Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil |
Portfólio
Por Karen Lemos
sexta-feira, 22 de outubro de 2021
Paulo Guedes minimiza demissões e defende "gastar um pouco mais"
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
Veja destaques do debate da Band entre Bruno Covas e Guilherme Boulos em São Paulo
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
"Quem chegar sem máscara não vai votar e ponto", ressalta Barroso sobre as eleições
Em entrevista exclusiva ao programa Ponto a Ponto, da BandNews TV, nesta quarta-feira, 28, o ministro do STF e atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, deixou claro que quem estiver sem máscara de proteção não poderá votar no próximo dia 15 nas eleições.
"Quem chegar sem máscara não vai votar e ponto", destacou. "Não é questão de livre arbítrio, é questão de proteção do outro. Livre arbítrio é para decisões que nos afetam, neste caso, sem máscara não vota".
O ministro acredita que as abstenções, que costumam a ser altas, não devem atingir patamares tão altos neste ano. "A sociedade brasileira tem se tornado mais mobilizada, ela anseia pela atuação política e as eleições municipais são decisivas na vida das pessoas, porque define coisas importantes como educação, saúde, saneamento básico”, exemplificou.
Sobre o voto ser obrigatório no Brasil, para Barroso, a democracia brasileira ainda precisa desse "empurrãozinho" - como definiu. “Em um futuro próximo eu espero ter voto facultativo, mas ainda não. O voto facultativo favorece muito o voto radical, dos extremos, e agora precisamos de moderação”.
Sistema de fiscalização de contas é deficiente, diz ministro
Na entrevista, Barroso admitiu ainda que o sistema de fiscalização de contas de candidatos é ineficiente e que pretende, após o pleito, colocar sua energia para mudar o cenário.
“O sistema de fiscalização contas é deficiente e mesmo quando advêm punições adequadas acabam sendo anistiadas pelo próprio Congresso. Precisamos mudar o sistema eleitoral e de prestação de conta”.
Entre as ideias que Barroso pretende colocar à mesa está a prestação de contas nos moldes da declaração anual de renda, com inteligência artificial fazendo o controle, e auditorias privadas.
“Não entendo a obsessão pelo voto impresso”
Outra medida que interessa o ministro é modernizar o sistema eleitoral através da tecnologia. Isso poderia permitir, por exemplo, os gastos que se tem hoje com a compra de urnas. “Mais de 30 empresas, como a Amazon, Microsoft e IBM, já se candidataram para apresentar modelos alternativos de eleição digital”, contou. “Elas são testes de simulação nesta eleição e vão apresentar seus modelos para modernizar o nosso sistema, que já é exemplar no mundo. Nunca houve fraudes”, pontuou.
O ministro disse também que não entende a obsessão que algumas pessoas têm com o voto impresso – esse sim passível de fraude, segundo ele. “Não consigo entender como alguns têm saudades do que não existiu. Era um sistema muito ruim. Difícil entender essa obsessão pelo voto impresso. É como querer comprar um aparelho de vídeo cassete e subsidiar as locadoras de VHS”.
(Karen Lemos - Band.com.br)
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
BDRs poderão ser negociados por pessoas físicas, simplificando investimentos no exterior
A partir desta quinta-feira, 22, investidores pessoas físicas poderão comprar recibos de ações de companhias no exterior na bolsa brasileira. São cerca de 670 opões que surgem para o investidor brasileiro; antes, as BDRs eram apenas para investidores qualificados, aqueles com mais de R$ 1 milhão investido.
A economista Betina Roxo falou mais sobre esse assunto na BandNews TV:
As BDRs, explica a especialista, são valores imobiliários emitidos no Brasil que espelham valores emitidos por companhias abertas com sede no exterior. “É uma democratização dos investimentos, que abre a possibilidade de se investir em grandes empresas como Apple, Facebook, Microsoft, diretamente do Brasil e em reais”, pontua.
A vantagem desse modelo é que, além do investidor ganhar no retorno da ação, há rendimentos também com a variação do câmbio, já que o investimento é em real.
Rossi sugere ainda que se pesquise sobre a empresa cuja ação lhe interessou. “Se for um investimento apenas pela exposição cambial, há outras maneiras, como a própria compra da moeda estrangeira”.
Em resumo, as BDRs são uma forma mais simples de se investir, daqui do Brasil, no mercado exterior. Para começar, é importante sempre entender o seu perfil. “As ações são renda variável, têm um risco mais alto”, reforça a economista, que também cita a diversificação de carteira como outra sugestão para investimentos.
