuízo de quase 10 reais em canetas. Já nervosa, entrei no estabelecimento e lá se foram mais cinco reais para guardar a minha mochila na chapelaria. Dessa forma, só a cerveja salva! (e que também não era nada barata).

Em torno das nove da noite, a banda de abertura entrou. Jay Vaquer, nunca tinha ouvido falar; na verdade, eu até tinha visto um clipe da banda na MTV, mas nem me dei ao trabalho de ouvir direito a música, só reparei em quanto o clipe era tosco e nada mais.

O show deles não foi muito diferente disso, nem prestei atenção em nada, e graças a deus, foi um show rápido.

Uma longa espera, perto das 10 da noite - ou coisa parecida - a capa que cobria a bateria foi retirada e as luzes apagadas. A gritaria começa, luzes vermelhas na platéia, som de orquestra, e finalmente, Muse sobe ao palco, abrindo com “Knights of Cydonia.” - não consigo pensar em outra música que combine tanto com uma abertura.

Logo depois, “Hysteria”, eu já estava cansada de gritar e pular, e o show mal tinha começado. Onde eu me localizava não era nada favorável, fiquei no canto esquerdo ao fundo, onde mal dava para ver o vocalista. Era o único lugar ‘não tão apertado’ que consegui arranjar, e por isso, lá permaneci.

Outras boas músicas vieram, como “Supermassive Blackhole”, “Starlight”, “Time is Running Out” e “Stockholm Syndrome”, entre uma música e outra, os integrantes abusavam de seus instrumentos em solos que arrancavam gritos da platéia.

A todo o momento, a banda se mostrou digna do título que recebeu por sua performance, o show contou com efeitos especiais de gás carbônico que subia pelo palco e balões infláveis, que passaram pela platéia e espalhavam papéis picados quando estourados, durante “Plug in Baby”. O público respondia a tudo isso com empolgação e gritaria, fazendo coro em todas as músicas que eram tocadas no palco.

No final, sai com dores no corpo e a garganta pedindo por socorro, mas, acima de tudo, fui embora com aquela sensação boa de ter visto um grande show, e de que tudo esforço valeu a pena. E realmente, valeu mesmo.

Como já havia afirmado a "Classic Rock Magazine", Muse é responsável por uma das performances mais empolgantes do cenário musical atual, e quem somos nós para negar?


Set-list do show em São Paulo:

  • Knights of Cydonia
  • Hysteria
  • Bliss
  • Map of the Problematique
  • Supermassive Blackhole
  • Butterflies and Hurricanes
  • Citizen Erased
  • Felling Good
  • Invincible
  • New Born
  • Starlight
  • Time is Running Out
  • Plug in Baby
  • Stockholm Syndrome
  • Take a Bow


Confira mais sobre o trabalho do Muse em www.myspace.com/muse

3 comentários:

Anônimo disse...

Só não entendi uma coisa; se foi um bom show, vc deu graça de ter um tempo curto? oO

Unknown disse...

eita, kabrita, foi armada!! com canetas bic. Oo haha

Unknown disse...

o show do jay vaquer eu dei graças a deus de ser um show curto..