(Karen Lemos - Band.com.br)
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
Aliança de Russomanno com Bolsonaro é alvo de críticas durante debate em São Paulo
Líder nas pesquisas de intenção de voto, Celso Russomanno (Republicanos) foi o mais escolhido para as perguntas diretas no debate eleitoral de São Paulo - promovido pela Band nesta quinta-feira, 1º - e teve como alvo de críticas sua tentativa de aproximação e aliança com o presidente da República, Jair Bolsonaro.
A candidata Joice Hasselmann (PSL), ex-aliada de Bolsonaro, questionou Russomanno sobre a delação da Odebrecht. "O senhor disse que defende o consumidor enquanto é delatado por receber dinheiro sujo de forma ilegal", afirmou. O candidato do Republicanos negou as acusações e criticou a adversária da corrida eleitoral. “Eu saio às ruas dando cara a tapa, você nunca foi as ruas de São Paulo, seu título de eleitor foi transferido recentemente para cá. Desafio a mostrar quais processos existem a meu respeito; você está mal nas pesquisas e tenta me atacar inventando coisas”, pontuou, ao que Joice responder que as informações sobre denúncia de corrupção envolvendo Russomanno “estão à disposição no Google”.
Joice Hasselmann questiona Russomanno sobre a delação da Odebrecht:
Arthur do Val (Patriota) foi um dos que criticaram a tentativa de aproximação do candidato com Jair Bolsonaro. “Sempre tenta se aliar com quem está no poder”, disse. Orlando Silva (PCdoB) usou a mesma linha para o embate, citando o programa de Russomanno aos moldes do auxílio emergencial do governo federal. “Fico perplexo que você diz que Bolsonaro dará dinheiro como se fosse um amigo. Não é dinheiro de rachadinha, viu, tem que ter regras”.
Em sua resposta, Russomanno pontuou que quem tem problema com Bolsonaro deve levar isso para a eleição de 2022. “Estamos falando de São Paulo, onde se paga juros exorbitantes para a dívida com o governo federal, não estou inventando nada, mas de renegociar essas dívidas e ter dinheiro para atender famílias de baixa renda”.
Guilherme Boulos também elegeu Russomanno para pergunta direta e usou a oportunidade para críticas ao adversário. “Pega mal você puxando o saco do Bolsonaro toda hora. Porque você fala fino com os poderosos e grosso com o povo?”, questionou. “Você incentiva invasões em casas de pessoas, é contra reformas, é isso o que você fará na prefeitura?”, rebateu o candidato do Republicanos.
Polarização
O atual prefeito da cidade, Bruno Covas (PSDB) – que tenta a reeleição – também foi alvo de críticas, principalmente nos embates que mostraram que a polarização de 2016 e, principalmente, de 2018, ainda permanece.
Andrea Matarazzo (PSD), por exemplo, falou que a gestão de Bruno Covas administra mal o dinheiro da prefeitura com obras que considera desnecessárias, como no Vale do Anhangabaú, ao invés de investir em corredores de ônibus.
Em resposta, Covas lamentou que uma pessoa inteligente como Andrea tenha “ficado tão amargo graças às derrotas que acumulou ao longo dos anos. “Não sai bem ficar falando mal da cidade de São Paulo, e nem postar imagens de alguém que invadiu uma obra inacabada. O novo Vale do Anhangabaú será um exemplo para a cidade”, disse o atual prefeito.
Jilmar Tatto, do PT, exaltou os anos do partido na administração municipal e criticou a gestão tucana em São Paulo. “Você vai deixar R$ 4 bilhões para os empresários de ônibus neste ano. Eu vou instituir o passe livre para desempregados [no transporte público]”, pontuou. Covas respondeu que o Tatto teve sua chance quando era secretário de Transportes e não implantou nada disso. “O que o PT sabe é acabar com o que os outros começaram e dar cargos para a companheirada. Imagina se ele ganha a eleição e traz Dilma [Rousseff] para um carguinho aqui na Prefeitura?”, rebateu Covas.
Joice Hasselmann (PSL) também recorreu à polarização para o embate com Orlando Silva (PCdoB). “Quero perguntar para o comunista, a esquerda esteve no poder e quase levou o País a falência, qual é o seu plano”? Orlando devolveu que foi ministro do ex-presidente Lula que, em oito anos, criou mais de 10 milhões de empregos. “Para o drama de São Paulo, tenho um plano de emergência de emprego e renda retomando obras públicas”, acrescentou.
Assista ao debate na íntegra:
Cracolândia e geração de empregos: Candidatos respondem questões selecionadas pelo eleitor
Os candidatos à prefeitura de São Paulo falaram sobre suas soluções para problemas da cidade que o eleitor escolheu através de uma enquete no Band.com.br. Durante o debate eleitoral nesta quinta-feira, 1º, os onze postulantes ao cargo comentaram medidas para a Cracolândia e geração de empregos.
Primeiro a responder, Orlando Silva (PCdoB) afirmou que os problemas da Cracolândia precisam ser enfrentados com medidas no campo da saúde pública, reinserção econômica dos usuários e inteligência policial para atuar na área.
Jilmar Tatto, do PT, quer voltar com o programa De Braços Abertos – implementado no governo Fernando Haddad. “O [João] Doria e o Bruno [Covas] quando assumiram a prefeitura usaram a violência contra essas pessoas. É preciso atendimento médico, assistência social, moradia e emprego”.
Atual prefeito da cidade e que tenta a reeleição, Bruno Covas (PSDB) disse que sua gestão acabou com o “bolsa crack” do PT, como chamou o programa De Braços Abertos. Covas afirmou que os problemas da região serão resolvidos com atendimento médico, assistência social, moradia e emprego.
O candidato Andrea Matarazzo (PSD) quer fiscalizar hotéis, bares e restaurantes usados pelo crime. “Vamos aporrinhar a vida do traficante e o dependente químico tratar como deve ser feito, mesmo que precise internar compulsoriamente”, afirmou.
Joice Hasselmann, candidata do PSL para a prefeitura, quer combater os problemas da região com “todo o rigor da lei” para o crime organizado, trazer as igrejas para trabalhar junto com a prefeitura e internação compulsória para os usuários que “não respondem mais por si”.
Os postulantes ao cargo de prefeito da cidade de São Paulo também disseram como vão gerar empregos após a crise econômica que se agravou com a pandemia de coronavírus. Márcio França, do PSB, falou em uma geração de frente de trabalho com mais de 100 mil pessoas, além de renda para empreender de até R$ 3 mil para 150 mil pessoas.
Já Celso Russomanno (Republicanos), que lidera as pesquisas de intenção de voto, pretende gerar empregos incentivando os empresários e também aumentar o horário de funcionamento dos restaurantes na capital.
Arthur do Val (Patriota), o Mamãe Falei, disse que não existe plano mágico e que quer combater o problema através da criação de empregos na construção civil.
A ideia de Guilherme Boulos, do Psol, é criar uma renda solidária para garantir que ninguém passe fome na cidade. “Isso vai gerar emprego na economia local”, aposta.
Filipe Sabará (Novo) quer trazer um microcrédito do setor privado para incentivar empresários da periferia.
Por fim, Marina Helou (Rede Sustentabilidade) decidiu responder a todas as questões da enquete em suas redes sociais.
quinta-feira, 30 de julho de 2020
Por que o Banco Central vai lançar a nota de R$ 200?
Karen Lemos/Portal da Band
O Banco Central anunciou na quarta-feira, 29, que irá produzir cédulas de R$ 200, o que causou estranheza para a população que, desde 1994, está acostumada com a nota de R$ 100 como sendo a de maior valor da moeda brasileira.
Por qual motivo, então, o BC tomou essa decisão? Para responder a esta pergunta, a Rádio Bandeirantes entrevistou Jason Vieira, economista da Infinity Asset, que esclareceu dúvidas como, por exemplo, se existe relação entre o lançamento da cédula e a crise que o País está vivendo por causa da pandemia de coronavírus.
"Causa estranheza [o anúncio da nota de R$ 200] por ser em um momento de crise, mas esse movimento é normal. Muito provavelmente essa moeda está sendo desenhada antes da crise", explicou.
O economista citou alguns fatores que motivaram essa decisão do BC, como a própria atualização da moeda.
"Tivemos uma desvalorização em relação a reserva global de valor, que é o dólar", pontuou. "Os R$ 100 que tínhamos em 94 não são mais os R$ 100 de hoje em dia. R$ 100 hoje valem cerca de US$ 20, então é preciso manter certa atualização".
Outro ponto destacado por Jason Vieira é o movimento natural de substituição de moeda no mercado. "A impressão de moeda física entra em processo de substituição de outra", ressalta o economista, observando, ainda, que isso não necessariamente vai gerar a temida inflação, já que há um equilíbrio entre o que está entrando na circulação e o que está sendo retirado.
"Isso pode acontecer pela própria falta de uso, como é o caso das moedas metálicas, e também porque é um material perecível, ele estraga e envelhece, portanto precisa ser substituído".
Além disso, também houve nos últimos meses um aumento da demanda por papel moeda por conta do pagamento do auxílio emergencial. "Esse aumento de demanda também reflete na quantidade de moeda em circulação", acrescenta o especialista.
Veja a entrevista na íntegra:
(Karen Lemos - Band.com.br)